Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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sábado, 24 de dezembro de 2011
A frase (idiota) da semana: o capitalismo conspiratorio...
Este blog, por sinal, se dedica a ideias inteligentes, mas não é culpa dele se existem ideias idiotas no mundo, e são as ideias idiotas que nos permitem refletir sobre como certas pessoas pensam e tentar pensar um pouco melhor, de forma inteligente, por exemplo.
Então, com desculpas aos meus leitores, por contribuir, por uma vez, para o rebaixamento intelectual da humanidade, aqui vai a frase idiota da semana:
O capitalismo inventou a obsolescência programada, que é um truque para nos forçar a consumir.
André Trigueiro, jornalista da GloboNews, falando na CBN, sábado, 24/12/2011, 13hs.
Eu fico imaginando essas convenções de capitalistas perversos, se reunindo na calada da noite, para programar (inventar é o termo) produtos com data de vencimento já fixada, que vão funcionar direitinho, mas que um belo dia, tilt, vão dar dois suspiros e depois morrer, nos obrigando a ir novamente nessas lojas capitalistas comprar mais produtos capitalistas que, por sua vez, já vão vir com o vencimento também planejado.
Ah esses capitalistas perversos...
Se não fossem esses ecologistas espertos nunca descobriríamos os seus truques malvados...
Paulo Roberto de Almeida
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
The Prize: a historia do petroleo por Daniel Yergin -
"The Prize:The Epic Quest for Oil, Money and Power"; documentário produzido pela PBS/BBC (1993); baseado no livro homônimo de Daniel Yergin; dividido em 8 episódios:
-Part 1:"Our Plan" (http://www.youtube.com/watch?v=QspuJ659Q);
-Part 2:"Empires of Oil"
(http://www.youtube.com/watch?v=ioazMpe1SHE&feature=relate);
-Part 3:"Black Giant"
(http://www.youtube.com/watch?v=y-yaMTYc2MM&feature=relate);
-Part 4:"War and Oil"
(http://www.youtube.com/watch?v=PvkT3ByU5yg);
-Part 5:"Crude Diplomacy"
(http://www.youtube.com/watch?v=IIJxBrHcSUo);
-Part 6:"Power to the Producers"
(http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=BOMIY9yAbZw);
-Part 7:"The Tinderbox"
(http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=vgt1ZLDIy1M);
-Part 8:"New Order of Oil"
(http://www.youtube.com/watch?v=u4FdR3KMOZ8&feature=watch_response).
Argentina se supera no besteirol econômico...
Especulador se torna 'terrorista' na Argentina
Para Senado argentino, quem especula no mercado financeiro merece cadeia
Uma das leis reforma a Lei Penal Tributária e outras tipificam como crime ações que afetam a ordem econômica e financeira, além de punir as "atividades criminais com finalidade terrorista".
Segundo o presidente da Comissão de Justiça do Senado, o governista Pedro Guastavino, as leis visam a "dar maior transparência às operações na bolsa e demais mercados e punir informações privilegiadas usadas para manobras que desestabilizam a economia do país".
Nesse sentido, serão punidos os delitos de alterar as cotações dos mercados financeiros com a intenção de desestabilizar a economia local e a intermediação irregular, sem autorização do Estado (as casas de câmbio irregulares).
As leis permitem enquadrar as corridas bancárias e os movimentos do mercado de câmbio, por exemplo, como atos de terrorismo com o objetivo de desestabilizar o governo.
Um dos projetos eleva as penas dos condenados por terrorismo e outro pune a chamada "manipulação de mercado" para aumentar ou diminuir preços, inclusive do dólar, explicou o titular da Unidade de Informação Financeira, José Sbatella.
Sbatella disse que a lei de controle de lavagem de dinheiro e narcotráfico pretende atender às exigências do Grupo de Ação Financeira Internacional (Gafi). "Esta lei permite caracterizar como terrorismo uma corrida cambial com ânimo de desestabilizar um governo", detalhou.
Uma das leis determina a aplicação de uma pena de até dois anos de prisão para quem provocar alta ou baixa no preço de mercadorias por meio de notícias falsas e pune o uso de informação privilegiada.
Para o senador da União Cívica Radical (UCR) Ernesto Sanz, o pacote de leis não vai resolver os desvios do sistema financeiro e o texto sobre terrorismo, tal como está, abre as portas para que até os protestos sociais sejam classificados como terrorismo.
