Meus Macs
Sou o que comumement se chama nos EUA um "MacAddict", embora eu não seja um fanático defensor da marca, nem um fundamentalista do sistema operacional. Apenas ocorre que, em toda a minha vida "informática", nunca comprei, para meu uso pessoal, jamais fui tentado a adquirir, nunca fui induzido a trabalhar em meus próprios textos por nenhum outro computador que não tivesse sido um Mac, ou Apple.
Claro, no escritório, em lugares "comuns", eventualmente em viagem, nos hoteis, sou até levado a trabalhar com os "Rwindows" da vida, mas não, jamais, por escolha própria.
Tendo sido apresentado aos computadores ainda no tempo das carroças, quando trabalhamos com telas pretas e sinais de verde fosforecente, com discos flexíveis e sistema operacional DOS, tomei horror desses PCs comuns, e nunca suplantei essa rejeição.
Por isso hesitei muito em comprar meu primeiro computador pessoal, não apenas porque eram caros e eu não conhecia exatamente detalhes técnicos de desempenho e possibilidades intrínsecas, mas também porque simplesmente eles não me atraiam.
Macintosh Plus
Bem, tudo começou em 1987, quando fui apresentado ao primeiro computador Apple que eu via na minha vida: um MacIntosh Plus de 128kbs: foi amor a primeira vista. Mesmo que tudo tivesse de ser feito a partir de um único diskete de 128kbs, que continha tudo (o sistema operacional, os programas para trabalhar e os arquivos e parava por aí, não indo muito além disso), eu fiquei fascinado pela nova engenhoca. Depois de usar no começo o próprio programa da Apple, chamado MacWrite, que tinha a característica do wysywyg (ou seja, what you see is what you get), passei a escrever meus textos num programa chamado WriteNow.
Meu primeiro periférico foi um disco rígido externo, fabricado na Irlanda, que devo ter comprado em 1988; foi relevante para poder superar a barreira da limitação física dos disketes do MacPlus. Logo em seguida, numa viagem aos EUA, comprei o mesmo modelo de MacPlus, mas mais avançado, um SE-30, ou seja, contendo um hard-drive de 30MB.
MacSe-30
Daí em diante, nunca mais parei e, com exceção dos chamados "tower models", creio que tive todos os modelos disponíveis da linha de computadores pessoais da Apple. Fui dos primeiros a comprar um MacPortable, que, diferentemente do que o nome diz, era meramente "transportável", com um certo custo: um peso enorme, uma tela longe do ideal, e obviamente lento. Esse eu importei diretamente dos EUA, já estando no Uruguai, junto com uma impressora a laser, que me custou um bocado de dinheiro para, finalmente, pouco uso.
MacPortable
Também importei um PowerMac com dupla plataforma, ou seja, duas placas, mas híbrido, uma funcionando no sistema Apple, outra em Windows, sempre inferior ao MacOS, mas mais disseminado (em função dos problemas de transposição de uma plataforma a outra, que ainda se enfrentava).
PowerMac
De volta ao Brasil comprei um LC fabricado no próprio Brasil, pela Apple, algo excepcional. Tinha teclado em Portugues, ainda que eu preferisse o sistema operacional original. Foi uma das poucas experiências de fabricação local pela Apple, depois disso eles nunca mais tentaram: suponho que por dificuldades logísticas, impostos, ou outras coisas.
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