Não, não é o filósofo inglês do século 18. Se trata, obviamente, de um capitalista americano do século 21.
E faz muito bem. Por mais mal escritos que sejam seus livros, sempre tem gente disposta a pagar 99 centavos de dólar (sim, menos de um dólar) na Amazon para ler um romance de mistério.
É a versão moderna dos "romans de gare", aqueles pocket books impressos em papel jornal que se compravam na estação antes de embarcar no trem.
Acho que vou enveredar por essa linha...
Vejam na página do nosso "filósofo capitalista": John Locke, Lethal Books...
Lower Your Expectations? Really?
Posted on June 22, 2011 by jplocke
Traditional publishers and even some successful indie authors are publicly saying how hard it is for self-published authors to succeed. They say most will never sell 100 ebooks, and only a small percent will sell 10,000. Self-published authors are being told to “be realistic” and “lower your expectations.”
Really? What type of advice is that?
Sure, there are obstacles out there, but that’s true in any endeavor. Is it simple to write a best seller? No. But can you do it? Yes, absolutely!
The world makes it hard enough for you to be successful, so you’re not going to see me piling on the negativity! Let others talk about the mountains. I’ll show you where the tunnels are! Others can talk about the raging rivers, I’ll point you toward the bridges! Yes, there are roadblocks in the land of self-publishing, but there are super highways, too.
I’ll leave it to others to lower your expectations. There are plenty eager to do that. But I’m not one of them. If you’re a struggling author I want to RAISE your expectations.
I’m not a know-it-all. I’m still humble. I’ll never forget the frustrations I felt, trying to fit in, trying to feel like I belonged. I absolutely know what you’re going through. I’ve been there.
It’s a huge achievement to complete a manuscript, and that’s just the beginning. You’ve still got proofing and re-writes and edits and more re-writes, and when you finally get it just right you dig into your pocket and take money you could use for other things, and invest it in your dream.
But when your book is published, it just sort of lays there. No one knows how to find it. You listen to others tell you what to do, how to get your book “out there,” and you try those things and they don’t work. You Facebook, you Tweet, you blog, you try to get reviews, you buy courses, attend classes…and nothing seems to work.
After awhile, you start to take it personally. You wonder if it’s you. Maybe your writing sucks. Maybe you’re a joke. Maybe you were stupid to even try. Maybe the whole thing was a colossal waste of time.
Let me tell you something. Rejection of any kind sucks. But rejection of your book, which entered the world as your labor of love, is especially hard to take. Especially when you talk to your friends about being an author. They may be very supportive of you, but…
They don’t consider you an author.
Your friends and relatives know what an author is. To them, it’s the names they see on the shelves of bookstores. The ones who wrote the books that became movies. Until our books start selling, they consider us vanity authors.
That’s what I was, a vanity author. At least that’s how everyone saw me. But when I finally got sick of being a vanity author I sat down and created a marketing system to get my books onto the best-seller lists.
On Monday, June 20, 2011, Amazon announced I was the first self-published author to sell a million downloads on Kindle, and only the eighth author in history to do so. You know how I’m celebrating? By making my marketing system available for everyone who wants to duplicate, or exceed my achievements. I wrote it all out, step-by-step. Everything I tried that didn’t work and everything that did.
I’m charging $4.99 for this information via eBook, $9.99 paperback. I hope you’ll consider it a bargain, since I spent $25,000 for information that didn’t work. Why so cheap? Because adding five bucks to what you’ve already spent on your dreams isn’t a big deal.
You know when my friends finally considered me an author? When I started making serious money from book sales! And no matter how nice your friends and family are, you know in your heart they’re not going to consider you a real author until the royalties start pouring in.
The book is titled, How I Sold 1 Million eBooks in 5 Months! It’s about me, but it was written for you. Here’s the link: http://tinyurl.com/6atrd8y
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Curso PRAlmeida: A Ordem Global e a Inserção Internacional do Brasil, ESPM-SP, 18 a 22/07/2011
A ORDEM GLOBAL E A INSERÇÃO INTERNACIONAL DO BRASIL
Curso de Férias - Paulo Roberto de Almeida
ESPM-São Paulo
Carga horária - Datas: Horários -
Duração: 115 h/a - De 18 a 22/07/2011 das 19h às 22h30
Link
Serão enfocados os principais problemas da agenda diplomática mundial e a forma como o Brasil interage em cada uma dessas vertentes, no contexto da globalização e da internacionalização de seu sistema econômico.
Tipo de curso: Extensão - Cursos de Férias
Local: São Paulo
Duração: 15 horas-aula
Mais Informações: (11) 5085-4600
centralinfo@espm.br
Inscreva-se:
http://securityserver2.espm.br/eventos/servlet/hweevn?1,1
Programação do Curso: http://www.espm.br/Upload/Cursos/1062.pdf
A Ordem Global e a inserção internacional do Brasil
Objetivos:
Informar, analisar e debater, com os participantes do curso, os aspectos políticos, econômicos e tecnológicos da ordem internacional contemporânea. Serão enfocados os principais problemas da agenda diplomática mundial e a forma como o Brasil interage em cada uma de suas vertentes, no contexto da globalização e da internacionalização de seu sistema econômico.
A quem se destina:
A estudantes de humanidades em geral, de cursos de Relações Internacionais, em particular, mas também a todos os que estudam temas de alguma forma afetos aos negócios globais, em nível de graduação ou especialização em administração (com foco em global business). Deve interessar, igualmente, a homens de negócio, assim como a quaisquer outros profissionais interessados em atualizar conhecimentos sobre a agenda internacional (negociações comerciais multilaterais e regionais, crises financeiras, temas globais) e sobre a diplomacia brasileira em particular.
Metodologia:
Distribuição preliminar de apostila e de ampla bibliografia sobre os pontos selecionados, exposição em classe e interação com os alunos sobre as questões selecionadas e outras sugeridas durante o próprio curso .