Além disso, de acordo com ele, o governo ou a Justiça poderiam interpretar qualquer situação como terrorismo de uma maneira discricionária.
Mercosul parte a conquista das Malvinas/Falklands...
Se o Reino Unido demandar os países do Mercosul nas instâncias apropriadas, Organização Marítima Internacional, OMC e até o Conselho de Segurança das Nações Unidas, os países do Mercosul provavelmente não terão como explicar essa medida extemporânea, arbitrária e possivelmente ilegal.
Paulo Roberto de Almeida
Londres: bloqueio do Mercosul a navios das Malvinas é injustificado
Mercosul impedirá barcos das Malvinas em seus portos
Delenda Alca: RIP (descanse em paz) -- companheiros exultantes
Sem alarde, México desativou sede da Alca em Puebla
Agora meu comentário (PRA):
Os companheiros já andaram mais exultantes, com a implosão da Alca (por eles mesmos arquitetada) e o fim da ameaça de "anexação do continente" pelos EUA, que era o que prometia, segundo eles, o projeto americano de uma área hemisférica de livre comércio.
Pois é, eles dinamitaram o projeto americano -- que aliás não terminou, pois os EUA negociaram diversos acordos de livre comércio bilaterais com praticamente todos os países do hemisfério, ficando apenas de fora os bolivarianos e os mercosulianos, todos anti-imperialistas e anti-americanos, ao que parece -- para ficar só com acordos "benéficos", ou seja, os que eles fariam entre eles mesmos, com outros países do Sul e com a bondosa UE, que aparentemente não era tão malvada e protecionista como o império.
Ao mesmo tempo, deram de impulsionar os negócios com a China, que parece ser tão boazinha quanto os demais parceiros do Sul, e que só quer o bem-estar e a felicidade dos companheiros e seus aliados entre os donos do capital (e alguns amigos do capital alheio).
Deu tudo certo: a China é ótima como parceira comercial, e o império ficou limitado a seus poucos negócios com seus parceiros mais fieis. Os companheiros são estrategistas comerciais inteligentíssimos...
Era tudo o que eles queriam...
Paulo Roberto de Almeida
O espectro dos anos 1930 ronda o comercio multilateral...
Conferência da OMC anuncia fim da era dos acordos
Parece que este blog incomoda apoiadores de corruptos e bandidos...
Como eu sou um cidadão contribuinte, ou seja, pagador compulsório de impostos, para um governo, um Estado que dilapida meus recursos, de vez em quando posto aqui alguma denúncia da imprensa contra corruptos, bandidos, mentirosos, enfim, vários representantes da espécie de assaltantes da inteligência e do bolso alheios que pululam nas esferas do poder.
Isto basta para atiçar os ânimos de intolerantes, que acham inacreditável que alguém, como eu, possa ter uma opinião diversa da deles, que é de apoio a bandidos e mentirosos.
Eles ficam furiosos ao ver que alguns poucos não caem no conto da mentira, da fraude, da falcatrua.
Eu me divirto em ver esse esforço todo para justificar o injustificável, e acabo postando aqui seus comentários mal cheirosos, que apenas revelam a falta de caráter de quem os faz.
Continuarei fazendo meu trabalho de informação e de análise, preferencialmente sobre os temas que são os meus de pesquisa e elaboração de ensaios, eventualmente também sobre temas da suja política corrente, o que deve irritar muitos que acham a situação atual insuperável em seu ordenamento político.
Não posso fazer nada a não ser revelar a realidade, e desvendar um pouco das patifarias que circulam em certos meios vendidos (e comprados) por quem tem interesse nesse tipo de política suja.
Saibam os AAs e outros aliados de causas podres que continuarei fazendo tranquilamente meu trabalho.
Para maior irritação dos sem caráter, claro...
Paulo Roberto de Almeida
Latin american foreign policies beyond the US - Call for Papers
- Role of non-state level policy institutions in foreign policy and/or international affairs
- Policy-networks (e.g. key players, collaboration, international activity)
- Role of culture, identity, perceptions, context and social construction amongst individuals and non-state organisations involved in (and/or affected) by foreign policy-making
- Influence and impact (e.g. public opinion-shaping, lobbying, advocacy, corruption)
- Interface with the media, politicians, government and other stakeholders and target groups
- Role of social media
- Role of funding/donors
- Contemporary and future issues and challenges relating to policy-research and activities around the world
- Methodological, conceptual and/or research philosophical issues relating to the study of the above topic areas
- Potential struggles that old and new regional institutions face to foster Latin America’s foreign policies.
