sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Novas crônicas do Itamaraty bolsolavista: 14) ABU V, o heterônimo (Semana 14 - Parte 02) - Cronista Misterioso

 14) ABU V, o heterônimo (Semana 14 - Parte 02)

 

Como prometido, ou melhor, alertado. Inicio minha deambulação despretenciosa, não obstante analítica, sobre nosso suposto colega ABU V. Reitero, assim, meu pedido de perdão por mais esta digressão. A ver:

 

Ao preparar-me para esta análise, historiador diletante que sou, busquei em livros, enciclopédias e compêndios referências que apontassem para monarcas islamitas que carregassem o nome ABU em seus títulos. E pasme, amigo leitor, encontrei justamente quatro.

 

O primeiro de que encontrei registro, foi Abu Bakr Abdullah Ibn Uthman, um dos sogros do profeta e o primeiro Califa a sucedê-lo, em 632 d.c. Obviamente, a obsessão do chefe com seu ex-sogro ilustre não me passou despercebida, mas careço ainda de sinais enfáticos de que não é mera coincidência. 

 

O segundo, Abu Bakr II, nono Mansa do Império Islâmico do Mali (1230-1670), é pouco conhecido. Sabe-se, porém, que desapareceu em navegação atlântica, na qual buscava a borda do oceano da terra plana. Este detalhe, é necessário admitir, atiçou minha verve conspiratória e me fez questionar a aleatoriedade do nome. 

 

O terceiro, Abu Bakr Ibn Abd al-Munan, emir de Harar, cidade-estado muçulmana, reinou entre 1829-1852 e destacou-se em nossa análise por ter sido manipulado por um ardiloso e inescrupuloso vizir que atuava como líder de facto. Seria a história do terceiro Abu referência velada às acusações feitas pelo quinto Abu ao poderoso chefe de gabinete?

 

Por fim, o quarto monarca árabe com quem me deparei foi Abu Bakr al-Baghdadi, fundador e Califa do movimento Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Morto em 2019, é também simbólico que este antecessor tenha sido o líder de um movimento reacionário de combate aos valores do liberalismo ocidental, buscando uma reconexão com um conservadorismo utópico e arcaizante.

 

Ainda que na chave cristã, ABU V parece buscar referências no histórico de nossa atuação diplomática recente. Resta saber se se trata de estratégia cômica para encobrir suas críticas, de mera coincidência ou de real inspiração nos Abus que o antecederam.

 

Para mais elocubrações infundadas, aguardem.

 

Ministro Ereto da Brocha, OMBUDSMAN


Novas crônicas do Itamaraty bolsolavista: 13) Era uma vez na Arábia um homem chamado Abu (Semana 13 - Parte 01) - Cronista Misterioso

 13) Era uma vez na Arábia um homem chamado Abu (Semana 13 - Parte 01)

 

O colega leitor já deve imaginar que não se incutiu em mim um forte pendor virtual. Até mesmo o WhatsApp, por que tanto apreço tenho, é-me cansativo, pela velocidade angustiante em que circula.

 

Assim, conto sempre com o auxílio paciente de colegas mais modernos para ficar a par de tudo que se passa. E que surpresa não foi quando um desses colegas apresentou-me às ortográfica e gramaticalmente aviltantes mensagens digitais de um ABU V, suposto diplomata. 

 

Imbuídas de atípica deselegância, as mensagens são ataques a governistas (especialmente ao vizir do chanceler) que, supostamente, seriam opositores infiltrados, agentes de PT e PSDB e, invariavelmente, traidores - em suma, todos aqueles que não rezam pelo credo do bolso-olavismo ortodoxo, como diria o Paulo Roberto. Apesar da virulência odiosa, intrigou-me ABU.

 

Eu sei, não me critique. São ignóbeis os textos. Atração mórbida pelo feio, Tânato, chame como quiser. Fato é que me intrigaram as asneiras de ABU. 

 

Sinto, leitor, e peço perdão a seus olhos já tão fustigados pelas notícias diárias, mas analisarei, com método, a loucura de ABU. Prometo ser breve, contudo, como dizia o simpático Guillotin. Serão cérebros a menos, mas com “uma rápida sensação de frescor”.

