Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Interrupcao eleitoral (11): comparando os governos Lula e FHC
Eles até inventaram um quadro supostamente retirado da The Economist, que constitui uma fraude completa, confirmando sua propensão a mentir deslavadamente.
Este site, Governo Brasil Wiki, realiza uma comparação de dados, utilizando-se dos dados corretos e das metodologias adequadas.
Ou seja, não se pode comparar diretamente o governo FHC com o governo Lula, pois se referem a épocas e contextos diferentes, mas sim se pode comparar, de um lado, o governo Lula com o de FHC (reportando-se, portanto, ao ritmo das transformações ocorridas no período), e, de outro lado, o governo de FHC com a evolução obtida em relação ao governo anterior. Isto é tão claro e elementar que eu nem precisaria estar lembrando essa simples relação de causalidades e de situações evolutivas ao longo do tempo.
Abaixo, apenas um resumo dos comparativos. O estudo completo pode ser visto neste link.
Governo Brasil Wiki
Para quem quer abandonar o uso do achômetro nestas próximas eleições. Comparações entre governos feitas apenas com dados reais de instituições respeitáveis. Declarações reais, gravadas e disponibilizadas em vídeo. Entrevistas, leis e artigos com suas fontes claramente citadas. Pare de acreditar nas bobagens da propaganda e veja a informação real.
* As estatísticas aqui apresentadas são selecionadas principalmente por aparecerem em propaganda eleitoral ou material de divulgação de partidos de forma errada e sem citação de fontes. Para mais informações, acesse diretamente os sites do IBGE, IPEA e outras fontes citadas abaixo.
Estatísticas de Nível de Vida
Artigo Principal: Estatísticas de Nível de Vida
Dados são informados até o ano mais recente de publicação dos mesmos pelos institutos responsáveis por sua manutenção.
Quando os anos não fecham com o início e fim dos governos há um hiato na divulgação de estatísticas e o ano mais próximo é utilizado.
Índice de Desenvolvimento Humano
O Índice de Desenvolvimento Humano, um dos principais indicadores do nível de vida da população de um país, cresceu muito mais durante o governo Fernando Henrique que durante o governo Lula. Isto significa que a qualidade de vida do povo Brasileiro melhorou de forma mais acelerada no governo anterior que no governo atual.
Fonte: Dados oficiais da ONU
De 1995 a 2000 (FHC) cresceu 7,62% ou 1,48% ao ano
De 2000 a 2007 (Lula) cresceu 2,91% ou 0,41% ao ano
* Brasil só superou o crescimento médio mundial de 1995 a 2000
* Lula aproveita-se de um pouco do crescimento da época FHC nesta comparação devido à esparsidade dos dados
Acesso à Rede de água
O percentual de domicílios com acesso à rede de água potável encanada, condição praticamente básica à dignidade humana nos dias atuais, cresceu de forma muito mais rápida durante o governo Fernando Henrique que durante o governo Lula.
Fontes: Dados oficiais do IBGE, Dados oficiais do IBGE, Dados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 42,09% em número absoluto ou 4,49% ao ano
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 9,33% em proporção do total ou 1,12% ao ano
De 2002 a 2007 (Lula) cresceu 19,22% em número absoluto ou 3,58% ao ano
De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 4,02% em proporção do total ou 0,57% ao ano
Acesso à Rede de esgoto
A quantidade de domicílios com acesso à rede de escoamento de esgoto, critério essencial para a qualidade de vida da população, cresceu de forma mais rápida durante o governo Fernando Henrique que durante o governo Lula.
Fontes: Dados oficiais do IBGE, Dados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 55,16% em número absoluto ou 5,65% ao ano
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 19,23% em proporção do total ou 2,22% ao ano
De 2002 a 2007 (Lula) cresceu 29,52% em número absoluto ou 5,31% ao ano
De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 14,62% em proporção do total ou 1,97% ao ano
Acesso à Energia elétrica
O percentual de domicílios com acesso à rede elétrica, outro critério essencial para a obtenção de um bom nível de qualidade de vida, cresceu muito mais rápido durante o governo anterior que no governo atual.
Fontes: Dados oficiais do IBGE, Dados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 7,44% ou 0,90% ao ano
De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 2,48% ou 0,35% ao ano
Porcentagem de Domicílios com geladeira
O refrigerador tornou-se item essencial para a família. Mesmo assim, ainda existem domicílios que não possuem este eletrodoméstico. A proporção de domicílios com geladeira cresceu muito mais rápido durante o governo Fernando Henrique que no governo posterior.
Fontes: Dados oficiais do IBGE, Dados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 20,75% ou 2,39% ao ano
De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 8,30% ou 1,15% ao ano
Porcentagem de Domicílios com televisão
Aparelho televisor, mesmo não sendo essencial à sobrevivência, é de grande importância para o tempo de lazer da população, influenciando assim a qualidade de vida. Acesso à televisão cresceu mais rápido no governo anterior que no governo atual, apesar da às vezes dramática diminuição nos preços.
Fontes: Dados oficiais do IBGE, Dados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 18,73% ou 2,17% ao ano
De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 6,66% ou 1,30% ao ano
* Preços de TVs despencaram no governo Lula
Porcentagem de Domicílios com telefone
O telefone tornou-se um item essencial à qualidade de vida do cidadão. Antes considerado um bem de difícil acesso, após a privatização do setor sua disponibilidade cresceu vertiginosamente. A tabela abaixo resume os dados de crescimento no acesso a linhas telefônicas nos últimos governos.
Fonte: Dados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 224,21% ou 15,84% ao ano
De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 37,82% ou 4,69% ao ano
Mortalidade infantil
A alta mortalidade infantil era um dos problemas mais trágicos do Brasil. Felizmente, a estabilidade e o desenvolvimento tem permitido uma queda progressiva no número de crianças que morrem antes de completar um ano de idade. A queda neste número foi, no entanto, muito mais pronunciada durante o governo Fernando Henrique que durante o governo Lula.
Fontes: Dados oficiais do DataSUS, Portal ODM
De 1997 a 2002 (FHC) caiu 21,94% ou 4,83% ao ano
De 2002 a 2010 (Lula) caiu 20,16% ou 2,78% ao ano
Taxa de pobreza
A taxa de extrema pobreza indica, segundo o IPEA, o 'percentual de pessoas na população total com renda domiciliar per capita inferior à linha de extrema pobreza (ou indigência, ou miséria). A linha de extrema pobreza aqui considerada é uma estimativa do valor de uma cesta de alimentos com o mínimo de calorias necessárias para suprir adequadamente uma pessoa.' Já a taxa de pobreza indica, também segundo o IPEA, o ' Percentual de pessoas na população total com renda domiciliar per capita inferior à linha de pobreza. A linha de pobreza aqui considerada é o dobro da linha de extrema pobreza.'
Fonte: Dados oficiais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
De 1994 a 2002 (FHC), a taxa de extrema pobreza caiu um total de 6,28%, com uma variação de -30,98%.
De 2002 a 2009 (Lula), a taxa de extrema pobreza caiu um total de 6,71%, com uma variação de -47,96%.
De 1994 a 2002 (FHC), a taxa de pobreza caiu um total de 8,58%, com uma variação de -19,96%.
De 2002 a 2009 (Lula), a taxa de pobreza caiu um total de 12,98%, com uma variação de -37,73%.
Estatísticas de Acesso à Educação
Artigo Principal: Estatísticas de Acesso à Educação
Dados são informados até o ano mais recente de publicação dos mesmos pelos institutos responsáveis por sua manutenção.
Quando os anos não fecham com o início e fim dos governos há um hiato na divulgação de estatísticas e o ano mais próximo é utilizado.
Se alguém tiver dados mais recentes, de fontes confiáveis, por favor me envie.
Evasão escolar
Evasão escolar é algo extremamente preocupante em qualquer sociedade, principalmente na idade normalmente associada ao ensino secundário - que pode fazer uma diferença crucial na vida de uma pessoa. Enquanto o número de crianças de idade entre 15 e 17 anos que não frequentavam a escola caiu dramaticamente durante o governo Fernando Henrique, este número permaneceu preocupantemente estável durante o governo Lula.
Fonte: Dados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) variou -51,44% ou -8,63% ao ano
De 2002 a 2007 (Lula) variou -4,32% ou -0,88% ao ano
Acesso à universidade
Acesso à universidade é uma medida clara do desenvolvimento da educação em um país. Segundo o censo da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira fornece dados a respeito.
Fonte: Censo da Educação Superior do INEP
De 1995 a 2002 (FHC) o número de matrículas em instituições federais cresceu 44,65% ou 5,42% ao ano
De 2002 a 2008 (Lula) o número de matrículas em instituições federais cresceu 20,97% ou 3,22% ao ano
De 1994 a 2002 (FHC) o número total de matrículas no ensino superior cresceu 109,50% ou 9,69% ao ano
De 2002 a 2008 (Lula) o número total de matrículas no ensino superior cresceu 45,98% ou 6,51% ao ano
Índice de analfabetismo
O índice de analfabetismo indica o percentual da população total, acima de 15 anos de idade, que não sabe ler nem escrever um bilhete simples.
Fonte: Dados oficiais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
De 1995 a 2002 (FHC) caiu 27,77%% ou 3,99% ao ano
De 2002 a 2007 (Lula) caiu 15,60% ou 3,33%% ao ano
Universidades Federais
Artigo Principal: Universidades Federais
Duas universidades federais foram criadas durante o governo Fernando Henrique, e três foram criadas durante o governo Lula. Mais detalhes no artigo Universidades Federais
Estatísticas de Desenvolvimento Econômico
Artigo Principal: Estatísticas de Desenvolvimento Econômico
Dados são informados até o ano mais recente de publicação dos mesmos pelos institutos responsáveis por sua manutenção.
Quando os anos não fecham com o início e fim dos governos há um hiato na divulgação de estatísticas e o ano mais próximo é utilizado.
Se alguém tiver dados mais recentes, de fontes confiáveis, por favor me envie.
