A propósito deste meu post:
recebi este comentário de um estudante angustiado:
[xxxx] deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Mon sejour en France (1): preparando o terreno (ec...":
Poderia iniciar uma série intitulada "O surrealismo da burocracia". O pobre estudante de doutorado e trabalhador que vos escreve ja perdeu em um ano na França, muito, mas muito tempo fotocopiando documentos, attestations, montando dossiers, etc, etc...
Comento (PRA):
Nem diga, meu caro. Eu ainda nem tirei o meu "visa scientifique", pois os franceses exigem tantos papéis -- alguns que eles mesmos precisam fornecer -- que eu ainda não consegui juntar todos para carimbar o passaporte. Tudo isso teoricamente por apenas 4 meses.
Mas, quando se fala de burocracias indestrutíveis como a francesa é assim mesmo. Por isso, mesmo agradecendo aos franceses a deferência, não deixarei de alertá-los que eles caminham para a decadência -- como o Brasil, aliás -- ao construir um Estado impossível, exigente, fiscalizador, benemérito, generosa, caro, difícil, exigente, todo poderoso, amado, temido, odiado, cobrado, enfim, presente do berço à cova, e por isso mesmo deixando pouco espaço para a liberdade dos cidadãos.
Por isso mesmo, a França caminha para a decadência, e isso não deixarei de comentar com meus alunos franceses ou latinos, ou quaisquer outros interlocutores: liberdade econômica é sempre bom, e produtiva, como já me permiti registrar neste post, que serve muito bem como alerta aos franceses e gauleses em geral (entre eles, os brasileiros, que seguem o mesmo caminho).
A França não faz parte do quadro, mas nem precisa: ela fica entre os países "médios" entre os avançados, e vai recuando cada vez mais. Comparada com a burocracia dos velhos mandarins, a da China, a dos novos mandarins é muito mais eficiente e dinâmica:
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