quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Hayek e Keynes de volta ao palco: o debate continua (hasta la muerte?)...

Para quem gostou do primeiro video, Fear the Boom and Bust, visto por mais de um milhão de curiosos, e traduzido em dez línguas, aqui está a continuidade do debate mais relevante da atualidade:

Hayek vs. Keynes Sequel Sneak Peak at The Economist Buttonwood Gathering



Dentro em pouco, algum abnegado vai colocar legenda (!!), subtítulos, em Português...

Agregado em 30 de abril de 2011"

Saiu o segundo combate entre Keynes e Hayek. Recomendo.
No site econstories.tv

Secao: O seu, o meu, o nosso dinheiro...

Começou mais cedo do que se imaginava o esporte preferido de todo político brasileiro: arrancar dinheiro do seu bolso, caro leitor, e do caixa das empresas, para colocar no poço sem fundo do governo, sob alegação das boas causas e bons propósitos.
Alguém realmente acredita que o dinheiro da CPMF, se reintroduzida, vai efetivamente melhorar a saúde pública??? A alegação já era essa, em 1993, quando ela foi introduzida pela primeira vez (e se prolongou desde então, até ser politicamente interrompida, não pelas boas razões, pelo Senado).
Paulo Roberto de Almeida

Governador do PSB já mobiliza colegas para recriar a CPMF, o imposto do cheque

Realmente difícil crer que nem bem o governo Dilma Rousseff assumiu e já exista governador aliado querendo elevar a carga tributária. É o caso do governador reeleito do Piauí, Wilson Martins (PSB), que está mobilizando os governadores para recriar a CPMF. O discurso é o mesmo surrado de sempre: colocar mais dinheiro na saúde.

O problema da saúde no Brasil é de gestão e honestidade. O resto é conversa fiada para aumentar o poder dos maus gestores de fazer proselitismo com dinheiro da sociedade.

Wilson viaja nesta quarta a Brasília e terá reuniões em alguns ministérios, com o presidente Lula e com a presidente eleita Dilma Rousseff.

Wilson Martins está mobilizando os governadores do seu partido: de Pernambuco (Eduardo Campos), Ceará (Cid Gomes), Espírito Santo (Renato Casagrande), Paraíba (Ricardo Coutinho), Amapá (Camilo Capiberibe), e o petista baiano Jaques Wagner pela aprovação e regulamentação da Emenda Constitucional 29, que destina recursos do Orçamento especificamente para a saúde. E para lutar pela reedição da CPMF com verbas também voltadas para este setor.

Dois, alias tres primeiros testes para a presidenta: Cuba, Iran e China

Bem, vamos ver como se responderá a essas demandas contraditórias, uma pela abertura e democracia, outra pelo apoio nas suas virtudes, digamos, autoritárias, de não querer sequer discutir política cambial no G20. Bem, se o G20 não serve para isso, serve para quê, então: para tomar chá?
Duas correções de imediato a este despacho do correspondente do Estadão em Genebra:
1) Chamar ativistas pela democracia e pelos direitos humanos de "dissidentes" é um equívoco e uma indignidade, como se o Estado tivesse razão e os ativistas estivessem errados em fazer e demandar o que fazem e pedem. Se Cuba assinou protocolos em defesa dos direitos humanos, a começar pela Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948, então é o Estado cubano que é dissidente, não o ativista. É o Estado que atua ilegalmente, de maneira criminosa e celerada.
2) Um erro monumental incorreu aqui o jornalista: "A [última] viagem [de Lula a Cuba], porém, ficou marcada pela morte do dissidente, Orlando Zapata. Lula preferiu não comentar a situação durante sua visita."
Não é verdade isso; Lula comentou, sim, e para horror nosso e de todos os que defendem os direitos humanos, criticou o uso da greve de fome como instrumento político, quando ele mesmo usou dessa "arma" no passado (embora burlada por ele mesmo, como já confessou, sem qualquer dignidade). Ele não só comentou, como criticou o prisioneiro, que se "deixou morrer", por certo por culpa dele mesmo. E comparou a situação dos prisioneiros de consciência em Cuba, na verdade condenados políticos, em total abuso da própria legislação cubana, a prisioneiros de direito comum, criminosos e assassinos da pior espécie. Uma ofensa indigna de alguém que preza mais a ditadura cubana que os direitos humanos.
Paulo Roberto de Almeida
Addendum: Em tempo: nossos amigos iranianos não poderiam ficar de fora, claro, dessa deixa. Já que o presidente "sainte" tinha um carinho especial por Ahmadinejad, quem sabe sua sucessora não poderá manter essas excelentes relações "anti-imperialistas"?

