terça-feira, 3 de abril de 2012

Argentinos conquistam Malvinas...

Decerto, renomearam a rua que fica em frente à Embaixada britânica em Buenos Aires, e passaram a seduzir os kelpers: ou vocês se rendem, ou nós vamos colocar todos vocês na pira sagrada...



Manifestantes queimam boneco do príncipe William durante protesto (Fonte: Reprodução/AP)

MALVINAS
 






Embaixada britânica em Buenos Aires é alvo de ataques

Manifestantes atiraram pedras e coquetéis molotov contra o corpo policial deslocado para proteger o prédio da embaixada

3/04/2012 | Enviar | Imprimir | Comentários: nenhum | A A A
A embaixada britânica em Buenos Aires foi alvo de violentos protestos nesta segunda-feira, 2, aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas.
Manifestantes atiraram pedras e coquetéis molotov contra o corpo policial deslocado para proteger o prédio da embaixada da Grã-Bretanha, no centro da capital argentina. 

Cristina insiste em reivindicar soberania

As forças de segurança argentinas responderam com gás lacrimogêneo e um caminhão que atirou jatos de água nos manifestantes. Várias pessoas ficaram feridas.
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, está aproveitando o trigésimo aniversário da guerra pelo controle das ilhas Malvinas, perdida pelo seu país, para reforçar a reivindicação de soberania sobre território.

A IRRACIONALIDADE FUNDAMENTAL DAS MEDIDAS DO GOVERNO - novo pacote esquizofrenico

Desculpem as maiúsculas do título, mas é que eu não encontro nenhuma outra maneira para expressar minha estupefação.
Nunca antes na história deste país, um governo tinha agido com tamanho grau de irracionalidade na condução da política econômica.
Ou talvez sim. Só consigo pensar em outro período comparável: os dois anos e pouco de governo de João Goulart, de 1961 a 1964, quando ele é apeado do poder numa onda de greves, protestos, aumentos desenfreados do custo de vida, recessão à vista e inflação apontando para 100% (sem indexação, relembre-se).
Não consigo ver, nas medidas do governo, NENHUMA, nenhuma medida que contenha um grão de racionalidade. Todas as supostas benesses embutem um grau excepcional de tratamentos setoriais esquizofrênicos, que indicam, claramente, que o governo não sabe o que fazer, e está tentando, como o garoto da fábula, tapar os buracos da barragem com os dedos. O problema é que são poucos dedos, e os problemas se avolumam.
Um governo irracional adota paliativos, e tenta enganar sua clientela prometendo algo que ele não consegue assegurar: um ambiente estável, saudável, seguro para o investimento e para os retornos.
Não sei o que vai acontecer em decorrência desse pacote esquizofrênico, mas uma coisa é certa: os investimentos vão se interromper.
Todos os setores não contemplados com os favores do governo, e são muitos, vão parar, pedindo o mesmo tratamento. Afinal de contas, se alguns tiveram, por que não eles?
Infelizmente, o Brasil está recuando 50 anos no tempo, e adotando as mesmas medidas irracionais de governos populistas, improvisados, atônitos, que não sabem o que fazer.
Os brasileiros vão pagar caro por essa indefinição, pela rusticidade da postura econômica de pessoas que não conseguem formular o diagnóstico correto, e que só sabem meter o dedo no buraco...
Enfim, estamos descobrindo que países, governos, líderes políticos, também podem fazer o país recuar no tempo, contribuindo para a crônica de um desastre anunciado.
Não tenho vocação para Cassandra, mas os líderes do governo têm, sim, vocação para trapalhões...
Paulo Roberto de Almeida 