Programa:
1. A ordem política mundial do início do século XXI e o Brasil
/1.1. Segurança estratégica e equilíbrios geopolíticos: interesses do Brasil
/1.2. Relações entre as grandes potências e conflitos regionais: a América do Sul
/1.3. Cooperação política e militar nas zonas de conflitos: o Conselho de Segurança
2. A ordem econômica mundial e a inserção internacional do Brasil
/2.1. Regulação cooperativa das relações econômicas internacionais
/2.2. Assimetrias de desenvolvimento: crescimento e investimentos estrangeiros
/2.3. Cooperação multilateral e Objetivos do Milênio
/2.4. Recursos energéticos e padrões de sustentabilidade: o papel do Brasil
3. Economias emergentes no contexto mundial: desafios e perspectivas
/3.1. Evolução recente das economias emergentes no contexto mundial
/3.2. Acesso a mercados e negociações comerciais multilaterais
/3.3. O Brasil no contexto das economias emergentes: desafios e limitações
4. O Brasil no contexto dos Brics: anatomia de um novo grupo
/4.1. O que são, como evoluíram e o que pretendem os Brics
/4.2. Impacto dos Brics na economia mundial e desta nos Brics
/4.3. O Brasil e as implicações geoeconômicas e geostratégicas do novo grupo
5. O regionalismo sul-americano e o papel político-econômico do Brasil
/5.1. Contexto político da América do Sul em perspectiva histórica
/5.2. Os processos de integração regional e a evolução da posição do Brasil
/5.3. Integração regional: origens e evolução do Mercosul, crise e estagnação
/5.4. Desafios do Mercosul no contexto regional e mundial: perspectivas
Professor:
Paulo Roberto de Almeida - Doutor em Ciências Sociais pela Universidade de Bruxelas (1984), Mestre em Planejamento Econômico pela Universidade de Antuérpia (1977), diplomata de carreira. Professor orientador no Mestrado em Diplomacia do Instituto Rio Branco do Ministério das Relações Exteriores, Professor de Economia Política Internacional no Mestrado em Direito do Centro Universitário de Brasília – Uniceub.
Inscrições:
Exclusivamente pelo site da ESPM: www.espm.br/ferias
Certificado:
O certificado será fornecido ao final do curso, às pessoas que comparecerem a 75% das aulas. Caso o aluno falte à última aula, o certificado poderá ser retirado na Secretaria de Graduação: Campus Prof. Francisco Gracioso, à Rua Dr. Álvaro Alvim, 123 Vila Mariana, de segunda a sexta-feira, às 9h às 20h30.
Data de Inscrição, Valores:
04 abr até 19 jun: R$ 710,00
a partir de 20 de jun: R$ 780,00
Pagamento parcelado com cheque somente na ESPM - SP. Campus Prof. Francisco Gracioso, à rua Dr. Álvaro Alvim, 123 Vila Mariana, de segunda a sexta-feira, das 9h às 20h30.
Curso de Férias - Paulo Roberto de Almeida
ESPM-São Paulo
Carga horária - Datas: Horários -
Duração: 115 h/a - De 18 a 22/07/2011 das 19h às 22h30
Link
Serão enfocados os principais problemas da agenda diplomática mundial e a forma como o Brasil interage em cada uma dessas vertentes, no contexto da globalização e da internacionalização de seu sistema econômico.
Tipo de curso: Extensão - Cursos de Férias
Local: São Paulo
Duração: 15 horas-aula
Mais Informações: (11) 5085-4600
centralinfo@espm.br
Inscreva-se:
http://securityserver2.espm.br/eventos/servlet/hweevn?1,1
Programação do Curso: http://www.espm.br/Upload/Cursos/1062.pdf
A Ordem Global e a inserção internacional do Brasil
Objetivos:
Informar, analisar e debater, com os participantes do curso, os aspectos políticos, econômicos e tecnológicos da ordem internacional contemporânea. Serão enfocados os principais problemas da agenda diplomática mundial e a forma como o Brasil interage em cada uma de suas vertentes, no contexto da globalização e da internacionalização de seu sistema econômico.
A quem se destina:
A estudantes de humanidades em geral, de cursos de Relações Internacionais, em particular, mas também a todos os que estudam temas de alguma forma afetos aos negócios globais, em nível de graduação ou especialização em administração (com foco em global business). Deve interessar, igualmente, a homens de negócio, assim como a quaisquer outros profissionais interessados em atualizar conhecimentos sobre a agenda internacional (negociações comerciais multilaterais e regionais, crises financeiras, temas globais) e sobre a diplomacia brasileira em particular.
Metodologia:
Distribuição preliminar de apostila e de ampla bibliografia sobre os pontos selecionados, exposição em classe e interação com os alunos sobre as questões selecionadas e outras sugeridas durante o próprio curso .
Programa:
1. A ordem política mundial do início do século XXI e o Brasil
/1.1. Segurança estratégica e equilíbrios geopolíticos: interesses do Brasil
/1.2. Relações entre as grandes potências e conflitos regionais: a América do Sul
/1.3. Cooperação política e militar nas zonas de conflitos: o Conselho de Segurança
2. A ordem econômica mundial e a inserção internacional do Brasil
/2.1. Regulação cooperativa das relações econômicas internacionais
/2.2. Assimetrias de desenvolvimento: crescimento e investimentos estrangeiros
/2.3. Cooperação multilateral e Objetivos do Milênio
/2.4. Recursos energéticos e padrões de sustentabilidade: o papel do Brasil
3. Economias emergentes no contexto mundial: desafios e perspectivas
/3.1. Evolução recente das economias emergentes no contexto mundial
/3.2. Acesso a mercados e negociações comerciais multilaterais
/3.3. O Brasil no contexto das economias emergentes: desafios e limitações
4. O Brasil no contexto dos Brics: anatomia de um novo grupo
/4.1. O que são, como evoluíram e o que pretendem os Brics
/4.2. Impacto dos Brics na economia mundial e desta nos Brics
/4.3. O Brasil e as implicações geoeconômicas e geostratégicas do novo grupo
5. O regionalismo sul-americano e o papel político-econômico do Brasil
/5.1. Contexto político da América do Sul em perspectiva histórica
/5.2. Os processos de integração regional e a evolução da posição do Brasil
/5.3. Integração regional: origens e evolução do Mercosul, crise e estagnação
/5.4. Desafios do Mercosul no contexto regional e mundial: perspectivas
Professor:
Paulo Roberto de Almeida - Doutor em Ciências Sociais pela Universidade de Bruxelas (1984), Mestre em Planejamento Econômico pela Universidade de Antuérpia (1977), diplomata de carreira. Professor orientador no Mestrado em Diplomacia do Instituto Rio Branco do Ministério das Relações Exteriores, Professor de Economia Política Internacional no Mestrado em Direito do Centro Universitário de Brasília – Uniceub.
Inscrições:
Exclusivamente pelo site da ESPM: www.espm.br/ferias
Certificado:
O certificado será fornecido ao final do curso, às pessoas que comparecerem a 75% das aulas. Caso o aluno falte à última aula, o certificado poderá ser retirado na Secretaria de Graduação: Campus Prof. Francisco Gracioso, à Rua Dr. Álvaro Alvim, 123 Vila Mariana, de segunda a sexta-feira, às 9h às 20h30.