Dissidentes cubanos lançam apelo à Dilma

Jamil Chade, correspondente em Genebra
O Estado de S.Paulo, 2 de novembro de 2010

Objetivo é pressionar para que questão dos direitos humanos entre na agenda diplomática

 GENEBRA - Dissidentes cubanos pedem que a presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff, modifique a forma pela qual o governo brasileiro tem lidado com o regime de Raul Castro e pressionam para que a questão dos direitos humanos entre na agenda entre Brasília e Havana.
"Não queremos nada de extraordinário. Apenas que a nova presidente do Brasil defenda ao povo cubano as mesmas liberdade que ela defenderia para sua própria população", afirmou Dagoberto Valdés, um dos dissidentes ainda mantido em liberdade em Cuba.
O dissidente é um dos responsáveis pelo movimento Convivência e foi em nome do grupo que fez a declaração à Dilma. Sem liberdade para publicar seu comunicado em Havana, o dissidente foi obrigado a usar "contatos" que tem na Espanha para tornar pública sua declaração.
"Em Cuba, a liberdade é um ingrediente raro", disse o dissidente ao Estado por telefone. "Felicitamos a nova presidente por sua eleição e queremos que o Brasil continue a manter sua relação com Havana. Mas insisto que temos esperanças de que suas relações com Cuba trabalhem pelos mesmos direitos que ela (Dilma) quer para os brasileiros", afirmou.
Durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil se transformou no segundo maior parceiro econômico e comercial de Cuba no Hemisfério Ocidental, superado apenas pela Venezuela. Entre 2003 e 2009, o comércio bilateral triplicou, chegando a quase US$ 600 milhões no ano passado.
Em sua última visita à ilha, Lula assinou dez acordos de cooperação e prometeu investimentos de US$ 300 milhões na ampliação do Porto de Mariel. A viagem, porém, ficou marcada pela morte do dissidente, Orlando Zapata. Lula preferiu não comentar a situação durante sua visita.
Na segunda-feira, o governo cubano havia já feito declarações de apoio à Dilma. "As relações com o Brasil são muito boas, tanto no aspecto político como econômico. Esperamos que essas relações continuem a se desenvolver com a presidente Dilma", afirmou o ministro de Comércio Exterior, Rodrigo Malmierca, que lembrou a presença do "capital brasileiro" na ilha.
Excluída
Nos últimos meses, Cuba tentou dar sinais de que poderia estar aceitando uma revisão de sua repressão e negociou com o Vaticano e com a Espanha a liberação de presos políticos. Mas, na ONU, as suspeitas em relação à Cuba são cada vez maiores. Em seu novo índice de desenvolvimento humano, a ONU optou neste ano por simplesmente excluir Cuba do ranking. O motivo: não tinha como confirmar se os dados enviados pelo governo de Havana sobre saúde, educação e outros índices sociais tinham alguma relação com a realidade.

=========

Dilma fortalece bloco antiamericano, diz Irã

Jamil Chade
O Estado de S.Paulo, 2 de novembro de 2010

País vê vitória da petista como ‘vistoso progresso’ nos laços de amizade e afirma que América Latina entrou em corrente de oposição aos EUA