Por Catarina Alencastro, Daniel Haidar e Eliane Oliveira
Globo, 3/04/2012

A equipe econômica refez as contas e concluiu que o megapacote de medidas para estimular a economia é ainda maior do que os R$ 57 bilhões calculados mais cedo. Segundo o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, o valor total das medidas chega a R$ 60,4 bilhões. Esse valor inclui não apenas desonerações anunciadas, como a redução dos encargos sobre a folha de pagamento das empresas, mas também um aporte de R$ 45 bilhões do Tesouro Nacional para o BNDES. As medidas do pacote foram anunciadas em cerimônia do Palácio do Planalto, com a presença da presidente Dilma Rousseff, empresários e ministros de governo.
Parte das desonerações serão compensadas por aumentos pontuais de tributos: “Desonerações com impacto no orçamento têm que ter compensação”, explicou o secretário do Tesouro. O secretário evitou dar detalhes sobre como serão os aumentos de carga tributária, mas adiantou que o governo vai aumentar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para bebidas frias. “O Brasil terá os estímulos necessários para continuar na trajetória de crescimento que temos tido nos últimos anos. O país pode crescer 4,5% esse ano e continuar nesse patamar nos próximos”, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante a solenidade.
O principal alívio ocorre na folha de pagamentos, com uma mudança na cobrança de encargos previdenciários em 15 setores econômicos (têxtil, confecções, couro e calçados, móveis, plásticos, material elétrico, autopeças, ônibus, setor naval, setor aéreo, bens mecânicos de capital, hotéis, tecnologia da informação, call centers e design house). Deixa de ser cobrada a contribuição patronal previdenciária de 20% sobre a folha salarial e um novo encargo previdenciário custará de 1% a 2% do faturamento de empresas desses setores. Receitas de exportações ficarão isentas e não serão contabilizadas na cobrança desse novo encargo previdenciário.
Quatro desses setores (confecções, couro e calçados, tecnologia da informação e call center) já pagavam contribuição sobre faturamento em vez de encargo na folha salarial desde o início do ano. A desoneração na folha de pagamento das empresas desses setores vai resultar em uma renúncia fiscal de R$ 7,72 bilhões por ano, sendo R$ 4,9 bilhões somente em 2012, já que as medidas só entram em vigor em julho. Esses setores terão ainda que recolher PIS/Cofins sobre as importações que fizerem.
No quadro acima, o Ministério da Fazenda informou a atual taxa de encargo previdenciário cobrada e a nova taxa fixada, que será efetivamente cobrada das empresas e reduzirá a arrecadação do INSS. Mas, segundo o governo, a diferença será coberta pelo Tesouro para garantir que as medidas não aumentem o rombo da Previdência. “Os trabalhadores serão beneficiados, porque com a redução, as empresas poderão contratar mais”, afirmou Mantega. O governo também deu um alívio para os setores que estão sendo mais prejudicados pela competição dos importados. Os fabricantes de autopeças, têxteis, confecções, calçados, móveis terão mais tempo para recolher o PIS/Cofins que deveriam pagar em abril e maio deste ano. O valor poderá ser recolhido em novembro e dezembro.
Nova dedução no Imposto de Renda
Outra novidade é que pessoas físicas e jurídicas poderão deduzir do Imposto de Renda as doações e patrocínios em favor de entidades associativas ou fundações dedicadas à pesquisa de tratamento do câncer. O impacto fiscal estimado é de R$ 305,8 milhões em 2013 e de R$ 337 milhões, em 2014. No novo plano, o governo também aproveitou para tirar do papel uma série de desonerações que estavam sendo prometidas há tempo e que vinham sendo adiadas pela equipe econômica. Foi lançado, por exemplo, o Plano Nacional de Banda Larga e também prorrogado o programa Um Computador por Aluno.
Ao anunciar o pacote, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ainda que o governo está agindo no câmbio e na área de defesa comercial, mas não anunciou nada novo. Ele fez questão de citar operações de controle aduaneiro que já vinham sendo implementadas pela Receita Federal. E fez o mesmo na área cambial. Mais uma vez, o ministro tentou segurar a queda do dólar no discurso: “O importante não são as medidas já tomadas, mas as que vamos tomar.”
Ele criticou o que chamou de “subsídio disfarçado”: a desvalorização de suas moedas praticada por outro países. “Todo mundo quer desvalorizar sua moeda para que seus produtos sejam mais baratos no mercado intencional. O subsídio cambial nada mais é que um subsidio disfarçado. O plano também prevê a manutenção da preferência para os produtos nacionais nas compras governamentais de medicamentos, fármacos, biofármacos, retroescavadeiras e motoniveladoras. Esses produtos terão prioridade e poderão custar até 25% mais caro em licitações.
BNDES recebe aporte de R$ 45 bilhões
O plano inclui um aporte de R$ 45 bilhões do Tesouro Nacional ao BNDES. Com esses recursos, o banco vai aumentar linhas de financiamento para setores como o de inovação e também baratear suas taxas de juros. Pelas novas condições do programa, no caso do financiamento à produção local de ônibus e caminhões, por exemplo, a taxa de juro fixa cairá de 10% para 7,7%, e o prazo total estendido de até 96 meses para 120 meses. Além disso, a participação máxima do BNDES no investimento foi elevada, podendo chegar a 100% em alguns casos. Para bens de capital, a taxa de juro fixa para grandes companhias passou de 8,7% para 7,3% ao ano, e de 6,5% para 5,5% no caso da micro, pequena e média empresa. O prazo do financiamento continua em 120 meses.
(…)

