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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Bolivia-Petrobras: Lula confirmou ter combinado com Morales a entrega - Gazeta do Povo, Editorial

Como já antecipado neste blog -- e que considerei um caso de "traição à pátria", o que reafirmo, sem qualquer hesitação -- tomo conhecimento, agora, deste longo editorial de um jornal que parece flagrantemente oposicionista, mas não é por isto: o gesto do ex-presidente é um escândalo, pois se tem agora a confirmação de que não se tratou de uma ação unilateral, de surpresa, do presidente boliviano, mas de ações, conjuntas, calculadas, deliberadas, acertadas.
Não tenho outra designação para isso do que traição à pátria.
Depois do que os petralhas fizeram com a Petrobras, parece pouco o prejuizo, mas não se trata de uma questão de valor: a Bolívia violou todos os princípios do direito internacional, com a CONCORDÂNCIA do governo petista, que defendeu em nota a ação unilateral e ilegal da Bolívia.
Nunca Antes na história do Brasil tinhamos tido tamanha demonstração de traição à pátria, com a participação dos principais responsáveis pela nossa diplomacia, a começar pelo ex-chefe de Estado.
Paulo Roberto de Almeida
Hartford, 14/10/2015

 
Lula o entreguista 
EDITORIAL GAZETA DO POVO - PR
GAZETA DO POVO - PR - 07/10/2015
 
Ao confessar ter combinado antecipadamente com Evo Morales a expropriação de unidades da Petrobras na Bolívia, o ex-presidente mostra que ele vê o patrimônio estatal como se fosse propriedade pessoal

À medida que o tempo passa, mais se sabe quem é, de fato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O exemplo mais recente data da última segunda-feira, quando, em palestra em São Paulo para uma plateia formada por partidos de esquerda, ele abertamente confessou ter “doado” para a Bolívia as instalações que a Petrobras mantinha naquele país para extração de gás. A camaradagem já havia sido combinada com o ainda então candidato à presidência boliviana, Evo Morales – que, eleito, meses depois de sua posse pôs suas tropas para confiscar o patrimônio brasileiro, em maio de 2006.

Foi bem simples, segundo relato do próprio Lula: “O Evo me perguntou: ‘como vocês ficarão se nós nacionalizarmos a Petrobras?’ Respondi: ‘o gás é de vocês’. E foi assim que nos comportamos, respeitando a soberania da Bolívia”. O presente que Lula deu à Bolívia valia nada menos do que US$ 1,5 bilhão. E agora se sabe também que a ocupação militar das refinarias não passou de uma patética encenação para dar pretexto à colossal e despropositada oferenda.

É tosco o raciocínio de Lula para justificar a doação. Ele não tinha o direito, senão pisando sobre a soberania do país que governava, de alienar um bem do Estado. É de se perguntar: a seguir seu entendimento, bastaria deslocar nossos navios de guerra para tomar dos estrangeiros as plataformas instaladas para explorar o “nosso” petróleo? Evidentemente, nenhuma das opções pode nem sequer ser aventada por um chefe de Estado. No mundo civilizado devem prevalecer regras contratuais de direitos e deveres que regulam as relações entre nações.
 
O ex-presidente foi além em suas tardias confissões ao falar para o Foro de São Paulo, organização que reúne representantes de esquerda da América Latina. Ele deixou patente que, ao colaborar com o arroubo de Morales, sua pretensão era a de fortalecer os regimes bolivarianos que floresciam no continente – isto é, Lula foi movido por uma causa ideológica e, em nome dela, transferiu a outro país um patrimônio de que ele não podia dispor como se fosse sua propriedade particular.
 
Absolutamente nada autoriza um presidente da República a usar desta forma um patrimônio do Estado, dando sinal verde informal – como Lula atesta com suas próprias palavras – a um ato de expropriação por parte de um governo estrangeiro. Na verdade, ele confessou ter sido cúmplice de um atentado à soberania nacional, preferindo o interesse boliviano ao interesse brasileiro. A esquerda – nela incluída o próprio Lula – adora repetir que estatais são “do povo brasileiro”. Segundo a lógica das esquerdas, então, a conclusão é evidente: Lula entregou à Bolívia algo que era “do povo brasileiro”. Claro, sabemos que na realidade estatais pertencem ao Estado, e não ao povo. Mesmo assim, isso não autoriza o mandatário de plantão a dispor dos bens do Estado como bem lhe aprouver, especialmente quando isso significa um ataque à soberania brasileira.
 
Não causa surpresa, porém, o desdém que Lula dedicou à Petrobras no caso boliviano. A estatal foi contínua e permanentemente pilhada ao longo de seu governo e do mandato da presidente Dilma Rousseff, como bem demonstra a Operação Lava Jato. Fez-se dela, durante esse período, um caixa livre para abastecer partidos e enriquecer políticos, diretores e operadores que se fartaram de propinas. A empresa também foi sangrada como instrumento de política econômica; represava-se sua rentabilidade para conter a pressão inflacionária, impunham-se à estatal prejuízos reais ou tolhia-se sua capacidade de investimentos.
 
A Petrobras encontra-se, na prática, privatizada: foi transformada em propriedade do PT para fins partidários e eleitorais. E, agora, ficamos sabendo pela boca do próprio Lula que ela também foi usada para camaradagens ideológicas. Não por outras razões a empresa que já foi uma das maiores do mundo frequenta hoje posições muito mais modestas no ranking – liderança global, agora, só em endividamento.
 
Analisando apenas os valores, a “doação” de parte do seu patrimônio para o amigo Evo Morales poderia até ser considerada um “mal menor” diante de tudo quanto se fez para levar a Petrobras ao triste estágio em que hoje se encontra. Mas o significado do episódio vai muito além das cifras. Ele mostra como, desmoralizada e desvalorizada, a Petrobras se tornou o retrato pronto e acabado da ideologização irresponsável da administração petista.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Lula vai processar o historiador Marco Antonio Villa: vamos apoia-lo emsua luta contra o chefe da quadrilha

Lula deve contas à justiça, que no Brasil é realmente cega, e paraplégica, embora seja lépida e fagueira na defesa de poderosos e endinheirados.
Minha solidariedade com o historiador.
Creio que a melhor forma de ajudar o historiador na sua luta contra a mentira, contra o crime e a fraude, seja fazer com que cada um de nós, cidadãos responsáveis, assumamos também a coragem desse acadêmico.
Pois eu faço minhas todas as suas palavras, e espero que todos os que se sentem ultrajados pelo chefe da quadrilha também me sigam nessa luta.
Abaixo a nota do historiador Marco Antônio Villa
Paulo Roberto de Almeida 

Lula não vai me calar!!

Fui informado que o Lula vai me processar. O Instituto Lula divulgou a seguinte nota:

NOTA À IMPRENSA
Lula move queixa-crime contra calúnias de historiador na TV Cultura
São Paulo, 15 de setembro de 2015, 

Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entraram hoje (15) com queixa-crime contra o historiador Marco Antonio Villa, por conta de afirmações caluniosas proferidas por ele na edição de 20 de julho do Jornal da Cultura 2ª edição, onde é parte do elenco fixo de comentaristas. A ação é referente a apenas um dos recorrentes comentários caluniosos que o professor da Unesp (Universidade do Estadual Paulista) repete contra o ex-presidente no jornal noturno da TV pública do governo do Estado de São Paulo

No referido comentário, Villa disse que o ex-presidente “mente, mente”, que é culpado de “tráfico de influência internacional, sim”, além de “réu oculto do mensalão”, “chefe do petrolão”, “chefe da quadrilha” e teria organizado “todo o esquema de corrupção”. O historiador deixou claro ainda que “quem está dizendo sou eu, Marco Antonio Villa”, embora não tenha apresentado sequer uma evidência das graves acusações que fez. Todas essas afirmações do historiador não condizem com a verdade e por isso foi a justiça foi acionada contra o historiador e comentarista político.