Salário mínimo
Fontes: Medida Provisória 637/1994, Medida Provisória 35/2002, Lei 1.255 de 2010
De 1994 a 2002 (FHC) o salário mínimo cresceu 185,71% ou 14,02% ao ano
De 2002 a 2010 (Lula) o salário mínimo cresceu 155,00% ou 12,41% ao ano
De 1994 a 2002 (FHC) o mínimo cresceu, em valores deflacionados, 33,24% ou 3,65% ao ano
De 2002 a 2010 (Lula) o mínimo cresceu, em valores deflacionados, 72,62% ou 7,06% ao ano
Carga tributária
Fonte: Dados oficiais do IBGE, Dados oficiais do IBGE
Carga média de 1994 a 2002 (FHC) de 30,07%, carga tributária em 2002 de 32,35%
Carga média de 2002 a 2007 (Lula) de 33,47%, carga tributária em 2007 de 34,70%
Taxa de crescimento econômico:
Fontes: Dados oficiais do Banco Central do Brasil, Dados oficiais do Fundo Monetário Internacional
Crescimento mundial durante governo FHC: 24,27% ou 2,75% ao ano
Crescimento mundial durante governo Lula: 74,46% ou 8,27% ao ano
Crescimento do Brasil no governo FHC: 19,74% ou 2,28% ao ano ou 82,77% da média mundial
Crescimento do Brasil no governo Lula: 27,66% ou 3,55% ao ano ou 42,91% da média mundial
* Durante o governo Lula, o Brasil cresceu muito menos que o resto do mundo
* Durante o governo FHC, o Brasil cresceu apenas um pouco abaixo da taxa média do resto do mundo
Crescimento no governo Collor/Itamar: 6,75% ou 1,31% ao ano
Evolução no governo FHC em relação à média anterior: 73,33%
Evolução no governo Lula em relação à média anterior: 55,88%
* Mesmo havendo maior crescimento absoluto no governo Lula, a TAXA anual média de crescimento da economia CRESCEU muito mais no governo FHC que no governo Lula
Taxa de crescimento econômico - Paridade de poder de compra
O conceito de Paridade de Poder de Compra é baseado na comparação do valor de moedas de diferentes países através do preço, no país, de uma cesta de produtos pré-definida. Para fins de comparação de taxas de crescimento econômico entre diferentes países, a utilização de valores ajustados desta forma pode oferecer números mais próximos da realidade do poder aquisitivo de cada população. É importante notar, no entanto, que a limitação na seleção da cesta de consumo, assim como diferenças na qualidade dos produtos sendo medidos, pode gerar inconsistências no fator de ajuste dos valores, levando a inconsistências nas comparações.
Fonte: Dados do Fundo Monetário Internacional
Crescimento, em PPP, do Brasil como proporção do crescimento mundial durante o governo FHC: 78,45%
Crescimento, em PPP, do Brasil como proporção do crescimento mundial durante o governo Lula: 98,68%
Nível de desemprego:
Fontes: Dados oficiais do IBGE até 2002, Dados oficiais do IBGE pós 2002
Final do governo FHC (dez/2002): 6,17%
Final do governo Lula (set/2010): 6,9%
* Há uma descontinuidade nos dados, o que impede uma comparação direta
* A principal mudança é a alteração da idade mínima de 15 para 10 anos
* Definição anterior de desocupado: População Desocupada - aquelas pessoas que não tinham trababalho, num determinado período de referência, mas estavam dispostas a trabalhar, e que, para isso, tomaram alguma providência efetiva (consultando pessoas, jornais, etc.)
* Definição atual de desocupado: São classificadas como desocupadas na semana de referência as pessoas sem trabalho na semana de referência, mas que estavam disponíveis para assumir um trabalho nessa semana e que tomaram alguma providência efetiva para conseguir trabalho no período de referência de 30 dias, sem terem tido qualquer trabalho ou após terem saído do último trabalho que tiveram nesse período.
Inflação ao consumidor
Fonte: Banco Cen do Brasil - Calculadora do Cidadão
Inflação acumulada de 1990 a 1994 (Collor/Itamar): 41.941.718,61%
Inflação acumulada de 1995 a 2002 (FHC): 114,43%, ou 0,00028% do acumulado anterior. Queda de 99,99972% em relação ao governo anterior.
Inflação acumulada de 2003 a 2010 (Lula): 47,72%, ou 41,71% do acumulado anterior. Queda de 58,29% em relação ao governo anterior.
* Queda na inflação acumulada foi muito maior no governo FHC que no governo Lula
* Fernando Henrique, como Ministro da Fazenda, implantou o Plano Real, que controlou a hiperinflação
* Governo FHC consolidou a estabilidade do plano real
Dívida pública federal
Fonte: Dados oficiais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
Dívida pública federal ao final do governo FHC (12/2002): R$ 560.828.810.000,00
Dívida pública federal ao final do governo Lula (10/2010): R$ 985.808.530.000,00
* A dívida pública federal líquida ao final do governo Lula é quase o dobro da dívida ao final do governo Fernando Henrique
Mapa de desempenho dos governos
O mapa a seguir indica o desempenho relativo dos governos Fernando Henrique Cardoso e Lula em todos os quesitos levantados até o momento pelo Governo Brasil Wiki. Os valores foram normalizados para melhor visualização, através da fórmula:
math
Isto significa que a nota máxima - no caso, 10 - é determinada pelo avanço total na área, sendo somados os valores de todos os governos. A nota é, assim, um reflexo da proporção do avanço total em uma determinada área alcançado pelo governo em questão.
Arquivo:Radar_governo_02.png
Inconsistências nas Posições Políticas
Aborto
* Dilma se diz a favor da descriminalização do aborto: Vídeo de declaração de Dilma no YouTube
* PT suspendeu direitos de filiado por lutar contra legalização: Artigo sobre filiado ao PT suspenso por lutar contra legalização do aborto
* Segundo o Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (2010):
o "Recomendação: Recomenda-se ao Poder Legislativo a adequação do Código Penal para a descriminalização do aborto."
o Fonte: Texto integral do PDNH3
* Segundo o Programa Nacional de Direitos Humanos 2 (2002):
o "Apoiar a alteração dos dispositivos do Código Penal referentes ao estupro, atentado violento ao pudor, posse sexual mediante fraude, atentado ao pudor mediante fraude e o alargamento dos permissivos para a prática do aborto legal (...)"
o "Considerar o aborto como tema de saúde pública, com a garantia do acesso aos serviços de saúde para os casos previstos em lei."
o Fonte: Texto integral do PDNH2
Bolsa Família
* Bolsa Família é unificação de programas sociais do governo FHC: Texto oficial da lei que cria o Bolsa Família
* Idéia de unir os programas anteriores foi do PSDB: Vídeo da solenidade de lançamento do programa no YouTube
* Lula era contra os programas sociais: Vídeo de Lula discursando contra programas sociais que foram consolidados no Bolsa Família no YouTube
Aliados e Plano Real
* Lula ataca Plano Real e atuais aliados: Vídeo de declarações de Lula no YouTube atacando Plano Real e atuais aliados
* Lula define Plano Real como 'estelionato eleitoral': Vídeo de declarações de Lula sobre o Plano Real no YouTube
* Contradições de Lula - atacando e depois defendendo Collor: Vídeo com declarações gravadas de Lula no YouTube
* Ciro Gomes, novo coordenador da campanha de Dilma, ataca o PT e o PMDB: Vídeo de declarações de Ciro Gomes no YouTube
Privatizações
Fontes: Ministério do Planejamento - Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST), Agência Nacional de Transportes Terrestres, Agência Nacional de Transportes Terrestres
De acordo com dados oficiais do Ministério do Planejamento, um total de seis empresas foram privatizadas durante o governo Lula:
* Banco do Estado do Maranhão S.A.
* BEM-SG
* BEM-VTV
* BEM-DTVM
* Banco do Estado do Ceará S.A.
* BEC-DTVM
Além disso, segundo dados oficiais da Agência Nacional de Transportes Terrestres, durante o governo Lula foram firmados acordos de concessão de 3281,4 Km de estradas, efetivamente privatizando esta extensão da rede rodoviária federal. Foram criadas, assim, 36 praças de pedágio, com tarifas de até R$ 9,70.
O Estado Liberal: o que é, o que deve fazer - Carlos Alberto Montaner
Por Carlos Alberto Montaner
Ilustración Liberal (revista española y americana), Nº 43
La leyenda, la mala leyenda, nos imputa a los liberales el objetivo de tratar de debilitar el Estado hasta convertirlo en una entidad superficial e inane. Eso no es cierto. El Estado, tal y como lo concebimos los liberales, desempeña un papel absolutamente fundamental en lo relacionado con el beneficio material y espiritual de la sociedad. De eso tratan las reflexiones que siguen: de entender y explicar para qué sirve el Estado en una sociedad dirigida con criterios liberales.
¿Para qué sirve el Estado?
Toda actividad colectiva racionalmente organizada comienza con una definición de objetivos. ¿Para qué nos juntamos? Puede ser para cazar, cosechar cereales, celebrar una fiesta, jugar al fútbol, amarnos, rezar, atacar a los vecinos o defendernos de ellos. Los propósitos son casi infinitos. Lo importante es que, intuitivamente, sabemos que nos unen ciertos intereses y objetivos comunes, y esa coincidencia debe determinar el perfil de las instituciones que nos son necesarias y la clase de organización que debemos articular para alcanzar el éxito.
(para continuar a leitura deste artigo, bastante longo, ir neste link)
Europa e EUA comparados: produtividades divergentes
Creio que vale a leitura, para todos aqueles interessados nos fatores reais de prosperidade e bem-estar.
Como o estudo reproduzido no site da empresa de consultoria possui ilustrações em flash, contendo os dados comparativos, recomendo consultar o link abaixo (e se inscrever para poder ter acesso ao relatório completo).
Paulo Roberto de Almeida
Why Europe lags behind the United States in productivity
Regulation and market barriers continue to hold back the continent’s service sectors.
McKinsey Quarterly, October 2010
In an accompanying podcast, McKinsey Global Institute director Charles Roxburgh describes Europe’s progress on reform, the economic pressures facing the region, and what it will take to restore long-term growth.
The opportunity to improve Europe’s lagging service sectors is one of the major themes addressed in Beyond austerity: A path to economic growth and renewal in Europe, a new report from the McKinsey Global Institute (MGI).2 The report analyzes Europe’s strides in reforming labor markets, cutting unemployment, and fueling growth in per capita GDP; the many pressures bearing down on growth; and how to build an effective pro-growth agenda using recent reforms as a platform. Given high debt and deficit levels, little scope remains to spur growth through short-term stimulus spending. Europe must therefore embrace structural reform—and boosting the performance of service industries is a critical part of this effort.
In Europe, service sectors account for a lower share of overall economic activity than they do in the United States. Across the Atlantic, 19 percentage points of gross value-added growth were accounted for, from 1995 to 2005, by local services,3 business services,4 and professional and financial services. In the EU-15, these added only 10 percentage points (Exhibit 1).
How to raise European service productivity
A range of regulatory and market barriers stand in the way of higher productivity in European services, which suffer from relatively low scale in many operations and from product, land, and labor market regulations that inhibit competition. MGI sees two important areas to address. It will also be necessary to ensure that enablers for growth, including infrastructure and skills, are in place.Injecting competition
The liberalization of monopolistic industries in Europe has consistently led to dramatic increases in productivity. Coupled with standardization, regulation to heighten competition has made a success story of telecommunications, for example. GSM—the Global System for Mobile Communications—was initially deployed in seven European countries, in 1992; today the system has more than four billion users worldwide. In the road freight industry, the relaxation of price controls and the removal of barriers to cross-border trade led to a 15 to 25 percent drop in tariffs and 5 percent-plus annual productivity gains throughout the 1990s in France and Germany.Despite such examples, many other service industries, including postal services, rail transport, and professional services (such as law and accounting), continue to receive regulatory protection from competition. Entry barriers are still common. Many European countries limit the number of pharmacies, for instance, in effect creating regional monopolies on retail sales of medicinal products. Some European countries set price ceilings or floors—for architects and lawyers in Italy and Germany, among others. France and Spain prohibit advertising for notaries. Some countries have abolished such advertising and price restrictions in recent years, apparently without damaging these markets. But regulation remains high overall. In professional services, the 2008 product market regulation index of the Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD) is nearly twice as high for Europe as for the United States.