Negociacoes economicas internacionais - novo livro


Negociações Econômicas Internacionais. Abordagens, atores e perspectivas desde o Brasil
Luis Fernando Ayerbe e Neusa Bojikian (organizadores)
São Paulo: Unesp, 2012

SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO,  1
Luis Fernando Ayerbe e Neusa Maria Pereira Bojikian

PRIMEIRA PARTE: NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS,  9
1. Negociações internacionais – teorias e técnicas, 11
Amâncio Jorge Silva Nunes de Oliveira e Janina Onuki
2. As variações condicionantes dos processos de negociação, 33
Neusa Maria Pereira Bojikian
3. Emoções: elementos para uma negociação mais cooperativa, 53
Monica Simionato
4. O fator intercultural e as negociações internacionais: desafios e particularidades da cultura brasileira, 75
Mariana de Oliveira Barros e Kelly Ribeiro França
5. Riscos em negócios internacionais: proposições para uma análise preliminar, 93
Moisés da Silva Marques
6. Decisões de investimento e análise de conflitos em áreas de baixa governabilidade , 19
Luis Fernando Ayerbe

SEGUNDA PARTE: DIPLOMACIA ECONÔMICA, 143
7. Diplomacia comercial: aspectos conceituais e o papel do diplomata comercial, 145
Saulo P. L. Nogueira
8. As negociações comerciais internacionais e a Organização Mundial do Comércio: surgimento, princípios e o Órgão de Solução de Controvérsias, 163
Fátima Cristina Bonassa Bucker
9. Diplomacia comercial agrícola: as posições do Brasil na Rodada Doha da OMC, 187 
Haroldo Ramanzini Júnior e Thiago Lima
10. A negociação de Nama da Rodada Doha da OMC, 209
Frederico Arana Meira
11. Princípios e regras do Acordo Geral sobre o Comércio de Serviços e do Acordo sobre Medidas de Investimento Relacionadas ao Comércio da OMC, 231
Umberto Celli Junior
12. Negociações internacionais e propriedade intelectual , 253
Ricardo Camargo Mendes e Gabriel Kohlmann
13. Meio ambiente nas negociações comerciais internacionais , 269
Luciana Togeiro de Almeida
14. A formação do regime internacional de trabalho, 291
Kjeld Aagaard Jakobsen
15. Finanças internacionais e regimes cambiais, 315
Luiz Afonso Simoens da Silva

TERCEIRA PARTE: ARTICULAÇÕES POLÍTICAS E PROMOÇÃO DE NEGÓCIOS, 343
16. As mudanças na inserção brasileira na América Latina nos anos 1990 e no início do século XXI  , 345
Tullo Vigevani
17. Negociando com os Estados Unidos,  369
            Diogo Zancan Bonomo
18. Negociando com a União Europeia,  397
            Christian Lohbauer e Marília Rangel Ribas Martins
19. Negócios na China, 417
            Luis Antonio Paulino e Marcos Cordeiro Pires
SOBRE OS AUTORES, 441
REFERÊNCIAS, 447

O provavel futuro presidente do Egito: Irmandade Muculmana

Da coluna do ex-prefeito Cesar Maia: 



QUEM É..., PROVÁVEL FUTURO PRESIDENTE DO EGITO?