- New democracies’ role and relations in international organisations.
- Crucial developments of regional organisations such as Mercosur, Andean Community, OAS, and others.
- The foreign policy of Lula and Dilma to advance Brazil’s idea as a consolidated global emerging power.
- Relations established between Latin American actors and other developing countries.
- The evolution and interests of the Bolivarian ideology.
- Strategies of Latin American countries towards Asia as means to diversify their external priorities.
- Security threats and alliances between Latin American states.
- Conceptualising the Caribbean role in the global sphere.
- Competition among Latin American countries for the regional ‘leadership’.
Ruidos de botas na America do Sul: Bolivia demanda a Chile
Morales afirma que tratado con Chile fue “injusto e impuesto por la fuerza”
Cuzco, 22 de diciembre de 2011
- Perú y Bolivia no tienen ningún problema (...) El problema que tenemos es con Chile", enfatizó Morales.
- Ollanta Humala señaló que Perú apoya la aspiración boliviana de lograr una salida al Pacífico.
“El tratado de 1904 es injusto y fue impuesto por la fuerza”, declaró Morales en una rueda de prensa que ofreció en la ciudad peruana del Cuzco junto al gobernante de Perú, Ollanta Humala.
El mandatario boliviano añadió que “las autoridades del pueblo chileno hicieron daños históricos” a su país.
El tratado de 1904 puso fin a la Guerra del Pacífico (1879-1884) y cedió a la soberanía chilena una franja del territorio de Bolivia que comunicaba con el Océano Pacífico.
El 15 de diciembre pasado, Morales anunció que planea viajar en febrero próximo a la Corte Internacional de Justicia de La Haya para buscar información que sustente su intención de demandar a Chile para alcanzar una salida soberana al océano Pacífico.
El gobernante también aseguró hoy que el proceso por límites marítimos que Perú le entabló a Chile en 2008 ante la Corte de La Haya no afectará las aspiraciones bolivianas.
“Perú y Bolivia no tienen ningún problema (…) El problema que tenemos es con Chile”, enfatizó.
Morales agradeció el apoyo que, según dijo, han dado Perú y otros países de la región a su demanda de una soberanía marítima y consideró que éste “no es solo un tema bilateral, es un tema regional”.
Antes de que Morales declarara sobre las relaciones de su país con Chile, Ollanta Humala señaló que Perú apoya la aspiración boliviana de lograr una salida al Pacífico.
“Hemos hablado también de nuestra posición de apoyo a la demanda legítima del pueblo hermano de Bolivia a su salida al mar”, manifestó Humala al referirse a los temas tratados durante su encuentro en el Cuzco.
El gobernante añadió que conversaron, además, sobre la necesidad de impulsar la aprobación en el Congreso peruano del protocolo que permitirá que Bolivia use una zona del puerto peruano de Ilo como muelle, zona de comercio e instalación de un anexo de su escuela naval.
“Hemos hablado también sobre el acuerdo de Ilo, que tenemos que impulsar en el Congreso para su ratificación”, acotó Humala.
Morales llegó al Cuzco con sus hijos para pasar las fiestas de Navidad y visitar lugares turísticos de la antigua capital del imperio de los Incas. EFE
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Muito imposto, pouco investimento, os males do Brasil sao...
Ah, as saúvas. Monteiro Lobato já dizia que ou o Brasil acaba com as saúvas, ou as saúvas acabam com o Brasil.
Hoje já se trabalha um pouco mais: a produtividade não é lá essas coisas, mas a preguiça diminuiu, pelo menos entre brasileiros normais. Não falem disso para os políticos, com sua semana de dois dias, que eles ficam bravos.
E as nossas saúvas atuais parecem todas concentradas no MEC, são as saúvas freireanas, aquelas pedagogas que acreditam nas bobagens do Paulo Freire e vivem para atrasar a educação brasileira.
Pois eu digo, ou o Brasil acaba com as pedagogas freireanas ou elas acabam com o Brasil. Não tem outra.
Olhando-se agora o quadro abaixo, pode-se dizer:
Ou o Brasil controla, contem, reduz o Estado, ou o Estado acaba com o Brasil.