 

Para perdermos tempo juntos, acompanhem.

 

Ministro Ereto da Brocha, OMBUDSMAN.

 

Crônicas do Itamaraty bolsolavista: o retorno do Cronista Misterioso - Mais petardos irônico-diplomáticos

 Meus 18 leitores – talvez um pouco mais – já sabem que no dia 21 de agosto eu terminava de postar a primeira dúzia de petardos de um cronista misterioso, que havia recebido pouco antes de intermediários não estranhos àquela Casa anteriormente circunspecta conhecida pelo nome de Itamaraty.

Crônicas pouco entusiasmantes, se ouso dizer, uma vez que retratando um cenário de terra arrasada pelos novos bárbaros que mandam na política nacional e pelo chanceler acidental que eles colocaram na Casa, outrora respeitada, identificada com o seu santo patrono: o Barão do Rio Branco.

Aos que não puderam ler as crônicas anteriores reproduzo aqui os links para cada uma delas: 

3736. “Um cronista secreto do Itamaraty bolsolavista: as armas da crítica sarcástica”, Brasília, 20 agosto 2020, 2 p. Introdução às crônicas de um diplomata desconhecido sobre o Itamaraty atual. Em postagem sistemática no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/08/um-cronista-secreto-do-itamaraty.html). 

 

Postagens:

01 (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/08/01-o-papel-do-asno-na-sociedade.html); 

02 (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/08/02-gusmao-rendido-um-cronista-secreto.html); 

03 (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/08/03-pela-restauracao-um-cronista-secreto.html); 

04 (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/08/04-franjas-lunaticas-um-cronista.html); 

05 (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/08/05-o-anti-barao-um-cronista-secreto-do.html); 

06 (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/08/06-alienaveis-alienigenas-um-cronista.html); 

07 (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/08/07-nobel-um-cronista-secreto-do.html); 

08 (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/08/08-sussurram-os-corredores-um-cronista.html); 

08bis (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/08/08bis-bolo-de-laranjalima-um-cronista.html); 

09 (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/08/09-meu-caro-amigo-um-cronista-secreto.html); 

10 (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/08/10-aosfatos-um-cronista-secreto-do.html); 

11 (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/08/11-kejserens-nye-klder-andersen-roupa.html); 

12 (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/08/12-era-do-radio-um-cronista-secreto-do.html). 

 

Eu terminava assim:  

Estou esperando receber novas e saborosas crônicas... 

Paulo Roberto de Almeida

21 de agosto de 2010


Cheguei até a compor uma pequena brochura para facilitar a vida de quem desejasse ler o conjunto, de uma vez só: 


3737. “Crônicas do Itamaraty bolsolavista”, Brasília, 21 agosto 2020, 17 p. Consolidação das crônicas de um diplomata desconhecido sobre o Itamaraty atual, com minha Introdução geral e as introduções parciais a cada uma das crônicas. Feita postagem resumo no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/08/um-cronista-misterioso-anima.html) e postagem em arquivo pdf na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/43909791/Cronicas_do_Itamaraty_bolsolavista_Cronista_misterioso_2020_). Estatísticas de acesso às postagens nas duas plataformas, postadas (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2020/08/o-cronista-misterioso-do-itamaraty-teve.html).


Essas crônicas tiveram imediato sucesso, mas depois caíram nas estatísticas de acesso pelo simples fato de eu não recebi as subsequentes durante certo tempo. 

Nos últimos dias, por caminhos incertos e não sabidos, elas voltaram a se apresentar. Estava faltando uma no meio da nova safra, o que foi agora reparada.

Passo, portanto, a reproduzir cada uma delas: 


Novas crônicas do Itamaraty bolsolavista: 

13) Era uma vez na Arábia um homem chamado Abu (Semana 13 - Parte 01)

14) ABU V, o heterônimo (Semana 14 - Parte 02)

15) O estranho caso de Abu (Semana 15 - Parte 03)

16) A jornada do herói (Semana 16)

17) Rumo à Idade Média (Semana 17)

18) Patriotas? (Semana 18)

19) Os leitões de Niemöeller (Semana 19)

20) Receita contra o globalismo (semana 20)


Nas próximas postagens vou colocar cada uma delas, desta vez sem comentários meus, o que me reservo fazer numa brochura completa a ser preparada na sequência.


Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 25 de setembro de 2020




 

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Colusão Damares-Sara Giromini (vulgo Inverno) - Fausto Macedo (Estadão)

Advogadas vão à Justiça para cobrar explicações de Damares sobre contratação de Sara

Integrantes do Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos (CADHu) pedem provas que de a extremista cumpriu requisitos para ocupar cargo no governo e justificativas sobre 'tour' pela América Latina no ano passado

Quatro integrantes do Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos (CADHu) apresentaram à Justiça ação para cobrar explicações da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves acerca da contratação da extremista Sara Giromini, que teve cargo no governo até outubro do ano passado.

As advogadas pedem ainda explicações sobre viagens internacionais feitas por Sara – em uma delas, para o Equador, a extremista teve afastamento autorizado pelo ministério para participar de um evento no qual se identificou como ativista independente, e não como integrante do governo.

A contratação de Sara Giromini por Damares é alvo da Polícia Federal, que investiga se o cargo dado à extremista seria uma forma de ‘financiar’ a suposta organização criminosa que organiza atos antidemocráticos.

Segundo as advogadas Eloisa Machado, Luciana Cunha, Juliana Vieira dos Santos e Alessandra Nilo, ‘tais fatos podem indicar o desvio de finalidade no exercício de cargo público’.

Sara foi nomeada em abril do ano passado para chefiar a Coordenação-Geral da Atenção Integral à Gestante no Departamento de Promoção da Dignidade da Mulher. Em maio, a extremista começou um giro por países da América Latina na qual participou de eventos e entrevistas à televisão.

O tour passou pela Argentina (4 de maio), Uruguai (7 a 10 de maio) e Equador (1º a 9 de julho). Somente nesta última viagem o ministério autorizou o afastamento da funcionária para participar da ‘Segunda Convenção Internacional da Família’, realizada em Guayaquill.

“Ocorre que a apresentação realizada pela funcionária do governo no evento em questão não foi realizada como representante do governo brasileiro, mas sim como ativista independente, e a apresentação se baseou exclusivamente nas qualidades pessoais, ideologia e visão de mundo de ‘Sara Winter'”, apontam as advogadas do CadHu.

“Caso as atividades privadas de Sara Giromini venham a se confundir com o exercício de sua função pública, haveria a clara violação da moralidade administrativa por desvio de finalidade e quebra do princípio da impessoalidade”, afirmam.

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos Damares Alves com a extremista Sara Giromini, em vídeo publicado em 2018. Foto: Facebook / Reprodução

O grupo de advogadas pede à Justiça que obrigue Damares e seu secretário-executivo Sérgio Luiz Carazza a apresentação de provas que justifiquem os critérios usados para contratação de Sara, incluindo quais requisitos ela precisou cumprir para ser escolhida e desempenhar o cargo. As advogadas também querem provas da existência de registros e procedimentos administrativos feitos pela extremista que justificariam o giro em países da América Latina no ano passado.

A lista inclui ofícios sobre eventuais afastamentos, justificativas técnicas, planejamento, pagamento de diárias, gastos totais, relatórios do cumprimento de metas, prestações de contas, ‘entre outros documentos necessários para a correta verificação da legalidade e moralidade dos atos’.

“Faz-se necessário a produção de provas para verificar se o cargo público ocupado, por sua natureza, exigia qualificação técnica específica. Ato contínuo, deve-se verificar se Sara Giromini obedeceu a esses requisitos, e de que forma o MMFDH aferiu e quantificou sua competência para integrar os quadros do ministério”, apontam.

‘Vínculos’. A relação entre Sara e Damares Alves também é alvo de investigação da Polícia Federal no inquérito que apura o financiamento e organização de atos antidemocráticos. Segundo relatório parcial da corporação, investigadores apontam que há ‘há vínculos, ainda não totalmente esclarecidos’ envolvendo a contratação da extremista no ministério da Mulher.