Data de Inscrição, Valores:
04 abr até 19 jun: R$ 710,00
a partir de 20 de jun: R$ 780,00
Pagamento parcelado com cheque somente na ESPM - SP. Campus Prof. Francisco Gracioso, à rua Dr. Álvaro Alvim, 123 Vila Mariana, de segunda a sexta-feira, das 9h às 20h30.
Acordo agricola no G20 (financeiro, nao comercial): seguranca alimentar
Alguém aí já ouviu falar outra vez do G20 comercial? Aquele, cantado em prosa e verso pelo grande lider genial dos povos (não, não é do Stalin, nem de Kim Il Sung, que estou falando), que iria transformar a relação de forças no mundo e que iria alterar drasticamente a tal de geografia comercial mundial?
Pois é, parece que esse G20 (ninguém sabe, ao certo, seu actual membership, que variou tremendamente ao longo de sua história errática) submergiu depois que as negociações comerciais multilaterais da Rodada Doha entraram em compasso de espera, imediatamente depois de Cancún, e depois de Hong Kong e Potsdam.
O G20 que se está tratando aqui é o financeiro, constituído de fato (ele já existia antes, mas andava parado) depois da crise americana de 2008 e que agora se reuniu sob o formato setorial dos responsáveis de agricultura.
Não que eu considerasse sua primeira versão uma maravilha: Sarkozy queria simplesmente usá-lo parda legitimar a pornográfica política agrícola europeia, da qual esses subvencionistas franceses são os principais usuários (mais na qualidade de recebedores, diga-se de passagem, do que na de pagadores). Face à resistência de americanos e brasileiros, caminhou-se num sentido mais razoável, ou seja, de coordenação de informação sobre estoques agrícolas, algo que indianos e chineses hesitam em fazê-lo (bizarramente, eles são nossos "sócios" no G20 comercial, hoje dormitando em algum escaninho burocráticos dos sulistas).
Bem, espero que se faça o que é sensato, aliás, não se sabe por que os responsáveis agrícolas não pensaram nessa ideia genial antes: simplesmente manter uma coordenação sobre os estoques existentes. Parece ridículo, mas as ideias mais simples por vezes tardam a prevalecer...
Paulo Roberto de Almeida
Accord au G20 agricole sur la lutte contre la volatilité des prix
Le Monde avec AFP et Reuters, 23.06.2011
Les prix des matières premières, agricoles notamment, ont flambé ces derniers mois.
Les ministres de l'agriculture des pays du G20, réunis à Paris, ont conclu un accord pour lutter contre la volatilité des prix agricoles, a annoncé, jeudi 23 juin, le ministre français Bruno Le Maire.
Sur bien des sujets, les avancées sont réelles, a souligné M. Le Maire, pour qui cette réunion du G20, la première ayant rassemblé des ministres de l'agriculture, devait adopter un accord ambitieux. Il a ainsi cité le "Forum de réaction rapide", constitué de hauts responsables du G20 et destiné à "agir rapidement afin de prévenir ou d'atténuer les crises mondiales des prix alimentaires", selon le texte adopté jeudi.
Véritable "Conseil de sécurité agricole", il doit en principe éviter que ne se renouvelle une flambée des prix du blé telle celle, l'an dernier, lorsque la Russie avait unilatéralement interrompu ses exportations en raison de la sécheresse, a expliqué M. Le Maire.
La France avait proposé un plan d'action, fondé sur cinq "piliers" : réinvestir dans l'agriculture mondiale pour "produire plus et mieux" ; accroître la transparence des marchés ; améliorer la coordination internationale pour prévenir et gérer les crises ; développer des outils de gestion du risque lié à la volatilité des prix agricoles ; réguler les marchés de dérivés de matières premières agricoles.
DES MESURES NON COERCITIVES
Les ministres ont ainsi décidé d'augmenter la production agricole mondiale, en cherchant par exemple à améliorer la productivité en ce qui concerne le blé, selon la déclaration finale. Sur la transparence des stocks agricoles, dont l'Inde et la Chine se méfiaient, considérant que ces informations étaient stratégiques, le G20 va mettre en place un système d'information sur les marchés, baptisé AMIS.
Cette base vise "à encourager" les pays à "partager leurs données" et à améliorer les systèmes d'information existants" sans toutefois prévoir de mesure coercitive", a expliqué le directeur général de l'ONU pour l'agriculture et l'alimentation, Jacques Diouf.
"S'il n'y avait pas eu d'accord des ministres de l'agriculture, il n'y aurait rien eu du tout", a déclaré M. Le Maire en réponse aux critiques sur l'insuffisance des mesures antispéculation préconisées. Cet accord est une "première étape", a-t-il fait valoir.
LA SPÉCULATION ABSENTE DES DISCUSSIONS
L'accord signé jeudi pour lutter contre la volatilité des prix agricoles est "très positif", a estimé Xavier Beulin, président de la FNSEA, principal syndicat agricole français. En ce qui concerne la régulation des marchés financiers traitant des produits agricoles, la FNSEA "attend que le G20 finances prenne bien en compte" cette question et que "le G20 chefs d'Etat confirme ces avancées", a ajouté M. Beulin.
Les organisations non gouvernementales ont de leur côté réservé un accueil mitigé au chapitre de l'accord faisant référence aux agrocarburants (éthanol et biodiesel), souvent accusés d'être l'un des facteurs de la hausse des prix de certains produits agricoles, comme le maïs ou la canne à sucre : One a salué le "maintien dans la déclaration finale" de cette question, tandis qu'Oxfam s'est dite déçue, reprochant aux membres du G20 agricole de ne traiter que "l'impact et les conséquences de la volatilité des prix sans s'attaquer aux causes de cette dernière".
G20 agricole
LES CLÉS
La constitution de stocks, enjeu majeur du G20 agricole
ENTRETIEN
Pierre Jacquet : "Les pays du G20 doivent se parler pour éviter la panique en cas de crise alimentaire"
ECLAIRAGE
Un difficile compromis à trouver pour réguler les marchés
POINT DE VUE
G20 : cinq priorités pour améliorer la sécurité alimentaire mondiale
Pois é, parece que esse G20 (ninguém sabe, ao certo, seu actual membership, que variou tremendamente ao longo de sua história errática) submergiu depois que as negociações comerciais multilaterais da Rodada Doha entraram em compasso de espera, imediatamente depois de Cancún, e depois de Hong Kong e Potsdam.
O G20 que se está tratando aqui é o financeiro, constituído de fato (ele já existia antes, mas andava parado) depois da crise americana de 2008 e que agora se reuniu sob o formato setorial dos responsáveis de agricultura.
