Um post, certamente maldoso, sobre nossa soberania econômica, autonomia energética, independência nacional, políticas ativas (e altivas), enfim, sobre todos esses conceitos grandiloquentes que costumam saltar facilmente da boca dos companheiros.
Existem muito mais erros de política econômica no caso da matrix energética, dos biocombustíveis e próprio petróleo, mas não sou especialista no assunto (tampouco o são os que formularam políticas com base no voluntarismo e nos preconceitos de quem nunca estudou economia de verdade, ou de quem se recusa a ver a realidade).
Da coluna de Augusto Nunes.
Paulo Roberto de Almeida
Com o título Lembranças da OPEP, o jornalista Carlos Brickmann, sempre brilhante, publicou em sua coluna a seguinte nota:
Lembra quando o Brasil se tornou autossuficiente em petróleo, ia mudar a matriz energética do mundo com o álcool, teria todos os problemas resolvidos com o pré-sal? Bom, o álcool está aí, mas o Brasil o importa dos EUA (aquele álcool que era antieconômico, lembra?)
Quanto à autossuficiência em petróleo, o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, informa que vamos importar 80 mil barris diários de gasolina. Traduzindo os números: de 1969 a 2009 não precisamos importar gasolina. Em 2009 voltamos a importar, nove mil barris por dia. Em três anos, a importação se multiplicou quase por dez.
Volto para a constatação: conjugados, o excesso de idiotia e a falta de memória garantem a mansidão bovina de milhões de brasileiros. A manada se contenta com pouco, acredita em tudo e não cobra nada.
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