“A natureza e a origem desses vínculos e as relações entre essas pessoas e agentes públicos com atuação nessa pasta merece aprofundamento, para corroborar ou eliminar a asserção feita no corpo da hipótese criminal de que tais contratações seriam também uma forma de distribuir fundos aos propagadores/operadores”, apontou a Polícia Federal.

Caso semelhante é visto pela PF em relação à ex-secretária de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, Sandra Terena, esposa do blogueiro Oswaldo Eustáquio, investigado no inquérito. Terena foi demitida nesta segunda, 22, três dias depois do Estadão publicar as informações do relatório da PF que apura as ligações dela com o inquérito.

COM A PALAVRA, O MINISTÉRIO DA MULHER, DA FAMÍLIA E DOS DIREITOS HUMANOS
A reportagem entrou em contato com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e aguarda resposta. O espaço está aberto a manifestações (paulo.netto@estadao.com)

Documento sobre a pandemia do Covid-19 por médicos e profissionais da saúde da Bélgica

 A carta a seguir, até o momento, foi assinada por 394 médicos belgas, 1.340 profissionais de saúde com treinamento médico e milhares de cidadãos. Como o texto é muito longo e conta com mais de 50 links, tentei abreviá-lo tanto quanto possível, mas a leitura integral é fortemente recomendada. 

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"Nós, médicos e profissionais de saúde belgas, desejamos expressar nossa séria preocupação com a evolução da situação nos últimos meses, em torno do surto do vírus SARS-CoV-2. Apelamos aos políticos para que sejam informados de forma independente e crítica no processo de tomada de decisão e na implementação obrigatória de medidas em relação ao coronavírus. Pedimos um debate aberto, onde todos os especialistas sejam representados, sem qualquer forma de censura. Após o pânico inicial em torno da covid-19, os fatos objetivos agora mostram um quadro completamente diferente - não há mais justificativa médica para qualquer política de emergência.

A atual gestão de crises tornou-se totalmente desproporcional e causa mais danos do que benefícios.

Apelamos ao fim de todas as medidas e pedimos uma restauração imediata da nossa governança democrática normal, estruturas jurídicas e de todas as nossas liberdades civis.

'A cura não deve ser pior que o problema' é uma tese mais relevante do que nunca na situação atual. Notamos, no entanto, que os danos colaterais que agora estão sendo causados à população terão um impacto maior a curto e longo prazo em todas as camadas da população do que o número de pessoas agora sendo protegidas da coroa.

Em nossa opinião, as atuais medidas e as penas severas pelo seu não cumprimento são contrárias aos valores formulados pelo Conselho Superior de Saúde da Bélgica, que, até recentemente, como autoridade sanitária, sempre garantiu uma medicina de qualidade no nosso país: “Ciência - Competência - Qualidade - Imparcialidade - Independência - Transparência”.

Acreditamos que a política introduziu medidas obrigatórias sem embasamento científico suficiente, direcionamento unilateral e que não há espaço na mídia para um debate aberto em que diferentes visões e opiniões sejam ouvidas. Além disso, cada município e província passou a ter autorização para acrescentar medidas próprias, fundadas ou não. (...)

O conceito de saúde

Em 1948, a OMS definiu saúde da seguinte forma: 'Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou outra deficiência física'.

Saúde, portanto, é um conceito amplo que vai além do físico e também se relaciona com o bem-estar emocional e social do indivíduo. A Bélgica também tem o dever, do ponto de vista dos direitos humanos fundamentais, de incluir esses direitos humanos na sua tomada de decisão quando se trata de medidas tomadas no contexto da saúde pública. (...)

A pandemia prevista com milhões de mortes

No início da pandemia, as medidas eram compreensíveis e amplamente apoiadas, mesmo que houvesse diferenças na implementação nos países ao nosso redor. A OMS previu originalmente uma pandemia que causaria 3,4% das vítimas, ou seja, milhões de mortes, e um vírus altamente contagioso para o qual nenhum tratamento ou vacina estava disponível. Isso colocaria uma pressão sem precedentes nas unidades de terapia intensiva (UTI) de nossos hospitais.

Isso levou a uma situação de alarme global nunca vista na história da humanidade: “achatar a curva” foi representado por um bloqueio que desligou toda a sociedade e economia e colocou pessoas saudáveis em quarentena. O distanciamento social tornou-se o novo normal na expectativa de uma vacina.