Não que eu considerasse sua primeira versão uma maravilha: Sarkozy queria simplesmente usá-lo parda legitimar a pornográfica política agrícola europeia, da qual esses subvencionistas franceses são os principais usuários (mais na qualidade de recebedores, diga-se de passagem, do que na de pagadores). Face à resistência de americanos e brasileiros, caminhou-se num sentido mais razoável, ou seja, de coordenação de informação sobre estoques agrícolas, algo que indianos e chineses hesitam em fazê-lo (bizarramente, eles são nossos "sócios" no G20 comercial, hoje dormitando em algum escaninho burocráticos dos sulistas).
Bem, espero que se faça o que é sensato, aliás, não se sabe por que os responsáveis agrícolas não pensaram nessa ideia genial antes: simplesmente manter uma coordenação sobre os estoques existentes. Parece ridículo, mas as ideias mais simples por vezes tardam a prevalecer...
Paulo Roberto de Almeida
Accord au G20 agricole sur la lutte contre la volatilité des prix
Le Monde avec AFP et Reuters, 23.06.2011
Les prix des matières premières, agricoles notamment, ont flambé ces derniers mois.
Les ministres de l'agriculture des pays du G20, réunis à Paris, ont conclu un accord pour lutter contre la volatilité des prix agricoles, a annoncé, jeudi 23 juin, le ministre français Bruno Le Maire.
Sur bien des sujets, les avancées sont réelles, a souligné M. Le Maire, pour qui cette réunion du G20, la première ayant rassemblé des ministres de l'agriculture, devait adopter un accord ambitieux. Il a ainsi cité le "Forum de réaction rapide", constitué de hauts responsables du G20 et destiné à "agir rapidement afin de prévenir ou d'atténuer les crises mondiales des prix alimentaires", selon le texte adopté jeudi.
Véritable "Conseil de sécurité agricole", il doit en principe éviter que ne se renouvelle une flambée des prix du blé telle celle, l'an dernier, lorsque la Russie avait unilatéralement interrompu ses exportations en raison de la sécheresse, a expliqué M. Le Maire.
La France avait proposé un plan d'action, fondé sur cinq "piliers" : réinvestir dans l'agriculture mondiale pour "produire plus et mieux" ; accroître la transparence des marchés ; améliorer la coordination internationale pour prévenir et gérer les crises ; développer des outils de gestion du risque lié à la volatilité des prix agricoles ; réguler les marchés de dérivés de matières premières agricoles.
DES MESURES NON COERCITIVES
Les ministres ont ainsi décidé d'augmenter la production agricole mondiale, en cherchant par exemple à améliorer la productivité en ce qui concerne le blé, selon la déclaration finale. Sur la transparence des stocks agricoles, dont l'Inde et la Chine se méfiaient, considérant que ces informations étaient stratégiques, le G20 va mettre en place un système d'information sur les marchés, baptisé AMIS.
Cette base vise "à encourager" les pays à "partager leurs données" et à améliorer les systèmes d'information existants" sans toutefois prévoir de mesure coercitive", a expliqué le directeur général de l'ONU pour l'agriculture et l'alimentation, Jacques Diouf.
"S'il n'y avait pas eu d'accord des ministres de l'agriculture, il n'y aurait rien eu du tout", a déclaré M. Le Maire en réponse aux critiques sur l'insuffisance des mesures antispéculation préconisées. Cet accord est une "première étape", a-t-il fait valoir.
LA SPÉCULATION ABSENTE DES DISCUSSIONS
L'accord signé jeudi pour lutter contre la volatilité des prix agricoles est "très positif", a estimé Xavier Beulin, président de la FNSEA, principal syndicat agricole français. En ce qui concerne la régulation des marchés financiers traitant des produits agricoles, la FNSEA "attend que le G20 finances prenne bien en compte" cette question et que "le G20 chefs d'Etat confirme ces avancées", a ajouté M. Beulin.
Les organisations non gouvernementales ont de leur côté réservé un accueil mitigé au chapitre de l'accord faisant référence aux agrocarburants (éthanol et biodiesel), souvent accusés d'être l'un des facteurs de la hausse des prix de certains produits agricoles, comme le maïs ou la canne à sucre : One a salué le "maintien dans la déclaration finale" de cette question, tandis qu'Oxfam s'est dite déçue, reprochant aux membres du G20 agricole de ne traiter que "l'impact et les conséquences de la volatilité des prix sans s'attaquer aux causes de cette dernière".
G20 agricole
LES CLÉS
La constitution de stocks, enjeu majeur du G20 agricole
ENTRETIEN
Pierre Jacquet : "Les pays du G20 doivent se parler pour éviter la panique en cas de crise alimentaire"
ECLAIRAGE
Un difficile compromis à trouver pour réguler les marchés
POINT DE VUE
G20 : cinq priorités pour améliorer la sécurité alimentaire mondiale
O imperio Google e os livros britanicos e franceses: duas mentalidades
Lembro-me bem que, alguns anos atrás, a Google propôs a várias bibliotecas europeias digitalizar DE GRAÇA todos os livros antigos de livre acesso (ou seja, sem copyright de autor vivo ou de descendentes rentistas).
Várias aceitaram, mas os franceses logo montaram num cavalo e sairam pela Europa combatendo a "sugestão inaceitável" da corporação americana: "Imaginem o que esses gigantes americanos que só visam lucro não iriam fazer com os 'nossos' livros??!! Vender, se aproveitar, lucrar em cima de nossa bela cultura e nossa magnífica literatura...".
Enfim, poupo vocês dos detalhes (isso ainda na era Jacques Chirac). Eles então montaram um grandioso projeto europeu, financiado, claro, com dinheiro dos cidadãos, e até hoje devem ter digitalizado 10% do que a Google se comprometia a fazer inteiramente de graça, e colocaria à disposição de qualquer hottentote ou bushman das selvas (não confundir com a tribo texana dos Bush), apenas com uma ou outra propaganda nas margens (este é o preço do capitalismo).
Bem, isto apenas para dizer que a British Library aceitou a oferta da Google e vai colocar seu acervo à disposição dos simples mortais que somos nós.
Quanto aos franceses, ora, o que dizer? Vamos esperar mais alguns anos...
Lá vou eu downloadar (ugh!) o programa da British Library no meu iPad...
Paulo Roberto de Almeida
La British Library signe avec Google
Le Magazine Littéraire, 20/06/2011
Après l’annonce du lancement de son application pour Ipad – qui donnera un accès gratuit à plus de 1000 classiques anglais du XIXe, et un accès payant à plus de 60 000 titres – la British Library (pendant britannique de notre BnF) vient de conclure un partenariat avec l’entreprise Google pour numériser 250000 livres publiés entre 1700 et 1870.
