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quinta-feira, 31 de outubro de 2019
A diplomacia amadora do Brasil, da dupla Bolso-EA - Afonso Benitez (El País)
terça-feira, 29 de outubro de 2019
O aumento da fragmentação latino-americana - Chicago Tribune (AP)
Paulo Roberto de Almeida
Argentina election to deepen South America's fragmentation
Alberto Fernández and his far-right Brazilian counterpart Jair Bolsonaro have antagonized each another since August, and their statements since Sunday's vote signal that neither plans to relent.
In his victory speech, Fernández declared that Brazil's leftist former President Luiz Inácio Lula da Silva -- Bolsonaro's nemesis -- is unjustly imprisoned and demanded his freedom.
Bolsonaro, meanwhile, told reporters during a visit to Abu Dhabi that Argentina had "chosen poorly" and that he didn't intend to offer his congratulations.
Brazil and Argentina are the biggest members of the Mercosur trade customs union that this year celebrated reaching a free-trade accord with the European Union after two decades of negotiations. The deal appeared to be a bonanza for South American farm products, while French farmers feared it would swamp them with cheap imports, particularly beef and poultry.
Brazil's economic policymakers hailed it as a milestone in opening their closed economy, claiming it will have a total economic impact of $87.5 billion in Brazil through 2035. Fernández, for his part, has expressed skepticism of deal.
Partly as a result of Mercosur, the nations are also heavily reliant on one another for trade and political friction could complicate the growth of job-creating trade and investment.
Fernández will begin his four-year term in December and Bolsonaro's first term finishes in December 2022, meaning they will simultaneously hold office for at least three years.
Oliver Stuenkel, a professor of international relations at the Getulio Vargas Foundation, a university in Sao Paulo, said open hostility between the two reflects them playing to radical wings of their respective alliances to ensure domestic support. That strategy will make it difficult for pragmatists on either side of the border to defuse the imbroglio, notwithstanding their economic interdependence.
"When you don't have a personal, workable relationship, anything can become a fire. When there's no trust on top, it's hard to put out fires. There will be disagreements," Stuenkel said by phone. "There are doubts about whether Fernández and Bolsonaro will be on talking terms.
"Bolsonaro didn't call to congratulate; these are petty, small politics and the real big questions that the region faces aren't being discussed or addressed."
South America in recent years saw a surge of center-left leaders known as the Pink Tide retreat, which was mistakenly interpreted at the time as right-wing politicians regaining ground, according to Christopher Garman, Eurasia Group's managing director for the Americas. In fact, the shift represented widespread dissatisfaction with the overall status quo, further evidenced in recent weeks by massive street protests in Ecuador and Chile.
"It's not that voters went right; they just kicked out incumbents. And they remain angry. It wasn't a policy and ideological move when it came to voter demands," Garman said. "That difficult public opinion environment remains, and there is variable capacity of governments to be able to navigate this. It's the underbelly of difficult middle-class politics across the region."
Countries' positions toward Venezuela's socialist government also divide the region. Venezuela is in the throes of catastrophic depression that's prompted food and medicine shortages, plus the exodus of millions.
Fernández's party was long allied with Venezuela's leaders and he is widely expected to withdraw from the Lima Group, which includes Brazil, that doesn't recognize the legitimacy of Venezuelan President Nicolás Maduro.
Bolsonaro in August warned a prospective Fernández government would resemble that of Maduro, and referred to him and his running-mate, former President Cristina Kirchner, as "red bandits."
Brazil's foreign minister Ernesto Araújo said on Twitter on Monday that Fernández's win sends "the worst possible signals. Trade closure, a retrograde economic model and support for dictatorships." He added Brazil will be pragmatic in its defense of the country's principles and interests.
Argentina and Brazil falling out would have broader implications, as it's impossible to have real debate about South American integration or face up to regional challenges if they aren't on the same page, Stuenkel said.
"It's clearly the most unpredictable period since democratization in the late 1980s. Starting then, there was consensus that more cooperation was better, and that's no longer the case," he said.
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segunda-feira, 28 de outubro de 2019
Novo surto de twitaços anti-argentinos do chanceler acidental
segunda-feira, 14 de outubro de 2019
O GRANDE FRACASSO da diplomacia bolsonarista - Roberto Venegeroles, Paulo Roberto de Almeida
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Meu comentário (PRA):
Roberto Venegeroles efetua aqui um importante exercício de jornalismo investigativo — no lugar dos jornalistas — que talvez seja o mais crucial no contexto de todos os grandes fracassos e desastres da Bolsodiplomacia aloprada, que comentei nesta manhã neste mesmo espaço, e por isso merece nossos cumprimentos e admiração, justificando, se fosse possível, um “Prêmio Esso de Jornalismo do Facebbok”.