Khairat El-Shater é um empresário (móveis e têxteis) formado em engenharia que a Irmandade Muçulmana, pela primeira vez em 83 anos, está lançando como candidato presidencial. Aos 16 anos de idade aderia à ala jovem da nasserista União Soicialista Árabe, com base em Alexandria. Participou dos protestos contra o governo em 1968. É um ativo membro da Irmandade Muçulmana desde 1995, sendo seu dirigente máximo no Cairo. Esteve preso pelas Forças Armadas de 2007 a 2011. É considerado o mais forte defensor no Egito da liberdade de mercado em seu partido.

Meli-melo ambiental: ou a confusao da Rio+20 - Xico Graziano

A Rio+20 ameaça tornar-se uma Rio+caos, pelo menos no plano das deliberações, dos debates, das resoluções.
Como o planeta inteiro quer resolver todos os seus problemas -- e mais alguns, de sobra -- com resoluções idealistas, o que vai se ter, na verdade, é muita transpiração, e pouca inspiração, como sempre aliás, nessas reuniões multilaterais muito amplas.

Não sou dos catastrofistas, e não acho que o mundo vai acabar apenas porque a geração atual -- gastadora, perdulária, ecologicamente irresponsável -- não vem fazendo aquilo que os ambientalistas vivem recomendando que ela faça: economia, não consumo, recomposição, reconversão, reciclagem, etc.
Acho que o mercado, e o sistema de preços, vão sinalizar perfeitamente a raridade relativa dos bens naturais e daqueles produzidos pelo homem, e, no devido tempo, vai inflexionar os processos produtivos para os mais sustentáveis do ponto de vista econômico. Pode não ser o do agrado dos ambientalistas, mas provavelmente será o mais lógico e o mais economicamente racional.
O resto é debate cansativo.