No texto protocolado na Justiça Estadual de São Paulo, a defesa de Lula aponta que as acusações de Villa incorrem em calúnia, injúria e difamação. “Essas afirmações foram emitidas sem qualquer elemento que pudesse respaldá-las”, diz a queixa-crime. “Nesse contexto, verifica-se que o querelado [Villa] passou longe de qualquer comentário jornalístico ou do dever de informar, e promoveu descabidos e rasteiros juízos de valor sobre o querelante [Lula] e, ainda, fez afirmações mentirosas sobre sua trajetória política, conduta e identidade”.

Fiz uma curta nota e enviei ao Jornal da Cultura:

"Lula quer me intimidar. Vai perder seu tempo. Não darei um passo atrás. Continuarei combatendo o "projeto criminoso de poder", sábia definição do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, em um dos votos do processo do mensalão.
Tenho por princípio defender os valores republicanos. Vou continuar nesta luta. Nada vai me calar. Vivemos uma quadra histórica decisiva para o Brasil. A hora não é dos fracos. Não tenho medo. Confio na Justiça do meu país."

domingo, 20 de setembro de 2015

A nave dos naufragos aumenta, assim como a solidao dos ladroes - Tito Costa

O ex-prefeito da cidade de S. Bernardo, e antigo protetor de Lula, lamenta os desvios do companheiro.
Devia ser mais explícito: devia dizer que o companheiro sancionou o maior roubo já ocorrido na história do Brasil, e um dos maiores do mundo, que o companheiro é um chefe de quadrilha e o principal animador de uma organização criminosa.
Simples assim, e assino embaixo.
Paulo Roberto de Almeida

"Meu amigo Lula, você perdeu a oportunidade..."
TITO COSTA
Folha de São Paulo, 20/09/2015

Carta aberta a Lula
Meu amigo Lula, você perdeu a oportunidade de se tornar o verdadeiro líder de um país ainda em busca de um caminho de prosperidade
Meu caro Lula, permito-me escrever-lhe publicamente diante da impossibilidade de nos falarmos em pessoa, com a franqueza dos tempos de nossos seguidos contatos –você na presidência do Sindicato dos Metalúrgicos e eu prefeito de São Bernardo do Campo.
Não vou falar das greves que ocorreram de 1979 a 1981, que projetaram seu nome no Brasil e no exterior. Não quero lembrar os dias angustiantes da intervenção no sindicato pelo ministro do Trabalho, em março de 1979, e da violência que se seguiu com prisões, processos e a sua detenção pelo Dops (Departamento de Ordem Política e Social).
Todos esses fatos sempre foram acompanhados por mim juntamente ao senador Teotônio Vilela, a Ulysses Guimarães e a numerosos políticos do então MDB.
Na véspera da intervenção no sindicato, você ligou ao meu gabinete me pedindo ajuda para retirar estoques de alimentos ali guardados. Enviei caminhões da prefeitura para retirá-los, e o material foi depositado na igreja matriz da cidade.
Não falo das reuniões, madrugadas adentro, em meu apartamento em São Bernardo, com figuras expressivas do mundo político e também de outras esferas, como dom Cláudio Hummes, nosso amigo, então bispo de Santo André, hoje pessoa de confiança do papa Francisco, em Roma. Éramos todos preocupados com a sua sorte, a do sindicato e também a das nossas instituições em pleno regime militar.
Prefiro não falar dos dias em que o acolhi em minha chácara na pequena cidade de Torrinha, no interior de São Paulo, acobertando-o de perseguições do poder militar da época: você, Marisa, os filhos pequenos, vivendo horas de aflição e preocupantes expectativas.
Nem quero me lembrar das assembleias do sindicato, depois da intervenção no estádio de Vila Euclides, cedido pela Prefeitura de São Bernardo, fornecendo os aparatos possíveis de segurança.
Eram os primórdios de uma carreira vitoriosa como líder operário que chegou à Presidência da República por um partido político que prometia seriedade no manejo da coisa pública e logo decepcionou a todos pelos desvios de comportamento e por abusos na condução da máquina administrativa do Estado.
E aqui começa o seu desvio de uma carreira política que poderia tê-lo consagrado como autêntico líder para um país ainda em busca de desenvolvimento. Você deixou escapar das mãos a oportunidade histórica de liderar a implantação de urgentes mudanças estruturais na máquina do poder público.
Como bem lembrou Frei Betto, seu amigo e colaborador, você, liderando o Partido dos Trabalhadores, abandonou um projeto de Brasil para dedicar-se tão somente a um ambicioso e impatriótico projeto de poder, acomodando-se aos vícios da política tradicional.
Assim, seu partido –em seus alargados anos de governo, com indissimulada arrogância– optou por embrenhar-se na busca incessante, impatriótica e irresponsável do aparelhamento do Estado em favor de sua causa, que não é a do país.
Enganou-se você com a pretensão equivocada de implantar uma era de bonança artificial pela via perversa do paternalismo e do consumismo em favor das classes menos favorecidas, levando-as ao engano do qual agora se apercebem com natural desapontamento.
Por isso, meu caro Lula, segundo penso, você perdeu a oportunidade histórica de se tornar o verdadeiro líder de um país que ainda busca um caminho de prosperidade, igualdade e solidariedade para todos. Alguma coisa que poderia beirar a utopia, mas perfeitamente factível pelo poder político que você e seu partido detiveram por largo tempo.
Agora, perdido o ensejo de sua consagração como grande liderança de nossa história republicana recente, o operário-estadista, resta à população brasileira o desconsolo de esperar por uma era de dificuldades e incertezas.
Seu amigo, Tito Costa.

ANTONIO TITO COSTA, 92, advogado, foi prefeito de São Bernardo do Campo (1977-1983) pelo MDB/PMDB, quando teve atuação destacada nas greves de metalúrgicos no ABC paulista, durante os movimentos de oposição à ditadura militar. Foi também deputado federal constituinte (1987-1988)

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Politica brasileira: Mino Carta compara Lula a um cao, ou a uma fera...

Aliás, faz mais do que isso: ameaça o Brasil com o despertar da besta fera, o monstro que vai assustar uma inexistente direita e escorraçar uma suposta conspiração das elites contra o governo do poste que ele mesmo designou assim e o elegeu, para continuar governando por procuração.
Mino Carta acha que os problemas atuais foram causados por "décadas" de procastinação, o que além de ofender a inteligência dos que o leem, destoa dos dados empíricos disponíveis.
Jornalista vendido faz assim.
E por que coloco seu artigo aqui?
Porque é um sinal de desespero dos companheiros, a verem suas perspectivas se esvairem.
Paulo Roberto de Almeida

Cuidado com ele
Recado ao senhores: se Lula entrar na briga, vai provar sua condição de líder do povo brasileiro
Mino Carta, Editorial
Carta Capital, 18/05/2015