Paulo Roberto de Almeida
PS: Sabem de quanto é o orçamento brasileiro para 2012? R$ 2.258.000.000,00 (isto mesmo: DOIS TRILHÕES E DUZENTOS E CINQUENTA E OITO BILHÕES DE REAIS).
Sabem quanto disso vai para investimentos? Eu também não sei, mas aposto que será uma fração mínima desse valor imenso.
Continuidade na continuidade: a politica externa de Dilma
Um ano após posse, Dilma mantém política externa de Lula
Manual de integracao para cobras e lagartos...
O Mercosul se arrasta
Editorial O Estado de S.Paulo, 22/12/2011
Confirmada em mais uma tediosa reunião de cúpula, a mediocridade continua sendo a grande marca do Mercosul, criado há 20 anos para promover a integração econômica de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai e promover sua inserção no mercado global. O resultado mais importante da última reunião de cúpula, em Montevidéu, foi a decisão de ampliar a barreira comercial em torno do bloco, desta vez com a justificativa de proteção contra a crise nas principais economias do mundo. Nenhum problema interno foi resolvido e o comércio entre os sócios continua tão emperrado por medidas protecionistas quanto antes. A reunião serviu também para a assinatura de um acordo de livre comércio com a Palestina, um gesto político de escassa repercussão internacional e sem o mínimo valor econômico para os quatro países do Mercosul.
A única medida comercial de algum significado foi o aumento da lista de exceções à Tarifa Externa Comum. Cada governo poderá elevar o imposto de importação de até 100 produtos. O aumento valerá para mercadorias originárias de fora do bloco e o limite será a tarifa consolidada na OMC. Para o Brasil, o teto é de 35%.
É preciso, disse a presidente Dilma Rousseff, conter a "avalanche de importações predatórias" e proteger a economia dos países do Mercosul de "práticas ilegais e fraudulentas".
Nem todo produto da tal "avalanche" entra nos mercados da região por meio de práticas ilegais. A presidente incorreu, portanto, em certa confusão conceitual, até porque há remédios específicos contra fraudes e outras irregularidades. Mas, tomada em conjunto, a ampliação da lista de exceções tem sentido como ação anticrise, até porque um dos principais parceiros da região, a China, tentará vender mais à América do Sul para compensar o estreitamento dos mercados do mundo rico.
Elevar tarifas é em princípio uma solução ruim. Se for usada por muitos participantes do mercado, o comércio será travado e todos perderão. Mas a medida é pelo menos compatível com as normas internacionais e menos passível de contestação do que o protecionismo do Plano Brasil Maior, criticado até pelo diretor-geral da OMC, Pascal Lamy.
O recurso exclusivo à ampliação de barreiras está longe de ser um fato isolado. Os governos do Mercosul têm-se mostrado incapazes de formular e de aplicar políticas destinadas a aumentar a produtividade geral de suas economias e do bloco. Empresas ou segmentos produtivos são eficientes, mas seu poder de competição é prejudicado por deficiências de infraestrutura, pelas condições de financiamento e por erros de política econômica. Além disso, a integração das cadeias produtivas, uma forma de ganhar eficiência, nunca saiu dos discursos para a prática.
Incapazes de criar um espaço econômico integrado, os governos do Mercosul têm fracassado também na criação de vínculos com países de outras áreas. Nenhum acordo de livre comércio com uma grande economia foi celebrado pelo bloco. O projeto de maior alcance, a criação da Alca, foi liquidado pela união ideológica do petismo e do kirchnerismo. As negociações com a União Europeia permanecem num atoleiro. Diferenças entre Brasil e Argentina foram obstáculos importantes à conclusão do acordo.Ocasionalmente, o governo uruguaio mostrou interesse em negociações mais ambiciosas, mas sem resultado. O acordo com a Palestina enquadra-se no padrão habitual, já que a preferência pelos vínculos Sul-Sul também é essencialmente política. Houve acordos com sul-americanos. Estes, mais pragmáticos, trataram também de se associar aos EUA, criando uma espécie de Alca sem o Mercosul. Pior para o Mercosul.
O ingresso da Venezuela de Hugo Chávez como sócio pleno tornará mais difícil adotar políticas pragmáticas de inserção global. Falta a aprovação do Congresso paraguaio, impedida por oposicionistas descritos por Chávez como "mãos peludas". Sem essas mãos, o Mercosul teria virado, há muito tempo, mais um palco para as bravatas bolivarianas. Seria o golpe final contra um belo projeto.