GENEBRA - O Irã comemorou a vitória de Dilma Rousseff nas eleições no Brasil e destacou que o resultado "fortalece o bloco antiamericano". Ontem, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, deixou claro sua satisfação com a vitória da sucessora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na esperança de que sua política externa siga os mesmos passos da diplomacia do governo que terminará no final de dezembro.
Na ONU, países africanos e algumas das ditaduras mais criticadas do mundo também não disfarçaram a satisfação com o resultado das eleições.
Acusado de manter um sistema perverso de violações aos direitos das mulheres e de ainda manter leis como a do apedrejamento de adúlteras, Ahmadinejad fez questão de elogiar o fato de o Brasil ter escolhido sua primeira mulher presidente. Segundo o líder, isso vai impulsionar o "vistoso progresso" nos laços entre os dois países. Lula chegou a intervir no caso de uma iraniana condenada à pena de morte, sob a acusação de adultério.
"As relações entre Irã e Brasil se desenvolveram nos últimos anos e estou convencido de que sob vossa presidência estas relações continuarão se aprofundando", afirma Ahmadinejad em mensagem enviada a Dilma. "A relação entre o Irã e o Brasil continuará e será consolidada sob a liderança de Dilma", disse Ahmadinejad à agência de notícias estatal Irna.
Nos últimos anos, o governo Lula fez questão de se opor às sanções impostas contra o Irã e tentou intermediar um acordo para solucionar a questão nuclear em Teerã. O processo fracassou e a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, chegou a alertar o Brasil de que estava sendo usado por Ahmadinejad.
Uma nova negociação começa a ser organizada. Mas Teerã insiste que o Brasil deve fazer parte do processo. A Casa Branca não vê isso com bons olhos. "A cooperação entre a República Islâmica do Irã e o Brasil foi muito boa sob a presidência de Lula e trouxe benefícios apreciáveis a nível bilateral, regional e internacional", destacou Ahmadinejad.
O presidente da Comissão de Segurança Nacional e Relações Exteriores do Parlamento Iraniano, Alaedin Boroujerdi, foi além. "A vitória de Dilma Rousseff é uma boa notícia para o Iraque [SIC!; deve ter sido engano do debiloide do tradutor], já que fortalece o bloco antiamericano", disse. "A América Latina entrou em uma corrente de oposição aos Estados Unidos", afirmou à agência Irna. "O mundo será testemunha, em breve, de uma ampliação e expansão das relações entre o Irã e os estados da América Latina", disse.
Nos últimos anos, o governo brasileiro tem ampliado sua estratégia de impedir que países sejam isolados da comunidade internacional por conta de acusações de violações de direitos humanos.
Na ONU, delegações de países africanos e de outros em desenvolvimento não escondem o alívio com a vitória de Dilma. "A África está aberta a investimentos de todo o mundo. Mas a realidade é que o Brasil entende melhor como funciona nossa cultura, nossas realidades", afirmou ao Estado a ministra de Justiça da Libéria, Christiana Tah.
=========

Governo chinês espera que ‘parceria estratégica’ com o Brasil continue no governo Dilma

Cláudia Trevisan, correspondente do Estadão em Pequim
02.novembro.2010 14:19:52


O governo chinês afirmou ontem esperar que a “parceria estratégica” com o Brasil continue a se desenvolver sob o governo de Dilma Rousseff, a quem o presidente Hu Jintao cumprimentou pela eleição de domingo. “Atualmente, as relações sino-brasileiras mantêm uma boa dinâmica”, declarou ontem o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hong Lei, em briefing regular com a imprensa em Pequim. O cumprimento de Hu Jintao foi transmitido a Dilma por meio da embaixada chinesa em Brasília.
A China se transformou neste ano no principal parceiro comercial do Brasil, à frente dos Estados Unidos, e caminha para se tornar um dos principais investidores estrangeiros no país. Mas o maior peso econômico é acompanhado da preocupação de parte da indústria nacional, que vê no câmbio desvalorizado da China uma vantagem desleal na competição por mercados dentro e fora do Brasil.
A questão cambial ganhou peso adicional com a recente desvalorização do dólar, ao qual a moeda chinesa está atrelada. Depois de dois anos de “congelamento”, Pequim voltou a permitir a apreciação do yuan em junho, mas desde então o ganho foi inferior a 3%. Muitos economistas sustentam que seria necessária uma valorização de pelo menos 20% para levar a moeda chinesa ao patamar que deveria alcançar caso seu valor fosse definido por forças de mercado e não pela intervenção do banco central.
Dilma assumirá a Presidência em um momento de fortalecimento institucional da relação entre os dois países, que passou a ser moldada pelo Plano de Ação Conjunto assinado pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hu Jintao em abril.
O documento traça as metas e princípios que vão reger a relação bilateral pelo período de 2010 a 2014. Entre os itens do programa está a necessidade de diversificação das exportações do Brasil para a China, formadas hoje principalmente por produtos primários – 80% das vendas são de soja, minério de ferro e petróleo. Porém não está claro no plano como esse objetivo poderá ser alcançado.

Delirios cambiais e as indefinicoes de sempre: o "primeiro" debate economico da era Dilma

Ainda ouviremos falar muito na tal de "guerra cambial" -- muito mais exercida, aliás, pelos EUA, com sua política de desvalorização controlada, do que pela China, com sua política de estabilidade na paridade com o dólar, mas moderadamente deslizante -- e dessas "manipulações" -- aqui a referência indireta é claramente a China, mas os dirigentes brasileiros têm medo de pronunciar o nome do país -- e ouviremos ainda mais reclamações desses empresários, mal acostumados durante muito tempo com a política de desvalorizações constantes, automáticas, que empobrecia o povo mas encobria todas as suas ineficiiencias competitivas.
Se o governo, ou suas mais altas autoridades quiserem mesmo cuidar da "defasagem" cambial, eles não precisam nem controlar os fluxos de capitais, nem passar a "manipular" o câmbio, o que eles não farão pois não têm NENHUMA política alternativa para colocar no lugar do câmbio flutuante. Se ele é flutuante, ele deve subir ou baixar, em função dos demais dados do cenário interno, entre eles o nível da taxa de juros.
Se o governo quiser mesmo combater o câmbio alto, só tem uma solução: controlar as despesas públicas, diminuir o nível de financiamento que o Estado "obtém" da sociedade -- e ele só consegue o dinheiro prometendo juros altos, justamente -- e entrar num regime de emagrecimento fiscal.
Qualquer outra solução "milagre" seria bobagem e de curto efeito, como esse aumento no IOF, que não serviu para absolutamente nada.
Acho que continuaremos ouvindo bobagens pelo futuro próximo...
Paulo Roberto de Almeida