Os fatos sobre covid-19

Gradualmente, a campainha de alarme soou de várias fontes: os fatos objetivos mostraram uma realidade completamente diferente.

O curso do covid-19 seguiu o curso de uma onda normal de infecção semelhante a uma temporada de gripe. Como todos os anos, vemos uma mistura de vírus da gripe seguindo a curva: primeiro os rinovírus, depois os vírus da gripe A e B, seguidos pelos coronavírus. Não há nada diferente do que normalmente vemos. (...)

Confinamento

Se compararmos as ondas de infecção em países com políticas rígidas de bloqueio com países que não impuseram bloqueios (Suécia, Islândia ...), vemos curvas semelhantes. Portanto, não há ligação entre o bloqueio imposto e o curso da infecção. O bloqueio não levou a uma taxa de mortalidade mais baixa.

Se olharmos para a data de aplicação dos bloqueios impostos, vemos que os bloqueios foram definidos após o pico já ter passado e o número de casos diminuindo. A queda não foi conseqüência das medidas tomadas.

Como todos os anos, parece que as condições climáticas (clima, temperatura e umidade) e o aumento da imunidade têm maior probabilidade de reduzir a onda de infecção.

Nosso sistema imunológico

Por milhares de anos, o corpo humano foi exposto diariamente à umidade e gotículas contendo microorganismos infecciosos (vírus, bactérias e fungos).

A penetração desses microrganismos é impedida por um avançado mecanismo de defesa - o sistema imunológico. Um forte sistema imunológico depende da exposição diária normal a essas influências microbianas. Medidas excessivamente higiênicas têm um efeito prejudicial em nossa imunidade. Somente pessoas com sistema imunológico fraco ou defeituoso devem ser protegidas por meio de higiene extensiva ou distanciamento social. (...)

A maioria das pessoas, portanto, já tem uma imunidade congênita ou cruzada porque já estiveram em contato com variantes do mesmo vírus. (...)

A maioria das pessoas com teste positivo (PCR) não tem queixas. Seu sistema imunológico é forte o suficiente. O fortalecimento da imunidade natural é uma abordagem muito mais lógica. A prevenção é um pilar importante e insuficientemente destacado: nutrição saudável e completa, exercícios ao ar livre, sem máscara, redução do estresse e nutrição dos contatos emocionais e sociais.

Um vírus altamente contagioso com milhões de mortes sem nenhum tratamento?

A mortalidade acabou sendo muitas vezes menor que a esperada e próxima à de uma gripe sazonal normal (0,2%).

O número de mortes por corona registradas, portanto, ainda parece estar superestimado.

Há uma diferença entre morte por corona e morte com corona. Os seres humanos são frequentemente portadores de vários vírus e bactérias potencialmente patogênicas ao mesmo tempo. Levando em consideração o fato de que a maioria das pessoas que desenvolveram sintomas graves sofria de patologia adicional, não se pode simplesmente concluir que a infecção por corona foi a causa da morte. Isso geralmente não foi levado em consideração nas estatísticas.

Os grupos mais vulneráveis podem ser claramente identificados. A grande maioria dos pacientes falecidos tinha 80 anos ou mais. A maioria (70%) dos falecidos, com menos de 70 anos, apresentava algum distúrbio subjacente, como sofrimento cardiovascular, diabetes mellitus, doença pulmonar crônica ou obesidade. A grande maioria das pessoas infectadas (> 98%) não adoeceu ou dificilmente ficou doente ou se recuperou espontaneamente.

Enquanto isso, existe uma terapia acessível, segura e eficiente disponível para aqueles que apresentam sintomas graves da doença na forma de HCQ (hidroxicloroquina), zinco e AZT (azitromicina). Aplicada rapidamente, essa terapia leva à recuperação e freqüentemente evita a hospitalização. Quase ninguém precisa morrer agora. (...)

Máscaras

As máscaras orais pertencem a contextos onde ocorrem contatos com grupos de risco comprovado ou pessoas com problemas respiratórios superiores, e em um contexto médico / ambiente de lar de aposentados em hospitais. Eles reduzem o risco de infecção por gotículas por espirro ou tosse. As máscaras orais em indivíduos saudáveis são ineficazes contra a propagação de infecções virais.