A situação de caos que o País vive precipita um grande equívoco e duas urgências. Destas, uma investe Dilma Rousseff. Esgota-se o tempo que lhe sobra para tentar rever posturas, orientações, escolhas.
Não esqueço a última vez em que estive com ela, em companhia de Sergio Lirio e André Barrocal, para entrevistá-la às vésperas das últimas eleições. Impressionou-me o isolamento da presidenta sobrepujada pelo álgido cenário fascistoide transplantado para o Trópico no Palácio da Alvorada, enorme redoma de solidão. A outra urgência diz respeito a Lula. O ex-presidente chegou a uma peremptória encruzilhada e tem de escolher a saída que mais lhe convém.
Recordo o dia, mais ou menos recente, em que ouvi de Lula a seguinte frase: "Um presidente considera-se bem-sucedido quando se reelege, e digno da excelência quando elege seu sucessor". Inviável o impeachment de Dilma sonhado por muitos opositores, é difícil,, nas circunstâncias atuais, deixar de imaginar um final melancólico para o segundo mandato da presidenta. Se for assim, ela não fará seu sucessor.
Como observava Mauricio Dias em sua Rosa dos Ventos, na edição passada, faltam para a sucessão quadros potáveis no governo e no PT. Resta mirar em Lula. A própria oposição ajusta a alça. Eis o verdadeiro inimigo, antes de qualquer outro. O que a elite brasileira mais teme é a volta por cima do ex-presidente. O ex-operário, de novo!? Vaias e panelaços que de uns tempos para cá lhe são reservados, além de patéticos, não escondem o medo, e não exagero no emprego da palavra. Resta ver se Lula pretende, ou não, transformar o Brasil em uma infinda Vila Euclydes.
Ele pode, é o único, verdadeiro líder do povo brasileiro, se quiser, enche as praças. Ao longo de dois mandatos realizou avanços importantes, inferiores a meu ver, àqueles que poderia e deveria realizar. Bastou, contudo, para deixar a Presidência com altíssima aprovação, nunca dantes navegada. O que pretende a partir deste momento não está claro. Evidente é sua irritação. Não contemplo somente os comportamentos midiáticos, as acusações de envolvimento em escândalos variados, os apupos do preconceito elitista, como prova seu discurso no evento da CUT promovido em São Paulo dia Io de maio. De fato, abala-se também a críticas ao governo Dilma, a rigor as primeiras públicas.
Estamos na encruzilhada e o equívoco seria a consequência, a depender da escolha de Lula ao determinar seu caminho. Se decidir, em lugar da aposentadoria, pela disputa do poder, assistiremos a um imperioso retorno à ribalta, mesmo que agora não seja seu objetivo descer à liça em 2018. Quanto ao equívoco, suponho ser geral, da oposição, da chamada elite, da mídia, bem como do PMDB, do próprio PT, e do governo que o partido haveria de sustentar.
Lula tem todas as condições, e mais algumas, de reassumir uma liderança avassaladora, em parte abandonada para deixar espaço a Dilma Rousseff. Quem supõe que, ao sabor do dito petrolão, da tibieza governista e do martelar midiático, Lula esteja encurralado, engana--se além da conta. Quem se ilude, corre o risco de, como se diz, cutucar a fera com vara curta.
O Brasil vai mal, graças a um acúmulo de erros e desmandos, de resto encadeados no decurso das décadas de sorte a se tornarem mal endêmico, mas o jogo, o trágico enredo que entrega o País ao caos, não está encerrado. Diz um antigo provérbio italiano: non destar il cane che dorme. Não desperte o cão que dorme.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Mensalao: Lula confessou ao presidente Mujica, do Uruguai - Polibio Braga

"Para Mujica, ficou claro que Lula falava do mensalão", diz autor de livro

Segundo Andrés Danza, um dos autores da biografia 'Uma Ovelha Negra no Poder', não restou dúvida para o ex-presidente uruguaio que Lula se referia ao escândalo ao dizer que teve de "lidar com muitas coisas imorais".
A entrevista é de Leonardo Coutinho, do site www.veja.com.br deste final de tarde. Ele ouviu Danza pelo telefone internacional.
Leia tudo:
Andrés Danza, um dos autores do livro Una Oveja Negra al Poder (Uma Ovelha Negra no Poder), confirmou a VEJA declaração do ex-presidente uruguaio, José Mujica, de que Lula se referia ao mensalão quando justificou a corrupção em seu governo. Uma frase de Danza publicada no site G1 nesta sexta-feira deu a falsa impressão de que ele estava negando o conteúdo do livro. Na frase em questão ("Não, Lula estava falando sobre as 'coisas imorais' e não sobre o mensalão. O que Lula transmitiu ao Mujica foi que é dificil governar o Brasil sem conviver com chantagens e 'coisas imorais"), Danza apenas esclareceu que Lula não tinha usado especificamente a palavra "mensalão", embora tenha ficado claro para Mujica que era exatamente a esse escândalo que o brasileiro se referia. Ao relatar a conversa aos jornalistas que escreveram o livro, Mujica associou imediatamente a confissão ao escândalo que levou à prisão algumas das principais lideranças do PT e do governo Lula, como José Dirceu, José Genoino e João Paulo Cunha. A seguir, a entrevista de Danza a VEJA:
O jornal O Globo publicou uma reportagem sobre seu livro, que causou muita repercussão porque revelou o conteúdo de uma conversa entre o ex-presidente José Mujica e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nele está a revelação de que Lula sabia o que se passou...
No mensalão.
Sim. Quais são os detalhes dessa conversa?
Foi uma conversa que Mujica teve com Lula antes de assumir a presidência do Uruguai, em 2010. Mujica viajou ao Brasil com o vice-presidente Danilo Astori. A conversa foi em Brasília. Mujica conta que Lula lhe disse que como presidente teve de lidar com questões imorais e chantagens, e que essa é a forma de governar o Brasil. Lula não usou especificamente a expressão "mensalão". Ele disse que a corrupção é alta no Brasil e que um presidente tem de lidar com questões imorais e chantagens. Embora a confissão que Lula fez sobre corrupção tenha sido genérica, para Mujica ficou claro que ele estava se referindo especificamente ao mensalão. Mujica disse a Lula que isso é algo típico de muitos países.

Como Mujica avaliou a afirmação de Lula de que não há como governar sem corrupção?
Mujica se preocupa com a corrupção. Vive de forma humilde e a combate. Ele não a defende. Mas ele defende Lula, com quem tem uma relação muito próxima. Ele considera que Lula não é corrupto e o vê como padrinho. Ele entende que Lula teve de conviver com a corrupção.
Mujica ficou incomodado com a repercussão dessa revelação?

Não falei com ele ainda. Mas é um trabalho jornalístico. Nós temos tudo mais que confirmado e por isso publicamos. Mujica participou do lançamento do livro em Buenos Aires, na semana passada. Faz muito tempo que nos conhecemos e há entre nós respeito profissional. Ele nunca exigiu que algo que disse fosse ou não publicado.

domingo, 10 de maio de 2015

O Fuhrer de Garanhuns, o proprio - Percival Puggina

Transcrevendo:
O Führer de Garanhuns
Percival Puggina critica a campanha de ódio promovida por Lula e seus sequazes contra os oposicionistas. Ao que parece, aprenderam algumas técnicas com o nazismo: 