X-Tudo Ambiental
Xico Graziano
O Estado de S.Paulo, 3/04/2012

Passado duas décadas, desde quando se realizou a Rio 92, a ONU resolveu organizar no Brasil uma nova Conferência mundial. Concebida para avaliar o desenvolvimento sustentável, a Rio+20 ameaça ser um fracasso. Sua complexa agenda virou uma torre de Babel.
A primeira Conferência mundial sobre meio ambiente ocorreu em 1972, na cidade sueca de Estocolmo. Lá nasceu o importante Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Começava a serem conhecidos, cientificamente, os limites da Terra à explosão populacional humana. Consequências ecológicas do crescimento econômico.
Importante relatório da ONU, divulgado 15 anos depois, intitulado “Nosso Futuro Comum”, definiu as bases do conceito que virou mantra na atualidade: o desenvolvimento sustentável. Derivado da noção pioneira do “ecodesenvolvimento”, proposta pelo economista polonês Ignacy Sachs, o termo propunha conciliar a economia com a ecologia. Mais tarde, na Cúpula da Terra (nome original da Rio 92), ampliou-se a compreensão sobre o tema, consagrando o famoso tripé da sustentabilidade: ecologicamente equilibrada, socialmente justa, economicamente viável.
Ao se incorporar na temática do desenvolvimento econômico, a causa do ambientalismo, antes restrita aos idealistas e visionários, ganhou importância. A sociedade global mudava a compreensão sobre seu devenir. O crescimento predatório, que emite notas promissórias contra o futuro, perdeu cartaz, abrindo espaço para o surgimento da economia verde, novo paradigma da civilização.
Em tese, tudo resolvido; na prática, imensas dificuldades. As Nações jamais consolidaram passos subsequentes, necessários para obter governança global sobre o meio ambiente. As empresas, por seu lado, perderam tempo tratando a sustentabilidade apenas como uma jogada de marketing, pouco modificando os processos tecnológicos de produção. Entre as pessoas, a conscientização ecológica jamais ultrapassou as elites da sociedade. Em consequência, anda atrasado o enfrentamento consistente da crise ambiental.
Falta também clareza sobre a idéia central. Desde quando se formulou o conceito do desenvolvimento sustentável, suas três dimensões  - ambiental, social, econômica - disputam espaço político em sua agenda. Se, num primeiro momento, a luta ambiental se robusteceu ao ser incorporada nos processos decisórios da economia, aos poucos o ambientalismo passou a dividir seu ativismo com grupos centrados nas desigualdades sociais. Uma sociedade miserável, afinal, não pode ser considerada sustentável.
Especialmente nos países emergentes, como o Brasil, os dilemas elementares do crescimento – emprego, moradia, energia, transportes – exigem obras que pressionam fortemente as variáveis ambientais. Nesse sentido, o preservacionismo radical, coerente nos países ricos, por aqui soa elitista. Por isso a ideia da sustentabilidade, mais ampla, ganhou espaço, forçando o ambientalismo a ser realista. Mais que eloqüentes palavras, ações concretas.
Noutra linha, certas organizações fizeram da sustentabilidade uma estratégia de combate à exclusão humana, fornecendo uma grife aos movimentos ligados à erradicação da miséria e à justiça social. Estes, agora, pegaram carona nos preparativos da Rio+20 e praticamente dominaram a mídia sobre a reunião.  Negros, feministas, sem-terra, índios, gays, causas humanitárias variadas se imiscuiram com o ambientalismo, resultando boa confusão, teórica e política.
Resultado: a Rio+20 perdeu seu foco original, ligado à crise ecológica da civilização. Assim argumentam os cientistas, militantes da causa ambiental, laureados com o prêmio Planeta Azul, uma espécie de Oscar da sustentabilidade. O físico José Goldemberg é um do lideram a grita contra essa deformação nos debates pré-Conferência, marcada para início de junho. Rubens Ricúpero, diplomata decisivo para o sucesso da Conferência de há vinte anos, esclarece: "Se a questão ambiental não for encaminhada de maneira satisfatória, se o clima aquecer demais, não teremos nem social nem econômico (...) virá o colapso total".
Para piorar o quadro, entidades (que se julgam) esquerdistas passaram a contestar o tema da economia verde, proposto originalmente pela ONU, argumentando que esverdear os processos produtivos interessa apenas ao capitalismo. Para libertar os povos oprimidos, defendem, será necessária uma nova e ampla “revolução”, que, obviamente, ninguém sabe definir qual, nem como. Nem onde.
Assim nos aproximamos da Rio+20. Nesse contexto, provavelmente nada de importante nela se decidirá. Uma avaliação séria, se viesse a ser realizada, mostraria que, a despeito de boas ações aqui e ali, a civilização humana continua caminhando para o colapso. Inexiste uma força coordenadora, decisória, que enquadre a sociedade global na agenda futurista. Esta governança, que poderia ser o grande assunto do encontro, será provavelmente substituído pelas resoluções de sempre, genéricas, que empurram o problema com a barriga.
A grande Conferência da ONU deve configurar, infelizmente, apenas uma grande festa ideológica, cujo brilho até poderá ajudar no avanço da consciência ecológica mundial, mas que não deixará marca registrada. Haverá uma mistureba semelhante ao recheio daqueles sanduiches do tipo X-Tudo: uma fatia da diplomacia internacional, uma rodela de terceiromundismo clássico, pitadas da Via Campesina, pedacinhos de ambientalismo com molho oriundo dos povos oprimidos, um caroço do empresariado inteligente amolecido pelas entidades científicas, tempero blá blá blá à vontade.
Fica delicioso, enche a barriga, mas não guarda o gosto de nada.

La France sur son declin - WSJ opinion


Ah la France: les américains s'étonnent toujours qu'elle puisse être encore un pays capitaliste.
Elle fait tout pour ne pas l'être...
Paulo Roberto de Almeida

Lévy for Le President

The French left and right finally agree on something.