Dilma e as batatadas sobre o câmbio no Jornal Nacional
Reinaldo Azevedo, 3.11.2010

O Jornal Nacional acaba de reapresentar, agora acompanhada da repercussão, a declaração de ontem de Dilma Rousseff sobre o câmbio, a saber:

Eu tenho um compromisso forte com a questão dos pilares da estabilidade macroeconômica, um câmbio flutuante. E nós temos hoje uma quantidade de reservas que permite que a gente inclusive se proteja em relação a qualquer tipo de guerra ou de manipulação internacional.

Bem, vamos ver. Não sou economista, claro!  Mas sou economista o bastante para tratar das bobagens múltiplas contidas em trecho tão curto;

1 - O nível de reservas do Brasil nada tem a ver com câmbio flutuante. Um país pode ter reservas altas ou baixas com câmbio flutuante ou fixo. Existe no máximo uma correlação entre elas porque, bem, nos dois casos, estamos falando sobre dólares.

2 - Segundo a presidente eleita, as reservas brasileiras nos protegem de ataques especulativos? É mesmo? Assim seria se o ataque se desse na forma de fuga de dólares. Só que o movimento, hoje, é contrário: o que se tem e uma entrada excessiva: com os juros americanos no chão, os investidores vêm aproveitar a nossa taxa, digamos, exuberante! Assim, as vistosas reservas, longe de uma garantia contra o problema em curso, são parte do problema.

3 - A China, cujo câmbio é flutuante só em teoria, é que mantém reservas altíssimas. Pra quê? Justamente para decidir artificialmente o valor da sua moeda, mantida desvalorizada porque isso lhe permite provocar os estragos que provoca nas economias mundo afora.

Eu não estou defendendo câmbio fixo, flutuante, mais ou menos fixo ou mais ou menos flutuante. Só estou deixando claro que a equação da presidente eleita está errada. Os “especialistas” que comentaram a questão preferiram ignorar a salada teórica e falar sobre a tal guerra cambial no mundo. Estamos na fase de preservar Dilma de si mesma.

[fim de transcrição]
========

Termino por aqui [PRA]:
O que precisa ser dito, também, é que essa política insana de acumular reservas, em níveis exageradamente altos, muito mais altos do que a prudência com a balança de transações correntes recomendaria (três meses de importações, quando já estamos com mais de dois anos de importações de cobertura cambial), essa política nos leva a um CUSTO FISCAL ALTISSIMO, na faixa de 25 a 30 bilhões de dólares por ano, que é a diferença entre os juros internos (aos quais o governo remunera os títulos da dívida pública com cujos recursos ele compra dólares) e os juros externos, que remuneram nossas divisas (tipicamente, Treasury bonds americanos, que estão, como vocês sabem, com os juros no piso mínimo).

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Portunhol: a lingua oficial de certo bloco...

¡Portuñol!
Antonio Prata
O Estado de S.Paulo, 01 de novembro de 2010

Muy estimado lector: le pido permisión para escribir esa columna interamiente en portuñol. ¡Tranquilito! ¡No te assustes! No es la rebolución bolivariana de Chávez que se instala en Brasil, con la reciente victória de Dueña Dilma Jusef, ni tampoco la pribatización de nuestro país, vendido a una empresa española, después de Don Sierra ganar. (Escribo ese texto siexta, de muedo que estoy preso en el pasado y no tengo como saber el resultado de las elecciónes.)

Si me exprieso en ese gracioso idioma - hijo bastardo de Cervantes con Camones, nascido del encuentro de la fraternidad con la necesidad, en los arrabaldes verdejantes de la tríplice frontera - es porque al veinte y nueve de octubre se comemoró el dia mundial del portuñol y aprovecho la data para hacer um pedido al dirigiente máximo de nuestra nación, recién electo por el voto del pueblo. Que desde la hora inicial del prime ro de enero de dos mil y once implante, en todas las escuelas brasileñas, el ensino de ese Esperanto orgánico, latin vulgar de los siglos vindouros: el portuñol.