O uso de máscara apresenta efeitos colaterais. A deficiência de oxigênio (dor de cabeça, náuseas, fadiga, perda de concentração) ocorre com bastante rapidez, um efeito semelhante ao mal-estar da altitude. Todos os dias vemos pacientes reclamando de dores de cabeça, problemas nos seios da face, problemas respiratórios e hiperventilação devido ao uso de máscaras. Além disso, o CO2 acumulado leva a uma acidificação tóxica do organismo que afeta nossa imunidade. Alguns especialistas chegam a alertar para um aumento da transmissão do vírus em caso de uso inadequado da máscara.

O uso impróprio de máscaras sem um arquivo abrangente de teste cardiopulmonar médico não é recomendado por especialistas de segurança reconhecidos para trabalhadores.

Os hospitais possuem ambiente estéril em suas salas cirúrgicas onde os funcionários usam máscaras e há regulação precisa de umidade / temperatura com fluxo de oxigênio devidamente monitorado para compensar isso, atendendo assim a rígidos padrões de segurança.

Uma segunda onda corona?

Uma segunda onda está agora em discussão na Bélgica, com um novo endurecimento das medidas como resultado. No entanto, um exame mais atento dos números da 'Sciensano' (último relatório de 3 de setembro de 2020) mostra que, embora tenha havido um aumento no número de infecções desde meados de julho, não houve aumento de internações ou óbitos naquela época. Portanto, não é uma segunda onda de corona, mas uma chamada “química de caso” devido a um número maior de testes.

O número de internações hospitalares ou óbitos apresentou um aumento mínimo de curta duração nas últimas semanas, mas ao interpretá-lo, devemos levar em consideração a onda de calor recente. Além disso, a grande maioria das vítimas ainda está na faixa populacional> 75 anos.  Isso indica que a proporção das medidas tomadas em relação à população ativa e aos jovens é desproporcional aos objetivos pretendidos.

A grande maioria das pessoas “infectadas” testadas positivamente está na faixa etária da população ativa, que não desenvolve nenhum ou apenas sintomas limitados, devido a um sistema imunológico em bom funcionamento.

Portanto, nada mudou - o pico acabou.

Vacina

Pesquisas sobre vacinação contra influenza mostram que, em 10 anos, tivemos sucesso apenas três vezes no desenvolvimento de uma vacina com uma taxa de eficiência de mais de 50%. Vacinar nossos idosos parece ser ineficaz. Acima de 75 anos de idade, a eficácia é quase inexistente.

Devido à contínua mutação natural dos vírus, como também vemos todos os anos no caso do vírus da gripe, uma vacina é no máximo uma solução temporária, o que requer novas vacinas a cada vez. Uma vacina não testada, que é implementada por procedimento de emergência e para a qual os fabricantes já obtiveram imunidade legal contra possíveis danos, levanta sérias questões. Não desejamos usar nossos pacientes como cobaias.

Em escala global, são esperados 700 mil casos de danos ou morte em decorrência da vacina.

Se 95% das pessoas experimentarem Covid-19 virtualmente sem sintomas, o risco de exposição a uma vacina não testada é irresponsável.

O papel da mídia e o plano oficial de comunicação

Nos últimos meses, os jornais, rádio e TV pareceram apoiar quase sem crítica o painel de especialistas e o governo, onde é precisamente a imprensa que deve ser crítica e impedir a comunicação governamental unilateral. Isso levou a uma comunicação pública em nossa mídia de notícias que era mais uma propaganda do que uma reportagem objetiva.

Em nossa opinião, é tarefa do jornalismo trazer as notícias da forma mais objetiva e neutra possível, visando a descoberta da verdade e o controle crítico do poder, sendo também concedido aos especialistas dissidentes um fórum para se expressarem.

Essa visão é apoiada pelos códigos de ética jornalística.

A história oficial de que um bloqueio era necessário, de que essa era a única solução possível e de que todos estavam por trás desse bloqueio tornava difícil para pessoas com uma visão diferente, bem como especialistas, expressar uma opinião diferente.

