quinta-feira, 16 de maio de 2013

Contra a Igualdade: uma manifesto natural - Walter E. Williams

Somos iguais?01/05/2013 - Walter E. WilliamsNão há absolutamente nenhuma evidência de que em qualquer lugar, em algum momento, a proporcionalidade tenha sido a regra na Terra.
As mulheres são iguais aos homens? São os judeus iguais aos gentios? São negros iguais aos italianos, irlandeses, poloneses e outros brancos? A resposta é provavelmente um grande e gorduroso não, e a pretensão ou suposição de que somos iguais – ou deveríamos ser iguais – é temerária e cria o mal. Vamos olhar para isso.

Gênios masculinos superam os gênios do sexo feminino em 7 por 1. A inteligência feminina é compactada muito mais perto do meio da curva de sino, ao passo que a inteligência dos homens tem muito maior variabilidade. Isso significa que, apesar de existirem muito mais gênios masculinos, há também muito mais idiotas masculinos. Este último pode explicar em parte por que mais homens do que mulheres estão na cadeia.

Assista a um jogo de basquete colegial qualquer sábado à tarde e faça a si mesmo a pergunta fixada na mente dos esquerdistas de toda parte: "Isto se parece com a América?". Entre os 10 jogadores na quadra, na melhor das hipóteses, haverá dois jogadores brancos. Se você quiser ver os jogadores brancos da equipe, você deve olhar para o banco. Um jogador japonês ou chinês está perto de ser totalmente fora de cogitação, mesmo no banco.

O basquete profissional não é muito melhor, com 80% dos jogadores sendo negros, mas pelo menos há um par de jogadores chineses. O futebol profissional não é muito melhor, com os negros sendo 65%. Em ambos os esportes, os negros estão entre os jogadores mais bem pagos e têm o maior número de prêmios por excelência. Negros que têm sua ascendência da África Ocidental, incluindo negros americanos, detêm mais de 95 por cento das vitórias em corridas.

Por outro lado, os negros são apenas 2% dos jogadores de hóquei no gelo da NHL. Mas não se preocupe sobre a sub-representação dos negros na NHL. A sub-representação por estado é ainda pior. A maioria dos jogadores profissionais de hóquei dos EUA nasceu em Minnesota, seguido por Massachusetts. Nem um único jogador de hóquei profissional nos EUA pode se orgulhar de ter nascido e sido criado no Havaí, Mississippi ou Louisiana. Sob qualquer forma de recorte simplesmente não há proporcionalidade ou diversidade racial no basquete, futebol ou hóquei profissional.

Uma pergunta ainda mais carregada emocionalmente é se temos inteligência igual. Pegue os judeus, por exemplo. Eles são apenas 3% da população dos EUA. Teorias mal acabadas de proporcionalidade racial poderiam prever que 3% dos laureados com o Nobel nos EUA seriam judeus, mas isso está bem longe do alvo. Os judeus constituem gritantes 39% dos americanos ganhadores do Prêmio Nobel. Em nível internacional, a disparidade é ainda pior. Os judeus não são sequer 1% da população do mundo, mas eles constituem 20% dos ganhadores do Prêmio Nobel do mundo.

Há muitas outras desigualdades e desproporções. Ásio-americanos rotineiramente atingem as marcas mais altas em matemática no SAT [exame educacional padrão nos EUA], ao passo que os negros as marcas menores. Os homens são 50% da população, mas são atingidos seis vezes mais por raios do que as mulheres. Eu pessoalmente gostaria de saber de quem está no comando de um relâmpago o que ele tem contra os homens. As estatísticas demográficas de Dakota do Sul, Iowa, Maine, Montana e Vermont mostram que nem sequer 1% de suas respectivas populações é negra. Por outro lado, na Geórgia, Alabama e Mississippi, os negros estão sobrerrepresentados em termos de porcentagens na população em geral. Índios Pima do Arizona têm taxas de diabetes conhecidas como as mais altas do mundo. O câncer de próstata é quase duas vezes mais comum entre os homens negros do que entre homens brancos. As taxas de câncer do colo do útero são cinco vezes maiores entre as mulheres vietnamitas nos EUA do que entre as mulheres brancas.

Acadêmicos de pensamento pouco consistente e advogados e juízes fracos, por causa da discriminação, amparam a tola noção de uma distribuição proporcional de raça para renda, educação, ocupação e outros efeitos. Não há absolutamente nenhuma evidência de que em qualquer lugar, em algum momento, a proporcionalidade tenha sido a regra na Terra; no entanto, muito do nosso pensamento, muitas de nossas leis e de grande parte da nossa política pública são baseados na proporcionalidade como norma. Talvez essa visão seja mantida porque as pessoas acreditam que a igualdade de fato é necessária para a igualdade perante a lei. Mas a única exigência de igualdade perante a lei é ser um ser humano.

Tradução: Maria Júlia Ferraz
Título original: Are We Equal?
© M@M Proibida a reprodução

Um comentário:

  1. Esse sempre foi problema do pensamento conservador: interpretação precária e literal dos dados estatísticos.

    Há de concordar que no mínimo em qualquer analise social se deve atribuir considerações contextuais ao mesmo, sendo esses passiveis da História,cultura e todas outras possíveis interações humanas compreendidas exclusivamente pela racionalização de sua própria ciência.

    É de simples entendimento que muitas desproporções exemplificadas no texto são consequências de outros fatores não inerentes nessa porção de dados.Não irei entrar em detalhes nestes, porém como judeu irei ressaltar que este histórico de sucesso no mundo acadêmico ou nas premiações do Nobel não tem relação com uma desigualdade intrínseca do ser,mas sim uma característica cultural muito forte nos estudos e até mesmo na leitura dos escritos (geralmente em outras línguas como o hebraico e o aramaico).

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