O que efetivamente mobilizou o nazismo contra os judeus não foram as destrambelhadas especulações biológicas que apenas favoreceram o trabalho sujo dos que executaram as políticas de extermínio. A causa principal foi o mito da "conspiração judaica", difundindo a ideia do poder econômico do povo judeu e a ele atribuindo a culpa pelos males nacionais. Ao longo da história, mobilizações nacionalistas sempre procuraram identificar um inimigo interno ou externo, direcionando-lhe as animosidades. No nazismo, a exemplo do comunismo, foi acionado este fermento revolucionário que excita os piores sentimentos: a falácia de que o outro, como indivíduo, raça ou classe seja, objetivamente, causador da pobreza do pobre.
 Observe, então, o que vem sendo proclamado sobre a "elite branca de olhos azuis" pelas personagens mais aguerridas do petismo (do topo lulista à base militante). Lula e os seus não cansam de repetir que essa elite não gosta de pobre, é contra sua prosperidade e se enoja com a presença de gente humilde nos aeroportos e nas universidades. Por quê? Ninguém esclarece. O importante é repeti-lo à exaustão. E o PT é perito em papaguear bobagens tantas vezes quantas sejam necessárias para assemelhar à verdade algo que não tem o menor fundamento. Além de tornar a nação respeitável ao proporcionar a dignidade de todos os cidadãos, o progresso material das classes mais humildes é desejável por todos os segmentos sociais, inclusive por aqueles contra os quais o PT pretende instigar a malquerença dos pobres. Entre os muitos benefícios humanísticos e ganhos de ordem ética, a ascensão social dos mais carentes significa, para todos, maior segurança e maior dinamismo na vida econômica e social. É bom para todo mundo. É assim que a civilização avança. No fundo, até o Lula sabe disso.
No entanto, o führer de Garanhuns e seus propagandistas goebbelianos precisam do ódio como fator de luta (segundo ensinou Che Guevara). E nada melhor do que aprender com Hitler o modo de suscitar ódio contra quem tem mais. Basta proclamar aos pobres que essas pessoas, brancas de olhos azuis, são a causa de sua pobreza, que estes iníquos não toleram conviver com eles e que, por soturnos motivos, querem preservá-los na miséria. Difundir tais teses após as experiências do nazismo deveria ser capitulado como crime. Numa hipótese mais branda, ser tratado como sociopatia.
Tão perigoso quando o que estou descrevendo é não se importar com isso e considerar que se trata apenas de uma estratégia, sem efetivas consequências sociais e políticas. Era exatamente o que pensava a maioria dos alemães até bem perto do final da guerra.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Politica brasileira: o Brasil estaria doente? Talvez, mas nao parece facil encontrar solucao de emergencia...

A notícia abaixo é exatamente de dois meses atrás, e depois disso não se sabe de outras notícias a respeito. Em todo caso, caberia levar isso em conta quando dizem que o atual governo já acabou, ou que os companheiros mais empolgados pretenderiam ter uma solução de substituição ainda antes de dois anos, para permitir a eleição triunfal do próprio.
Cabe verificar se seria verdade...
Paulo Roberto de Almeida

Lula já está sob tratamento de novo câncer, desta vez no pâncreas

O jornalista Leandro Mazzini, que assina coluna diária no jornal O Sul, Porto Alegre, informou neste domingo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva combateu de um ano para cá um novo câncer e o controlou, dizem fontes ligadas ao petista. Lula se curou da doença na laringe, mas foi acometido de um câncer no pâncreas, que teria sido descoberto no início de 2014. O ex-presidente passou a visitar esporadicamente o Hospital Sírio Libanês em São Paulo durante a madrugada, entrando de carro pela garagem privativa do corpo clínico para evitar boataria. E tomou um forte medicamento para evitar a quimioterapia.
 
Há dois meses o repórter teve acesso a informações sigilosas sobre o estado de saúde do ex-presidente, e desde então confirmou a informação com quatro fontes distintas, que pediram anonimato – um médico do Sírio, que não compõe a equipe que cuida de Lula; um diretor do PT; um assessor especial do Palácio do Planalto; e um parlamentar amigo de Lula.
O ex-presidente não faz tratamento intensivo no hospital – onde se curou do primeiro câncer – porque estaria tomando diariamente um medicamento importado dos Estados Unidos, que custa cerca de R$ 30 mil por mês (ainda não comercializado no Brasil). Seria sob o princípio do Bevacizumab, com uma versão mais recente e potente do popular Avastin, que ameniza o quadro clínico e a dor, e evita a quimioterapia.

O quadro de saúde impediu Lula de intensificar a agenda de campanha junto à presidente Dilma Rousseff, embora tenha feito visitas a algumas capitais, mas sempre sob orientação e cuidados médicos. A presença do médico Roberto Kalil na festa da vitória de Dilma, no Palácio da Alvorada, onde Lula se encontrava na noite do dia 26 de outubro, não seria mera visita à amiga que também combateu a doença sob os cuidados do mesmo médico de Lula.

Questionada há mais de um mês, a assessoria do Instituto Lula, que responde por assuntos pessoais do ex-presidente, negou veementemente a nova doença, e informou que só se comunicaria oficialmente diante de nota do Hospital Sírio e Libanês. Procurada para uma nota oficial, a assessoria do hospital informou que não vai se pronunciar – e assim não confirmou, mas também não negou.
Neste sábado (3), a Coluna conseguiu contato com mais dois médicos do Sírio. Um repórter colaborador conversou com o médico de Lula, Dr. Roberto Kalil. Indagado sobre a nova doença, ele avisou que não se pronunciaria, e citou o último boletim médico de Lula como o único informe oficial a respeito da saúde do líder petista e paciente.

O documento porém não cita novo câncer, e apenas informa que o quadro de Lula é bom. Uma outra fonte ligada ao hospital confirmou as visitas de Lula pela madrugada, e informou que o ex-presidente passará a fazer seus check-ups a cada seis meses a partir de agora.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Comedia desumana da politica brasileira - Dora Kramer (artigo de outubro de 2014)

Recebido de correspondente conectado, como eu, nas coisas da política brasileira (que nos envergonham, como cabe a quem é digno e pretende um Brasil melhor.
Paulo Roberto de Almeida

O herói sem caráter
Dora Kramer
O Estado de São Paulo, 22/10/2014
 
Remexendo na gaveta de recortes de jornais - valorosos e não raro mais úteis que o Google - encontro um texto escrito em 7 de setembro de 2010. Apenas coincidência a data da independência. O título, “Macunaíma - O herói sem nenhum caráter” de Mário de Andrade.
Faltava pouco menos de um mês para o primeiro turno da eleição em que o então presidente Luiz Inácio da Silva fazia o "diabo" e conseguiria na etapa final realizada em 31 de outubro eleger uma incógnita como sua sucessora. Deu todas as garantias de que a chefe de sua Casa Civil, Dilma Rousseff, seria uma administradora de escol para o Brasil. Não foi, conforme comprovam os indicadores de um governo que se sustenta no índice positivo do emprego formal, cuja durabilidade depende do rumo da economia.
Como ex-presidente, Lula agora pede que se renove a aposta. Sem uma justa causa, apenas baseado na ficção por ele criada de que a alternância de poder faz mal à democracia brasileira. A propósito de reflexão a respeito da nossa história recente, convido a prezada leitora e o caro leitor ao reexame daquele texto.