Les titres seront accessibles via le site de la British Library, et celui de Google Books. Notons que l’entreprise Google prendra tous les frais de numérisation à sa charge. Selon Danne Lynne Brindley, Président de la British Library : «Au XIXe siècle, nos prédécesseurs avaient l’ambition de donner, à tout le monde, l’accès au plus d’informations possible, afin que la connaissance ne soit pas seulement réservée à ceux qui pouvaient se permettre de constituer des bibliothèques personnelles. Leur façon de procéder était d’acheter des livres du monde entier, et de les rendre disponibles dans des salles de lectures publiques. Notre partenariat avec Google nous ravit, car nous pensons qu’à travers lui, nous poursuivons cette tradition, dont nous sommes fiers, en offrant accès à ce matériau historique à chacun, où qu’il soit.» Rappelons qu’un semblable projet de partenariat entre Google et la BnF avait été reporté après avoir déclenché une vive polémique.
Várias aceitaram, mas os franceses logo montaram num cavalo e sairam pela Europa combatendo a "sugestão inaceitável" da corporação americana: "Imaginem o que esses gigantes americanos que só visam lucro não iriam fazer com os 'nossos' livros??!! Vender, se aproveitar, lucrar em cima de nossa bela cultura e nossa magnífica literatura...".
Enfim, poupo vocês dos detalhes (isso ainda na era Jacques Chirac). Eles então montaram um grandioso projeto europeu, financiado, claro, com dinheiro dos cidadãos, e até hoje devem ter digitalizado 10% do que a Google se comprometia a fazer inteiramente de graça, e colocaria à disposição de qualquer hottentote ou bushman das selvas (não confundir com a tribo texana dos Bush), apenas com uma ou outra propaganda nas margens (este é o preço do capitalismo).
Bem, isto apenas para dizer que a British Library aceitou a oferta da Google e vai colocar seu acervo à disposição dos simples mortais que somos nós.
Quanto aos franceses, ora, o que dizer? Vamos esperar mais alguns anos...
Lá vou eu downloadar (ugh!) o programa da British Library no meu iPad...
Paulo Roberto de Almeida
La British Library signe avec Google
Le Magazine Littéraire, 20/06/2011
Après l’annonce du lancement de son application pour Ipad – qui donnera un accès gratuit à plus de 1000 classiques anglais du XIXe, et un accès payant à plus de 60 000 titres – la British Library (pendant britannique de notre BnF) vient de conclure un partenariat avec l’entreprise Google pour numériser 250000 livres publiés entre 1700 et 1870.
Les titres seront accessibles via le site de la British Library, et celui de Google Books. Notons que l’entreprise Google prendra tous les frais de numérisation à sa charge. Selon Danne Lynne Brindley, Président de la British Library : «Au XIXe siècle, nos prédécesseurs avaient l’ambition de donner, à tout le monde, l’accès au plus d’informations possible, afin que la connaissance ne soit pas seulement réservée à ceux qui pouvaient se permettre de constituer des bibliothèques personnelles. Leur façon de procéder était d’acheter des livres du monde entier, et de les rendre disponibles dans des salles de lectures publiques. Notre partenariat avec Google nous ravit, car nous pensons qu’à travers lui, nous poursuivons cette tradition, dont nous sommes fiers, en offrant accès à ce matériau historique à chacun, où qu’il soit.» Rappelons qu’un semblable projet de partenariat entre Google et la BnF avait été reporté après avoir déclenché une vive polémique.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Politicas de governo e politicas de Estado - Ariane Cristine Roder Figueira
Elaborei, tempos atrás, um pequeno artigo sobre as distinções que se impõem entre políticas de governo e políticas de Estado, pensando especificamente na política externa. Abordei o tema pelo lado do processo decisório, como pode ser visto aqui:
Sobre políticas de governo e políticas de Estado: distinções necessárias
Brasília, 11 julho 2009, 3 p. Exatamente o que diz o título.
Postado no blog Diplomatizzando (12.07.2009; link).
Revisto ligeiramente e adaptado para publicação no Instituto Millenium (13.08.2009; link).
Relação de Originais n. 2026; Publicados n. 914.
Tomo conhecimento agora deste artigo de uma colega acadêmica, que analisa a questão pelo lado das teorias relativas ao sistema mundial: estado-cêntrica e pluralista.
Política Externa: Política de Estado ou Política de Governo?
Ariane Cristine Roder Figueira
Mundorama, 10 junho 2010
Um tema recorrente no debate acadêmico contemporâneo sobre a política externa brasileira é a partidarização que esta vem sofrendo especialmente no governo Lula. Na visão de acadêmicos e alguns diplomatas, política externa deve ser encarada como política de Estado e não de governo, o que significa que as ações externas do país devem ser pensadas em longo prazo, com isenção de valores e regada de profissionalismo e pragmatismo. Em outras palavras, nessa visão, a política externa deve estar afastada dos interesses partidários de curto prazo, direcionada para grupos específicos da sociedade, base política do governo. Mas esses argumentos sugerem algumas questões, quais sejam: existe política isenta de valores? O insulamento dos assuntos da política externa garante a representatividade dos interesses da Nação? Quais os mecanismos de controle social e político existentes para assuntos decididos em âmbito internacional?
Para refletir sobre esse assunto recorreremos a um debate clássico entre as perspectivas tradicionalista (ou estadocêntrica) e pluralista, ambas com visões antagônicas sobre o modo de se fazer política externa.
A perspectiva tradicionalista (ou realista) trata os Estados como atores unitários e monolíticos, em que as decisões de política externa estão centradas exclusivamente nas mãos do Executivo, desconsiderando a interação entre os agentes domésticos como partícipes do processo de tomada de decisão. O pressuposto em que estiveram pautadas essas análises é que as decisões de política externa resguardam um diferencial significativo em relação às demais políticas públicas, devendo manter-se apartada dos interesses domésticos conflitivos para, com isso, tomar decisões que reflitam diretamente o interesse nacional. Por isso, o chefe de Estado e seu representante imediato para assuntos de política externa (o Ministro de Estado) teriam que manter concentrado em suas “mãos” essas decisões, visto que as mesmas deveriam preservar seu caráter de continuidade, afastando-se das influências geradas pelas mudanças políticas internas e pelos diferentes grupos de pressão.