The Wall Street Journal, April 3, 2012

In the presidential contest now under way in France, there are candidates on the left who vie for the title of who dislikes the rich the most. And there are the candidates on the right who vie for the title of who dislikes immigrants the most. It is not an inspiring campaign, nor one that addresses the country's main problem, which is the crisis of slow growth and the entitlement state.
So how about a write-in ballot for Maurice Lévy, whose business success is making him the most publicly reviled man in the country?
Associated Press
Chairman and CEO Maurice Levy of Publicis groupe.
Mr. Lévy is the CEO of Publicis, the third largest advertising firm in the world. Under his leadership, the firm has grown nearly tenfold in 15 years and today employs 54,000 people. In 1996 it had 6,000. For this performance, Mr. Lévy recently received a €16.2 million ($22 million) bonus, representing eight years' worth of deferred compensation.
For the sin of this success, Mr. Lévy also has become the favorite whipping boy of the presidential contenders. A spokesman for President Nicolas Sarkozy (once an advocate of capitalism) calls the compensation "disproportionate." Mr. Sarkozy's main rival, Socialist François Hollande, cites the bonus as justification for his proposal to slam the rich with a 75% top tax rate. Then there is Left Party candidate Jean-Luc Mélenchon, who wants a maximum income of €360,000. Anything above that would be confiscated by the state. Mr. Mélenchon is now polling about 15% of the vote.
Ironically, Mr. Lévy was one of the wealthy French signatories of a public letter published last year calling for higher taxes on the rich as a way to close France's budget deficit. We stated our misgivings about that idea at the time, and perhaps even Mr. Lévy, who has since objected to Mr. Hollande's 75% proposal, is now wondering how wise it was to stoke the ever-burning embers of French class resentment. Among other problems, you can't tax rich people you've effectively encouraged to flee the country.
The larger point is that France should want more Maurice Lévys—many more—if it is going to be able to afford its social-welfare schemes. That the main point of campaign agreement between France's left and right is to deplore the success of a French CEO reveals a nation that is all too comfortable with its economic decline.
A version of this article appeared April 3, 2012, on page A14 in some U.S. editions of The Wall Street Journal, with the headline: Lévy for Le President.

Lula recebe distincao da Catalunha: combate a fome a pobreza

O mundo continua encantado com a obra visível do maior político brasileiro da atualidade:
Paulo Roberto de Almeida

Brasil-España

Brasil/España: Lula gana el Premio Internacional Cataluña por su lucha contra la pobreza

Lula da Silva afeitado
Infolatam/Efe
Barcelona (España), 2 de abril de 2012
Las claves
  • Artur Mas, que presidió el jurado, hizo pública la concesión, por unanimidad, de este galardón que distingue a aquellas personas cuya trayectoria ha contribuido a promover los valores culturales, científicos o humanos en todo el mundo.
  • Lula reconoce que se encuentra en unos días "muy especiales" por su estado de salud y que la concesión del premio, que acepta con "alegría y orgullo", le tomó por sorpresa.
El expresidente de Brasil Luiz Inácio Lula da Silva es el ganador del XXIV Premio Internacional Cataluña concedido por el Gobierno regional catalán, que ha querido reconocer el éxito de sus políticas sociales y económicas que han situado a este país latinoamericano a la cabeza de la globalización.
El presidente de la Generalitat (Ejecutivo de esta región del noreste español), Artur Mas, que presidió el jurado, hizo pública la concesión, por unanimidad, de este galardón que distingue a aquellas personas cuya trayectoria ha contribuido a promover los valores culturales, científicos o humanos en todo el mundo.
En este caso, según Mas, se eligió a Lula por sus esfuerzos para enfrentarse “con imaginación y coraje a la pobreza y la desigualdad”, políticas, agregó, que han favorecido la creación de una importante clase media en Brasil.
“Lula puso las bases para el crecimiento económico de Brasil y entendió, él que tenía pasado sindicalista y muy de izquierdas, que si no había crecimiento económico no habría reparto de riqueza”, señaló Mas sobre la trayectoria del líder brasileño y su lucha “contundente” contra la pobreza y el analfabetismo.
Mas señaló que el jurado quiso destacar también el carácter personal de expresidente brasileño, quien aceptó y agradeció por carta el galardón y que anunció que, si su salud se lo permite -acaba de superar un cáncer de laringe-, estará presente en la entrega del premio en Barcelona, el próximo mes de junio.
En la misiva de agradecimiento, que leyó el propio Mas, Lula reconoce que se encuentra en unos días “muy especiales” por su estado de salud y que la concesión del premio, que acepta con “alegría y orgullo”, le tomó por sorpresa.
“Una conquista como ésta refuerza mi convicción en la importancia de luchar por una sociedad más justa y democrática, sin hambre y miseria”, señala el expresidente en su carta.
En la misiva, Lula recalca que el premio, que aumenta los vínculos entre Cataluña y Brasil, no es sólo un reconocimiento para él “sino para todos los brasileños y las brasileñas”.
El Premio Internacional Cataluña está dotado con 80.000 euros (unos 106.000 dólares) y la escultura “La clau y la lletra”, de Antoni Tàpies

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...