terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Universidades brasileiros: caminhos para a mediocridade

Existem, é claro, diversos caminhos pelos quais se pode contribuir, mais ou menos rapidamente, para o "afundamento" da universidade brasileira. Um deles é o de permitir sua perda total de credibilidade científica, com bancas montadas ad hoc para dar um título a quem não preenche requisitos mínimos de trabalho científico...
Paulo Roberto de Almeida

Unicamp, que doutorou Mercadante, ocupa um sofrível 248o. lugar no ranking mundial da qualidade.

O que uma coisa tem a ver com a outra? Muito. Uma universidade de um país que dá um doutorado em cima da perna para um político sem que ele tenha cumprido, na sua tese, os mínimos requisitos exigidos de uma pesquisa científica, só porque ele foi escolhido Ministro da Ciência e Tecnologia, não pode ocupar outro lugar que não seja este. Mostra um país corrupto até mesmo na produção de conhecimento. Mostra uma  academia apodrecida e venal, mais preocupada em sugar recursos públicos do que produzir resultados. E não foi por falta de dinheiro que a Unicamp não obteve uma colocação melhor no Times Higher Education, o THE da Times: recebeu R$ 248 milhões apenas para fazer pesquisa, contra R$ 300 milhões de Stanforfd, nos Estados Unidos, que ficou em sérimo lugar no conceituado ranking. 
(Coturno Noturno, 21.12.2010)

Um comentário:

  1. Caro Ministro Paulo, o famoso "jeitinho brasileiro" ainda vai destruir este país. Veja a "última" da universidade brasileira (entre aspas, pois sabemos que não será).

    http://www1.folha.uol.com.br/saber/848882-docentes-da-unifesp-sao-acusados-de-burlar-exclusividade.shtml

    Docentes da Unifesp são acusados de burlar exclusividade.
    Vinte docentes da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) foram acusados pelo Ministério Público Federal de improbidade, enriquecimento ilícito, dilapidação de patrimônio público e atentado aos princípios da administração pública.

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