Essas abordagens de cunho tradicionalistas (realistas) que caracterizam estudos de política externa apenas a partir da inserção da unidade (Estado) no macro sistema internacional, destacam os fatores negativos de uma possível politização da política externa, visto que observam na opinião pública e nos atores não-estatais um desprovimento da racionalidade e das informações técnicas necessárias para a tomada de decisão em política externa, uma vez que são agentes suscetíveis a emoções momentâneas, sem considerar e nem mesmo conhecer o passado e futuro que compõem as relações diplomáticas entre países e que influenciam diretamente na decisão do Estado em âmbito internacional.
Assim também, aos parlamentares não há espaço para participação em política externa, pois não provêem de informações técnicas e conhecimento especializado sobre o assunto, além de estarem muito próximos aos interesses conflitantes da sociedade, descaracterizando, portanto, o interesse nacional, o qual, segundo essa visão, deve ser representado pela Chancelaria. Portanto, processos de formulação e decisão na área de política externa são relativamente desconsiderados, tratando o interesse nacional como um consenso captado pelo governista que irá representá-los no âmbito internacional.
Para a abordagem realista das relações internacionais, o interesse nacional do Estado deve e está, portanto, orientado para o poder, sendo sua conduta permeada pelos constrangimentos e possibilidades externas. Desconsidera-se, com isso, as variáveis da política doméstica (interna) e sua relação com o ambiente internacional. Neste sentido, personificam a figura do Estado tratando-o, sob o ponto de vista analítico, como uma estrutura racional e monolítica, ou seja, uniforme e homogênea, análogo ao modelo das “bolas de bilhar” que interagem como outras estruturas dessa mesma natureza dentro de um sistema (Morgenthau, 2003).
Em oposição a essa visão, a tradição pluralista considera a multiplicidade de atores que interagem e influenciam as decisões internacionais adotadas pelos Estados, além de formarem uma rede complexa de relações transnacionais, ou seja, o Estado não pode ser considerado o único ator das relações internacionais. Com isso, observou-se a necessidade da formação de tradições teóricas que dessem conta de explicar qual o papel desses “novos” atores (Organizações Internacionais, organizações não-governamentais, empresas multinacionais, opinião pública, etc) para as relações internacionais e como os mesmos influenciam na formação da agenda externa dos Estados e na construção das preferências nacionais (ou do interesse nacional). Além disso, negam a tradição realista no que se refere ao foco de análise na segurança internacional e no desprezo a outros processos relevantes das relações internacionais, tais como os processos de cooperação entre os Estados cada vez mais freqüentes e institucionalizados.
Essas novas abordagens têm como origem comum a busca pela compreensão da política a partir de seu processo de constituição, considerando uma diversidade de variáveis que influenciam diretamente na formação da agenda, no processo de escolha entre as alternativas decisórias e no próprio processo de implementação da política, superando, com isso, as análises que consideram o Estado como um ator monolítico, em que o interesse nacional se confunde com o próprio interesse de Estado.
Nesta visão, o interesse nacional deve ser considerado como um vetor resultante flexível, mutável e fragmentado, sendo o interesse nacional interpretado como a somatória de interesses particulares em conflito, ou seja, toda decisão internacional do país irá gerar ganhadores e perdedores domesticamente. Nesta lógica, os pluralistas consideram como positiva a participação mais assertiva de parlamentares, opinião pública e atores não-estatais, já que as preferências nacionais constituídas no campo da política externa são resultantes das disputas internas e permeadas pelos constrangimentos e incentivos gerados pelo sistema internacional. Neste sentido, o processo decisório de política externa é um complexo jogo de interação entre diferentes atores permeados por uma imensa gama de estruturas, seja do sistema internacional, sejam do doméstico, envolvidos em um processo dinâmico de interação (Hudson; Vore,1995).
Neste sentido, a horizontalização decisória com o aumento da participação parlamentar nos assuntos de política externa passa a ser observada como um fator positivo, sendo garantia de representatividade democrática. Além disso, Lisa Martim (2000) e Helen Milner (1997) defendem que o Poder Legislativo passa também a ser considerado como um ator primordial no estabelecimento de cooperação entre os Estados, isto porque quanto maior a participação do Parlamento no processo decisório, maior a confiança que os outros Estados depositam no país para o estabelecimento de acordos, já que decisões tomadas pelo governo, com aprovação do Legislativo, demonstram ter sido fruto de debate doméstico nas devidas instâncias democráticas. Seriam também essas decisões mais estáveis, visto que não podem ser anuladas discricionariamente pelo Executivo, sendo elementos, portanto, que conferem maior credibilidade aos compromissos internacionais assumidos pelo Estado.
Outro ponto a ser considerado é o caráter “interméstico” cada vez mais predominante nas temáticas presentes nas agendas diplomáticas dos Estados, que dificulta uma apreensão muito clara sobre o que é interno e o que é externo. Exemplos disso são as questões de preservação ambiental, respeito aos direitos humanos, direitos da criança e do adolescente, políticas comerciais, financeiras entre outras diversas problemáticas. Neste sentido, a internacionalização e a expansão das agendas comercial e social têm trazido a política externa mais próxima às políticas públicas, dada suas características vinculantes, tais como os efeitos distributivos das políticas sobre a sociedade, bem como o nível de mobilização de atores estatais e não-estatais na busca por influenciar o resultado das decisões políticas tomadas em âmbito internacional.
Nesse ensejo, este debate permite-nos refletir sobre o melhor modo de se fazer e decidir política externa, seja ele centralizado e conduzido prioritariamente pela diplomacia, que garante sua continuidade e eficiência; seja ele horizontalizado, com influência de diversos atores, garantindo com isso maior representatividade democrática e credibilidade internacional, embora desse modo mais suscetível às descontinuidades e à ineficiência nas decisões.
Bibliografia
• CLARKE, Michael, WHITE, Brian (eds.) (1989). Understanding Foreign Policy: The Foreign Policy Systems Approach. Aldershot: Elgar.
• DEUTSCH, Karl W. (1982) “Como se Faz Política Externa” in Análise das Relações Internacionais. Brasília: Editora da UnB, 1982.
• HUDSON, Valerie M., VORE, Christopher S (1995). Foreign Policy Analysis Yesterday, Today and Tomorrow. Mershon International Studies Review, Vol. 39, nº 2, outubro.
• LIMA, Maria Regina Soares de (2000). “Instituições Democráticas e Política Exterior” in Contexto Internacional, vol 22, n. 2, julho-dezembro.
• MARTIN, Lisa (2000). “Democratic Commitments: legislatures and international cooperation”. Princeton, Princeton University Press
• MILNER, Helen V. (1997). “Interests, Institutions, and Information”. Princeton, Princeton University Press.
• MORGENTHAU, H. (2003) Política entre as Nações. Brasília: Editora UNB.