Tengo que admitir, con toda la humildad, que no soy uno de los pioneros del portuñol. Esa lengua ya es hablada hace siglos por indígenas y bandeirantes, gauchos y jugadores de fútbol, madres y padres brasileños en Disney y Bariloche, travestis y políticos de Latino América y Caribe en cumbres y fandángos mundo afuera. La lengua es tan difundida que ya fue incluso imortalizada en libro, por Douglas Diegues, en O Astronauta Paraguayo - huebra que está para el portuñol como La Divina Comédia para el italiano.

Mi modesto texto no es ni mismo la primera vez que el portuñol desabrocha en las hojas del Estadón. En el diez de octubre del año de la grácia de 2008, el escriba Ronaldo Bressane elaboró un artículo para el Aliás, todo en este hermoso dialecto. Xico Sá, Jueca Terrón y otros tantos escritore s también vienem haciendo un gran trabajo a níbel de divulgación. Soy un diletante tardío, pero no por eso poco empeñado. Mi esfuerzo nasce de la certidumbre de que el dia en que los EUA si estrumbicaren en su papiel de poténcia mundial y Brasil tomar su sítio natural de luminar de los pueblos, no será el português la lengua oficial, pero el portuñol.

Nosotros brasileños deglutiremos antropofagicamiente la ene com tio (Ñ) y la divulgaremos a los cuatro cantos, asi como a los romanos quedó espajar la cultura helénica desde las islas del mare nostrum hasta la imensidón del mare magnum. Si, la geopolítica es importante, pero no son apenas los dictámes de la eficiéncia que me insuflan en direción a la portuñolidad. ¡No! Es que, además de ser útil, carísimo lector, el portuñol es lindo. Para nosotros, brasileños y latinoamericanos en general, él es menos una lengua que una actitud. Para hablarlo, como para bailar, no hace falta más que quererlo.

Una vez que si pierde la verguenza, ya está, baila-se, charla-se, se hace la comuñón entre los pueblos y todo se queda dibino, marabilloso. Bamos, intentalo. ¿No sabes? ¡Seguro que si! Basta pegar las palabras en portugués y poner ito en el fin. Copo es copito. Amor es amorzito. Garfo es garfito. ¡Listo, ya estás portuñolando cojonudamiente! Daí para empezar a poner unas palabritas en castellano en medio de la frasis es un salto. O mejor: un saltito.

Pueden decir que soy un soñador, apenas una gota en el oceáno, pero de que es hecho el océano, sino de gotas? Crea-me, amigo lector, hay cada vez más agua por ahí, formando la enorme hola de nuestra pan-latinidad, que en breve estallará en las playas del globo. En Estadón, estoy yo. En Abril, el supracitado Ronaldo Bressane. En La Hoja de San Pablo tuvimos una pérdida inestimable con la temprana ida de Glauco, uno de Los três amigos (primero HQ en portuñol, en todo el mundo), pero aun tenemos Pablo Werneck, El Flaco, y MAG (Marcos Augusto Gonzalves), portuñol hablante y divulgador de los churros (la comida oficial de la comunidad portuñólica).

En Argentina, la multiartista Ivana Vollaro hace años propaga nuestra pacífica y gregária causa. Hasta Arnaldo Antuñes, el músico, hay ya puesto su cucharita en esa sopa lúdico-latina. Amigos, los días de la asepsia anglo-saxã están llegando al fin. Es la hora del sol, de la melanina, de los tambores y de la pimienta ganaren el globo. Ya se puede oir los rumores, por las calles del viejo y del nuevo mundo. ¿Es portugués? ¡No! ¿Es castellano? No, es el portuñol, la empanada multilatina que bino para agraciar las papilas escutativas del mundo con su riquísimo relleno.

¡Bienvenido sea!

Como as economias crescem (nao recomendavel para os que acham o Bolsa-Familia a maior invencao da humanidade)

Sim, repito: o texto abaixo, que consiste numa explanação muito simples de como uma economia pode crescer e prosperar, não deve ser lido por todos aqueles que acham que nada do que existia antes de 2003 prestava, "nestepaiz", e que tudo o que ocorreu de bom, só veio depois do "nunca antes", ou seja, depois de 2003, com o Bolsa-Família e todas essas bolsas que pululam por aí.
Portanto, estão avisados: almas sensíveis, NÃO LEIAM este texto. Ele pode dar más ideias...
Paulo Roberto de Almeida

How an Economy Grows
by George F. Smith
Von Mises Daily, November 2, 2010

Since World War II, most economists have been apologists for government growth.[1] Now the "experts" who never see a crisis coming tell us that we must once again abandon free-market principles to save the free-market system.

