Um caso de daltonismo político:
Paulo Roberto de Almeida
A extrema-direita brasileira recebe com elogios e entusiasmo a suposta defesa das liberdades - econômica e de expressão - feitas pelo trio Trump-Vance-Musk, como se eles figurassem no panteão de um novo Iluminismo.
Elude o brutal ataque que eles fazem às instituições que moldaram, desde Bretton Woods e San Francisco, o regime liberal que permitiu o crescimento do bem-estar e o aumento de renda pela economia de mercado dos países os mais diversos, com destaque para aqueles saídos do socialismo e que transitaram para regimes de maiores liberdades econômicas e políticas, sobretudos os da Europa central e oriental (quase todos atualmente na OCDE, na UE e na OTAN), sem esquecer as duas grandes autocracias, Rússia e China, que também abandonaram o totalitarismo e os monopólios estatais e migraram para sistemas de mercado.
A extrema-direita brasileira deve ser miope, ao saudar os novos autoritários.
Paulo Roberto Almeida
Nenhum comentário:
Postar um comentário