Opiniões alternativas foram ignoradas ou ridicularizadas. Não vimos debates abertos na mídia, onde diferentes pontos de vista pudessem ser expressos.

Também ficamos surpresos com os muitos vídeos e artigos de diversos especialistas científicos e autoridades, que foram e ainda estão sendo retirados das redes sociais. Sentimos que isso não se coaduna com um estado constitucional livre e democrático, tanto mais que leva a uma visão de túnel. Essa política também tem um efeito paralisante e alimenta o medo e a preocupação na sociedade. Neste contexto, rejeitamos a intenção de censura aos dissidentes na União Europeia!

A maneira como a Covid-19 foi retratada por políticos e pela mídia também não ajudou em nada a situação. Os termos de guerra eram populares e não faltava linguagem bélica. Freqüentemente, há menção de uma 'guerra' com um 'inimigo invisível' que deve ser 'derrotado'. O uso na mídia de frases como 'heróis do cuidado na linha de frente' e 'vítimas corona' alimentou ainda mais o medo, assim como a ideia de que estamos lidando globalmente com um 'vírus assassino'.

O incessante bombardeio de cifras, que se desatou sobre a população dia após dia, hora após hora, sem interpretar esses cifras, sem compará-los com as mortes por gripe em outros anos, sem compará-las com mortes por outras causas, induziu uma verdadeira psicose de medo na população. Isso não é informação, é manipulação.

Deploramos o papel da OMS nisso, que pediu que o 'infodêmico' (isto é, todas as opiniões divergentes do discurso oficial, inclusive de especialistas com diferentes pontos de vista) fosse silenciado por uma censura da mídia sem precedentes.

Apelamos urgentemente à mídia para assumir suas responsabilidades aqui!

Exigimos um debate aberto em que todos os especialistas sejam ouvidos.(...)

Danos imensos causados pelas políticas atuais

Uma discussão aberta sobre as medidas corona significa que, além dos anos de vida ganhos pelos pacientes corona, devemos levar em consideração outros fatores que afetam a saúde de toda a população. Isso inclui danos no domínio psicossocial (aumento da depressão, ansiedade, suicídios, violência intra-familiar e abuso infantil) 16 e danos econômicos.

Se levarmos em conta esse dano colateral, a política atual está fora de proporção, o proverbial uso de uma marreta para quebrar uma noz.

Achamos chocante que o governo esteja invocando a saúde como uma razão para a lei de emergência.

Enquanto médicos e profissionais de saúde, perante um vírus que, em termos de nocividade, mortalidade e transmissibilidade, se aproxima da gripe sazonal, só podemos rejeitar estas medidas extremamente desproporcionais.

Distribuição desta carta

Gostaríamos de fazer um apelo público às nossas associações profissionais e colegas cuidadores para que deem a sua opinião sobre as medidas em vigor.

Chamamos a atenção e pedimos uma discussão aberta em que os cuidadores possam e ousem falar.

Com esta carta aberta ... convidamos os políticos a se informarem de forma independente e crítica sobre as evidências disponíveis - incluindo as de especialistas com diferentes pontos de vista, desde que com base em ciência sólida - ao implantar uma política com o objetivo de promover a saúde ideal. Link da carta integral:

 https://docs4opendebate.be/en/open-letter/?fbclid=IwAR0nbJk5Mf39ibdw_2Kf38PEfAc98ojKwcv1yPZpz4Lrk7225xJTLExpVLo

Trump’s International Economic Legacy - Jean Pisani-Ferry (Project Syndicate)

Trump’s International Economic Legacy

If US President Donald Trump loses November’s election, he will most likely leave an insignificant imprint on some parts of the global economic system. But in several others – especially US-China relations – his term in office may well come to be seen as a major turning point.

PARIS – It would be foolish to start celebrating the end of US President Donald Trump’s administration, but it is not too soon to ponder the impact he will have left on the international economic system if his Democratic challenger, Joe Biden, wins November’s election. In some areas, a one-term Trump presidency would most likely leave an insignificant mark, which Biden could easily erase. But in several others, the last four years may well come to be seen as a watershed. Moreover, the long shadow of Trump’s international behavior will weigh on his eventual successor.

