Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
Commanding Heights: a historia economica do seculo 20 - Daniel Yergin, Josef Stanislaw (PBS)
Episódios da série “Commanding Heights”, produzida pela PBS.
Os produtores fizeram um excelente trabalho em mostrar como as ideias econômicas oscilaram entre Keynes e Hayek ao longo do séc. XX, ou seja, entre o dirigismo estatal e a orientação a mercado. A própria história do século passado é descrita à luz do pensamento desses dois economistas.
Parte 1
https://www.youtube.com/watch?v=zC1ivoTUZBk
Parte 2
https://www.youtube.com/watch?v=wR374PJFcBE
Parte 3
https://www.youtube.com/watch?v=dItaqpgG4y4
Evasao fiscal: a Franca buscando punir os seus milionarios que colocam dinheiro na Suica
Os cidadãos contribuintes, que somos todos nós, geralmente aplaudimos esse tipo de "punição" contra ricos evadidos fiscais, mas uma questão permanece subjacente ao problema, e ele vale inteiramente para o Brasil igualmente.
Haveria tantos evadidos se as pessoas não tivessem a sensação de que pagam impostos demais, e que o Estado continua a avançar sobre um dinheiro que custou muito a ser adquirido pelo trabalho honesto. Não estou falando dos bandidos, dos que desviam dinheiro e que o colocam justamente nos paraísos fiscais, mas de empresários, artistas, cidadãos que fizeram fortunas com atividades honestas e que, de repente, descobrem que o Estado quer avançar sobre pelo menos um terço do patrimônio e da riqueza acumulados. Com que direito? Apenas porque é justo fiscalmente, ou socialmente distributivista?
Acho que os Estados, em geral, já recolhem bastante dinheiro, direta e indiretamente, dos cidadãos.
Será que esse é o bom caminho para a criação de riqueza?
Paulo Roberto de Almeida
« SwissLeaks » : artistes, avocats, hommes d’affaires, ces clients français chez HSBC
Gad Elmaleh, Christophe Dugarry, la famille Mentzelopoulos... Du show-biz au milieu des affaires, le compte en Suisse se révèle une stratégie financière partagée par les professions les plus rémunératrices.
Qui sont les Français de la liste HSBC ?
Sur l'ensemble des fichiers, quelque 3 000 noms de Français suspectés de fraude ont pu être exploités par le fisc et la justice.
« SwissLeaks » : des patrons allergiques aux taxes
Le consentement à l’impôt n’est pas le principe le mieux partagé dans le milieu des affaires.
Les 1001 visages des évadés fiscaux
Personnalités, médecins, avocats, dirigeants d’entreprise, mais aussi femmes au foyer se côtoient dans la liste HSBC.
« SwissLeaks » : révélations sur un système international de fraude fiscale
« Le Monde » a eu accès aux données bancaires de plus de 100 000 clients de la filiale suisse d’HSBC. Elles révèlent l’étendue d’un système de fraude fiscale encouragé par la banque. Des personnalités étrangères et françaises sont impliquées.
« SwissLeaks » : la réponse de la banque HSBC
La banque, contactée par « Le Monde », a assuré « coopérer et continuer de coopérer dans la mesure du possible pour répondre aux demandes d’information des gouvernements concernant les titulaires de comptes ».
A fatalidade da lideranca americana e a exportacao da democracia - Robert Kaplan (National Interest)
Mas, interessou-me esta passagem sobre a futilidade da "exportação" da democracia, o que nos deixa um pouco pessimistas sobre a evolução da nossa, no momento presente:
" Just consider the case of promoting democracy abroad: it took England nearly half a century to hold the first meeting of a parliament after the signing of the Magna Carta, and more than seven hundred years to achieve women’s suffrage. What we in the West define as a healthy democracy took England the better part of a millennium to achieve. A functioning democracy is not a toolkit that can be easily exported, but an expression of culture and historical development. Great Britain’s democracy did not come from civil-society programs taught by aid workers: it was the offshoot of bloody dynastic politics and uprisings in the medieval and early modern eras. In a similar spirit, whatever indigenous cultural elements India possessed for the establishment of democracy, the experience of almost two hundred years of British imperial rule under the colonial civil service was crucial. Certain other countries in Asia had many years of economic and social development under enlightened authoritarians to prepare them for democracy. In Latin America, the record of democracy remains spotty, with virtual one-man rule in some places, and near chaos and social and economic upheaval in others. African democracies are often that in name only, with few or no governing authorities outside of the capital cities. Holding elections is easy; it is building institutions that counts. Given this evidence, and with the Arab world having suffered the most benighted forms of despotism anywhere in the world, how can one expect to export democracy overnight to the Middle East? "
O texto completo do artigo de Robert Kaplan está aqui, e reproduzo só a parte inicial:
Impeachment: uma especulacao teorica ou uma possibilidade concreta?
