quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Ipea: a caminho da normalizacao?

Recebi, a propósito deste meu post de mais de dois meses atrás,

sábado, 23 de junho de 2012

Ipea: uma triste historia a caminho da decadencia institucional

este comentário, que me cabe destacar, proveniente de um texto de Joel Pinheiro da Fonseca, que pode ser encontrado neste link: http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1395:

(...) novo comentário sobre a sua postagem "Ipea: uma triste historia a caminho da decadencia ...":

-- Setor público mais produtivo do que o setor privado? --
"Não é de hoje que o Ipea goza de pouca credibilidade. Embora ainda haja gente séria dentro dele, há anos que sua especialidade deixou de ser medir a realidade ou fazer previsões. (...) Pesquisadores e cientistas igualmente sérios podem ter visões divergentes de como conduzir a ciência. O Ipea dos últimos anos, por outro lado, abandonou a seriedade científica e tem se dedicado cada vez mais a fazer propaganda vulgar do mais puro estatismo. Tudo com dinheiro de impostos, claro. De um estudo como o aqui analisado, não cabe divergir; cabe desmontar e acusar o embuste. (...) É notório que os gastos com esse questionável instituto, que saem do nosso bolso, não param de subir, chegando a mais de R$ 300 milhões anuais. Para que tanta verba? Acho que agora, finalmente, entendemos o motivo: pela definição do próprio Ipea, gastar mais dinheiro já é, por si só, aumento de produtividade. Todos os que prezam a ciência econômica podem apenas torcer para que a chegada do novo presidente, Marcelo Neri, mude os rumos da instituição."


O trecho acima finaliza uma avaliação crítica sobre o desastroso "estudo" do Ipea, publicado como documento de trabalho, sobre a suposta produtividade excepcional do setor público, bem superior ao do setor privado e excepcionalmente elevado nos estados que tiveram custos ampliados e pessoal contratado, comparativamente aos estados que fizeram reformas administrativas e de fato aumentaram a produtividade.
Nada mais desastroso do que isso poderia ocorrer em 50 anos de história do Ipea. Esperamos que seus autores se penitenciem três vezes pelo monumental equívoco deliberado, alias de total desonestidade acadêmica (mas acho que não se poderia esperar nada melhor do ex-presidente).
Só me resta desejar que o novo presidente tenha uma gestão profícua, que ele consiga restaurar a antiga credibilidade perdida do Ipea, destacando apenas o mérito e a seriedade acadêmica, que devem prevalecer sobre quaisquer outros critérios políticos em vigor nestepaiz desde alguns anos.
Paulo Roberto de Almeida
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Notícia do site do Ipea:
27/08/2012 17:02
Marcelo Neri é nomeado presidente do Ipea
Economista-chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV, ele tomará posse nos próximos dias A ministra de Estado chefe da Casa Civil da Presidência da República, Gleisi Hoffmann, nomeou o economista Marcelo Cortes Neri para exercer o cargo de presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O ato foi publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 27, e consta da Portaria nº 694 da Casa Civil.
Neri já trabalhou no Ipea durante cinco anos, primeiro como pesquisador associado e depois como técnico de Planejamento e Pesquisa concursado. Seus estudos concentram-se especialmente em políticas sociais, microeconometria e educação. Atualmente exerce o cargo de economista-chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas.
Bacharel e mestre em economia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, PhD em economia pela Universidade de Princeton (Estados Unidos), o presidente nomeado é autor dos livros Microcrédito: o Mistério do Nordeste e o Grameen Brasileiro; Cobertura Previdenciária: Diagnóstico e Propostas; Ensaios Sociais; Diversidade; Inflação e Consumo e A Nova Classe Média. Neri tomará posse nos próximos dias e substituirá a presidenta interina do Ipea Vanessa Petrelli Corrêa.

Um comentário:

  1. Eduardo Rodrigues, Rio30/08/2012, 23:32

    Prezado Paulo, permita-me fazer um esclarecimento a respeito da postagem acima. Eu apenas postei o comentário mas não escrevi o seu teor, o qual é um trecho de um texto de Joel Pinheiro da Fonseca. Ademais, o estudo ao qual ele se refere está no link abaixo. Obrigado.

    http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1395

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