Deregulation
Regulation not only hinders competition in Europe’s service sectors but can also compromise the efficiency of operations. Retailing, for instance, still suffers from restrictive land and product regulations. Zoning laws that limit the size and density of stores put bigger, more efficient formats like hypermarkets at a competitive disadvantage: in France, the introduction of more restrictive rules on the size of retail outlets during the 1990s halted the sector’s productivity growth—opening new stores larger than 6,000 square meters became virtually impossible—and the restrictions eventually had to be eased. In the United Kingdom, the number of new stores opening has slowed because of insufficient reform to planning laws. In the Netherlands, individual municipalities have the power to prevent retailers from selling televisions in furniture stores.Strict labor laws, which often encourage informality, are another barrier to productivity. Businesses have an incentive to stay smaller to avoid a higher level of regulatory scrutiny, and this stratagem prevents companies from achieving scale in fragmented industries, including construction. (In Portugal, informal labor accounts for more than a quarter of the hours worked in residential construction.) In retailing, Dutch labor legislation typically requires stores to pay their employees 30 percent more for evening work.
Operational barriers remain rife too. In land transport, standardized road freight containers that could boost productivity have not achieved widespread use. In the construction industry, the complex way projects are set up compromises productivity: traditionally, there are separate tenders for design, engineering, and actual construction. That undermines coordination and inefficiency—for instance, contractors are rarely involved in the design phase to discuss cost-efficient construction specs and materials. Since the public sector accounts for 33 percent of all construction in Germany and for 25 percent in the United Kingdom, if governments changed their procurement and tendering processes, they could directly help to institutionalize best practices.
Emulating best practice
European service sectors could vastly increase their productivity and growth. Take food retailing. If the EU-15 as a whole achieved the productivity levels of its top-quartile countries in this sector—admittedly not an easy task in many places—it could achieve a 44 percent boost in productivity. This would translate into a 21 percent increase in the productivity of retailing in general, or a 0.75 percent increase in the value added generated by the entire EU-15 economy. (These figures assume that the hours freed up as a result of improved productivity will be reallocated to the rest of the economy at current sector productivity levels.)In road freight, emulating best practice would boost the productivity of land transport by 50 percent, adding 0.4 percent of incremental GDP to Europe’s economy. Reaching best practice in construction could boost its productivity by 12 percent, for a 0.5 percent increase in the value added generated by the European economy overall.
About the Authors
Jan Mischke is an associate principal in McKinsey’s Zurich office; Baudouin Regout; who is based in Brussels, is a senior fellow of the McKinsey Global Institute; Charles Roxburgh is a director in the London office and a director of MGI.Notes
Interrupcao eleitoral (10): bateu o panico, e ai vem terrorismo eleitoral
E-MAIL DE ALGUÉM DA COORDENAÇÃO DA CAMPANHA DE DILMA, INTERCEPTADO!
1. Nem troca de e-mails entre "cardeais" fica mais livre de um cochilo ou quebra de discrição de alguém que quer se mostrar poderoso por vaidade, vazando. Abaixo, itens selecionados por este Ex-Blog.
2. "Usar a micro-mídia, levando publicidade das empresas estatais que estão fora da proibição às cidades com 100 mil habitantes e menos. O Ibope dá a Dilma ampla vantagem nas cidades com menos de 100 mil habitantes."
3. "Listar, estado por estado, região por região, município por município, onde estão os votos brancos, nulos e a abstenção acima da série histórica e ir a estes municípios com comandos do PT e movimento social dirigido por nós."
4. "Imediatamente usar os cadastros do bolsa-família, pró-jovem, pró-uni, etc., e produzir pânico, informando que sem Dilma esses programas serão cancelados. Usar essa mesma informação nas redes de internet. Nos programas de TV deve-se usar essa informação, porém sem agressividade. Dilma deve usar essa comunicação, sem excessos, em suas entrevistas e debates."
5. A audiência do debate na Band foi de 4%. Mas na pesquisa Sensus, 30% dos entrevistados disseram que viram o debate. Mas claro, "viram" através da cobertura da imprensa. O debate, depois do primeiro bloco deve ser para a imprensa e não para a audiência. E os órgãos amigos devem ser alimentados. Dar atenção especial aos programas de rádio dos comunicadores, na manhã do dia seguinte, com prioridade aos municípios que centralizam audiência de outros municípios em sua volta.
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Comento: parece que vem terrorismo eleitoral por aí: ameaçar eleitores do Bolsa-Família, de Pró-Uni e outros programas sociais que ficarão sem seus benefícios se a candidata oficial perder representa simplesmente uma tática terrorista, e calhorda (por certo).
Pensando bem: combina com essa gente...
Tem toda a cara de quem recorre a esse tipo de tática...
Os bispos e o capitalismo: incompatibilidade de genios?
Estava lendo agora mesmo o tal de manifesto apreendido a mando dos petistas -- o que configura, me parece, censura ao pensamento e violação do direito de livre expressão, não da Igreja, mas de qualquer um -- e deparei com a tal de condenação ao capitalismo.
Vejamos o manifesto em sua íntegra, com trecho que considero francamente risíveis -- mas o assunto é suficientemente sério ao ponto de ter levado a uma verdadeira cisão na CNBB -- e depois eu volto para comentar aquilo que me compete, que não é religião, nem campanha eleitoral, mas simplesmente o que constitui minha atividade docente e de pesquisador: a economia política.
Paulo Roberto de Almeida
A Presidência e a Comissão Representativa dos Bispos do Regional Sul 1 da CNBB, em sua Reunião ordinária, tendo já dado orientações e critérios claros para “VOTAR BEM”, acolhem e recomendam a ampla difusão do
“APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS”
elaborado pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 que pode ser encontrado no seguinte endereço eletrônico www.cnbbsul1.org.br
São Paulo, 26 de Agosto de 2010.
Dom Nelson Westrupp, scj
Presidente do CONSER-SUL 1
Dom Benedito Beni dos Santos
Vice-presidente do CONSER-SUL 1
Dom Airton José dos Santos
Secretário Geral do CONSER SUL 1
APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS
Nós, participantes do 2º Encontro das Comissões Diocesanas em Defesa da Vida (CDDVs), organizado pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB e realizado em S. André no dia 03 de julho de 2010,
- considerando que, em abril de 2005, no IIº Relatório do Brasil sobre o Tratado de Direitos Civis e Políticos, apresentado ao Comitê de Direitos Humanos da ONU (nº 45) o atual governo comprometeu-se a legalizar o aborto,
- considerando que, em agosto de 2005, o atual governo entregou ao Comitê da ONU para a Eliminação de todas as Formas de Descriminalização contra a Mulher (CEDAW) documento no qual reconhece o aborto como Direito Humano da Mulher,
- considerando que, em setembro de 2005, através da Secretaria Especial de Política das Mulheres, o atual governo apresentou ao Congresso um substitutivo do PL 1135/91, como resultado do trabalho da Comissão Tripartite, no qual é proposta a descriminalização do aborto até o nono mês de gravidez e por qualquer motivo, pois com a eliminação de todos os artigos do Código Penal, que o criminalizam, o aborto, em todos os casos, deixaria de ser crime,
- considerando que, em setembro de 2006, no plano de governo do 2º mandato do atual Presidente, ele reafirma, embora com linguagem velada, o compromisso de legalizar o aborto,
- considerando que, em setembro de 2007, no seu IIIº Congreso, o PT assumiu a descriminalização do aborto e o atendimento de todos os casos no serviço público como programa de partido, sendo o primeiro partido no Brasil a assumir este programa,
- considerando que, em setembro de 2009, o PT puniu os dois deputados Luiz Bassuma e Henrique Afonso por serem contrários à legalização do aborto,
- considerando como, com todas estas decisões a favor do aborto, o PT e o atual governo tornaram-se ativos colaboradores do Imperialismo Demográfico que está sendo imposto em nível mundial por Fundações Internacionais, as quais, sob o falacioso pretexto da defesa dos direitos reprodutivos e sexuais da mulher, e usando o falso rótulo de “aborto - problema de saúde pública”, estão implantando o controle demográfico mundial como moderna estratégia do capitalismo internacional,
- considerando que, em fevereiro de 2010, o IVº Congresso Nacional do PT manifestou apoio incondicional ao 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3), decreto nª 7.037/09 de 21 de dezembro de 2009, assinado pelo atual Presidente e pela ministra da Casa Civil, no qual se reafirmou a descriminalização do aborto, dando assim continuidade e levando às últimas consequências esta política antinatalista de controle populacional, desumana, antisocial e contrária ao verdadeiro progresso do nosso País,
- considerando que este mesmo Congresso aclamou a própria ministra da Casa Civil como candidata oficial do Partido dos Trabalhadores para a Presidência da República,
- considerando enfim que, em junho de 2010, para impedir a investigação das origens do financiamento por parte de organizações internacionais para a legalização e a promoção do aborto no Brasil, o PT e as lideranças partidárias da base aliada boicotaram a criação da CPI do aborto que investigaria o assunto,
RECOMENDAMOS encarecidamente a todos os cidadãos e cidadãs brasileiros e brasileiras, em consonância com o art. 5º da Constituição Federal, que defende a inviolabilidade da vida humana e, conforme o Pacto de S. José da Costa Rica, desde a concepção, independentemente de sua convicções ideológicas ou religiosas, que, nas próximas eleições, deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários à descriminalizacão do aborto.
Convidamos, outrossim, a todos para lerem o documento “Votar Bem” aprovado pela 73ª Assembléia dos Bispos do Regional Sul 1 da CNBB, reunidos em Aparecida no dia 29 de junho de 2010 e verificarem as provas do que acima foi exposto no texto “A Contextualização da Defesa da Vida no Brasil” (http://www.cnbbsul1.org.br/arquivos/defesavidabrasil.pdf), elaborado pelas Comissões em Defesa da Vida das Dioceses de Guarulhos e Taubaté, ligadas à Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB, ambos disponíveis no site desse mesmo Regional.
COMISSÃO EM DEFESA DA VIDA DO REGIONAL SUL 1 DA CNBB
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Voltei (como diria um jornalista conhecido).
Pois bem, o trecho que me interessa é este aqui:
"...o PT e o atual governo tornaram-se ativos colaboradores do Imperialismo Demográfico que está sendo imposto em nível mundial por Fundações Internacionais, as quais, sob o falacioso pretexto da defesa dos direitos reprodutivos e sexuais da mulher, e usando o falso rótulo de “aborto - problema de saúde pública”, estão implantando o controle demográfico mundial como moderna estratégia do capitalismo internacional."
Eu não gostaria de parecer muito desrespeitoso, mas esses bispos estão malucos, partidários que são daquilo que pode ser chamado de "teoria conspiratória da História", como revelado nessa ideia estapafúrdia do "Imperialismo Demográfico".