A esse respeito, permiti-me lembrar que a lei do impeachment, que é de 1951, foi usada pela primeira vez contra Getúlio Vargas, em seu governo constitucional (1951-54), depois de denúncias feitas por seu ex-ministro das relações exteriores, João Neves da Fontoura, a propósito de dinheiro peronista que tinha entrado pela fronteira, sob os cuidados de João Goulart, para financiar a campanha presidencial de 1950 (pois é, já naquela época). Levado o processo à Câmara, no início de 1954, ele foi votado e recusado (creio que em abril desse ano), e portanto nem chegou a ir para o Senado. Se tivesse ido, talvez o presidente tivesse sido impedido, mas o fato é que, ante a avalanche de denúncias, contra seu irmão e contra seu guarda-costas (aparentemente envolvidos na tentativa de assassinato de Carlos Lacerda, poucos meses antes, quando morreu um tenente da Aeronáutica), o presidente resolveu se suicidar, ai virando o jogo contra seus adversários políticos, que perderam as duas eleições presidenciais seguintes, na base do emocionalismo popular em favor do "presidente do povo", contra as "elites anti-povo".
Hoje temos um quadro de descalabro econômico impressionante, o que pode ocorrer com qualquer governo, digamos assim, mas o fato é que, ao lado disso, temos um festival de denúncias que tendem a comprovar crimes de responsabilidade da presidente da república, aliás antes mesmo que ela se tornasse presidente, ou seja, como presidente do conselho de administração da Petrobras, onde e quando ajudou a encobrir fatos escabrosos que estão ligados à tremenda corrupção ali cometida.
Não tenho nenhuma dúvida de que ela não só sabia, como colaborou ativamente para dar cobertura e continuidade aos atos delituosos, embora tudo isso precise ser provado e comprovado por elementos testemunhais e provas documentais (mas se o impeachment é político, nada disso precisaria bastaria a convicção dos parlamentares; foi o que ocorreu, por exemplo, com Fernando Lugo: os senadores nem precisaram examinar todas as provas contra ele, bastou a convicção de que não tinha agido no caso de policiais assassinados por guerrilheiros).
Eu já postei aqui alguns elementos do enredo deste carnaval, entre eles estes:
Documento do jurista Ives Gandra Martins sobre a possibilidade teórica do impeachment:
http://diplomatizzando.blogspot.com/2015/02/impeachment-o-assunto-entra-na-pauta-da.html
Integra do parecer de Ives Gandra Martins:
http://www.gandramartins.adv.br/parecer/detalhe/id/0ed01f9c48ff7e2a4ba993c9dc3b9e98
Alinhamento de fatos (um tanto desconexos) por Felipe Moura Brasil:
http://diplomatizzando.blogspot.com/2015/02/petrolao-lava-jato-mensalao.html
Existe um telegrama confidencial da Embaixada americana em Brasília, de 2006, liberado pelo Wikileaks, confirmando que a então ministra sabia das tratativas em torno de Pasadena, e as aprovava inteiramente:
https://cablegatesearch.wikileaks.org/search.php?q=dilma+pasadena+refining+systems
Agora, recebo do Eduardo, do Rio de Janeiro, mais alguns elementos que listo abaixo a esse respeito. Só resta esperar que as oposições se organizem, pois pior que haver derrota num eventual processo de impeachment, é essa sensação de passividade ante o descalabro.