"Só porque é popular uma pessoa pode escarnecer de todos, ignorar a lei, zombar da Justiça, enaltecer notórios ditadores, tomar para si a realização alheia, mentir e nunca dar um passo que não seja em proveito próprio?
Um artista não poderia fazer, sequer ousaria fazer isso, pois a condenação da sociedade seria o começo do seu fim. Um político tampouco ousaria abrir tanto a guarda. A menos que tivesse respaldo, que só revelasse sua verdadeira face lentamente e ao mesmo tempo cooptasse os que poderiam repreendê-lo tornando-os dependentes de seus projetos dos quais aos poucos se alijariam os críticos por intimidação ou cansaço.
A base de tudo seria a condescendência dos setores pensantes e falantes; oponentes tíbios, erráticos, excessivamente confiantes diante do adversário atrevido, eivado por ambições pessoais e sem direito a contar com aquele consenso benevolente que é de uso exclusivo dos representantes dos fracos, oprimidos e assim nominados ignorantes.
O ambiente em que o presidente Luiz Inácio da Silva criou o personagem sem freios que faz o que bem entende e a quem tudo é permitido - abusar do poder, usar indevidamente a máquina pública, insultar, desmoralizar - sem que ninguém consiga lhe impor paradeiro, não foi criado da noite para o dia. Não é fruto de ato discricionário, não nasceu por geração espontânea nem se desenvolveu por obra da fragilidade da oposição.
Esse ambiente é fruto de uma criação coletiva. Produto da tolerância dos informados que puseram seus atributos e respectivos instrumentos à disposição do deslumbramento, da bajulação e da opção pela indulgência. Gente que tem vergonha de tudo, até de exigir que o presidente da República fale direito o idioma do País, mas não parece se importar de lidar com quem não tem pudor algum.
Da esperteza dos arautos do atraso e dos trapaceiros da política que viram nessa aliança uma janela de oportunidade. A salvação que os tiraria do aperto em que estavam já caminhando para o ostracismo. Foram ressuscitados e por isso estão gratos.
Da ambição dos que vendem suas convicções (quando as têm) em troca de verbas do Estado
Da covardia dos que se calam com medo das patrulhas.
Do despeito dos ressentidos.
Do complexo de culpa dos mal resolvidos.
Da torpeza dos oportunistas.
Da superioridade dos cínicos.
Da falsa isenção dos preguiçosos.
Da preguiça dos irresponsáveis.
Lula não teria ido tão longe com a construção desse personagem que hoje assombra e indigna muitos dos que lhe faziam a corte não fosse a permissividade geral. Se não conseguir eleger a sucessora não deixará o próximo governo governar. Importante pontuar que só fará isso se o País deixar que faça; assim como deixou que se tornasse esse ser que extrapola.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Petrolao e Projeto Monopolico de Poder: o maior crime economico do lulo-petismo

O maior crime econômico do lulo-petismo não é simplesmente ter destruído a Petrobras, é ter destruido o país, desmantelado suas instituições, por meio de um projeto totalitário de monopólio do poder, pela promiscuidade criada em todas as agências das quais se apropriaram os companheiros mafiosos, pela sem cerimônia com desviaram todas as políticas públicas de seus objetivos fundamentais, desde que colocavam suas patas sujas em cada uma delas.
'Duvido que tenha havido uma única instituição, da mais modesta escola em zona rural recuado, à mais alta corte do país, que tenha escapado da sanha destruidora da tropa de bárbaros políticos, guiados por uma Nomenklatura sedenta de riqueza e de poder, e que corromperam tudo e a todos.
O Petrolão é talvez o aspecto mais visível desse terremoto destrutivo, mas isso porque as agências ainda não totalmente dominadas pelos bárbaros ainda não investigaram todas as outras possibilidades de corrupção e desmandos.
Muito mais vai se descobrir.
Eu, por enquanto, vou catalogando todos os crimes econômicos cometidos pelos hunos do século 21.
Paulo Roberto de Almeida

O escândalo lulopetista

Editorial O Estado de S.Paulo
06 Fevereiro 2015 | 02h 06 

Seria considerado lunático ou alarmista mal-intencionado quem tivesse afirmado, dois ou três anos atrás, que o espírito do mensalão baixaria novamente, ampliado a ponto de colocar em risco o futuro da maior estatal brasileira e complicar gravemente a situação político-institucional do País. Pois o escândalo da Petrobrás está aí para comprovar que, na espantosa surrealidade fomentada pelo lulopetismo, nada é impossível.
O assalto à Petrobrás não é o resultado da associação casual de eventos de geração espontânea. Tampouco é apenas o produto da cumplicidade de funcionários corruptos com empresários inescrupulosos. O escândalo da Petrobrás é o efeito de uma fria e ousadamente elaborada estratégia de consolidação de hegemonia política. Uma armação urdida à sombra do poder, com muitos protagonistas - os mais importantes ainda ocultos. É, enfim, a obra do lulopetismo na ocupação do aparelho estatal por uma nomenklatura a serviço de si mesma.
A Petrobrás, que antes de ter seu valor de mercado reduzido a menos da metade ostentava o porte de uma das maiores corporações do planeta, sempre teve uma enorme importância estratégica não apenas no campo vital da energia, mas para o desenvolvimento econômico do País. Como empresa de economia mista e capital aberto de grande prestígio internacional, a petroleira propiciava ao País, além de tecnologia de ponta criada por seu quadro técnico, importantes investimentos privados, nacionais e estrangeiros, provenientes das mais variadas fontes.
Ao assumirem o poder com planos de não mais largar o osso, Lula e o PT rapidamente se deram conta de que a riqueza da Petrobrás teria um importante papel a desempenhar nesse ambicioso projeto. E trataram logo de aumentar o poder de fogo da empresa, trocando o sistema de concessão para a exploração de petróleo - até então vigente - pelo controvertido sistema de partilha, que aumentou o controle estatal sobre a extração e assim a perspectiva de lucros mirabolantes provenientes dos campos do pré-sal.
O pré-sal, aliás, foi politicamente apropriado e explorado por Lula. O então presidente da República vestiu um macacão da Petrobrás, sujou as mãos de óleo e saiu a anunciar a nova era de prosperidade como resultado da autossuficiência energética do país que se tornaria grande exportador de petróleo, e da cornucópia que a partir daí se abriria para realizar todos os sonhos dos brasileiros. Prognósticos que também a incompetência de gestão, no governo e na empresa, se encarregou de frustrar.
Além da falta de cerimônia com que a Petrobrás foi colocada a serviço da promoção da imagem do lulopetismo, a empresa, já no primeiro mandato de Dilma Rousseff, foi descaradamente usada como instrumento de apoio ao controle da inflação, mediante a contenção artificial do preço dos derivados de petróleo. Esse desrespeito às regras do mercado - mas, principalmente, às leis das sociedades anônimas e de criação da Petrobrás - resultou, obviamente, em prejuízos bilionários para a companhia, para seus acionistas e para o Tesouro Nacional.
Mas nada se compara à sangria a que a Petrobrás foi submetida pelo esquema de propinas implantado para captar recursos destinados a financiar as atividades político-eleitorais do PT e de seus aliados, de acordo com a estratégia de perpetuação no poder da qual o mensalão tinha sido a primeira experiência. Depois de um curto período de aparente recuo em que Lula chegou a se declarar traído pelos mensaleiros, a reeleição de 2006 surgiu como que um sinal verde para a continuidade do projeto e os petistas se adonaram completamente da Petrobrás, contando com a muito bem recompensada colaboração de diretores da empresa e de um bando de empreiteiros desonestos.
Os envolvidos no escândalo - todos, enfim, que urdiram e deram aval à trama criminosa - brevemente estarão enfrentando as consequências de seus atos. Um a um, eles vão aparecendo. Sua identificação é fácil: no histórico da corrupção e dos desmandos administrativos que ameaçam o futuro da Petrobrás ficaram, indeléveis, as impressões digitais do lulopetismo.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Eleicoes 2014: Confederacao Israelita do Brasil repudia declaracoes "nazistas" de Lula

Apenas transcrevendo:

Conib repudia declarações de Lula comparando Aécio e PSDB aos nazistas

A Confederação Israelita do Brasil, representante da comunidade judaica brasileira e entidade apartidária, vem a público repudiar as declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comparando ações do candidato presidencial Aécio Neves e seu partido, o PSDB, a “agressões nazistas”.

A Conib, com trajetória de inquebrantável compromisso com a democracia e o debate intenso de ideias, rejeita a banalização de um episódio trágico para a Humanidade, como o nazismo, responsável pelo Holocausto, com a morte de 6 milhões de judeus, e o assassinato de dezenas de milhões de outros inocentes, como ciganos, negros, homossexuais, comunistas, entre outros.