BRIClab University of Columbia - Marcos Troyjo
Diretor do BRICLab, Marcos Troyjo, conversa com o Imil sobre o centro inaugurado na Columbia University
O Itamaraty cresce, apesar de crise e do ajuste fiscal...
Comissão do Senado aprova criação de 1.293 cargos para Itamaraty
DE BRASÍLIA
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Os presidentes do Mercosul contra o Tratado de Assuncao: surrealista?
Brasil vitorioso no Mercosul: medidas "progressistas" para evitar a crise
E essa coisa de ficar barrando um país progressista como a Venezuela, obstaculizando seu ingresso no bloco vibrante e dinâmico, também é um abuso que precisa ser contornado, eliminado, contido: quem esses paraguaios estão pensando que são?
O Brasil quase que saiu inteiramente vitorioso na última cúpula do Mercosul: só falta dobrar os paraguaios e fazer com que eles aprovem rapidamente o ingresso da Venezuela. E depois o do Equador, e o da Bolívia e o de quem mais quiser: o Mercosul está aberto a todos e a todas. Basta querer.
O que? TEC? Para que essa coisa? Não precisa! Pode entrar sem TEC mesmo, aliás pode até mesmo entrar sem cumprir todos os requisitos da cláusula democrática, que como todos sabem, no Mercosul é muito mais exigente do que na OEA.
Viram conservadores? Recolham-se à sua insignificância...
Paulo Roberto de Almeida
Dilma defende medidas protecionistas no Mercosul para barrar entrada de importados Texto publicado em 21 de Dezembro de 2011 - |
Fonte: Agência Brasil Montevidéu - A presidenta Dilma Rousseff manifestou, nesta terca-feira (20), preocupação com a crise econômica internacional e as "propostas conservadoras" para solucioná-la. Em discurso no encerramento da reunião dos presidentes dos quatro países membros do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), ela defendeu a criação de mecanismos para proteger a economia da região, diante da perspectiva de recessão global, que deve levar à escassez de credito nos mercados externos e à fuga de capitais. Segundo a presidenta, a solução é adotar mecanismos de defesa comercial, para impedir a invasão de produtos de terceiros paises que buscam novos mercados, como o Mercosul. Ela também defendeu uma maior integração regional e mencionou a importância da entrada da Venezuela no bloco regional. "Incorporemos ao Mercosul mais países do porte e da relevância da Venezuela. Este processo é inadiável e não deve ser obstaculizado por interesses menores", disse Dilma. A adesão da Venezuela ao Mercosul foi aprovada pelos presidentes do bloco regional em 2006, mas precisa ser ratificada por todos os parlamentos. Os congressos do Brasil, da Argentina e do Uruguai ja votaram a favor da entrada da Venezuela. Mas a maioria do Senado paraguaio, de oposição ao presidente Fernando Lugo, votou contra. Esse foi um dos temas discutido em um encontro fechado dos presidentes, que durou mais de quatro horas. Foi a reunião mais longa de presidentes em toda a história do Mercosul. |
O trem de Paris à Moscou - Silvio dos Santos
O trem de Paris à Moscou |
por Sílvio dos Santos * |
Na última quinta-feira, dia 15 de dezembro de 2011, chegou à Moscou o trem de passageiros que saiu de Paris, retomando uma ligação ferroviária tradicional que estava desativada há tempos, devido a problemas políticos. A composição operada por russos e franceses, percorreu os 3.177 km, entre as 2 capitais em 37 horas, diminuindo em 20 horas o tempo que anteriormente era de 57 horas. Trata-se de um trem padrão com velocidades menores que o TGV (ver artigo sobre o trem de alta velocidade), e utilizou a rota via Berlin na Alemanha. A tarifa para a 2ª classe é de 135 euros. A chegada em Moscou contou com bailarinas do Can-Can que viajaram a bordo do 1º trem para celebrar o reiniciou da ligação ferroviária. Os russos, tradicionais freqüentadores da Riviera francesa desde os tempos dos czares, retomaram a ligação Moscou-Nice há 3 anos. A procura por Nice durante o inverno é grande devido o clima ameno da costa mediterrânea e se constituí numa alternativa para fugir do rigoroso frio siberiano. Trem Paris-Moscou chega com dançarinas do Can-Can a bordo |