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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

1670) Eficiência da Presidência no Governo Lula aumenta 550%

Ops, dito assim, parece um milagre de eficiência.
Mas este seria o resultado em termos de aumento da produtividade do trabalho na Presidência da República caso aplicássemos aos gastos secretos da PR, ou seja, aqueles feitos com cartões corporativos, os mesmos critérios que o Ipea usou recentemente para avaliar o aumento da produtividade do setor público no Brasil, e que constatou um fantástico aumento da produtividade em Roraima de nada menos do que 246%, ao passo que estados mal administrados como São Paulo tiveram crescimento zero, ou até negativo.
Sim, porque os sábios do Ipea usaram como critério aferidor do crescimento da produtividade do setor público o aumento de gastos com a máquina, daí resultando essa maravilha de expansão fantástica do setor público, contra um crescimento pífio ou irrisório do setor privado.
Bem, é o que eu posso concluir, quando leio uma matéria como esta:

Gastos secretos nas alturas
Chico de Gois e Luiza Damé
O Globo, 11.01.2010

Pela matéria constato que os gastos (secretos por definição) com cartões corporativos (um nome apropriado) na Presidência da República passaram de R$ 1.045.110 em 2002, último ano da gestão neoliberal de FHC, para R$ 5.606.183 já no ano seguinte, para R$ 6.462.148 em 2004 e, finalmente, R$ 6.785,519, o que corresponde a um aumento de 550% nesses gastos (que não sabemos exatamente quais sejam, pois eles são matéria de segurança nacional).
Apenas de 2008 a 2009, o aumento de gastos na Presidência da República foi de 38,9%, apenas um pouco mais do que o crescimento da inflação e do PIB, como sabem os meus leitores bem informados...

Bem, se aplicarmos o critério do Ipea a esses gastos, chegaremos à conclusão de que o aumento da produtividade na Presidência da República tem sido fantástico, nunca antes neste país e jamais igualado em qualquer país do mundo, em qualquer época histórica...

Ou será que não, caros leitores?
Cada um tire a sua conclusão...

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