Ariane Cristine Roder Figueira é Doutora em Ciência Política pela Universidade de São Paulo – USP e professora dos cursos de Relações Internacionais da Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP e da Universidade Anhembi Morumbi (arianeroder@gmail.com).
Sobre políticas de governo e políticas de Estado: distinções necessárias
Brasília, 11 julho 2009, 3 p. Exatamente o que diz o título.
Postado no blog Diplomatizzando (12.07.2009; link).
Revisto ligeiramente e adaptado para publicação no Instituto Millenium (13.08.2009; link).
Relação de Originais n. 2026; Publicados n. 914.
Tomo conhecimento agora deste artigo de uma colega acadêmica, que analisa a questão pelo lado das teorias relativas ao sistema mundial: estado-cêntrica e pluralista.
Política Externa: Política de Estado ou Política de Governo?
Ariane Cristine Roder Figueira
Mundorama, 10 junho 2010
Um tema recorrente no debate acadêmico contemporâneo sobre a política externa brasileira é a partidarização que esta vem sofrendo especialmente no governo Lula. Na visão de acadêmicos e alguns diplomatas, política externa deve ser encarada como política de Estado e não de governo, o que significa que as ações externas do país devem ser pensadas em longo prazo, com isenção de valores e regada de profissionalismo e pragmatismo. Em outras palavras, nessa visão, a política externa deve estar afastada dos interesses partidários de curto prazo, direcionada para grupos específicos da sociedade, base política do governo. Mas esses argumentos sugerem algumas questões, quais sejam: existe política isenta de valores? O insulamento dos assuntos da política externa garante a representatividade dos interesses da Nação? Quais os mecanismos de controle social e político existentes para assuntos decididos em âmbito internacional?
Para refletir sobre esse assunto recorreremos a um debate clássico entre as perspectivas tradicionalista (ou estadocêntrica) e pluralista, ambas com visões antagônicas sobre o modo de se fazer política externa.
A perspectiva tradicionalista (ou realista) trata os Estados como atores unitários e monolíticos, em que as decisões de política externa estão centradas exclusivamente nas mãos do Executivo, desconsiderando a interação entre os agentes domésticos como partícipes do processo de tomada de decisão. O pressuposto em que estiveram pautadas essas análises é que as decisões de política externa resguardam um diferencial significativo em relação às demais políticas públicas, devendo manter-se apartada dos interesses domésticos conflitivos para, com isso, tomar decisões que reflitam diretamente o interesse nacional. Por isso, o chefe de Estado e seu representante imediato para assuntos de política externa (o Ministro de Estado) teriam que manter concentrado em suas “mãos” essas decisões, visto que as mesmas deveriam preservar seu caráter de continuidade, afastando-se das influências geradas pelas mudanças políticas internas e pelos diferentes grupos de pressão.
Essas abordagens de cunho tradicionalistas (realistas) que caracterizam estudos de política externa apenas a partir da inserção da unidade (Estado) no macro sistema internacional, destacam os fatores negativos de uma possível politização da política externa, visto que observam na opinião pública e nos atores não-estatais um desprovimento da racionalidade e das informações técnicas necessárias para a tomada de decisão em política externa, uma vez que são agentes suscetíveis a emoções momentâneas, sem considerar e nem mesmo conhecer o passado e futuro que compõem as relações diplomáticas entre países e que influenciam diretamente na decisão do Estado em âmbito internacional.
Assim também, aos parlamentares não há espaço para participação em política externa, pois não provêem de informações técnicas e conhecimento especializado sobre o assunto, além de estarem muito próximos aos interesses conflitantes da sociedade, descaracterizando, portanto, o interesse nacional, o qual, segundo essa visão, deve ser representado pela Chancelaria. Portanto, processos de formulação e decisão na área de política externa são relativamente desconsiderados, tratando o interesse nacional como um consenso captado pelo governista que irá representá-los no âmbito internacional.
Para a abordagem realista das relações internacionais, o interesse nacional do Estado deve e está, portanto, orientado para o poder, sendo sua conduta permeada pelos constrangimentos e possibilidades externas. Desconsidera-se, com isso, as variáveis da política doméstica (interna) e sua relação com o ambiente internacional. Neste sentido, personificam a figura do Estado tratando-o, sob o ponto de vista analítico, como uma estrutura racional e monolítica, ou seja, uniforme e homogênea, análogo ao modelo das “bolas de bilhar” que interagem como outras estruturas dessa mesma natureza dentro de um sistema (Morgenthau, 2003).
Em oposição a essa visão, a tradição pluralista considera a multiplicidade de atores que interagem e influenciam as decisões internacionais adotadas pelos Estados, além de formarem uma rede complexa de relações transnacionais, ou seja, o Estado não pode ser considerado o único ator das relações internacionais. Com isso, observou-se a necessidade da formação de tradições teóricas que dessem conta de explicar qual o papel desses “novos” atores (Organizações Internacionais, organizações não-governamentais, empresas multinacionais, opinião pública, etc) para as relações internacionais e como os mesmos influenciam na formação da agenda externa dos Estados e na construção das preferências nacionais (ou do interesse nacional). Além disso, negam a tradição realista no que se refere ao foco de análise na segurança internacional e no desprezo a outros processos relevantes das relações internacionais, tais como os processos de cooperação entre os Estados cada vez mais freqüentes e institucionalizados.
Essas novas abordagens têm como origem comum a busca pela compreensão da política a partir de seu processo de constituição, considerando uma diversidade de variáveis que influenciam diretamente na formação da agenda, no processo de escolha entre as alternativas decisórias e no próprio processo de implementação da política, superando, com isso, as análises que consideram o Estado como um ator monolítico, em que o interesse nacional se confunde com o próprio interesse de Estado.
Nesta visão, o interesse nacional deve ser considerado como um vetor resultante flexível, mutável e fragmentado, sendo o interesse nacional interpretado como a somatória de interesses particulares em conflito, ou seja, toda decisão internacional do país irá gerar ganhadores e perdedores domesticamente. Nesta lógica, os pluralistas consideram como positiva a participação mais assertiva de parlamentares, opinião pública e atores não-estatais, já que as preferências nacionais constituídas no campo da política externa são resultantes das disputas internas e permeadas pelos constrangimentos e incentivos gerados pelo sistema internacional. Neste sentido, o processo decisório de política externa é um complexo jogo de interação entre diferentes atores permeados por uma imensa gama de estruturas, seja do sistema internacional, sejam do doméstico, envolvidos em um processo dinâmico de interação (Hudson; Vore,1995).