Entendemos o calor da campanha eleitoral e a intensidade da di sputa, mas conclamamos à manutenção de padrões que sirvam à causa da democracia, e não ao aprofundamento de divisões em nossa sociedade. Defendemos enfaticamente o direito à crítica, inata ao processo democrático, mas temos a convicção de que comparar adversários de um embate eminentemente político e ideológico a nazistas distorce a História e corrói nossa democracia.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Eleicoes 2014: ate Lula seria batido por Marina - Leandro Mazzini

A rejeição chegou a cavalo...
Paulo Roberto de Almeida 

COLUNA ESPLANADA

Até Lula é batido por Marina

A onda Marina está crescendo, e Lula sabe que não é só Dilma em risco: é todo o projeto de poder do PT

por Leandro Mazzini

fonte | A A A
O Plano B de parte do PT com o ‘Volta, Lula!’ está enterrado. A cúpula do PT encomendou sigilosamente uma pesquisa há poucos dias, para ‘consumo interno’, incluindo Lula no lugar de Dilma Rousseff na disputa presidencial, contam à Coluna fontes ligadas aos dois. Os números são assustadores para o partido: Marina também empata com Lula, dentro da margem de erro, mas com chances de vencer. Pela Lei Eleitoral, Dilma pode ser substituída até 20 dias antes da eleição.
Turma do contra


É a turma do ‘Volta, Lula!’, que nunca gostou de Dilma, quem voltou a patrocinar dentro do PT o discurso de que é hora de pensarem em Lula na disputa.

Leandro Mazzini é escritor e colunista do Opinião e Notícia
Projeto em risco
Lula está reticente, como sempre se mostrou até meses atrás. Mas com a onda Marina crescendo, ele sabe que não é só Dilma em risco: é todo o projeto de Poder do PT.
Silêncio
Por ora a Coluna não teve acesso aos números. Procuradas sobre detalhes e se foi registrada no TSE, as assessorias do PT e do comitê de Dilma não confirmaram.
O Gigante..
Marqueteiros, em especial os de Marina (PSB), acordaram: O Gigante adormecido desde junho de 2013 despertou. Para eles, é este Gigante, sem cara, mas com milhares de cabeças e votos, quem está reconhecendo em Marina a sua representante e a fez crescer nas pesquisas. É o alto contingente que aparecia indeciso nas sondagens.
..acordou
Para os analistas, os adversários que se cuidem e tratem de acalmá-lo, com propostas concretas e viáveis. Marina que se cuide para domá-lo, já que está com as rédeas por ora, porque o Gigante tem a mão pesada. Em especial na hora do voto.
Onda de azar
Não é só o efeito Marina. A situação ficou feia para Aécio Neves até em Minas Gerais, onde saiu com 92% de aprovação do governo. Pesquisa DataTempo aponta queda do tucano de 41,2% para 26,5%! Dilma passou a liderar com 36,1%. Marina em 20%.
Plágio
Dilma promete na TV criar milhares de clínicas para atendimentos. É versão da UPA criada pela prefeitura de SP e governo do Rio, para aliviar as emergências dos hospitais.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Politica brasileira: a podridao moral do guia genial dos povos - Reinaldo Azevedo

Não tenho nenhum prazer, nenhuma satisfação em postar certas coisas.
Aliás, para ser mais preciso, tenho asco de certas coisas que andam por ai, que se arrastam como zumbis morais na política brasileira, seres de moral tão degradada que só a menção de seus nomes corrompe os objetivos, o estilo, os conteúdos que costumam frequentar este espaço aberto.
Mas, certas coisas devemos considerá-las como uma espécie de dever ético.
Os cidadãos de bem, nas próximas eleições, têm o dever de contribuir para melhorar a política, atirando na lata do lixo os anões fraudulentos que andam por aí.
Devemos nos esforçar para arejar a política brasileira, e isso só pode ser feito afastando os fraudadores, os mentirosos, o sem caráter, os corruptos.
Tapando o nariz, coloco esta postagem, não pelo jornalista que a escreveu, ao contrário, mas pelo objeto degradante que é tratado no texto.
Paulo Roberto de Almeida

Reinaldo Azevedo, 1/07/2014

É… O mal que Lula faz à decência política do país é algo que será, se for, mensurado a longo prazo. Espero que as futuras gerações um dia se debrucem sobre este período, em que o país viveu sob a égide dos valores lulistas. O resultado certamente será espantoso. Não, senhores! É evidente que o chefão petista não inventou a corrupção, tampouco é ela uma criação de seu partido. Mas não é menos evidente que só Lula e seu partido têm a ousadia — nesse caso, entendida como a cara de pau e a vigarice intelectual — de fazer a defesa pública de que a falha moral é uma questão menor quando está em disputa o poder. Alguém ainda poderia ponderar: “Ah, Reinaldo, assim é com todos os políticos”. Em primeiro lugar, não é verdade. Em segundo, mas não menos importante, é preciso considerar que a defesa pública da lambança corresponde a um mal adicional, além do malfeito original. O crime contra o dinheiro público é coisa de gente deseducada para a democracia. A defesa pública do crime deseduca as gerações futuras. O crime, em si, é coisa de ladrões; a defesa do crime cria novos ladrões. O crime, em si, é um mal temporário; a defesa do crime é um mal permanente; o crime, em si, pode desafiar uma cultura da correção; a defesa do crime cria a cultura da corrupção do caráter.
E é nesse preciso sentido que Lula é um professor perverso, que continuará a procriar, para lembrar Fernando Pessoa, muito além do seu e dos nossos respectivos cadáveres. Por que isso? Lula foi ao Pará lançar a candidatura de Helder Barbalho (PMDB) ao governo do Estado. O vice é Paulo Rocha, do PT. Então vamos ver. Helder é filho do notório senador Jader Barbalho (PMDB), que, em 2002, chegou a ser preso pela Polícia Federal, junto com outras dez pessoas, todas acusadas de envolvimento no escândalo da extinta Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia). No dia 4 de outubro do ano anterior, tinha renunciado ao mandato de senador, não resistindo a uma chuva de acusações, como desvio de recursos do Banpará e emissão fraudulenta de Títulos da Dívida Agrária. Há três semanas, Dilma chamou o senador de seu “querido”.
E Paulo Rocha? Também renunciou ao mandato de deputado federal em 2005 em razão do escândalo do mensalão. Uma assessora sua sacou R$ 620 mil de uma das contas de Marcos Valério. Ele justificou que o objetivo era pagar dívidas do PT do Pará, arrancou um empate no julgamento do Supremo e acabou absolvido da acusação de lavagem de dinheiro. Mas o saque houve. Dada a moral típica do petismo, ele admitiu que tudo não passou de caixa dois, como se isso fosse legal. Agora voltemos a Lula.
O homem foi ao Pará lançar a dupla intrépida ao governo. Poderia ter se calado sobre o pai de Helder, por exemplo, seguindo a máxima de que as penas pelos crimes do pai não podem recair sobre o filho — é um princípio do direito romano. Isso na hipótese, claro!, de Helder não ser um herdeiro também não virtuoso de Jader. Mas aí Lula não seria Lula. Sabem o que ele disse? Isto: “Helder, você tem de dizer que é filho do Jader com muito orgulho; Paulo, você tem de ir para esta eleição com a cabeça erguida”.
Entenderam? Lula vive a demonizar país afora um político como FHC. Alguém se lembra de alguma acusação moral contra o ex-presidente? Em São Paulo, promove as alianças as mais exóticas e improváveis contra Geraldo Alckmin. Alguém se lembra de alguma acusação moral contra o governador? No Pará, no entanto, ele pede que Helder se orgulhe de o pai ter sido preso pela PF e de ter renunciado ao mandato. E convida o petista Rocha a andar de cabeça erguida, apesar daqueles R$ 620 mil… Afinal, eram só caixa dois, certo?