But there's always the possibility that people not seated at the government's table will finally wise up. Who or what could help them understand what's going on? People need someone to draw a clear picture of what makes an economy thrive — briefly, without jargon, and, most importantly for today's readers, in an entertaining fashion.

Going Hungry for a Day to Eat Better Later
A strong candidate for this task is Peter Schiff and his illustrated book, How an Economy Grows and Why It Crashes, which he coauthored with his brother, Andrew Schiff. Other elementary texts will continue to be effective in conveying economic basics, but the Schiffs have a story to tell, an extension of a tale first developed by their father, Irwin Schiff. There's nothing quite like a story to get people turning the pages. And in this case, the story is made more enjoyable by the creative work of illustrator Brendan Leach.

The authors waste no time getting to the root of economic growth. In the opening chapter, we find three men on an island — Able, Baker, and Charlie — fishing by hand, catching one fish per day each, enough to sustain them until the following day when they head into the surf again. Able gets an idea for an invention that might enable him to catch more than one fish, but when will he have time to build it? He spends all his waking hours working. Nor has he any assurance his invention will work.

One day Able decides to take a chance. He tells the others he will forego fishing for a day to fashion a device he calls a net. They tell him he's crazy, but he goes hungry and succeeds. Using his net, he's able to catch two fish a day, saving one and eating the other. This allows him to spend half as much time fishing and more time working on other ways to improve his life. (In this story, fish don't spoil.)

Schiff augments this narrative with the first of many sidebars he calls a Reality Check. In this one, he points out that Able, in progressing beyond hand-to-mouth existence, was underconsuming and taking a risk.

At the end of this and every other chapter he has a section called Takeaway. What lesson should the reader take from the opening chapter? "By using our natural faculties we can create tools to improve our lives … and to create an economy." No tools, no economy.

Not surprisingly, the other two men want nets but are unwilling to go hungry while they build them. They ask to borrow Able's net on days when he isn't using it. He turns them down. They ask him to loan them fish while they build their nets. He tells them he has no assurance they will succeed. Finally, they propose to borrow fish and pay him back at interest — for every fish he lends them they will pay him back two. If they succeed, everyone will profit. Able accepts their proposal.

The men build their nets, and their economy grows from three fish a day to six, a 100 percent increase.

In another Reality Check, Schiff points out that "the economy didn't grow because they consumed more. They consumed more because the economy grew."

From Barter to Money
As their savings grow, they have more time to undertake other projects. They pool their savings and build a trap that catches 30 fish a week. They never have to fish again. Able starts a clothing company. Baker builds a canoe and a cart, while Charlie constructs a surfboard.

Savings, ingenuity, hard work, risk taking, and prudent lending move the economy upward. The island's prosperity attracts and is able to support immigrants seeking a better life. Some of them borrow fish to clear land for farming. People start offering services, such as cooking and fish-trap maintenance. The economy becomes more diversified.

And as it does, they discover they need a better way to trade their goods or services. A spear maker may want the services of a chef, but the chef may not want any spears. What they need is something that can be traded for anything and that is acceptable to everyone. They need money.

They settle on fish. Not only do fish serve to facilitate trade, they can also be saved for old age and emergencies. Money also allows people to specialize in what they do best. Duffy, for example, can build a canoe with eight fish in savings rather than the ten fish that others require. By charging nine fish per canoe, he makes a profit and his customers save money. Over time, Duffy buys specialty tools with his savings that allow him to build a canoe with only four fish. Duffy doubles his production, and by charging six fish, doubles his profit margin and sells canoes at a more affordable price (six fish instead of nine). A luxury becomes an everyday commodity.

As productivity increased, prices fell, benefiting the producer as well as his customers. Falling prices induce people to save, which swells the amount of capital available for loans. The Keynesian fear of falling prices was yet unknown.

A Middleman between Saver and Borrower
Not everyone on the island is willing to work for a better life. Some of them turn to stealing fish. Seeing an opportunity, an entrepreneur named Max Goodbank decides to open a bank and charge a storage fee for safeguarding people's savings.

With profits scarce from such a service, Max decides to loan out the savings. To entice people to deposit their fish he pays them interest. He charges borrowers a higher rate of interest so he can pay his expenses and earn a profit. Max calls his enterprise the Goodbank Savings and Loan.