Paulo Roberto de Almeida
Transcrevendo, apenas:
“[...] a presidente da República, em seu discurso oficial de diplomação no TSE, em 19 de dezembro, negou a vigência do Estado de Direito, declarando que não vai aplicar a Lei Anticorrupção às empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, sob o pretexto de manutenção do nível de emprego (?). E reafirmou essa vontade prevaricadora expressamente na primeira reunião ministerial do segundo mandato, anteontem.
“Além de cometer explicitamente crime de responsabilidade ao assim agir contra a aplicação de lei federal (artigo 85, VII, da Constituição), a presidente demonstra mais uma vez o desastre que é o seu governo, agora acrescentado pela total ignorância dos efeitos benéficos da aplicação da Lei Anticorrupção no caso da Petrobrás e das empreiteiras e fornecedoras nacionais e multinacionais que, em concurso criminoso, levaram à destruição de valor da estatal e agora, gradativamente, delas próprias.” (Modesto Carvalhosa, jurista)
http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,a-virgindade-da-lei-anticorrupcao-imp-,1626377
"Wikileaks: Casa Branca consultou Dilma antes de autorizar aquisição de refinaria por Petrobrás” (2014)
http://internacional.estadao.com.br/blogs/jamil-chade/wikileaks-casa-branca-consultou-dilma-antes-de-autorizar-aquisicao-de-refinaria-por-petrobras/
“Como Dilma ajudou a impedir que se investigasse a Petrobras e concorreu para o naufrágio da empresa; pior: ignorou crimes reais e apontou os que não existiam. Ou: O vídeo da impostura”, por Reinaldo Azevedo.
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/como-dilma-ajudou-a-impedir-que-se-investigasse-a-petrobras-e-concorreu-para-o-naufragio-da-empresa-pior-ignorou-crimes-reais-e-apontou-os-que-nao-existiam-ou-o-video-da-impostura/
domingo, 8 de fevereiro de 2015
Petrolao: apenas relembrando certos FATOS, não boatos, ou acusacoes: SAO DECLARACOES dos bandidos...
Eles estão sempre colocando em dúvida FATOS publicados na MIDIA GOLPISTA (a deles não publica nada), e chamam isso de boatos, ou acusações caluniosas, como acaba de fazer o chefe da quadrilha ainda recentemente.
Para não deixá-los sem nenhuma informação, posto abaixo alguns elementos do caso, que constituem declarações, não ilações ou suposições. Declarações em justiça, que servirão para instruir os processos.
Estou esperando o chefe da quadrilha ser chamado para depor, como o principal organizador do esquema mais corrupto de extorsão deliberada due já ocorreu neste país.
Paulo Roberto de Almeida
Lava Jato
Costa diz que ganhou R$ 1,5 mi para facilitar compra de Pasadena
Em depoimento, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras admitiu corrupção em compra de refinaria nos Estados Unidos e disse que Nestor Cerveró e o PMDB podem ter embolsado até 30 milhões de dólares em propina

Leia também: Justiça decreta prisão preventiva de Cerveró
Leia também: Dinheiro do petrolão comprou base aliada, diz executivo
Bumlai - Costa também afirma que José Carlos Bumlai "era um contato muito próximo de Fernando Baiano", e que o lobista do PMDB tinha muitos contatos no mundo político e empresarial. Como VEJA havia revelado em 2011, o pecuarista Bumlai era um amigo próximo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Favorecido por financiamentos do BNDES, ele tinha livre acesso ao Palácio do Planalto. Um recado na portaria determinava: "O sr. José Carlos Bumlai deverá ter prioridade de atendimento na portaria Principal do Palácio do Planalto, devendo ser encaminhado ao local de destino, após prévio contato telefônico, em qualquer tempo e qualquer circunstância”
Petrolao e Petralhabras: entao nao era tudo a favor do povo!?