Trata-se de mais um fantasma, como tantos outros que percorrem e frequentam todas as teorias conspiratórias de todos os tipos. Como sabe qualquer cidadão sensato e bem informado, essas fundações (que são nacionais, e não internacionais) não trabalham para nenhum Imperialismo Demográfico, e menos ainda para o tal de capitalismo internacional -- onde quer que ele se encontre, ou seja, atualmente um pouco, ou bastante, em todas as partes, inclusive na China formalmente comunista (menos na Coréia do Norte e em Cuba, mas isso se resolve logo...) -- sim se organizam em torno da ideia singela de que muitos filhos alimenta a pobreza e provoca o atraso da componente feminina nas populações de países pobres.
Eu também acho que elas podem estar enganadas, muito embora eu não consigo imaginar qual seria estratégia moderna do capitalismo internacional. Será que o capitalismo internacional, cujos lucros provêm da venda ampliada e crescente de mercadorias (bens e serviços), estão interessados em diminuir a população, ou seja, em reduzir suas chances de ter mais lucro?
Esse bispos estão sendo um tantinho contraditórios, pois não imagino um capitalismo dizendo: "Parem, parem, menos gente por favor, queremos menos vendas, menos lucro, queremos ficar pobres..."
Esses padrecos atuais são completamente malucos...
Paulo Roberto de Almeida
O Brasil a caminho do atraso (2): feriados em dias de jogo da Seleçao
Eu também acho que o deputado só pode ser debiloide...
Paulo Roberto de Almeida
Projeto transforma dia de jogo do Brasil em feriado
Deputado Felipe Bornier sugere que o país pare literalmente toda vez que a seleção canarinho jogar na Copa
Ementa (resumo introdutório) do PL 7722/10: “Altera a Lei nº 662, de 6 de abril de 1949, para determinar que, durante as edições da Copa do Mundo de Futebol organizada pela Fédération Internationale Football Association – FIFA, serão feriados nacionais os dias em que houver jogo da Seleção Brasileira Masculina de Futebol”.
Confira a íntegra do Projeto de Lei 7722/10
O parágrafo único transcrito acima, pretende seu mentor intelectual, seria acrescentado ao artigo primeiro da Lei 662, sancionada em 6 de abril de 1949, que diz: “São feriados nacionais os dias 1º de janeiro [Dia da Paz Mundial], 21 de abril [Tiradentes], 1º de maio [Dia do Trabalho], 7 de setembro [Dia da Independência], 2 de novembro [Finados], 15 de novembro [Proclamação da República] e 25 de dezembro [Natal]”.
Confira a íntegra da legislação citada, no avulso apensado ao projeto
A lei de 1949, “128º ano da Independência e 61º da República”, não definia o Dia de Finados, o que foi feito na Lei 10.607 (19 de dezembro de 2002). Ou seja, passaríamos formalmente a ter oito feriados nacionais, todos os anos, depois de eventual sanção do projeto de lei. É quase o número total de férias formais de trabalhadores de alguns países asiáticos – na China, por exemplo, a média é de dez dias de descanso, anualmente. É bom lembrar que, nas paragens tupiniquins, o trabalhador brasileiro geralmente desfruta de mais dias de folga, festiva ou religiosamente: carnaval, feriados de fim de ano, Semana Santa etc.
“Pena que o Brasil não foi campeão [na Copa da África 2010]. Se não, [o projeto] já estaria valendo”, disse ao Congresso em Foco o deputado Felipe Bornier. “Mas é um debate que tem de ser feito. O projeto é uma coisa que foi apresentada recentemente, ainda não teve debate.”
Para o parlamentar, os estados brasileiros têm costumes diferentes em dia de jogo. “O que acontece é que, em algumas cidades, as escolas não abrem, os bancos não abrem. O que o projeto faz é estabelecer algo que, na prática, já é norma”, destacou Bornier.
A verdade é que a norma, ao contrário do que deseja Bornier, é bem diferente. Grande parte das empresas libera seus funcionários na hora do jogo, mas eles trabalham antes ou depois, dependendo do horário da partida. Os bancos abrem, as lojas também.
O Brasil a caminho do atraso: estatuto da desigualdade racial (ou a construcao do Apartheid)
Estatuto da Igualdade Racial entra em vigor esta semana
Contra a Racialização do Brasil, 17 Oct 2010 03:39 PM PDT
Após 10 anos de tramitação no Congresso, conjunto de propostas que visa a combater o preconceito e promover políticas de inclusão social para afrodescendentes sai do papel, embora especialistas afirmem que o documento ainda não é o ideal
Fonte: Correio Braziliense
Carolina Khodr
Renata Mariz
Publicação: 17/10/2010 10:14 As medidas não são exatamente aquelas sonhadas pelos militantes do movimento negro que ajudaram o senador Paulo Paim (PT-RS) a redigir o projeto de lei 10 anos atrás. Mas o que sobrou da proposta, depois das tesouradas sofridas em uma década de tramitação no Congresso Nacional, entrará em vigor na próxima quarta-feira. Sonhado pelos grupos que combatem o racismo e atacado por quem considera mais preconceituoso ainda instituir políticas públicas de acordo com a cor da pele, o Estatuto da Igualdade Racial já começa a valer no Brasil suscitando discussões.
Os principais pontos criticados pelos próprios militantes em favor da igualdade racial no país concentram-se na ausência de temas considerados prioritários. “As cotas não poderiam ter ficado de fora, porque a sociedade não avança se não houver política afirmativa na área educacional. Retiraram também o dispositivo que previa a reserva de vagas nos meios de comunicação”, lamenta Nelson Inocêncio, professor da Universidade de Brasília (UnB). “Em toda negociação é preciso ter uma margem para ceder, mas o que houve foi uma mutilação do Estatuto.”
Para o ministro Eloi Ferreira de Araújo, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, o único prejuízo do estatuto está no atraso de 122 anos. “Se na época da abolição da escravatura os negros já tivessem uma proteção legal que garantisse a igualdade de direitos, o desenvolvimento social do país teria sido mais harmonioso”, afirma Araújo. Ele atribui à nova legislação o início de uma caminhada rumo a um Brasil mais justo. “As ações afirmativas previstas no documento trazem ao mundo jurídico programas e ações para reduzir as desigualdades derivadas de 380 anos de escravidão.”
Sobre as políticas historicamente consideradas mais prioritárias quando o assunto é redução da desigualdade racial, Araújo prevê soluções em acertos futuros. “A cota é apenas uma das formas de colocar em prática as ações afirmativas. A fiscalização da presença de negros e de pardos nas universidades será feita com o Ministério da Educação e a Ouvidoria da secretaria. Já as cotas previstas nos partidos políticos, que também ficaram de fora do estatuto, serão matéria da reforma política. A representação da população negra tem que ser proporcional no Congresso e em outras esferas da política”, defende o ministro.
Na avaliação de frei David Raimundo Santos, diretor executivo da Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro), embora seja inegável que o estatuto perdeu muito de seu conteúdo para ser aprovado no Congresso, o documento poderá ter efeito na militância pelo país afora. Ele acredita que o conjunto de leis, apesar de genéricas, só pelo simples fato de existir, despertará o senso crítico dos negros carentes de oportunidades. Menos otimista que frei David, Nelson Inocêncio teme que a legislação seja apenas mais um documento sem desdobramentos práticos. “É a minha opinião e a de muitos que acompanham o tema.”
Ação civil pública
O primeiro efeito prático do Estatuto da Igualdade Racial deverá ser uma ação civil pública contra o estado do Espírito Santo. No documento preparado por entidades ligadas ao tema do racismo, que pretendem ajuizá-lo já na quinta-feira, há diversos dados sobre a morte de negros, especialmente pela polícia. Um deles demonstra, por exemplo, que 2.081 pessoas foram assassinadas em 2009 em território capixaba, das quais 82% eram negras. Treze por cento foram identificadas como brancas.
Outra informação apresentada é de que quatro municípios capixabas (Cariacica, Linhares, Serra e Vila Velha) estão entre os 12 no país com o maior Índice de Homicídios na Adolescência — indicador que estima o risco de mortalidade por homicídio de adolescentes. Baseando-se no 4º capítulo do estatuto, que trata do acesso à Justiça e à segurança, as entidades que prepararam o documento pretendem pressionar o governo estadual e as prefeituras. “Vamos pedir, entre outras coisas, multa diária para prefeituras que não tomarem providências. Os recursos irão para um fundo de inclusão da comunidade negra nacional que está sendo criado”, diz frei David.
ARTIGO
Mobilização da militância
O Estatuto da Igualdade Racial, aprovado pelo Senado após um longo debate, sancionado pelo Presidente da República e que entra em vigor na próxima quarta-feira, teve uma trajetória similar, feitas as devidas ressalvas, ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Em relação ao ECA, durante todo o processo de tramitação, tivemos vários embates, várias posições prós e contras, e aqueles que lutavam pela preservação do projeto original do ECA tiveram que ceder em muitos pontos para que o estatuto fosse aprovado. Basta lembrar o seguinte: o ECA já sofreu mais de 150 emendas, ou seja, todos aqueles que se sentiram derrotados em determinados aspectos usaram do poder de políticos, de partidos, de deputados e de senadores para introduzir aperfeiçoamentos ao ECA. Portanto, é preciso que a comunidade negra entenda que esse é o processo democrático: nenhum estatuto sairá perfeito na primeira versão.
Tenho certeza de que esse é o mesmo caminho que nós, negros, vamos seguir. Aqueles que querem ver outros aspectos contemplados no Estatuto da Igualdade Racial irão trabalhar com seriedade e afinco. Produzirão e vão apresentar emendas, por meios de deputados e de senadores. Isso vai revigorar a militância do povo negro no Brasil, pois cada grupo das diferentes regiões irá se movimentar e se organizar para propor emendas ao estatuto. E irá se empenhar para que sua emenda seja vitoriosa. O documento que está aí, não tão perfeito como queríamos, vai ser muito bom para a militância: vai provocá-la a se organizar mais, pois, nos quatro cantos do Brasil, a militância negra não tem o vigor que pode desenvolver.
Entretanto, não é uma lei escrita que vai resolver os nossos problemas, mas a militância consciente e organizada. Nós, negros, temos de ser bastante rigorosos na avaliação que fazemos do estatuto. Esse é um momento especial na conjuntura nacional para a comunidade negra, pois estamos tendo uma boa relação com o Poder Executivo, ao passo que temos uma péssima relação com o Poder Legislativo. Nossa representação nessas Casas não chega a 5% de nossa capacidade de voto no país. Por que não avançamos nessa direção, agora que temos o estatuto, que é uma ferramenta essencialmente do âmbito do Poder Executivo? A realidade é que não temos muito trânsito no Poder Legislativo. Devemos, então, avançar com o Poder Executivo, em nível municipal, estadual e federal. E naquilo que podemos avançar, o estatuto nos dá o alicerce.
Frei David Raimundo Santos, diretor executivo da Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro)
PRINCIPAIS PONTOS
Conheça alguns dos itens mais relevantes do Estatuto da Igualdade Racial
* Todas as escolas da educação básica terão de ensinar história geral da África e da população negra no Brasil. O tema já foi previsto numa lei de 2003, mas sem reflexo na prática.
* A capoeira é reconhecida como esporte e o governo deverá investir na prática.
* Libera a assistência religiosa em hospitais aos seguidores de cultos religiosos de origem africana.
* Comunidades quilombolas terão linhas de financiamento diferenciadas.
* Implantação, pelo poder público, de ouvidorias permanentes em defesa da igualdade racial.
* Adoção de medidas, pelo poder público, para coibir a violência policial de caráter racial.
Questões não contempladas
* Reserva de cotas para negros em universidades, em programas de televisão e em partidos políticos.
* Incentivo fiscal para empresas que contratarem negros.
* Definição de quem são os remanescentes de quilombos para fins de regularização das terras ocupadas.
* Registro no Sistema Único de Saúde (SUS) fazendo o corte racial
Interrupcao eleitoral (9): a mistificacao da privatização: tentando enganar os incautos...
Paulo Roberto de Almeida
A repetição de um velho ardil
Só dogmatismo e/ou a má-fé justificam o argumento de que a privatização de empresa estatal ou de economia mista é um mal em si mesma e, portanto, condenável de qualquer ponto de vista. Dogmáticos são os radicais de esquerda incapazes de esquecer ou de aprender. De má-fé agem os oportunistas diretamente interessados no projeto de perpetuação do poder lulo-petista. Uns e outros se associam na campanha eleitoral de Dilma Rousseff para demonizar José Serra como o responsável, pretérito e futuro, por esse monstruoso atentado contra os interesses do povo brasileiro: a privatização. É natural que o lulo-petismo lance mão desse argumento cínico e maniqueísta na tentativa de evitar que a candidatura Dilma repita neste segundo turno o desempenho para eles decepcionante que teve no primeiro. Deu certo quatro anos atrás, quando o então candidato oposicionista, Geraldo Alckmin, enroscou-se todo no mesmo ardil e conseguiu a proeza de ter no segundo turno cerca de 2,5 milhões de votos a menos do que no primeiro.
É de esperar que os tucanos tenham aprendido a lição. Afinal, argumentos não lhes faltam. O governo Fernando Henrique foi um dos responsáveis pela definição dos fundamentos da política econômico-social que, aprimorada e aprofundada por seu sucessor, resultou no Brasil inegavelmente melhor em que hoje vivemos. E o processo de desestatização, intensificado nas administrações Itamar Franco e Fernando Henrique, abrangendo os setores siderúrgico, de mineração, da indústria aeronáutica e, de modo muito especial, os serviços bancários e as telecomunicações, foi peça essencial para consolidar a base dos avanços nos últimos 15 anos.
A dicotomia estatização/desestatização frequentou a agenda política quando a polarização comunismo/capitalismo dominava o mundo, durante a maior parte do século 20. Com a falência do modelo comunista e a consequente desmoralização do mito da infalibilidade do Estado, a questão, do ponto de vista do interesse público, passou a ser, objetivamente, quais empresas devem permanecer sob o controle, direto ou indireto, do poder público e quais ficam melhor sob a administração privada. Assim, é óbvio que em muitos casos a desestatização ou privatização de empresas e serviços pode perfeitamente atender ao interesse público. Foi o que ocorreu no Brasil com a privatização das empresas de telecomunicações, que, para citar apenas seus efeitos mais visíveis, permitiu o acesso de toda a população economicamente ativa ao telefone celular e à banda larga. E há, por outro lado, casos como o de empresas estrategicamente essenciais à segurança ou ao desenvolvimento nacional, em que o interesse público poderá estar melhor preservado com a administração estatal.
Certamente esta não é uma questão de fácil entendimento pelo cidadão comum. Mas tentar reduzir a opção estatização/privatização à dicotomia maniqueísta do bem contra o mal é, para dizer o mínimo, desonesto. Uma campanha eleitoral deve esclarecer as pessoas sobre os problemas e soluções em relação aos quais elas devem se manifestar com seu voto, e não confundi-las e valer-se da falta de informação em proveito próprio.
Foi o que Dilma Rousseff tentou fazer no debate da Rede Bandeirantes, obedecendo à nova estratégia de sua campanha: partir para o ataque, a qualquer custo. E valeu-se para tanto daquele que o governo petista apresenta como um de seus maiores trunfos em termos da prosperidade futura do País: a exploração do pré-sal, "uma riqueza do povo brasileiro para garantir que a gente combata a pobreza e crie educação de qualidade". Segundo a candidata, "assessores" de Serra defendem a privatização do pré-sal. Ela se referiu explicitamente ao tucano David Zylbersztajn, que foi presidente da Agência Nacional do Petróleo no governo FHC, mas nunca assessorou José Serra. Ele classificou a acusação como "delírio" e explicou que o que defendeu foi o regime de concessão, estabelecido inicialmente pelo governo, contra o regime de partilha que o governo quer agora que prevaleça.
E justificou sua atitude: "(...) acho que, qualquer que seja o governo, ter uma estatal comprando e vendendo petróleo é uma janela para a corrupção." Bem lembrado.
Venezuela: como exterminar os inimigos politicos...
Se trata, obviamente, de nosso aliado bolivariano, onde El Supremo ... (acrescentem o adjetivo que desejarem) se empenha ativamente em realmente exterminar com essa praga que se chama oposição política, e dispõe de meios muito mais poderosos para fazê-lo.
Não conseguiu, porém, embora o processo democrático enfrente perigos muito mais profundos, e reais, do que aqui.
Em todo caso, fiquem com essa leitura edificante, se ouso dizer, ainda que a operação conduzida por El Supremo ... (escolham) se chamava, justamente, La Demolición...
Paulo Roberto de Almeida
Demoler, destruir, liquidar
MILAGROS SOCORRO
El Nacional, 16 Octubre 2010
Chávez anunció que su plan era acabar con la oposición
Hasta el 25 de septiembre, víspera de las elecciones legislativas, Chávez estuvo haciendo campaña y usando los recursos del Estado para difundir sus insultos y amenazas. En Barquisimeto, horas antes del evento electoral, que era observado con especial atención por el hemisferio, vociferó: "Los escuálidos pudieran rendirse, están rodeados. Le vamos a dar una paliza a los escuálidos. Todos a votar por la alianza socialista". En su Twitter escribió: "Ahora entramos en la tercera fase: acelerar el arrollamiento y la demolición". En el Táchira conminó a alguna jauría a "demoler a la burguesía apátrida". En Valencia: "Estoy calentando los motores porque en diciembre de 2012 los vamos a volver picadillo". En la plaza O’Leary, Caracas: "Hay que volver polvo a los escuálidos el domingo". Un mes antes había denominado la campaña oficialista Operación Demolición. "Así se llamará", ladró en Barinas. "Me los demuelen. Esa es la orden".
Ya el mundo sabe lo que ocurrió. Ese mensaje, pese a circular con las inmensas ventajas que ofrece el peculado que el autócrata ejerció entonces y ejerce siempre en todas sus formas e inmensas cuantías-, no recibió el favor de las mayorías. El país va comprendiendo que lo único que Chávez ofrece y está en capacidad de movilizar es la destrucción: de la infraestructura, la producción, las fuentes de trabajo, la seguridad ciudadana, el valor de la moneda, los servicios públicos, el patrimonio cultural...
Los sectores productivos han sufrido, claro está. Pero no serán liquidados por estos pigmeos armados de mazos paleolíticos. Los empresarios, industriales y productores podrán recomenzar en otras partes (a la vista está). Llevan consigo lo más importante: saben trabajar y están habituados a construir. La demolición de la que Chávez es emisario y vector se ha cebado contra los más pobres, contra la clase media y contra los empleados de esos "oligarcas" que lo obsesionan.
Pero hay un sector todavía más castigado. Hay una casta de degenerados cuyas bases morales ha sido pulverizada en sus cimientos por la diligencia envilecedora y corruptora de Chávez, que es el único rasgo en el que descuella, la única faceta en la que su ilimitada mediocridad parpadea. Es un titán, sí, pero de la degradación propia y ajena.
Ahí está para probarlo Walid Makled, un presidiario en espera de ser extraditado a Estados Unidos, señalado de enviar 10 toneladas mensuales de cocaína a ese país. Un hombre con semejante prontuario se planta ante el país y da unas declaraciones que constituyen un evidente intento de negociación, cuando no de chantaje, con quienes detentan el poder en Venezuela, muchos de los cuales, según se jacta, están en sus nóminas. ¿Y alguien lo duda? ¿Alguien ha musitado una defensa a los pringados por Makled? Nadie.
Qué más picadillo puede hacerse de una sociedad donde un reo de narcotráfico da manotazos en la cara de jueces, diputados, ministros, generales, gobernadores, gerentes de Pdvsa y hasta del presidente mismo, al que acusa de encabezar un gobierno capo de la droga. Tras las rejas, Makled se carea con todos estos funcionarios de tú a tú. Peor aún, los trata como a subalternos a quienes se ha cansado de arrojar billetes al piso. Así los habrá visto, de hinojos frente a él, lamiendo las botas sobre las cuales llueven los dólares.
Qué más derribo puede infligir Chávez. No contento con explicar cómo logró la concesión de Puerto Cabello sobornando a Acosta Carlez y matando el hambre a rufianes a quienes la república ha vestido con un uniforme, todavía retó: "¿Por qué no dicen que Walid Makled tenía concesión de fertilizantes, que se la otorgó el hermano del vicepresidente del PSUV, Saúl Ameliach?". La respuesta a esa oprobiosa interrogante fue designar al aludido hermano, Francisco Ameliach, ministro del Despacho de la Presidencia. ¿Cabe concebir mayor arrasamiento? Hay uno menor. Ínfimo. Un arrastramiento, mejor dicho. El que perpetró un pobre diablo, en mala hora elegido diputado, quien se permitió decir en público que si "hacer lo que diga el comandante, cuando él lo diga, es ser una foca", entonces él es una foca. He ahí una muestra deleznable pero elocuente de esa desintegración que Chávez prodiga: cuando un hombre pierde hasta tal punto el pudor y muchos lo han hecho- ya nada detiene sus desvaríos. Quien se humilla llamándose foca, traicionará al amo con razones igual de fútiles. Total, ya el alma la había echado a las voraces fauces de la máquina trituradora.
domingo, 17 de outubro de 2010
Interrupcao eleitoral (8): partidarização academica, Parte B: associacoes instrumentadas...
Num ambiente assim, a aceitação dessa diversidade é de rigor, e a tolerância com posições e posturas diferentes é mesmo obrigatória, com normas respeitadoras dessa diversidade geralmente consolidadas no próprio estatudo de fundação e de funcionamento do clube, entidade, associação.
Assim é que sindicatos ou associações profissionais não costumam ter posições políticas ou sequer afiliações partidárias, deixando a critério de seus membros qualquer decisão a respeito de escolhas que dependem única e exclusivamente de decisões pessoais de cada um.
Apenas na cabeça de um dirigente muito arrogante e autoritário vem a ideia de pretender ditar a atitude dos membros de sua associação.
Pois é isso que está acontecendo na Anpuh, a associação que supostamente representa os professores de história.
Seu presidente tem esse DNA fascista, de pretender que todos os associados pensem como ele.
Transcrevo aqui um trecho do seu manifesto eleitoral, divulgado recentemente, para que se constate o estilo do "coronel" universitário, que de acadêmico só tem o nome, mas não as qualidades:
" Dirijo este texto àqueles que fazem parte como eu desta parcela letrada da sociedade, notadamente, daqueles alojados no interior da Universidade, e que, para minha surpresa e decepção, vêm manifestando a intenção de votar em José Serra no segundo turno das eleições. Como estou escrevendo para pessoas que julgo estar sob o império da racionalidade, nem me vou ocupar de rebater os motivos e argumentos apresentados para não se votar em Dilma Rousseff, em uma das campanhas mais sórdidas, mais caluniosas, injuriosas e preconceituosas já levadas a efeito no país, com a participação decisiva do candidato Serra e da mídia golpista que o apóia, a mídia que medrou e engordou durante a ditadura militar, ..."
Trata-se, manifestamente, de uma ofensa direta a todos os professores que não pensam como ele, pois eles estariam, como direi?, sendo "irracionais", para não dizer reacionários, golpistas, energúnemos e coisas parecidas.
Todo o manifesto partidário do cidadão que infelizmente preside a Anpuh vem escrito nessa linguagem chula, digna de um militante fundamentalista, um terrorista da pena, um intolerante da regras da cidadania, um autocrata de formação.
Acredito que ele consegue, com esse gesto, desconstruir a Anpuh, e desonrar seus estatutos, além de criar um ambiente de trabalho praticamente viciado para o próximo congresso da associação.
Se os membros aplicassem o estatuto com rigor, ele já teria sido automaticamente destituído do cargo. Se continuar apegando-se a ele, não possui, de qualquer forma, autoridade moral para sentar-se na cadeira da presidência.
Meus pêsames aos professores de história que precisam suportar uma personalidade totalitária, vulgar e de má conduta como o seu presidente atual.
Uma desonra para toda a categoria.
Paulo Roberto de Almeida
Interrupcao eleitoral (7): partidarização academica, Parte A: reitores servis...
Uma outra personalidade política disse algo em torno dos acadêmicos: os competentes se voltariam para o mercado de trabalho, e os incompetentes iam dar aulas. Talvez não seja o caso das ciências duras, mas nas ciências ditas humanas é certamente cada vez mais o caso. Elas são dominadas por aqueles militantes do baixo clero, que arrotam um pouco de gramscismo de ouvido por aqui (já que poucos leram Gramsci, de verdade), mais outro tanto de marxismo vulgar por ali (e bota vulgar nisso: antes era o próprio Marx, depois substituído por Althusser e finalmente por esse estupor da Marta Harnecker), e que não fazem nada a ser arrotar slogans em sala de aula.
Todo esse pessoal está seriamente engajado na campanha presidencial, a começar pelos reitores adesistas que fizeram um manifesto em favor da candidata oficial.
Já tive oportunidade de criticar esses reitores, assim que saiu o malfadado manifesto, reproduzido nas paginas da SBPC, hoje uma associação também tomada pelo partidarismo e pelo servilismo em relação ao poder.
Mandei uma carta para o Jornal da Ciência, mas ela não foi publicada.
Permito-me, portanto, primeiro remeter -- sem pretender fazer propaganda -- ao horroroso manifesto partidários dos reitores, transcrevendo o link onde ele pode ser encontrado, e depois o meu comentário em torno dele.
Manifesto de Reitores das Univ. Federais
EDUCAÇÃO – O BRASIL NO RUMO CERTO
(Manifesto de Reitores das Universidades Federais à Nação Brasileira)
(ler neste link)
Agora, a minha “Carta ao Jornal da Ciência sobre o Manifesto dos Reitores":
Japao: da preeminencia ao declinio - New York Times
Dstaco apenas um trecho para que se tenha uma ideia da desvalorizao terrível dos ativos japoneses: "Masato, the small-business owner,... sold his four-bedroom condo to a relative for about $185,000, 15 years after buying it for a bit more than $500,000."
Esse é o resultado da rigidez estrutural do mercado de trabalho e das normas que presidem a atividade industrial, financeira e de serviços.
Não se pode pensar que o Brasil está imune a esses problemas: nossa incapacidade de reformar aspectos cruciais da atividade econômica pode nos conduzir ao mesmo resultado, embora com outros componentes.
Paulo Roberto de Almeida
Japan Goes From Dynamic to Disheartened
By MARTIN FACKLER
The New York Times, October 16, 2010
The Great Deflation
Coping With Decline
This is the first in a series of articles that will examine the effects on Japanese society of two decades of economic stagnation and declining prices.
OSAKA, Japan — Like many members of Japan’s middle class, Masato Y. enjoyed a level of affluence two decades ago that was the envy of the world. Masato, a small-business owner, bought a $500,000 condominium, vacationed in Hawaii and drove a late-model Mercedes.
But his living standards slowly crumbled along with Japan’s overall economy. First, he was forced to reduce trips abroad and then eliminate them. Then he traded the Mercedes for a cheaper domestic model. Last year, he sold his condo — for a third of what he paid for it, and for less than what he still owed on the mortgage he took out 17 years ago.
“Japan used to be so flashy and upbeat, but now everyone must live in a dark and subdued way,” said Masato, 49, who asked that his full name not be used because he still cannot repay the $110,000 that he owes on the mortgage.
Few nations in recent history have seen such a striking reversal of economic fortune as Japan. The original Asian success story, Japan rode one of the great speculative stock and property bubbles of all time in the 1980s to become the first Asian country to challenge the long dominance of the West.
But the bubbles popped in the late 1980s and early 1990s, and Japan fell into a slow but relentless decline that neither enormous budget deficits nor a flood of easy money has reversed. For nearly a generation now, the nation has been trapped in low growth and a corrosive downward spiral of prices, known as deflation, in the process shriveling from an economic Godzilla to little more than an afterthought in the global economy.
Now, as the United States and other Western nations struggle to recover from a debt and property bubble of their own, a growing number of economists are pointing to Japan as a dark vision of the future. Even as the Federal Reserve chairman, Ben S. Bernanke, prepares a fresh round of unconventional measures to stimulate the economy, there are growing fears that the United States and many European economies could face a prolonged period of slow growth or even, in the worst case, deflation, something not seen on a sustained basis outside Japan since the Great Depression.
Many economists remain confident that the United States will avoid the stagnation of Japan, largely because of the greater responsiveness of the American political system and Americans’ greater tolerance for capitalism’s creative destruction. Japanese leaders at first denied the severity of their nation’s problems and then spent heavily on job-creating public works projects that only postponed painful but necessary structural changes, economists say.
“We’re not Japan,” said Robert E. Hall, a professor of economics at Stanford. “In America, the bet is still that we will somehow find ways to get people spending and investing again.”
Still, as political pressure builds to reduce federal spending and budget deficits, other economists are now warning of “Japanification” — of falling into the same deflationary trap of collapsed demand that occurs when consumers refuse to consume, corporations hold back on investments and banks sit on cash. It becomes a vicious, self-reinforcing cycle: as prices fall further and jobs disappear, consumers tighten their purse strings even more and companies cut back on spending and delay expansion plans.
“The U.S., the U.K., Spain, Ireland, they all are going through what Japan went through a decade or so ago,” said Richard Koo, chief economist at Nomura Securities who recently wrote a book about Japan’s lessons for the world. “Millions of individuals and companies see their balance sheets going underwater, so they are using their cash to pay down debt instead of borrowing and spending.”
Just as inflation scarred a generation of Americans, deflation has left a deep imprint on the Japanese, breeding generational tensions and a culture of pessimism, fatalism and reduced expectations. While Japan remains in many ways a prosperous society, it faces an increasingly grim situation, particularly outside the relative economic vibrancy of Tokyo, and its situation provides a possible glimpse into the future for the United States and Europe, should the most dire forecasts come to pass.
Scaled-Back Ambitions
The downsizing of Japan’s ambitions can be seen on the streets of Tokyo, where concrete “microhouses” have become popular among younger Japanese who cannot afford even the famously cramped housing of their parents, or lack the job security to take out a traditional multidecade loan.
These matchbox-size homes stand on plots of land barely large enough to park a sport utility vehicle, yet have three stories of closet-size bedrooms, suitcase-size closets and a tiny kitchen that properly belongs on a submarine.
“This is how to own a house even when you are uneasy about the future,” said Kimiyo Kondo, general manager at Zaus, a Tokyo-based company that builds microhouses.
For many people under 40, it is hard to grasp just how far this is from the 1980s, when a mighty — and threatening — “Japan Inc.” seemed ready to obliterate whole American industries, from automakers to supercomputers. With the Japanese stock market quadrupling and the yen rising to unimagined heights, Japan’s companies dominated global business, gobbling up trophy properties like Hollywood movie studios (Universal Studios and Columbia Pictures), famous golf courses (Pebble Beach) and iconic real estate (Rockefeller Center).
In 1991, economists were predicting that Japan would overtake the United States as the world’s largest economy by 2010. In fact, Japan’s economy remains the same size it was then: a gross domestic product of $5.7 trillion at current exchange rates. During the same period, the United States economy doubled in size to $14.7 trillion, and this year China overtook Japan to become the world’s No. 2 economy.
China has so thoroughly eclipsed Japan that few American intellectuals seem to bother with Japan now, and once crowded Japanese-language classes at American universities have emptied. Even Clyde V. Prestowitz, a former Reagan administration trade negotiator whose writings in the 1980s about Japan’s threat to the United States once stirred alarm in Washington, said he was now studying Chinese. “I hardly go to Japan anymore,” Mr. Prestowitz said.
The decline has been painful for the Japanese, with companies and individuals like Masato having lost the equivalent of trillions of dollars in the stock market, which is now just a quarter of its value in 1989, and in real estate, where the average price of a home is the same as it was in 1983. And the future looks even bleaker, as Japan faces the world’s largest government debt — around 200 percent of gross domestic product — a shrinking population and rising rates of poverty and suicide.
But perhaps the most noticeable impact here has been Japan’s crisis of confidence. Just two decades ago, this was a vibrant nation filled with energy and ambition, proud to the point of arrogance and eager to create a new economic order in Asia based on the yen. Today, those high-flying ambitions have been shelved, replaced by weariness and fear of the future, and an almost stifling air of resignation. Japan seems to have pulled into a shell, content to accept its slow fade from the global stage.
Its once voracious manufacturers now seem prepared to surrender industry after industry to hungry South Korean and Chinese rivals. Japanese consumers, who once flew by the planeload on flashy shopping trips to Manhattan and Paris, stay home more often now, saving their money for an uncertain future or setting new trends in frugality with discount brands like Uniqlo.
As living standards in this still wealthy nation slowly erode, a new frugality is apparent among a generation of young Japanese, who have known nothing but economic stagnation and deflation. They refuse to buy big-ticket items like cars or televisions, and fewer choose to study abroad in America.
Japan’s loss of gumption is most visible among its young men, who are widely derided as “herbivores” for lacking their elders’ willingness to toil for endless hours at the office, or even to succeed in romance, which many here blame, only half jokingly, for their country’s shrinking birthrate. “The Japanese used to be called economic animals,” said Mitsuo Ohashi, former chief executive officer of the chemicals giant Showa Denko. “But somewhere along the way, Japan lost its animal spirits.”
