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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Florestan Fernandes e a Revolucao Burguesa: desventuras de um conceito - Paulo Roberto de Almeida

Parece que os 20 anos do falecimento de Florestan Fernandes, um grande mestre da sociologia e um dos ideólogos do marxismo acadêmico, e companheiro do PT (antes que este degenerasse num vulgar partido mafioso), estão causando certo frisson na academia.
Recebi diversos pedidos de interessados em meus trabalhos em torno do mestre e de sua obra magna, A Revolução Burguesa no Brasil.
Para atender essas demandas, estou carregando em algumas plataformas, alguns desses trabalhos, como este que figura abaixo.
O trabalho, como indica a sua ficha, transcrita a seguir, me tinha sido encomendado por marxistas da academia para figurar na História do Marxismo Brasileiro, vol. IV, mas os editores acharam que meu ensaio não era suficiente marxista, aos seus olhos, para merecer figurar em tão augusta obra. Na verdade, meu ensaio ousava criticar o mestre metodologicamente e historicamente, o que foi julgado inaceitável pelos guardiões do pensamento único.
Eis a ficha:


1467. “As desventuras de um conceito: a revolução burguesa na obra de Florestan Fernandes”, Brasília, 5 set. 2005, 44 p. Reelaboração dos trabalhos 124, de 1986, “O Paradigma Perdido: a Revolução Burguesa de Florestan Fernandes” (publicado, com supressão de trechos, na antologia organizada por Maria Angela d’INCAO (org.), O Saber Militante: Ensaios sobre Florestan Fernandes. São Paulo-Rio de Janeiro, UNESP-Paz e Terra, 1987, p. 209-229) e 630, de 1998, “A ideia de revolução burguesa no marxismo brasileiro” (preparado para o v. 4 do História do Marxismo no Brasil, sob a coordenação Marcos Del Roio e Angelo José da Silva e mantido inédito desde então), com acréscimo parcial da primeira seção do trabalho 1466. Enviado à revista Versões, periódico semestral dos discentes do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos (alunosppgcso@iris.ufscar.br). Feita versão resumida a 18 p. Publicada sob o título “A revolução burguesa na obra de Florestan Fernandes”, na revista Versões (São Carlos, UFSCAR, PPGCS, a. I, n. 1, 2005, ISSN: 1809-0443, p. 22-43). Relação de Publicados n. 576.

Os meus trabalhos a respeito do tema são estes: 


ALMEIDA, Paulo Roberto de. Classes Sociales et Pouvoir Politique au Brésil: une étude sur les fondements méthodologiques et empiriques de la Révolution Bourgeoise. Bruxelas: Université Libre de Bruxelles, 1984, 2 vols.; Thèse présentée en vue de l’obtention du grade de Docteur ès Sciences Sociales; sumário: http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/03Doutor1984.html.
———. “O Paradigma Perdido: a Revolução Burguesa de Florestan Fernandes”, In: Maria Angela d’INCAO (org.), O Saber Militante: Ensaios sobre Florestan Fernandes. São Paulo-Rio de Janeiro: UNESP-Paz e Terra, 1987, pp. 209-229.
———. “Florestan Fernandes e a idéia de revolução burguesa no pensamento marxista brasileiro”, revista Espaço Acadêmico [online], nº 52, Ano V, setembro de 2005. [Acessado em 06 de setembro de 2005] Available from World Wide Web: <http://www.espacoacademico.com.br/052/52ff_almeida.htm>. ISSN 1519.6186.

Eis o artigo: 


AS DESVENTURAS DE UM CONCEITO:
A Revolução Burguesa na obra de Florestan Fernandes
Paulo Roberto de Almeida

Versão resumida de 18 p., deste trabalho original de 44 p., foi publicada sob o título “A revolução burguesa na obra de Florestan Fernandes”, na revista Versões (São Carlos, UFSCAR, PPGCS, a. I, n. 1, 2005, ISSN: 1809-0443, p. 22-43)

 Sumário do ensaio:
1. Desventuras práticas e sucessos teóricos da revolução burguesa no Brasil
2. Pensando a revolução burguesa: uma santíssima trindade acadêmica
3. Florestan Fernandes e a revolução burguesa na periferia
4. A modernização incompleta: em busca de um paradigma burguês
5. A contingência da estrutura: um comparatismo pouco comparável
6. O gesso do molde conceitual: do prêt-à-porter ao menu à la carte
7. O modelo autocrático-burguês de modernização: a originalidade da cópia?
8. O acaso e a necessidade: não há fatalismos na transformação capitalista
9. A questão essencial: uma democracia tardia?
Referências bibliográficas
1. Desventuras práticas e sucessos teóricos da revolução burguesa no Brasil[1]
A idéia de revolução burguesa é consubstancial ao desenvolvimento do marxismo no Brasil, conhecendo seus momentos de ascensão teórica ou de declínio prático, de projeção exclusiva no establishment intelectual ou de concorrência com outros modelos analíticos na academia, pari-passu aos progressos teóricos ou percalços práticos da filosofia marxista no País. Essa noção perpassa grande parte da produção intelectual situada no campo teórico do marxismo, alcançando seu ponto máximo, enquanto “tipo-ideal” da conceitualização marxista sobre o desenvolvimento capitalista brasileiro, na obra do sociólogo Florestan Fernandes. O sociólogo paulista foi um dos mais brilhantes representantes do marxismo acadêmico no Brasil, elevando a interpretação marxista da história brasileira a um plano certamente elevado de conceitualização, sobretudo com o clássico A Revolução Burguesa no Brasil


[1] O presente trabalho apoia-se fortemente na tese de doutoramento do autor, citada na bibliografia. Versão resumida dos principais argumentos foi publicada, sob o título “O Paradigma Perdido: a Revolução Burguesa de Florestan Fernandes”, In: Maria Angela d'INCAO (org.). O Saber Militante: Ensaios sobre Florestan Fernandes. São Paulo-Rio de Janeiro, UNESP-Paz e Terra, 1987, pp. 209-229. A primeira seção deste ensaio integrou parcialmente outro trabalho que, sob o título “Florestan Fernandes e a idéia de revolução burguesa no pensamento marxista brasileiro”, foi publicada na revista eletrônica Espaço Acadêmico [online], nº 52, Ano V, setembro de 2005. [Acessado em 06 de setembro de 2005] Available from World Wide Web: <http://www.espacoacademico.com.br/052/52ff_almeida.htm>. ISSN 1519.6186.
 Ler a íntegra desse artigo neste link: 

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