Sim, é claro que é legítimo que Lula se oponha a tucanos e a outros que disputam com ele o poder. Asqueroso é o convite que ele faz para que seus aliados defendam as lambanças como se fossem virtudes.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Relacoes Brasil-Estados Unidos: FHC e Lula aplainaram diferencas - O Globo

Lula e FH cooperaram para mudar visão americana sobre PT 
Sigla, junto com PSDB, dialogou com EUA antes da posse, aponta livro
Alexandre Rodrigues
O Globo, 30/06/2014

Quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu a primeira eleição para a Presidência da República, em 2002, deputados americanos do Partido Republicano alertaram o então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. Temiam a formação de um "eixo do mal" na América Latina, com a combinação de Lula com o venezuelano Hugo Chávez e o cubano Fidel Castro. Os argumentos alimentavam especulações de calote no mercado financeiro. Assim que as urnas foram apuradas no Brasil, a futura relação de Lula e Bush foi desenganada por políticos, analistas e a imprensa internacional diante de perfis políticos tão distintos: um ex-sindicalista e um conservador. Os anos seguintes mostraram o contrário: os dois conduziram o melhor momento das relações entre os dois países. Os Estados Unidos mudaram o status da sua relação com o Brasil, passando a reconhecê-lo como uma potência emergente.
Essa inversão de expectativas só foi possível por causa de 18 dias intensos de uma ofensiva diplomática comandada, sem alarde, por Lula e pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) nos bastidores da transição entre os dois governos. A inusitada cooperação entre tucanos e petistas, sob a liderança de dois presidentes, é contada no livro "18 Dias", de Matias Spektor, que será lançado nos próximos dias pela Objetiva.
Doutor em Relações Internacionais por Oxford (Inglaterra) e professor de Relações Internacionais da Fundação Getulio Vargas, Spektor pesquisou arquivos como os do Itamaraty e do Departamento de Estado americano por quatro anos para reconstituir os passos da força-tarefa entre o telefonema que Lula recebeu de Bush no dia seguinte à sua eleição e o convite oficial para uma visita à Casa Branca, que aconteceu em 10 de dezembro de 2012.
Spektor também entrevistou diplomatas e altos funcionários dos dois países, além de Lula e FH. Ele ouviu ainda a ex-secretária de Estado americana Condoleezza Rice, que na época era assessora de segurança nacional de Bush.
Faltavam na Casa Branca especialistas sobre o Brasil para preparar Bush para lidar com Lula. A equipe de Condoleezza então aplicou para o país o mesmo modelo que havia acabado de montar para uma nova relação com a Índia, cujo diálogo com os Estados Unidos também era considerado problemático. A partir dessa analogia, conta Spektor, o Brasil passou a ser visto pelos americanos como um aliado preferencial, um país-chave do mundo emergente, ainda antes da institucionalização dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Lula foi considerado ousado pelos diplomatas dos dois países ao pedir diretamente a Bush, ao telefone, um encontro ainda antes da posse. Ele tinha pressa em convencer que não era o bicho-papão pintado pelos republicanos. O desafio era atrair a atenção de Bush, mais envolvido com o terrorismo e as ações militares no Oriente Médio, para reduzir as desconfianças do mercado, que apostava forte contra a moeda brasileira. A desvalorização do real ameaçava o legado que Fernando Henrique tinha a deixar para Lula e sua biografia. O tucano colocou seus ministros e embaixadores para abrir caminho para os petistas no governo americano. Foi o medo de uma crise econômica mais grave que uniu os dois rivais em torno de um objetivo comum: mudar radicalmente a visão dos Estados Unidos sobre Lula. Deu certo.

'Bush facilitou a ascensão brasileira'
Entrevista / Matias Spektor
O Globo, 30/06/2014

Para especialista da FGV, petista foi o presidente que mais se aproximou dos Estados Unidos; já Dilma acumula dificuldades com Barack Obama
Seu livro mostra Lula e FH trabalhando juntos para mudar a percepção dos EUA sobre o PT. No que essa união beneficiou a política externa brasileira?

Eles tiveram êxito ao mudar a percepção negativa dos EUA sobre Lula. Bush apostou no novo governo brasileiro, acalmou o mercado e espalhou a imagem de Lula como reformista moderado. Tucanos e petistas não gostam de ouvir isso, mas Lula se aproximou dos Estados Unidos mais do que qualquer outro presidente, inclusive FH. Bush queria interlocução na região e encontrou em Lula o melhor companheiro.

O governo Lula soube aproveitar essa situação?
No início, sim. Graças ao apoio americano, Lula conseguiu elevar o poder, o prestígio e a influência do Brasil no mundo. Bush facilitou a ascensão brasileira. Mas o esquema durou pouco, porque dependia das personalidades dos dois presidentes.

Hoje, o diálogo entre Dilma e Obama está abalado pelas denúncias de espionagem. Ela pode abrir mão dessa relação?
Uma diferença brutal é que, em 2002, Bush estava fortalecido pela vitória nas eleições parlamentares. O PT entendeu e se adaptou às condições com destreza. Hoje, a Casa Branca não tem tração porque Obama é um "pato manco". Quem tem coragem de patrocinar uma aproximação para valer (com ele)?

Como avalia a política externa de Dilma, que teve uma transição de continuidade em 2010?

Em política externa, Dilma não representa continuidade em relação a Lula. Seu governo marca o fim de um ciclo. Pela primeira vez em 20 anos, a trajetória diplomática não é ascendente. Isso não é culpa exclusiva do Planalto, apesar dos vários equívocos. O mundo ficou menos maleável, e o Brasil atravessou mudanças que nem o governo entendeu direito. A partir de 2015, precisaremos de um projeto de inserção internacional que leve em conta esta nova realidade, com uma vitória da oposição ou de Dilma. Ela tem dado todos os sinais de que pretende restaurar a relação com os EUA. O desafio agora é achar uma maneira de fazê-lo superando a crise da espionagem.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Tribuna de honra nos estadios? Onde foi parar essa instituição taoaristocratica? Onde esta Lula?

Já não se fazem mais tribunas de honra como antigamente...
Elas até existem, mas as pessoas que nelas deveriam estar têm medo das vaias dos torcedores; parece que elas deveriam ficar invisíveis, e insuladas, pelo menos enquanto os companheiros estão no poder.
Bem feito para o futebolista-mor da nossa política: ninguém mandou ser tão corrupto, tão mentiroso, tão fraudador da vontade popular, tão arrogante e tão pretensioso, sem fazer qualquer coisa para cumprir as pronessas assumidas em 2007. Bem feito...
Paulo Roberto de Almeida 
Cadê a tribuna de honra nos estádios, Lula?
Tadinho do tiranete, que tudo fez para trazer a Copa ao Brasil, e agora fica exilado em casa, vendo tudo pela televisão com Dona Marisa e seu rolo de macarrão. Nem ao Pelegão do Corintians ele foi. Ah, o poderoso tem medo de vaias? Vai, Lula, vai - assino embaixo do texto de Nelson Motta no jornal O Globo:


Os estádios estão lindos e cheios, os jogos de ótimo nível, com muitos gols e surpresas, as torcidas animadas e pacíficas, as ruas fervilhando de gringos e de alegria. Independentemente da performance da seleção brasileira, a Copa é um sucesso. Quem ama o futebol está feliz.