Pode ser especulação, mas ele está revelando a missão mais desesperada dos dois amadores em diplomacia, Bolsokid e Robespirralho, na tentativa afinal fracassada de evitar o vergonhoso naufrágio da diplomacia de submissão não correspondida que os promotores dessa diplomacia abjeta pretenderam obter de uma administração que, fiel ao slogan de seu presidente sem princípios, só consegue pensar nela mesma.
A confirmar-se a sequência — que NÃO deve estar devidamente registrada nos telegramas oficiais da embaixada em Washington —, trata-se do mais rotundo fracasso até aqui encaixado pela série de desastres sucessivos produzidos pela tribo de trapalhões que pretende conduzir a diplomacia brasileira.
Mais grave ainda, essa malta de incapazes tentou esconder a vergonha, chegando a mentir descaradamente para a imprensa e a sociedade brasileira. Só perdem para o presidente laranjão, mentiroso contumaz e sem vergonha, que chamou a carta oficial do mais deplorável Secretário de Estado de “fake News”.
O assunto precisa ser devidamente investigado não só pela imprensa, mas igualmente pelo Congresso brasileiro.
Parabéns ao Roberto Venegeroles.
sábado, 12 de outubro de 2019
Trump dá uma banana ao Brasil na questão da OCDE - O Globo e Bloomberg
EUA não endossam proposta do Brasil na OCDE após apoiá-la publicamente
Secretário de Estado declara apoio só a candidaturas da Argentina e da Romênia e ignora uma das principais apostas da política externa do governo Bolsonaro; Trump e Pompeo garantem que apoio americano ao Brasil segue válido
Frustração em Washington
A guinada ultraconservadora da diplomacia brasileira na ONU a pedido dos EUA - Jamil Chade
Retomo (PRA):
sexta-feira, 11 de outubro de 2019
Aventuras da diplomacia olavo-bolsonarista: a "derrocada" do ditador da Venezuela
O novo chanceler se atirou com tal entusiasmo ao projeto que, além de aprovar uma base americana no Brasil, logo no dia 1o. de janeiro, diretamente para o Secretário de Estado presente na posse (o que foi prontamente, imediatamente rechaçado pelos militares do governo), também seguiu imediatamente o anúncio, pelo mesmo Secretário de Estado, de reconhecimento do "presidente paralelo" da Venezuela, 50 minutos depois, ainda em Davos.
Depois, um mês mais tarde, tentou aprovar o ingresso de militares e equipamentos americanos no Brasil, para forçar a ajuda humanitária na fronteira brasileira de Roraima, e mais uma vez foi barrado pelos militares sensatos. O vice-presidente chegou a liderar a segunda reunião do Grupo de Lima, para barrar esse aventureirismo trumpista em nossa política externa, rechaçando claramente qualquer aventura militar ou golpista na Venezuela.
Mas teve vários outros episódios, sempre vinculados à agenda do falcão americano, que ainda serão esclarecidos por uma pesquisa mais cuidadosa.
O homem se foi, e ficaram seus sócios no Brasil sem mestres em Washington. Estão tristes?
Paulo Roberto de Almeida
The New York Times – 9.11.2019
PS.: Grato Pedro Luiz Rodrigues pela transcrição e envio da matéria.
domingo, 6 de outubro de 2019
Nunca Antes na diplomacia: o discurso de Bolsonaro na ONU - Celso Amorim
Pois é com esse título algo irônico que o “megalonanico” em questão começa sua peroração contra o lamentável e medíocre discurso do chefe de Estado — na verdade, chefe de um clã tribal — na abertura dos trabalhos da AGNU, uma crítica bem merecida, na qual eu descontaria os arroubos pro domo sua, se derramando em elogios ao “nunca antes” do lulopetismo diplomático.
Sem qualquer problema de consciência ou censura indevida, o que nunca foi minha atitude, transcrevo aqui esse artigo, com minha aprovação a 90% de seu conteúdo.
O bolsonarismo tem essa “qualidade”: ele é tão ruim, tão medíocre, tão sectário, que ele tem o dom de unir antigos adversários políticos.
Paulo Roberto de Almeida
Pirenópolis, 6/10/2019
Celso Amorim
Carta Capital, 4/10/2019
segunda-feira, 9 de setembro de 2019
A diplomacia brasileira isolada do mundo: alerta de Eliane Cantanhede em Dezembro de 2018!
Cabe republicar novamente o que ela escrevia em meados de dezembro de 2018: