Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
terça-feira, 10 de junho de 2014
Soviets nao faziam parte do programa da candidata - o Globo
O Apartheid em construcao Brasil: politicas racialistas do governo
Dilma sanciona lei que reserva 20% de vagas no funcionalismo para negros
O Globo, 10/06/2014Republica Sovietica do Brasil?: o decreto bolivariano do governo petista - Rubens Barbosa
Contexto Internacional (PUC-Rio): numero especial sobre integracao e soberania
Conta com a participação de renomados especialistas internacionais e brasileiros sobre o assunto (parece que sou um deles), que analisam diversos aspectos do tema: da relação entre soberania e regionalismo à governança no âmbito nuclear e à a geopolítica crítica.
Abaixo o sumário desse número especial da revista Contexto Internacional, que pode ser descarregado neste link:
http://contextointernacional.iri.puc-rio.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home
Minha colaboração tem este link direto: http://contextointernacional.iri.puc-rio.br/media/Artigo%206.pdf
Paulo Roberto de Almeida
Brics: reuniao de cupula em Fortaleza e Brasilia, com lideres sul-americanos
Paulo Roberto de Almeida
Segundo o professor de economia política internacional da Universidade de Brasília, Roberto Goulart Menezes, a novidade representa uma vitória da diplomacia brasileira e uma grande contribuição dos demais países do Brics, reforçando o papel do Brasil como liderança regional em um momento de paralisia das negociações do processo de integração sul-americana. “É o Brasil dizendo: estou indo ao grupo [Brics], mas não estou esquecendo a região”.
O Brasil é o único país do bloco até agora a sediar o encontro dos chefes de Estado do Brics pela segunda vez e deve ser palco de duas importantes decisões. A expectativa dos governos do grupo é que até 15 de julho esteja tudo acertado para as assinaturas do Tratado Constitutivo do Arranjo Contingente de Reservas, que instituirá um fundo no valor de US$ 100 bilhões para auxiliar os membros que, no futuro, estejam em situação delicada no balanço de pagamentos e do acordo para a criação do banco de desenvolvimento Brics.
O fundo de reservas internacionais contará com US$ 41 bilhões da China, US$ 18 bilhões do Brasil, da Rússia e da Índia, e US$ 5 bilhões da África do Sul. Já o banco, com orçamento de US$ 100 bilhões, terá aportes fiscais igualitários entre os países-membros. A previsão é que a instituição leve cerca de dois anos para entrar em funcionamento porque precisará ser aprovada pelos parlamentos dos cinco países, definir suas regras internas e receber o aporte inicial, que deverá ser US$ 50 bilhões, sendo US$ 10 bilhões em dinheiro e US$ 40 bilhões em garantias.
Em discussão há dois anos dentro do Brics, o banco pretende atender a demandas não contempladas totalmente pelas grandes instituições financeiras globais, como o financiamento de projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento. Os últimos detalhes dos dois acordos devem ser acertados no fim deste mês, em Melbourne, na Austrália, em reunião paralela ao encontro de representantes de finanças e dos Bancos Centrais do G20, e, se necessário, no dia 14 de julho, em Fortaleza, na reunião pré-cúpula entre ministros da Fazenda e presidentes de Bancos Centrais dos países do Brics.
Menezes explica que o principal objetivo da criação do Brics foi discutir e pressionar a reforma das instituições financeiros multilaterais. Com a criação de banco e fundo próprios, segundo ele, o grupo se apresenta como mais uma fonte para investimentos, que futuramente devem alcançar países periféricos, e mostra força para pressionar a reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI), determinando um grau de autonomia e um “colchão” financeiro aos países-membros enquanto a reforma não ocorre.
Em sua sexta cúpula, os líderes terão reunião fechada, e, em seguida, durante seus discursos públicos na capital cearense, deverão destacar o papel do bloco na inclusão de pessoas no mercado de consumo, seja pelo crescimento econômico ou por meio de políticas públicas, e reforçar o compromisso com o desenvolvimento sustentável. O tema Crescimento Inclusivo: Soluções Sustentáveis está relacionado à contribuição dos países do Brics na redução da pobreza e no alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), não apenas em seus territórios. A expectativa dos organizadores é que cerca de 3 mil pessoas estejam envolvidas na reunião de líderes em Fortaleza, sendo a metade jornalistas, cerca de 800 empresários e o restante membros das delegações dos cinco países.
Além das reuniões da Cúpula do Brics, alguns presidentes devem ter encontros bilaterais com a presidenta Dilma Rousseff. Vladimir Putin, da Rússia, já confirmou presença na final da Copa do Mundo, dia 13 de julho. Jacob Zuma, da África do Sul, sede da última Copa, também deve estar presente.
Republica Federativa das Milhagens Ilimitadas (voce paga, leitor...)
O Tribunal de Coisa Nenhuma não vai dizer coisa nenhuma?
Desculpe, só queria saber, inclusive porque é o meu dinheiro que está sendo gasto dessa maneira altamente pornográfica...
Paulo Roberto de Almeida
Só este ano, Dilma já fez viagens equivalentes a duas voltas ao planeta, sempre buscando votos
Eleicoes 2014: O momento infernal de Dilma - Revista IstoE
O momento infernal de Dilma
Pesquisa feita por instituto americano e confirmada por levantamento encomendado pelo PT provoca mau humor nos principais auxiliares da presidenta e obriga o partido a mudar os rumos da campanha
NOVA POSTURA
Lula pediu a Dilma para mudar de atitude em relação aos aliados
SANTANA
O marqueteiro que preconizava uma eleição fácil já fala em segundo turno
O Chile de volta 'a America latina: reflexao do dia (repetida)
Raph Nogueira comentou a postagem de seu blog
E o Chile, professor, que está se movimentando em direção ao aumento da carga tributária?
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Com efeito, no dia 20 de maio, eu postava esta reflexão, com o mesmo título:
O Chile de volta à América Latina: reflexão do dia
O Chile, até há pouco, era um país normal, ou seja, estava em outra galáxia, ou pelo menos em outro hemisfério, aquele da racionalidade econômica, das políticas econômicas sensatas, do bom senso, enfim...
Mas, isso não podia durar muito.
A lei da gravidade latino-americana é poderosa.
O Chile está voltando ao continente, para se igualar a seus vizinhos esquizofrênicos.
O governo socialista de Michelle Bachelet acaba de decretar que pretende o fim do lucro na educação, que toda a oferta no setor será estatal, e que ninguém mais pagará por nada em matéria de ensino.
Corrijo: ninguém não. Alguém pagará.
Os empresários em primeiro lugar, que vão ter o imposto sobre o faturamento e os lucros aumentados de 25 a 35% dos volumes globais. Depois, toda a população pagará.
Quando todos pagam, não existe mais avaliação de custo-benefício, aferição de preços reais, retornos compatíveis com os investimentos realizados, nada disso.
Enfim, assim é o socialismo, o que é que vocês queriam?
O Chile voltou ao continente latino-americano.
Que pena! Estava tão bem fora dele...
Paulo Roberto de Almeida
Hartford, 20 de maio de 2014
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O que eu poderia acrescentar agora?
Pouca coisa, a não ser que cabe observar se é apenas um surto repentino de distributivismo mal concebido, ou se é realmente uma enfermidade que vai se espalhar pelo corpo do país, até torná-lo bem parecido com o resto da América Latina, como eu argumento acima.
Cabe dar um crédito de confiança (os famosos cem dias de todo novo governo) e ver se essa latino-americanice vai continuar, ou se será apenas para contentar os estudantes que se movimentaram tanto contra o governo anterior, pedindo justamente a escola risonha e franca, boa e barata, se possível de graça, do jardim da infância ao pós-doc.
Esse é o caminho mais rápido para a decadência educacional, como aliás a experiência brasileira deveria demonstrar.
Volto a dizer: o Chile estava tão bem fora do continente.
Pena que voltou...
Paulo Roberto de Almeida
Hartford, 10/06/2014
Nem a Pau Juvenal: Este vai ser o slogan, junto com Ja Deu PT...
Esta é a postagem que eu fiz, na data indicada:
domingo, 1 de junho de 2014
Eleições 2014: Dilma se aproxima da inelegibilidade
no centro-sul do Brasil - Blog Estadao
O mais interessante e gratificante será ver o slogan se espalhar como fogo na pradaria Brasil afora.
Até, possivelmente, o dia 26 de outubro, se der sorte mesmo antes...
Ninguém merece um presunto de segunda, no caso de terceira classe.
Nem a pau Juvenal...
Paulo Roberto de Almeida
Banco do Brics: por que mais um, se já existem tantos?
Internacional
Brasil entrará com US$ 28 bilhões para criar Banco dos Brics
Bloco Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul planeja uma instituição financeira para ocupar o espaço de Banco Mundial e FMI
Brics enfrentam a ressaca do crescimento
Com Brics em baixa, Mist surge como novo oásis econômico
segunda-feira, 9 de junho de 2014
Revista História e Economia: chamada para artigos
Malditos paulistas, 2 - Ricardo Noblat
São Paulo rejeita Dilma
De preferência, não convidem paulistas e Dilma Rousseff para a mesma mesa.
A pesquisa Datafolha aplicada na semana passada mostra que em São Paulo a rejeição a Dilma supera, de longe, a rejeição a ela em qualquer outro lugar do país.