When asked in dozens of interviews about their nation’s decline, Japanese, from policy makers and corporate chieftains to shoppers on the street, repeatedly mention this startling loss of vitality. While Japan suffers from many problems, most prominently the rapid graying of its society, it is this decline of a once wealthy and dynamic nation into a deep social and cultural rut that is perhaps Japan’s most ominous lesson for the world today.
The classic explanation of the evils of deflation is that it makes individuals and businesses less willing to use money, because the rational way to act when prices are falling is to hold onto cash, which gains in value. But in Japan, nearly a generation of deflation has had a much deeper effect, subconsciously coloring how the Japanese view the world. It has bred a deep pessimism about the future and a fear of taking risks that make people instinctively reluctant to spend or invest, driving down demand — and prices — even further.
“A new common sense appears, in which consumers see it as irrational or even foolish to buy or borrow,” said Kazuhisa Takemura, a professor at Waseda University in Tokyo who has studied the psychology of deflation.
A Deflated City
While the effects are felt across Japan’s economy, they are more apparent in regions like Osaka, the third-largest city, than in relatively prosperous Tokyo. In this proudly commercial city, merchants have gone to extremes to coax shell-shocked shoppers into spending again. But this often takes the shape of price wars that end up only feeding Japan’s deflationary spiral.
There are vending machines that sell canned drinks for 10 yen, or 12 cents; restaurants with 50-yen beer; apartments with the first month’s rent of just 100 yen, about $1.22. Even marriage ceremonies are on sale, with discount wedding halls offering weddings for $600 — less than a tenth of what ceremonies typically cost here just a decade ago.
On Senbayashi, an Osaka shopping street, merchants recently held a 100-yen day, offering much of their merchandise for that price. Even then, they said, the results were disappointing.
“It’s like Japanese have even lost the desire to look good,” said Akiko Oka, 63, who works part time in a small apparel shop, a job she has held since her own clothing store went bankrupt in 2002.
This loss of vigor is sometimes felt in unusual places. Kitashinchi is Osaka’s premier entertainment district, a three-centuries-old playground where the night is filled with neon signs and hostesses in tight dresses, where just taking a seat at a top club can cost $500.
But in the past 15 years, the number of fashionable clubs and lounges has shrunk to 480 from 1,200, replaced by discount bars and chain restaurants. Bartenders say the clientele these days is too cost-conscious to show the studied disregard for money that was long considered the height of refinement.
“A special culture might be vanishing,” said Takao Oda, who mixes perfectly crafted cocktails behind the glittering gold countertop at his Bar Oda.
After years of complacency, Japan appears to be waking up to its problems, as seen last year when disgruntled voters ended the virtual postwar monopoly on power of the Liberal Democratic Party. However, for many Japanese, it may be too late. Japan has already created an entire generation of young people who say they have given up on believing that they can ever enjoy the job stability or rising living standards that were once considered a birthright here.
Yukari Higaki, 24, said the only economic conditions she had ever known were ones in which prices and salaries seemed to be in permanent decline. She saves as much money as she can by buying her clothes at discount stores, making her own lunches and forgoing travel abroad. She said that while her generation still lived comfortably, she and her peers were always in a defensive crouch, ready for the worst.
“We are the survival generation,” said Ms. Higaki, who works part time at a furniture store.
Hisakazu Matsuda, president of Japan Consumer Marketing Research Institute, who has written several books on Japanese consumers, has a different name for Japanese in their 20s; he calls them the consumption-haters. He estimates that by the time this generation hits their 60s, their habits of frugality will have cost the Japanese economy $420 billion in lost consumption.
“There is no other generation like this in the world,” Mr. Matsuda said. “These guys think it’s stupid to spend.”
Deflation has also affected businesspeople by forcing them to invent new ways to survive in an economy where prices and profits only go down, not up.
Yoshinori Kaiami was a real estate agent in Osaka, where, like the rest of Japan, land prices have been falling for most of the past 19 years. Mr. Kaiami said business was tough. There were few buyers in a market that was virtually guaranteed to produce losses, and few sellers, because most homeowners were saddled with loans that were worth more than their homes.
Some years ago, he came up with an idea to break the gridlock. He created a company that guides homeowners through an elaborate legal subterfuge in which they erase the original loan by declaring personal bankruptcy, but continue to live in their home by “selling” it to a relative, who takes out a smaller loan to pay its greatly reduced price.
“If we only had inflation again, this sort of business would not be necessary,” said Mr. Kaiami, referring to the rising prices that are the opposite of deflation. “I feel like I’ve been waiting for 20 years for inflation to come back.”
One of his customers was Masato, the small-business owner, who sold his four-bedroom condo to a relative for about $185,000, 15 years after buying it for a bit more than $500,000. He said he was still deliberating about whether to expunge the $110,000 he still owed his bank by declaring personal bankruptcy.
Economists said one reason deflation became self-perpetuating was that it pushed companies and people like Masato to survive by cutting costs and selling what they already owned, instead of buying new goods or investing.
“Deflation destroys the risk-taking that capitalist economies need in order to grow,” said Shumpei Takemori, an economist at Keio University in Tokyo. “Creative destruction is replaced with what is just destructive destruction.”
Steve Lohr contributed reporting from New York.
Diplomacia filantropica: as fundacoes americanas
Ludovic Tournès (sous la dir.):
L'argent de l'influence : Les fondations américaines et leurs réseaux européens
(Paris, Autrement, collection mémoires/culture, 208 p., 18 euros)
Présentation:
Du début du XXe siècle à la chute du mur de Berlin, les grandes fondations philanthropiques américaines (Carnegie, Rockefeller, Ford, puis Soros) n'ont pas cessé d'être présentes en Europe et d'y tisser de multiples réseaux dans les milieux intellectuels, scientifiques et politiques. Fondées par de grands industriels symboles du capitalisme américain, ces fondations sont à la fois porteuses d'un projet de société libérale et partisanes d¹une régulation des excès du capitalisme. Du fait de ces objectifs contradictoires, la nature de leurs actions en Europe dépend du contexte géopolitique : avant 1914 et pendant l'entre-deux-guerres, elles jouent le rôle de ciment entre les milieux pacifistes européens et américains ; avec la guerre froide, elles embrassent la bannière de la lutte contre le communisme. Présentes là où l'État américain ne l'est pas encore, ne l'est plus ou ne veut pas l'être officiellement, elles occupent une place à part dans la diplomatie américaine, dont elles ne contredisent jamais formellement les orientations, mais par rapport à laquelle elles s'accordent un degré d'indépendance plus ou moins important selon le contexte international. L'ouvrage met en scène la diversité des actions des fondations américaines en Europe tout au long du XXe siècle. Alors que leur fonctionnement et leurs objectifs restent souvent objet de fantasmes, on les verra opérer sur le terrain et constituer des réseaux denses et durables.
Ludovic Tournès, coordinateur de l'ouvrage, est professeur d'histoire des relations internationales à l'université Paris Ouest Nanterre La défense.
Avec la collaboration de Frédéric Attal, Kenneth Bertrams, Diane Dosso, Nicolas Guilhot, Helke Rausch, Pierre-Yves Saunier, Marie Scot.
Table des matières:
Introduction
Carnegie, Rockefeller, Ford, Soros : Généalogie de la toile philanthropique
Chapitre 1
La Dotation Carnegie pour la paix internationale et l'invention de la diplomatie philanthropique (1880-1914).
Chapitre 2
De l'action humanitaire à la recherche scientifique : Belgique, 1914-1930
Chapitre 3
Rockefeller, Gillet, Lépine and Co.: une joint venture transatlantique à Lyon (1918-1940)
Chapitre 4
"Rockefeller's Baby": la London School of Economics et la recherche économique dans l¹Angleterre de l¹entre-deux-guerres
Chapitre 5
La deuxième guerre mondiale et l'exode des scientifiques aux Etats-Unis
chapitre 6
"Allemagne, année zéro"? Dénazifier et démocratiser (1945-1955)
Chapitre 7
Reconstruire l'Europe intellectuelle : les sciences sociales en Italie, 1945-1970
Chapitre 8
"Un réseau d¹amitiés agissantes": les deux vies de la Fondation pour une entraide intellectuelle européenne (1957-1991)
Conclusion
Entre soft power et société civile : un siècle de diplomatie philanthropique en Europe
sábado, 16 de outubro de 2010
China detona sua primeira bomba nuclear: 16/10/1064
China Tests Atomic Bomb, Asks Summit Talk On Ban; Johnson Minimizes Peril
By SEYMOUR TOPPING
The New York Times, October 16, 1964
U.S. Is Denounced Peking Says Purpose of Test Is to Defend Peace of World U.S. Is Denounced as Peace Threat Peking Pledges It Will Not Be First to Use Weapon- Parley Aim Discounted
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Hong Kong, Oct. 16--Communist China announced tonight that it had exploded its first atom bomb. Peking pledged that it would never be the first to use nuclear weapons in the future.
A communique stated that a nuclear test was successfully conducted at 3 P.M. Peking time (3 A.M., Eastern daylight time) in the western region of China. No details were disclosed. [In Washington, the test site was reported to be in Sinkiang, a province bordering the Soviet Union.]
"The success of China's nuclear test is a major achievement of the Chinese people in the strengthening of their national defense and the safeguarding of their motherland as well as a major contribution by the Chinese people to the cause of the defense of world peace," the communique asserted.
An accompanying Government statement declared that the purpose of developing nuclear weapons was to protect the Chinese people "from the danger of the United States' launching a nuclear war."
Excesses Ruled Out
"On the question of nuclear weapons, China will commit neither the error of adventurism, nor the error of capitulation," the statement said. "The Chinese people can be trusted."
The Peking statement formally proposed to the governments of the world that a universal summit conference be convened to discuss the question of a complete prohibition on and the thorough destruction of nuclear weapons.
It said that as a first step the summit conference "should reach agreement to the effect that the nuclear powers and those countries which will soon become nuclear powers undertake not to use them against nonnuclear countries and nuclear-free zones nor against each other."
The proposal was dismissed by Western observers here as propaganda. The terms do not allow for practical negotiations with a view to reaching specific agreements, they commented.
Although Communist China became the world's fifth nuclear nation, following the United States, the Soviet Union, Britain and France, specialists here doubted that it had the capability of becoming a first-class military power during this decade.
The principal advantage accruing to it immediately is psychological and political. The entry of the first nonwhite nation into the exclusive "nuclear club" was regarded here as certain to have a strong impact on the peoples of Asia and Africa despite United States efforts to prepare them for Peking's accomplishment.
Western experts have estimated that it will take several years before the Chinese can build a delivery system. The withdrawal of Soviet military aid in 1960 disrupted Peking's program to develop ballistic missiles and left its air force largely obsolescent.
Altogether, this has been a triumphant day for Communist China.
The nuclear test was successfully carried out less than 12 hours after the announcement that Nikita S. Khrushchev, ideological arch-enemy of Peking, had been ousted from the leadership of the Soviet party and Government.
