Não, não tem nada a ver com essas previsões fajutas de astrólogos e adivinhos – morte de artistas, de políticos famosos, desastres naturais, essas coisas – e sim com as políticas públicas.
Devo dizer que os companheiros sempre colaboraram comigo, pois eles não acertavam nunca, em quase nada, e eu assim tinha plena faculdade de acertar errando, como por exemplo, pregar a conversão do governo ao capitalismo, MST favorável a exportações agrícolas, essas coisas impossíveis de acontecer.
Agora a coisa se complica, e eu não sei se vou acertar (ou seja, errar em tudo), ou se alguma coisa vai se realizar.
Em todo caso, quem desejar conhecer minhas previsões imprevisíveis para 2019, com uma rememoração dos memoráveis anos anteriores, basta verificar nesta postagem do finalzinho do ano passado:
blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2018/12/previsoes-imprevisiveis-para-2019-algo.html).
Resumindo, minhas previsões malucas para este ano são as seguintes:
1. Governo consegue começar a trabalhar de verdade em menos de três
meses;
2. Governo cria uma estatal para livrar-se das estatais; começa
contratando mais gente;
3. Para livrar-se da imprevisibilidade econômica trumpista, Banco
Central aplica metade das reservas em moeda chinesa e mais um terço em
bitcoins;
4. República de Curitiba coloca todo o patrimônio do PT em leilão
para tentar recuperar 5% do que foi roubado entre 2003 e 2016;
5. MST aproveita seus vínculos multinacionais para criar uma trading
especializada em transgênicos;
6. Ministro da Economia propõe uma Loteria Patriótica, baseada no
jogo do bicho, para resolver o déficit orçamentário;
7. Depois do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral, Congresso cria
um Fundo Religioso, para financiar renovação dos templos, em geral, pagar curso
de internet para pastores, sacerdotes, bispos e catequistas e dar um laptop a
cada um;
8. PCdoB faz uma frente com a FIESP e a CNI para se opor às
privatizações, à abertura comercial e ao fim das contribuições sindicais em
geral;
9. China se oferece para pagar todos os salários atrasados dos
funcionários públicos do estado do Rio de Janeiro, desde que possa explorar o
bondinho do Pão de Açúcar durante quarenta anos;
10. STF começa a julgar o Petrolão político, mas seis pedidos de
vistas remetem o processo a 2020.
Só isso. Vamos nos falar no final do ano, para ver se acertei em todas ou errei em algumas (sempre ao contrário, claro).
Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 23 de janeiro de 2019
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