Muito provavelmente, assistiremos nos próximos dias ao default e consequente exclusão da Grécia da Zona do Euro. Isso, naturalmente, terá consequências drásticas para os mercados globais em geral... "Os 19 países da Zona do Euro precisam fazer tudo o que podem para evitar que a Grécia deixe de pagar suas dívidas e abandone a união monetária", afirmou, em tom de desespero, o ministro das Finanças de Luxemburgo, Pierre Gramegna. Abaixo, você pode conferir o calendário de vencimentos de dívida do país europeu... |
Eles têm de honrar obrigações de € 22,5 bilhões com seus credores este ano, mas aguardam, desesperadamente, um socorro de € 7,2 bilhões que simplesmente não vem. O recebimento desse socorro, ainda que insuficiente, está condicionado à realização de reformas econômicas que não aconteceram e geraram grande atrito entre o governo grego e a Troika, grupo de resgate da União Europeia. |
A Grécia ficou sem fundos em 9 de abril, segundo o ministro do interior Nikos Voutsis, e já avisou seus credores que terá de escolher entre honrar os seus compromissos de dívida OU pagar salários de servidores e pensões. Abaixo o gráfico evidenciando a disparada dos juros de títulos de 3 anos da Grécia, para o patamar sem precedentes de 27%: |
"Let's face reality. Greece is bankrupt", afirmou o megainvestidor suíço Mark Faber na semana passada. Medida desesperada Ontem, o governo grego emitiu um decreto obrigando governos locais a transferirem todo seu caixa para o Banco Central. "Órgãos do governo são obrigados a depositar as suas reservas de caixa e transferir seus fundos de depósito a prazo às contas no Banco da Grécia". Segundo o comunicado, a "norma é devida a necessidades extremamente urgentes e imprevistas". Prepararam o terreno para a tragédia anunciada. Infelizmente, o impacto da crise grega sobre os mercados mundiais foi potencializado pelo nível artificial de preços dos ativos de risco, com Bolsas externas em níveis recordes alimentadas pela injeção de estímulos sem precedentes e impressão de dinheiro dos Bancos Centrais. Neste ponto, o colapso grego é iminente e o risco de contágio e impactos sobre os fluxos de capitais NÃO condizem com o patamar dos ativos de risco, o que torna as economias e os mercados ainda mais sensíveis ao efeito do que está por vir. E, para a gente, este é apenas o primeiro estágio de um algo muito maior... Felipe Miranda Empiricus Research |
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