O Datafolha não explica por que é assim. Mas talvez dois motivos ajudem a explicar: pela primeira vez desde a volta em 1989 da eleição pelo voto popular para presidente da República, não há um candidato paulista.
E os paulistas são os que enxergam o futuro com mais pessimismo. Entre eles, 69% acham que a inflação vai subir, 52% contam com o aumento do desemprego e 48% com a redução do poder de compra.
É por isso que 61% dos eleitores de São Paulo dizem que não votariam em Dilma de jeito nenhum. Lá, 83% da população querem um presidente no todo ou em parte diferente de Dilma. E só 23% afirmam apoiar o atual governo.
Em um eventual segundo turno, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) venceriam Dilma.
São Paulo é o Estado com o maior número de eleitores do país.
Malditos paulistas reacionarios - Folha, Reinaldo Azevedo
Tem um lugar no Brasil onde 61% dos eleitores afirmam que não votariam na presidente Dilma Rousseff “de jeito nenhum”. Lá, 83% da população querem mudança, um percentual bem mais alto do que no resto do Brasil. E só 23% aprovam o atual governo. Provavelmente por isso, tanto Aécio Neves (PSDB) quanto Eduardo Campos (PSB) venceriam Dilma num segundo turno, com folga, caso a eleição fosse realizada apenas entre os eleitores desse lugar – o tucano ganharia por 46% a 34%; o ex-governador de Pernambuco, por 43% a 34%.
É um lugar onde a opinião política do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, é mais influente que a do ex-presidente Lula (29% votariam “com certeza” em alguém apoiado pelo magistrado, enquanto 24% fariam o mesmo com o petista). E onde mais da metade dos moradores (54%) dizem sentir vergonha pela realização da Copa do Mundo no Brasil. Esse lugar é o maior colégio eleitoral do Brasil, o Estado de São Paulo. Os dados são da pesquisa Datafolha realizada entre os dias 3 e 5 de junho em todo o Brasil, com um número de entrevistas grande o suficiente em São Paulo para uma análise mais precisa sobre o comportamento eleitoral dos paulistas.
São Paulo destoa do resto do Brasil em quase todos os temas investigados. Se fossem contabilizados só os votos dos eleitores do Estado, a disputa presidencial hoje estaria tecnicamente empatada entre Dilma, com 23%, e Aécio, com 20%. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. Em São Paulo, Eduardo Campos tem 6%, seguido de perto por dois candidatos evangélicos: o Pastor Everaldo Pereira (PSC), com 4%, e o senador Magno Malta (PR-ES), com 3%. Já o candidato do PSTU, José Maria, alcança 2%.
Conforme os resultados apurados em todo o país, 30% do eleitorado nacional ainda não tem candidato a presidente da República. É um recorde desde 1989 para esse período pré-eleitoral. Em São Paulo, a soma dos indecisos com os que afirmam pretender votar em branco ou nulo é ainda maior: 37%. Os paulistas são mais pessimistas que os demais brasileiros em todas as questões relacionadas à economia. Entre eles, 69% acham que a inflação vai subir, 52% esperam aumento do desemprego, 48% entendem que o poder de compra irá diminuir.
Por encomenda da Folha, o Datafolha ouviu 4.337 pessoas no Brasil, 2.029 delas no Estado de São Paulo. A margem de erro é sempre de dois pontos. A taxa de confiança é de 95%. Significa que em 100 levantamentos parecidos, os resultados estarão dentro da margem de erro em 95.
(…)
Voltei
Vou citar um cantante “progressista”, um tal Caetano Veloso, que não vai muito, ou nada!, com a minha cara… Já se recusou até a dançar comigo, muito entre aspas, é claro! Peninha! O fato é que, em São Paulo, não se costuma dar muita bola para quem sobe ou desce a rampa.
Os petistas têm mais dificuldade de se criar no Estado do que em outras regiões do país. Desde a volta das eleições diretas, o partido venceu a disputa em São Paulo uma única vez: em 2002. Naquele ano, Lula obteve 55,39% dos votos, contra 44,61% de Serra. Nas outras todas, comeu poeira. A saber:
1989 – Lula, 42,10% X Collor, 57,90% (2º turno):
1994 – Lula, 27,01% X FHC, 55,74% (1º turno);
1998 – Lula, 28,84% X FHC, 59,89% (2º turno);
2006 – Lula, 47,74% X Alckmin, 52,26% (2º turno);
2010 – Dilma, 45,95% X Serra, 54,05% (2º turno).
É por isso que Marilena Chaui, por exemplo, a Tati Quebra Barraco da esquerda do Complexo Pucusp, acha São Paulo um estado “reacionário”. Os petistas não se conformam que exista um Estado que responde por um terço da economia do país e que resista ao petismo. Vai ver é por isso que São Paulo responde por um terço da economia do país!