On climate change, Trump’s dismal legacy would be quickly wiped out. Biden has pledged to rejoin the 2015 Paris climate agreement “on day one” of his administration, achieve climate neutrality by 2050, and lead a global coalition against the climate threat. If this happens, Trump’s noisy denial of scientific evidence will be remembered as a minor blip.

In a surprisingly large number of domains, Trump has done little or has behaved too erratically to leave an imprint. Global financial regulation has not changed fundamentally during his term, and his administration has flip-flopped regarding the fight against tax havens. The International Monetary Fund and the World Bank have carried on working more or less smoothly, and Trump’s furious tweeting did not prevent the US Federal Reserve from continuing to act responsibly, including by providing dollar liquidity to key international partners during the COVID-19 crisis. True, Trump has repeatedly spoiled international summits, leaving his fellow leaders flummoxed. But such behavior has been more embarrassing than consequential.


Curso apresenta pesquisas sobre relações culturais entre Brasil e França - IEA-USP

Curso apresenta pesquisas sobre relações culturais entre Brasil e França

Monteiro Lobato
A atuação do escritor Monteiro Lobato como crítico de literatura francesa será tema de uma das aulas

Em novembro, o Grupo de Pesquisa Brasil-França realiza o curso gratuito online Relações Brasil-França: Imagens, Intermediações e Recepção. O intuito da iniciativa é retomar a memória das relações entre os dois países e detectar e analisar suas possíveis ressonâncias no pensamento, na cultura e na literatura brasileira nos séculos 19 e 20.

Nas cinco aulas previstas, integrantes do grupo apresentarão os resultados de suas pesquisas com o objetivo de divulgar os trabalhos e aprofundar os estudos dos temas do curso. [Veja a programação abaixo.]

Com 100 vagas, o curso é aberto a todos os interessados e será ministrado via plataforma Zoom. As inscrições devem ser feitas de 5 a 16 de outubro pelo sistema Apolo [o link estará na página sobre o curso]. O preenchimento das vagas será por ordem de inscrição.

A lista dos matriculados e daqueles em lista de espera será divulgada em 19 de outubro. Quem tiver pelo menos 75% de frequência receberá certificado de participação.

Temática

A coordenação do grupo ressalta que a presença francesa no meio cultural brasileiro nos séculos 19 e 20 é muito significativa e amplamente conhecida na literatura brasileira e nos estudos comparados.

"Quanto à imagem do Brasil na França, temos o relato de viajantes franceses (em especial Ferdinand Denis, Auguste de Saint-Hilaire e Adèle Toussaint‐Samson) durante o período colonial."

No final do século 19 e início do século 20, a literatura e a imprensa brasileiras contaram com a contribuição de escritores cuja erudição lhes permitia acompanhar o meio literário francês, afirmam os organizadores do curso.

"Muitos desses autores estão atualmente bastante esquecidos e vamos apresentar a relevância que tiveram em sua época, seja pela temática ou pela recepção de novas propostas para o comportamento feminino."

O curso também tratará da circulação dos livros franceses em São Paulo, através do estudo da Casa Garraux, e da correspondência de Mário de Andrade nos anos 30 com personalidades francesas, sendo ele referência nos estudos sobre o negro no Brasil à época.

Programação

(Clique aqui para ler as sinopses das aulas)

4 de novembro

  • A Intertextualidade e o Universalismo nas Crônicas Machadianas - com Dirceu Magri (UFV)
  • Escritores Démodés: Victor Margueritte, Chrysanthème e Benjamin Costallat - Regina Salgado Campos (FFLCH-USP)

9 de novembro

11 de novembro

  • Por uma História das Livrarias de São Paulo: O Caso Garraux e a Circulação dos Livros Franceses (1850-1910) - Marisa Midori Deaecto (USP)

18 de novembro

23 de novembro

  • A Mário de Andrade, Africanista: Cartas de Nancy Cunard e Roger BastideLigia Fonseca Ferreira (Unifesp)
  • Monteiro Lobato, Crítico de Literatura Francesa: Séculos 19 e 20 - Ana Luíza Bedê (UFV)

Foto: Coleção Família Monteiro Lobato

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