Lava Jato
A boa vida dos operadores do petrolão
Operação Lava Jato revelou que ex-funcionários da Petrobras desfrutavam de apartamentos luxuosos, casas de veraneio milionárias e até uma aeronave com capacidade para nove pessoas. Tudo com dinheiro desviado do assalto à Petrobras

Fortuna: Ex-gerente de Serviços da Petrobras comprou avião Beechcraft Super King Air 200 por R$ 1,1 milhão (Divulgação)
As cifras do maior escândalo de corrupção já descoberto no Brasil ainda causam perplexidade aos investigadores da força-tarefa montada pelo Ministério Público e pela Polícia Federal. O patrimônio – não declarado -- dos superfuncionários que operavam a sangria nos cofres da Petrobras permitiu uma vida cercada de luxo, comparável à de pessoas afortunadas no Brasil. Mas um trio de ex-diretores da estatal acabou fisgado pela mais bem sucedida operação da Polícia Federal da história, batizada de Lava Jato. E a riqueza da elite de dirigentes da Petrobras revelou-se ainda mais grandiosa: estimativas preliminares da Polícia Federal apontam que o pagamento de propina em troca de contratos na petrolífera rendeu mais de 40 milhões de reais a cada um dos ex-diretores na mira da Polícia Federal e do Ministério Público. E esse dinheiro acabou convertido em apartamentos milionários, casas de veraneio de luxo e em uma aeronave com capacidade de até nove pessoas.
Desde que a Lava Jato ganhou contornos jamais vistos nos relatos de assalto aos cofres públicos do país, um personagem chama a atenção: Pedro Barusco, ex-gerente de Serviços da petroleira, subordinado a Renato Duque, este indicado ao cargo pelo ex-ministro mensaleiro José Dirceu. Barusco, um personagem inicialmente considerado secundário no propinoduto, admitiu ter enviado para o exterior 97 milhões de dólares, que aceitou devolver aos cofres públicos como exigência de um acordo de delação premiada – a colaboração com as investigações lhe renderá uma punição mais branda. Antes disso, Paulo Roberto Costa, outro importante ex-dirigente da empresa, que ficou preso por seis meses, também fez um acordo e teve de devolver quase 27 milhões de dólares escondidos no exterior, embora os investigadores até hoje duvidem que ele omitiu das autoridades a posse de mais recursos.
Leia também: As manobras de Paulo Roberto Costa para enganar a Receita Federal
Família de ex-diretor da Petrobras comprou 13 imóveis nos últimos cinco anos
Negociata permitiu que Cerveró morasse em imóvel de R$ 7,5 milhões
Advogado 'entrega' Cerveró para a PF
Morador de uma mansão em São Conrado, na Zona Sul do Rio, Barusco abusou a tal ponto da roubalheira que participou da compra de um avião avaliado em 1,4 milhão de reais. Os gastos foram divididos com o operador Mário Góes, que segundo as investigações pagava propina para fechar contratos da Petrobras a mando de grandes empreiteiras, como UTC, MPE, OAS, Mendes Júnior, Andrade Gutierrez, Schahin, Carioca Engenharia e Bueno Engenharia. Registrada em nome da empresa de Góes, a aeronave Beech Aircraft, modelo 200, foi sequestrada pela Justiça para ressarcir os cofres públicos.
Barusco revelou às autoridades que escondia parte da propina de Renato Duque, o homem do PT no propinoduto da Petrobras. Mas mesmo o patrimônio oficial do ex-diretor de Serviços mostra uma vida luxuosa. Ex-morador de um apartamento na Tijuca, na Zona Norte do Rio de Jnaneiro, Renato Duque chegou a ser preso no dia 14 de novembro com executivos e sócios de empreiteiras do chamado Clube do Bilhão. Conseguiu o direito de responder ao processo em liberdade. Continua a desfrutar de uma cobertura, adquirida por 1,2 milhão de reais, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, do Rio.