"We can either return to gold or we can pursue the fiat path and return to barter."
Murray Rothbard

Max knows that a prosperous economy would increase fish deposits. Interest on loans would then drop, but so would interest paid to depositors. As savings diminished, Max would charge borrowers a higher interest rate. He would also pay depositors a higher rate to encourage more savings, and eventually the loan rate would come down.

The safety and convenience of the bank attracts depositors, and Max is able to finance a huge waterworks project to bring water inland. New pipelines mean previously infertile land can be made into productive farmland. The steady flow of water can be used to harness machines, giving birth to new industries.

The Birth of Government

To settle disagreements and protect themselves from violence, the islanders decide to form a limited government. They elect 12 senators and a senator-in-chief with executive authority. The senate would create a court system to settle disputes and a police squad to enforce the decrees of judges. It would also create and regulate a navy of spear-packing war canoes.

The islanders agree to pay a yearly fish tax to finance the government. To keep the government confined to its assigned responsibilities, they draft a constitution to spell out what it can and cannot do. The constitution protects people from the government and protects minorities from the tyrannies of majorities.

It is widely understood that government could only function because it taxed producers. Government spending therefore was really taxpayer spending, and only taxpayers could vote. The new country is called Usonia.

As generations pass, the island's economy continues to flourish. Then one day some creative senators decide the original constitution was undemocratic in allowing only taxpayer suffrage. The restriction is removed, and on election day the polls are crowded with people who don't care much for government austerity.

The Birth of the Free Lunch
It isn't long before an ambitious senator named Franky Deep comes along with a radical idea. Franky loves power, and the way to get it in politics is to promise voters free stuff. But how could he carry it off? Government can only give by first taking.

After breezing into office as senator-in-chief, he comes up with an idea for giving away more than government has. To pay for his spending plans, Franky decides to issue government paper money — Fish Reserve Notes — that can be redeemed for actual fish stored at the Goodbank. Citizens could now use either the fish or the notes in trade.

The island's chief judge points out that the Constitution didn't authorize Franky to issue paper notes for fish. Franky solves the problem by firing the judge. In his place he puts one of his political buddies, who views the Constitution as "a living document" subject to reinterpretation at the discretion of the chief judge.

Though uncomfortable with paper money at first, the citizens begin to like it because it is more convenient to carry. Those who redeem their notes for fish suspect they are not as big as the original fish deposited, but comparing them is outlawed, so no one knows for sure.

With a more progressive judge in office, Franky's people find more spending projects for the government to undertake. All they need is enough support from potential voters. The new notes were the miracle solution.

"Once the savers on the island realize that there is really no safety in bank deposits, they'll stop saving! … Our whole economy could collapse!"
Max Goodbank VII

Taxpayers are pleased because the spending doesn't require tax hikes, progressives love it because government is showing it "cares," and politicians feel relieved because they don't have to balance their budgets. The only potential problem is economists, who might see the subtle theft taking place, but that is solved by cutting them in on the deal with research grants and jobs.

Eventually, bank president Max Goodbank VII starts making noise about government legerdemain. Franky replaces him with Ally Greenfin, and Goodbank Savings and Loan becomes the Fish Reserve Bank. The modern world is born.

The Fate of Usonia
The Schiffs are only getting started, and to see how the former laissez-faire economy of Usonia ends up you will find no better source than the book itself. Though the story illustrates critical economic fundamentals, the authors carry it off with elegant infusions of humor. Some examples: Franky Deep, Jim W. Bass, and Barry Ocuda as chief executives, the "Carp for Carts" program, Finnie Mae and Fishy Mac, Hank Plankton as the head fish accountant, and my favorite, Brent Barnacle, who becomes Ally Greenfin's replacement and promises to drop notes from palm trees if needed. Peter Schiff even pokes fun at himself, making reference to Piker Skiff, TV's comic relief man, who warns of the pending hut collapse.

The Schiffs add a touch of satire when Barnacle tells a conference that Usonia's policy of sending Fish Reserve Notes to the island of Sinopia in exchange for fish and goods is merely the latest development in economic specialization. With their voracious appetites, Usonians "had a comparative advantage in consuming," while Sinopians were tops in the areas of savings and manufacturing things.

Many otherwise-good stories founder with forgettable endings. But I suspect the final two lines of this story will stay with you forever.

Given the critical role of money in an economy, including the economy of Usonia, I would've preferred to see a more detailed development of how the island economy moved from barter to money. The authors tell us on page 52 that because "everyone on this island ate fish, it was decided that fish would serve as money." Though I'm aware of the authors' free-market convictions, the wording left me wondering if the decision was done by a committee rather than the market.