Assaltos, arrastões, tiroteios, roubos e furtos, achaques policiais, saidinhas de banco, sequestros-relâmpago — o habitual cotidiano urbano brasileiro — sumiram dos noticiários e, aparentemente, das ruas. Com o Congresso em recesso futebolístico, cessam temporariamente as negociatas vergonhosas, as tenebrosas transações políticas e as propostas indecentes que prejudicam o país. Quem ama o Brasil está feliz.

Todo mundo que ama futebol e já foi a um estádio sabe que nada se compara a ver um jogo ao vivo, no meio do calor da torcida. Mesmo com todos os fabulosos recursos da televisão, o espetáculo no estádio ainda é insuperável. Enquanto a câmera apenas segue a bola, da arquibancada se vê a totalidade do campo e a movimentação dos jogadores, as manobras táticas e as possibilidades de jogadas e lançamentos, que são parte importante da emoção do futebol.

Agora que se pode assistir ao jogo no estádio ouvindo rádio e conferindo no celular os replays e os detalhes da transmissão da televisão — e ainda comentando cada lance com os amigos, um dos maiores prazeres do futebol, pelas redes — é show de bola.

Quem não deve estar tão feliz é Lula, que trabalhou tanto pela Copa e ajudou o seu Corinthians a construir um estádio, que adora futebol, mas não vai assistir a nenhum jogo porque tem medo de ser vaiado, como nos Jogos Pan-Americanos de 2007, embora atribua a vaia a uma conspiração de César Maia, que teria até treinado milhares de militantes da prefeitura para vaiá-lo… rsrs.

Pobre Lula, que imaginou desfrutar da “sua” Copa na Tribuna de Honra, assistindo à vitória da seleção brasileira e ovacionado pela multidão, vendo televisão em São Bernardo com dona Marisa. Para quem adora futebol não pode haver pior castigo.

A vaidade vai vencer a paixão? O que é uma vaiazinha diante de um jogão? Vai, Lula, vai!

terça-feira, 17 de junho de 2014

Lula faz acusacoes racistas: deveria ser processado pela elite branca, como racista


A elite branca do Brasil e o racismo do companheiro mais igual
a propósito de um racista ordinário

Paulo Roberto de Almeida

 Sobre esta informação: Em evento do PT em Pernambuco, Lula menosprezou e desqualificou os manifestantes que vaiaram a presidente Dilma na abertura da Copa do Mundo, alegando que o protesto partiu de uma "elite branca".

Eu sou branco, embora não de olhos azuis, e também sou da elite, mas apenas atualmente, embora tenha vindo de um lar pobre, com pais semi- alfabetizados e avós analfabetos (como a mãe do Lula, que, segundo ele, nasceu analfabeta, coitada). 
Não subi na vida “pikettyando”, ou seja, herdando fortuna e fazendo render um capital que eu nunca tive. Aliás, não tenho fortuna, longe disso, mas modestas reservas que adquiri ao longo de toda uma vida de trabalho, desde muito jovem, ainda quando criança. Sim, trabalhei desde cedo, quando criança, pois isso era necessário para o sustento e a sobrevivência da família; mas isso não me fez nenhum mal, ao contrário: ensinou-me o valor do trabalho duro e a não esperar caridade de nenhum ente estatal (como certos aposentados fraudulentos e outros indenizados do período militar ainda mais fraudulentos, que andam por aí, arrotando políticas de igualdade social).
O fato é que meus vencimentos de funcionário público me colocam atualmente entre a elite do país, mas aviso desde já que não tenho cargo de confiança dado pelo partido totalitário, nem faço parte de algum conselho de empresa estatal, dessas que são afundadas por decisões irresponsáveis (ou deliberadas) de companheiros incompetentes.
Estou involuntariamente situado na elite branca do país pela minha renda, mas não pertenço a essa elite mafiosa que atualmente controla o Estado (e dele retira muito mais renda do que o normalmente esperado); tampouco pertenço a essa nova elite racista, que vem promovendo o racismo e o Apartheid no Brasil, ao separar os brasileiros em afrodescendentes de um lado, e todo o resto da população, do outro. Aliás, repudio e abomino esse e todos os demais tipos de racismo.
Sou da elite, mas eventualmente poderei deixar de ser, se a inflação e políticas econômicas irresponsáveis, como as atualmente implementadas por companheiros ineptos e ignorantes em economia, corroerem os meus rendimentos e liquidarem a minha poupança. Tampouco espero grande coisa da aposentadoria estatal, e pretendo continuar trabalhando depois de me aposentar do serviço público, aos 70 anos (não antes, como certos fraudadores), e até quando minhas forças o permitirem.
Pois bem, depois de ouvir dizer que o ex-presidente acusou uma suposta “elite branca” de ser responsável por ofensas à sucessora no cargo, minhas declarações são estas: considero o Sr. Lula da Silva um mentiroso contumaz, um fraudador renitente e reincidente, um demagogo incurável, um aproveitador da pior espécie, um oportunista ordinário, e um racista abominável, e é por isso que acho que ele deveria ser processado por racismo, por membros da elite branca, aliás pela mesma lei que supostamente deve enquadrar brancos que façam discriminação racial contra negros (a lei é cega e geral).
Eu não o farei porque estou fora do país, mas apoio qualquer iniciativa para acusar formalmente perante a justiça esse racista divisionista que traz vergonha ao país.
Sou branco e da elite, Sr. Lula, mas não pertenço à sua elite, e tenho vergonha de ter tido um racista como presidente.

Paulo Roberto de Almeida 
Hartford, 17/06/2014

Empresária protesta contra declarações discriminatórias de Lula e gera grande repercussão


G1, terça-feira, 17 de junho de 2014


Imagem: Reprodução/Facebook
A empresária Isabela Raposeiras, da Coffe Lab, protestou, por meio da rede social Facebook, contra declarações tidas como racistas por parte de Lula e alguns jornalistas, gerando grande repercussão.

Em evento do PT em Pernambuco, Lula menosprezou e desqualificou os manifestantes que vaiaram a presidente Dilma na abertura da Copa do Mundo, alegando que o protesto partiu de uma "elite branca".



Leia abaixo o texto da administradora e manifeste sua opinião a respeito:
Descobri na semana passada que faço parte de uma minoria que sofre preconceito e discriminação: a elite branco-européia nascida no Brasil.Sim, sou branca e, pelo jeito, elite.Tenho uma empresa que emprega (e paga acima do mercado) há 10 anos.Pago TODOS os impostos (motivo de incredulidade e chacota por parte de familiares).Pago no mínimo 3 vezes mais aos meus fornecedores de café, podendo chegar a 5.Poderia ter comprado os caríssimos ingressos para a abertura da copa brasileira. Apenas não o fiz por não apoiá-la desde seu anúncio, anos atrás.Conquistei, trabalhando honesta e enlouquecidamente, cada vitória e crescimento, da empresa e na minha vida pessoal.Não sentirei vergonha pelas minhas conquistas, pelo meu status social, pela minha pele branca. E minha empresa, certamente, faz muito do que o governo deixa de fazer, ajudando famílias, fazendo doações e, especialmente, pagando dignamente - fornecedores e funcionários.Sou parte desta nação, tanto quanto aqueles que têm outro tipo de ascendência ou que sofrem exatamente pela negligência dos que me discriminam.
Discriminação é crime e minha voz é representativa, sim.
Isabela Raposeiras
PS1: post em resposta às recentes colocações inacreditáveis e racistas do Sr. Lula e de alguns jornalistas.
PS2: O Bolsa Família não é suficiente para comprar ingresso da copa.
Veja também:



Lígia Ferreira
Folha Política
Editado por Folha Política
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