Greetings Sent to Brezhnev
Mao Tse-tung, chairman of the Chinese Communist party, and other top leaders, extended "warm greetings" in a message to Leonid I. Brezhnev, the new Soviet party leader; Aleksei N. Kosygin, the new Premier, and Anastas I. Mikoyan, President, who retained his office.
A cautiously worded Chinese message avoided mentioning Mr. Khrushchev or any outstanding issues. However, it concluded with a series of exhortations that analysts here viewed as an invitation to a new attempt at some kind of rapprochement. The message said:
"May the Chinese and Soviet parties and the two countries unite on the basis of Marxism- Leninism and proletarian internationalism!
"May the fraternal, unbreakable friendship between the Chinese and Soviet peoples continuously develop!
"May the Chinese and Soviet peoples win one victory after another in their common struggled against imperialism headed by the United States and for the defense of world peace!"
Wishes for Soviet Success
The message also expressed the hope that the Soviet party and Government "will achieve new successes in their construction work in all fields and in the struggle for the defense of world peace."
The signers of the message were Mr. Mao; Liu Shao-chi, President; Marshal Chu Teh, chairman of the Standing Committee of the National Peoples' Congress, and Chou En-lai, Premier.
Specialists on Soviet relations believe that the imminence of the detonation of the Chinese bomb was a factor in the decision by the Central Committee Wednesday to remove Mr. Khrushchev. A majority of the Soviet leadership evidently decided, for tactical reasons, at least, to adopt a more flexible attitude toward Communist China.
The Italian and Rumanian and many other parties have been opposed to any move to exclude the Chinese from the international movement. The imminent nuclear test was certain to give more weight to their views.
The analysts said that a formal split in the international Communist movement had been postponed and possibly averted by the ouster of Mr. Khrushchev.
The texts of the Moscow announcements were published this morning in Peking newspapers without comment. Jenmin Jih Pao, official organ, which carried the announcements under the headline "Kruschev Steps Down," subordinated them to a report on the cotton industry.
There was no expectation among analysts here that the change in Moscow would lead to any early settlement of the fundamental issues between Moscow and Peking. Divergencies of both ideological and national interests have become so profound that no quick solution is regarded as possible.
As part of the day's triumphs, the Labor victory in Britain was certain to please the Chinese Communists. Harold Wilson, the new British Prime Minister, has favored an improvement of relations with Peking and the detonation of its bomb was thought likely to reinforce his attitude.
The United States has opposed any disarmament agreement that would ban nuclear weapons without concurrent restrictions on conventional arms. Confronted by a Chinese Communist Army of two and a half million men, the United States, in defending Southeast Asia or Taiwan, would have to depend on its nuclear arsenal to curb aggression.
The Chinese statement obviously was intended to reassure the nonaligned nations, which have expressed misgivings about Peking's failure to adhere to the nuclear test ban treaty signed in Moscow last summer by the United States, Britain and the Soviet Union.
The statement described the treaty as a "big fraud" to fool the world about attempts by the signatories to consolidate their nuclear monopoly.
>The statement reiterated the thesis of Mao Tse-tung, chairman of the Chinese Communist party, that the "atom bomb is a paper tiger" and that people, not weapons, decide wars. It said that aim of Communist China in developing nuclear weapons was "to break the nuclear monopoly of the nuclear powers and to eliminate nuclear weapons."
Hsinhua, the Chinese Communist press agency, reported that Mr. Mao and other leaders received more than a thousand young people, who sang and danced in a performance entitled "The East Glows Red."
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Custo de internet no Brasil: somos extorquidos
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Paulo Roberto de Almeida
Com preço médio de R$ 199, Brasil é um dos que cobram mais pela banda larga
Fernando Braga
Correio Braziliense Online, 16.10.2010
A forte valorização do real, aliada à pesada tributação de até 40% sobre a banda larga móvel no Brasil, faz com que o país divida com o Zimbábue o topo da lista das nações com a internet mais cara do planeta. Nos dois países, o preço médio cobrado pelo serviço de terceira geração (3G), com velocidade de 2,1 megabytes por segundo (Mpbs), é de R$ 199. Com isso, os brasileiros pagam muito mais pelo acesso à rede que usuários de nações sem muita expressão no cenário mundial, como Congo, Haiti e Bangladesh. Levantamento da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) mostra que o valor médio mundial registrado para planos semelhantes é de R$ 77,48.
"Notamos uma enorme variação, com alguns países oferecendo esse serviço por menos de R$ 33,30 por mês, enquanto outros cobram mais de R$ 166,50", afirma o estudo da Unctad, produzido sobre países considerados emergentes. Os números fazem parte de um trabalho global sobre como o uso da tecnologia da informação pode contribuir para combater a pobreza ao redor do mundo. Na visão do organismo internacional, os governos de nações em desenvolvimento deveriam dar mais importância ao setor de tecnologia e comunicação a fim de reduzir a desigualdade social.
Caso houvesse mais estímulos para a criação de empresas de pequena escala, sugere a pesquisa, mais benefícios poderiam ser divididos pelas populações dessas regiões. "Microempresas estão crescendo rapidamente em países de baixa renda e podem oferecer empregos, o que gera um valor real aos cidadãos que dispõem de menos recursos e educação. Essas atividades incluem a compra e venda de computadores, a manutenção e conserto de PCs (personal computers) e o gerenciamento de lan houses", detalha o estudo.
Salto
A Unctad lembra, contudo, que poucos países em desenvolvimento mostram-se envolvidos na criação de serviços para a área da tecnologia da informação (TI). "As exportações estão geograficamente muito concentradas. Na China, de longe o maior exportador do ramo, pudemos notar uma contribuição significativa da fabricação desses produtos, que acabou atingindo positivamente a renda dos mais pobres." Todavia, mesmo com preços tão altos quando comparados aos de países desenvolvidos, o Brasil continua registrando um vertiginoso crescimento no número de acessos à internet móvel. Somente no primeiro semestre de 2010, foram 11,9 milhões de conexões via 3G, ultrapassando o volume de 11,8 milhões de usuários de serviços de banda larga fixa (cabo, fibra óptica e rede de telefonia).
Os dados divulgados pela fabricante de equipamentos de rede Huawei e pela consultoria Teleco apontam que nos três primeiros meses de 2010 houve 4,9 milhões de novos acessos móveis. Segundo a pesquisa, o crescimento da internet móvel brasileira está relacionado à baixa cobertura oferecida por serviços fixos e pelo aumento do interesse dos consumidores por celulares compatíveis com a tecnologia 3G. Em um ano, esses produtos venderam quase seis vezes mais.
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Brasileiro paga uma das maiores tarifas do mundo para ter internet no celular
Da Redação
O Globo, 16.10.2010
O custo de pacotes de dados para celular no Brasil é o mais caro entre os países pobres e em desenvolvimento, segundo estudo da Organização das Nações Unidas, com informações compiladas pela Nokia Siemens. De acordo com o levantamento, que cita dados de 2009, apenas no Brasil e no Zimbábue o preço médio do pacote de dados mensal passa de US$ 120.
Com isso, o Brasil fica atrás de países como Congo, Haiti e Bangladesh — este, o menor custo entre as 78 nações listadas no Relatório de Economia da Informação da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad). O custo médio mundial é de US$ 46,54 mensais.
O Brasil também tem um custo muito superior ao de seus vizinhos do Mercosul. No Paraguai, o custo médio fica abaixo de US$ 20, enquanto Argentina e Uruguai estão em torno de US$ 50, pouco acima da média mundial.
A Unctad considera, no estudo, o custo total de um pacote de tráfego de 2,1 megabytes (MB) de dados por mês, com 165 minutos de voz e 174 torpedos.
preço baixo, diz Unctad O estudo aponta ainda que o acesso móvel à internet vem crescendo significativamente nos países em desenvolvimento, o que se deve, em grande parte, ao fato de os celulares serem bem mais baratos que os computadores. Na Ásia, afirma a Unctad, os dois maiores emergentes confirmam essa tendência.
“O número desses usuários na China atingiu 233 milhões em dezembro de 2009, uma alta de 50% em um ano. Segundo dados oficiais, a Índia tinha 127 milhões de usuários de dados sem fio em setembro de 2009, um avanço de 44% em um ano”.
As assinaturas de celular devem atingir cinco bilhões este ano — quase um por pessoa em todo o planeta, segundo o secretário-geral da Unctad, Supachai Panitchpakdi.
Nos países industrializados, a penetração dos celulares já superou 100%, com muitas pessoas tendo mais de um aparelho ou assinatura. Nas nações em desenvolvimento, o percentual de assinaturas hoje é de 58%, enquanto nos países mais pobres está em apenas 25%.
A Unctad lembra, no entanto, que esse acesso móvel à internet tem um peso maior para os mais pobres. “Na maioria dos países, as tarifas do serviço pré-pago são mais elevados que as do pós-pago, o que significa que os mais pobres pagam mais pelo celular que os assinantes mais abonados dos planos pós-pagos”.
A chave para o uso bemsucedido do celular é a redução de seu custo, argumenta a Unctad, algo que muitos países africanos ainda ignoram.
— A Índia mostrou-nos o caminho para tornar o celular o mais barato possível, de forma que todos tenham acesso a esse tipo de equipamento — disse Supachai.
“Enquanto as operadoras de muitos outros grandes emergentes obtêm receita de tarifas elevadas e volume reduzido, na Índia a receita é gerada usando tarifas baixas e volume elevado”, argumenta a Unctad.
O resultado, diz, é que o usuário médio na Índia fala muito mais tempo ao celular que os de outros países.
O mercado indiano também se destaca por seu baixo custo.
As operadoras locais criaram modelos de negócios e estruturas que lhes permitiram lucrar com consumidores que gastam pouco. Segundo a Unctad, a Índia tem uma das menores receitas médias por usuário do mundo (abaixo de US$ 5), enquanto em Angola esta atinge US$ 25.
Tecnologia da informação pode reduzir pobreza O objetivo da Unctad foi mostrar que o uso de tecnologia da informação pode contribuir no combate à pobreza no mundo. O organismo defende que os governos dos países em desenvolvimento deem mais importância ao setor de tecnologia da informação e comunicação na estratégia de redução da pobreza.
“Microempresas estão crescendo rapidamente em países de baixa renda e podem oferecer emprego de valor real à população com menos recursos e educação. Essas atividades incluem uso de aparelhos e reparos, manutenção de computadores pessoais e gerenciamento de lan houses”, afirma a Unctad no relatório.
Mas o documento lembra que poucos países em desenvolvimento estão envolvidos na fabricação e criação de serviços para a área. “As exportações de bens de tecnologia estão geograficamente muito concentradas. Na China, de longe o maior exportador do ramo, houve contribuição significativa da produção para a renda dos mais pobres”.
A piada da semana: postalistas nao recebem cartas pelo correio...
The Postal Service Can't Afford Unions
by Tad DeHaven
The Daily Caller, October 12, 2010
If you believe in a higher power, then I've got evidence for you that God has a sense of humor. Last week, the American Postal Workers Union, which represents more than 200,000 workers, had to extend its elections for national officers because ... wait for it ... thousands of ballots got lost in the mail.
Tad DeHaven is a budget analyst at the Cato Institute and co-editor of Downsizing Government.org