Duque utilizava sua consultoria, a D3TM, na qual os filhos também eram sócios, para registrar parte dos imóveis que desfrutava. Só de empreiteiras acusadas de participar do esquema de corrupção a consultoria de Duque faturou 4,8 milhões de reais em 2013: 4,3 milhões de UTC, 300.000 da OAS e 130.000 reais da Iesa Óleo e Gás. O lobista Milton Pascowitch, operador da Engevix, também pagou 600.000 reais para o ex-diretor. Para os investigadores, os pagamentos foram recompensas por facilidades garantidas na Petrobras. Esse dinheiro não ficou parado. A empresa registrou a compra de quatro imóveis por 1,5 milhão de reais nos últimos dois anos. Como revelou VEJA, foram compradas duas salas comerciais, no Centro do Rio, de uma empresa chamada Hayley, que os investigadores suspeitam que pertencia ao lobista Fernando Soares, o Baiano – ou o operador do PMDB na roubalheira. Há suspeita de que a transferência de Baiano para Duque, concretizada em novembro de 2013, tenha sido uma operação de lavagem de dinheiro. O ex-diretor já estava instalado no local desde janeiro daquele ano. Pela empresa, Duque também adquiriu dois apartamento em Ubatuba, no litoral paulista, por 720.000 reais.
O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró não ficou atrás em cifras. Comprou nove imóveis em nove anos na capital fluminense e em Petrópolis, na região Serrana. As transações foram registradas em cartórios por 1,7 milhões de reais. Mas uma negociata revelada por VEJA mostra que ele também tentou esconder das autoridades um duplex de 300 metros quadrados com piscina. Ele é suspeito de ter montado uma offshore para comprar o apartamento, hoje avaliado em 7,5 milhões de reais, em Ipanema, na Zona Sul do Rio. Morou no local por cinco anos. A operação é investigada pela Polícia Federal. Para driblar a Receita Federal, Cerveró declarava pagamentos de alugueis mensais para a offshore, como se não fosse ele o verdadeiro dono do apartamento.
Como revelou o site de VEJA, a família do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa também montou um pequeno império imobiliário na Barra da Tijuca, bairro nobre da Zona Oeste do Rio. De 2009 a 2013, o ex-diretor, a esposa Marici, as filhas Arianna e Shanni e os genros Humberto Mesquita e Márcio Lewkowicz compraram 13 imóveis na capital fluminense. Por uma empresa de consultoria utilizada para receber propina, Costa ainda adquiriu uma casa de veraneio em Mangaratiba, na Costa Verde fluminense, por 3,2 milhões de reais, e uma lancha Intermarine 42 pés por 999.618,25 reais. A casa de praia e a lancha tiveram de ser devolvidos com a fortuna escondida no exterior, como exigência do acordo de delação premiada.
Se for descoberto que Costa e Barusco esconderam bens das autoridades, os dois perdem os benefícios do acordo de delação e provavelmente passarão décadas na cadeia. Porém, as revelações feitas em depoimentos permanecem válidas. Mas, como a Lava Jato ainda rastreia o caminho percorrido pela propina para os beneficiados do maior esquema de corrupção da história contemporânea do país, não é exagero afirmar que essa turma não foi a única a enriquecer e desfrutar de uma boa vida custeada pelo dinheiro roubado da Petrobras.
Petrolao e outros causos: multiplique sempre por 15 os valores - O Antagonista
Multiplique por quinze
Entre 2003 e 2013, o PT roubou 455,1 milhões de reais da Petrobras, segundo a planilha que Pedro Barusco entregou aos procuradores da Lava Jato.
A Folha de S. Paulo fez as contas e calculou que, pelo câmbio de hoje, isso equivale a 164 milhões de dólares. Mas o número é muito maior. Na verdade, é superior aos 200 milhões de dólares citados pelo próprio Pedro Barusco.
A planilha indica, por exemplo, que o ano em que o PT mais roubou foi 2010, quando houve a campanha eleitoral de Dilma Rousseff. Foram 120 milhões de reais, que correspondem a 44 milhões de dólares. Só que 120 milhões de reais, em 2010, valiam 68 milhões de dólares - 24 milhões de dólares do que atualmente.
Outro fator tem de ser permanentemente lembrado: os 455,1 milhões de reais roubados pelo PT referem-se apenas à área de Renato Duque e Pedro Barusco. Mas nós já sabemos que o esquema funcionou em outras áreas. E em outras estatais.
Nosso conselho é o seguinte: ao avaliar os números do PT, multiplique sempre por quinze. O resultado ficará mais próximo da realidade.

Quanto foi para o PT?
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