People who find anything related to economics tedious will find the Schiff book an exciting discovery. It should have special appeal to Austrians at all levels of expertise, while the Keynesian wizards who laughed at Peter Schiff when he predicted the housing collapse will likely disdain it.

It might be the only economics book ever written that could be read aloud to one's family without putting them to sleep. The narrative never once lags or becomes academic. The authors manage to convey the critical concepts without straying from their "Connecticut straight-talk" approach.

The Schiffs' tale of Usonia would make an excellent text for a "pre-economics" course, as a way of burning in the basics and of showing how they apply to the US history of the past 100 years. Precalculus is a requirement for premed, as one of my daughters has discovered. A "pre-econ" class featuring How an Economy Works and Why It Crashes would make it clear how government interventions operate in diametric opposition to the medical principle of primum non nocere ("first, do no harm"), with predictable results.

The Schiffs have hit one out of the park. I'm already introducing parts of their book to my five-year-old grandson — who enjoys fishing.

George F. Smith is the author of The Flight of the Barbarous Relic, a novel about a renegade Fed chairman, and Eyes of Fire: Thomas Paine and the American Revolution, a script about Paine's impact on the early stages of the Revolution. Visit his website. Send him mail. See George F. Smith's article archives.

Notes
[1] See also, "Economists Opposing Fed Audit Have Undisclosed Fed Ties" by Ryan Grim, and "The Gold Standard in Contemporary Economic Principles Textbooks: A Survey" by James Kimball. See the list of prominent economists who signed the petition opposing the Fed audit

Bolsas para se preparar para a diplomacia (mas apenas para negros)

É o que diz o edital: "O benefício é voltado para candidatos negros".
Sorry, brancos "pobres", vocês vão ter de esperar um outro governo, uma outra época...
Quem sabe um outro Brasil é possível?
Paulo Roberto de Almeida

Evento – Programa de Ação Afirmativa do Instituto Rio Branco – MRE
Posted: 01 Nov 2010 11:53 AM PDT
O Instituto Rio Branco (IRBr) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) abriram processo seletivo para o Programa de Ação Afirmativa do Instituto Rio Branco – Bolsa-Prêmio de Vocação para a Diplomacia. O benefício é voltado para candidatos negros, que tenham concluído ou irão concluir curso superior em 2011. Os selecionados receberão uma bolsa de estudos no valor de R$ 25 mil, pago em parcelas de março a dezembro de 2011, que deverão ser investidos na compra de material didático e pagamento de cursos preparatórios para o Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata, realizado anualmente.

As inscrições poderão ser feitas entre os dias 8 e 26 de novembro, por meio do endereço eletrônico www.cespe.unb.br/concursos/irbrbolsa2010. A participação é gratuita. O candidato também deverá remeter, via Sedex, cópias dos documentos exigidos pelo edital para o “Programa de Ação Afirmativa do Instituto Rio Branco – Bolsa-Prêmio de Vocação para a Diplomacia”, Central de Atendimento do CESPE/UnB, Caixa Postal 4488, CEP 70904-970, Brasília/DF.

O processo seletivo contará com prova objetiva, prevista para o dia 11 de dezembro, e prova de redação em Língua Portuguesa e Língua Inglesa, prevista para o dia 12 de dezembro. As provas serão aplicadas nas cidades de Belém/PA, Belo Horizonte/MG, Boa Vista/RR, Brasília/DF, Campo Grande/MS, Cuiabá/MT, Curitiba/PR, Florianópolis/SC, Fortaleza/CE, Goiânia/GO, Macapá/AP, Manaus/AM, Natal/RN, Palmas/TO, Porto Alegre/RS, Porto Velho/RO, Recife/PE, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, São Luís/MA, São Paulo/SP, Teresina/PI e Vitória/ES.

Os candidatos também passarão por Análise de Documentação enviada pelo candidato no momento da inscrição e de Entrevista Técnica, a cargo de Comissão Interministerial reunida para esse fim. Essa etapa ocorrerá em Brasília/DF.

SERVIÇO
Concurso: Programa de Ação Afirmativa do Instituto Rio Branco – Bolsa-Prêmio de Vocação para a Diplomacia
Inscrições: de 8 a 26 de novembro
Inscrição: gratuita
Remuneração: Bolsa de estudos no valor de R$ 25 mil
Prova objetiva e de redação: previstas para 11 e 12 de dezembro

CONTATO
Outras informações no site www.cespe.unb.br/concursos/irbrbolsa2010 ou na Central de Atendimento do Cespe/UnB, de segunda a sexta, das 8h às 19h – Campus Universitário Darcy Ribeiro, Sede do Cespe/UnB – telefone (61) 3448 0100.

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...