O pessoalzinho começa a engrossar o coro que se sabe: vão cristianizar a dita cuja antes mesmo da campanha.
Paulo Roberto de Almeida
Folha de S.Paulo, 5/04/2014
A pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (5) pelo site do jornal "Folha de S.Paulo" indica que a presidente Dilma Rousseff (PT) teria 38% das intenções de voto e venceria no primeiro turno caso a eleição fosse hoje e ela tivesse como adversários o senador Aécio Neves (PSDB), o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), e incluísse partidos menores.
Nesse cenário, Aécio teria 16% das intenções de voto, e Campos, 10%. Votos em branco ou nulos seriam a opção de 20%. O outros 9% responderam que não saberiam em quem votar.
O Datafolha entrevistou 2.637 pessoas em 162 municípios na quarta (2) e quinta (3), com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Em relação à pesquisa feita em fevereiro e comparando o mesmo cenário, a intenção de votos em Dilma caiu de 44% para 38%. Aécio manteve os mesmos 16% de intenções de voto e Campos tinha 9%.
Cenários
De acordo com a pesquisa Datafolha, em cinco cenários, a única candidata que poderia levar as eleições para presidente para um eventual segundo turno seria Marina da Silva, com 27% das intenções de voto - o que representa uma elevação de 4% em relação ao levantamento de fevereiro deste ano. Neste caso, Dilma teria 39% das intenções de voto, e Aécio, 16%.
De acordo com a pesquisa Datafolha, em cinco cenários, a única candidata que poderia levar as eleições para presidente para um eventual segundo turno seria Marina da Silva, com 27% das intenções de voto - o que representa uma elevação de 4% em relação ao levantamento de fevereiro deste ano. Neste caso, Dilma teria 39% das intenções de voto, e Aécio, 16%.
Sem os partidos menores, Dilma teria 43% das intenções de voto, Aécio, 18%, e Campos, 14%.
Caso Lula fosse o candidato do PT na disputa para a presidência, ele teria 52% das intenções de voto. Aécio teria 16%, e Campos, 11%.
No cenário com Lula, Marina e Aécio, o candidato do PT teria 48% das intenções de voto, Marina 23%, e Aécio, 14%.
Segundo o levantamento do Datafolha, a queda na aprovação da presidente Dilma Rousseff em relação à última pesquisa está relacionada com a deterioração das expectativas de inflação, com o emprego e com o poder de compra da população. Ao mesmo tempo, a pesquisa também mostra que, hoje, para 63% dos entrevistados, a presidente faz menos pelo país do que eles esperavam - contra 34% há pouco mais de um ano atrás.
Cenário A (com os partidos menores)
- Dilma: 38%
- Aécio: 16%
- Campos: 10%
- Brancos/nulos: 20%
- Não sabe: 9%
- Dilma: 38%
- Aécio: 16%
- Campos: 10%
- Brancos/nulos: 20%
- Não sabe: 9%
Cenário B (sem os partidos menores)
- Dilma: 43%
- Aécio: 18%
- Campos: 14%
- Brancos/nulos: 19%
- Não sabe: 6%
- Dilma: 43%
- Aécio: 18%
- Campos: 14%
- Brancos/nulos: 19%
- Não sabe: 6%
Cenário C
- Dilma: 39%
- Marina: 27%
- Aécio: 16%
- Brancos/nulos: 13%
- Não sabe: 6%
- Dilma: 39%
- Marina: 27%
- Aécio: 16%
- Brancos/nulos: 13%
- Não sabe: 6%
Cenário D
- Lula: 52%
- Aécio: 16%
- Campos: 11%
- Brancos/nulos: 16%
- Não sabe: 5%
- Lula: 52%
- Aécio: 16%
- Campos: 11%
- Brancos/nulos: 16%
- Não sabe: 5%
Cenário E
- Lula: 48%
- Marina: 23%
- Aécio: 14%
- Brancos/nulos: 11%
- Não sabe: 4%
- Lula: 48%
- Marina: 23%
- Aécio: 14%
- Brancos/nulos: 11%
- Não sabe: 4%
O Globo, 5/04/2014
A queda tanto na aprovação do governo Dilma como na corrida presidencial na pesquisa Datafolha, publicada neste sábado, acendeu sinal amarelo na cúpula do PT. Para dirigentes do partido ouvidos agora pelo Blog foi confirmado o pior cenário para a presidente Dilma com a percepção negativa do quadro econômico e a expectativa de que a inflação vai aumentar.
A constatação interna é de que a perda de seis pontos na corrida presidencial vai criar um ambiente interno pelo “Volta, Lula”. O Palácio do Planalto também teme o movimento no PT pela substituição de Dilma pelo ex-presidente nas eleições de outubro, já que Lula aparece com desempenho bem superior ao da presidente. A avalição no núcleo palaciano é que esse é o maior obstáculo de Dilma.
Ontem, em São Paulo, Dilma e Lula se encontraram por três horas para tentar acertar os ponteiros. Para um dirigente petista, a maior dificuldade hoje “é a própria capacidade da presidente Dilma em reagir ao cenário político adverso, já que até o momento os seus principais adversários, Aécio Neves, do PSDB, e Eduardo Campos, do PSB, não conseguiram melhorar seus respectivos desempenhos na pesquisa Datafolha”.
Apesar desse levantamento (publicado hoje) não ter aferido o efeito do escândalo envolvendo irregularidades na Petrobras, a percepção no PT é que o noticiário negativo das últimas semanas influenciou na avaliação do governo Dilma.
Entre os números do Datafolha, causou forte preocupação na cúpula do PT avaliação negativa de 31% na região Sudeste. Também preocupou o índice de 25% de ruim e péssimo em todo país. Na pesquisa Datafolha, a queda na aprovação do governo Dilma foi de cinco pontos, de 41% para 36% de ótimo e bom em todo o país.
A constatação interna é de que a perda de seis pontos na corrida presidencial vai criar um ambiente interno pelo “Volta, Lula”. O Palácio do Planalto também teme o movimento no PT pela substituição de Dilma pelo ex-presidente nas eleições de outubro, já que Lula aparece com desempenho bem superior ao da presidente. A avalição no núcleo palaciano é que esse é o maior obstáculo de Dilma.
Ontem, em São Paulo, Dilma e Lula se encontraram por três horas para tentar acertar os ponteiros. Para um dirigente petista, a maior dificuldade hoje “é a própria capacidade da presidente Dilma em reagir ao cenário político adverso, já que até o momento os seus principais adversários, Aécio Neves, do PSDB, e Eduardo Campos, do PSB, não conseguiram melhorar seus respectivos desempenhos na pesquisa Datafolha”.
Apesar desse levantamento (publicado hoje) não ter aferido o efeito do escândalo envolvendo irregularidades na Petrobras, a percepção no PT é que o noticiário negativo das últimas semanas influenciou na avaliação do governo Dilma.
Entre os números do Datafolha, causou forte preocupação na cúpula do PT avaliação negativa de 31% na região Sudeste. Também preocupou o índice de 25% de ruim e péssimo em todo país. Na pesquisa Datafolha, a queda na aprovação do governo Dilma foi de cinco pontos, de 41% para 36% de ótimo e bom em todo o país.
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