Neste sentido, a horizontalização decisória com o aumento da participação parlamentar nos assuntos de política externa passa a ser observada como um fator positivo, sendo garantia de representatividade democrática. Além disso, Lisa Martim (2000) e Helen Milner (1997) defendem que o Poder Legislativo passa também a ser considerado como um ator primordial no estabelecimento de cooperação entre os Estados, isto porque quanto maior a participação do Parlamento no processo decisório, maior a confiança que os outros Estados depositam no país para o estabelecimento de acordos, já que decisões tomadas pelo governo, com aprovação do Legislativo, demonstram ter sido fruto de debate doméstico nas devidas instâncias democráticas. Seriam também essas decisões mais estáveis, visto que não podem ser anuladas discricionariamente pelo Executivo, sendo elementos, portanto, que conferem maior credibilidade aos compromissos internacionais assumidos pelo Estado.
Outro ponto a ser considerado é o caráter “interméstico” cada vez mais predominante nas temáticas presentes nas agendas diplomáticas dos Estados, que dificulta uma apreensão muito clara sobre o que é interno e o que é externo. Exemplos disso são as questões de preservação ambiental, respeito aos direitos humanos, direitos da criança e do adolescente, políticas comerciais, financeiras entre outras diversas problemáticas. Neste sentido, a internacionalização e a expansão das agendas comercial e social têm trazido a política externa mais próxima às políticas públicas, dada suas características vinculantes, tais como os efeitos distributivos das políticas sobre a sociedade, bem como o nível de mobilização de atores estatais e não-estatais na busca por influenciar o resultado das decisões políticas tomadas em âmbito internacional.
Nesse ensejo, este debate permite-nos refletir sobre o melhor modo de se fazer e decidir política externa, seja ele centralizado e conduzido prioritariamente pela diplomacia, que garante sua continuidade e eficiência; seja ele horizontalizado, com influência de diversos atores, garantindo com isso maior representatividade democrática e credibilidade internacional, embora desse modo mais suscetível às descontinuidades e à ineficiência nas decisões.
Bibliografia
• CLARKE, Michael, WHITE, Brian (eds.) (1989). Understanding Foreign Policy: The Foreign Policy Systems Approach. Aldershot: Elgar.
• DEUTSCH, Karl W. (1982) “Como se Faz Política Externa” in Análise das Relações Internacionais. Brasília: Editora da UnB, 1982.
• HUDSON, Valerie M., VORE, Christopher S (1995). Foreign Policy Analysis Yesterday, Today and Tomorrow. Mershon International Studies Review, Vol. 39, nº 2, outubro.
• LIMA, Maria Regina Soares de (2000). “Instituições Democráticas e Política Exterior” in Contexto Internacional, vol 22, n. 2, julho-dezembro.
• MARTIN, Lisa (2000). “Democratic Commitments: legislatures and international cooperation”. Princeton, Princeton University Press
• MILNER, Helen V. (1997). “Interests, Institutions, and Information”. Princeton, Princeton University Press.
• MORGENTHAU, H. (2003) Política entre as Nações. Brasília: Editora UNB.
Ariane Cristine Roder Figueira é Doutora em Ciência Política pela Universidade de São Paulo – USP e professora dos cursos de Relações Internacionais da Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP e da Universidade Anhembi Morumbi (arianeroder@gmail.com).
O problema do carro eletrico - Aluizio Gomes
Um post intreressante de um economista pernambucano, Aluizio Gomes, que se diz um "rebelde com causa" e que pretende ter o primeiro (ou o mais antigo) blog de Pernambuco. Não tenho condições de aferir se é verdade, mas tenho sim condições de atestar sua alta qualidade de analista econômico, sobre os mais diversos assuntos.
Transcrevo um de seus mais recentes posts, sobre o problema do carro elétrico, eliminando apenas alguns trechos que não têm a ver diretamente com a questão.
Paulo Roberto de Almeida
OS SABOTADORES DO FUTURO
Aluizio Gomes
22/06/2011
1.INTRÓITO
Apesar de toda evolução de Homo sapiens, fico em dúvida se Homo é realmente sapiens.
(...)
Quem são os sabotadores do futuro? Todos aqueles, que, por interesses pessoais, financeiros, corporativistas, se opõem tenazmente à inclusão de novas tecnologias que poderiam salvar o planeta de um colapso ambiental, genéricamente falando.Específicamente falando, no caso presente, o sabotador é a indústria do petróleo.
2.O PROBLEMA DO CARRO ELÉTRICO.
O portal www.slate.com publicou uma matéria sobre o problema da exequibilidade da bateria automotiva para substituir a gasolina. Foi muito criticada por ter uma série de erros técnicos, mas teve a vantagem de levantar a discussão do problema.Começa nos informando que:
By Farhad Manjoo
Posted Tuesday, June 21, 2011, at 10:39 AM ET
Já nos anos 70, a EXXON contratou um engenheiro, de nome Michael Stanley Whittingham, para descobrir uma fonte de energia que pudesse substituir o petróleo.
Após experimentar algumas ligas metálicas, Stanley descobriu que o lítio tinha uma grande capacidade de armazenar energia.O engenheiro comunicou a descoberta a seus superiores, mas logo veio uma recessão, o preço do petróleo caiu, e perdeu-se a oportunidade de avançar no tema.O laboratório de Stanley foi então fechado.
Seth Fletcher, um editor senior de Popular Science, relembra em seu novo livro, "Bottled Lightning": Os cientistas vêm trabalhando em superbaterias, carros elétricos, e a Nova Economia do Lítio desde mesmo antes dos tempos de Thomas Edison, o qual era ele também um dos que pesquisaram o tema. Se nós tivéssemos hoje um combustível que se equiparasse ao custo e desempenho dos combustíveis fósseis, não só teríamos carros mais limpos, mas também teríamos sido capazes de remodelar toda nossa infraestrutura.
O problema da energia eólica e solar é que sua geração é intermitente.Só quando venta ou faz sol é que há geração.Aí é que entra a importancia da bateria.Nas horas ociosas, a bateria pode fornecer energia.Realisticamente falando, não se deve achar que a bateria ideal vá aparecer de uma hora para outra.Quando a ciência achar a solução para um equipamento viável economicamente, haverá alteração na geopolitica, o planeta ficará mais limpo e haverá um novo boom econômico.
Contra a tecnologia do carro elétrico conspira a indústria petrolífera.Reconheçamos que a gasolina é um combustível de primeira, não foi por acaso que ela prevaleceu. A gasolina tem uma excelente densidade enrgética.Isto quer dizer que, em relação a seu peso, a quantidade de energia é grande.Mesmo com todas as crises, continua abundante e barata. Para se ter uma idéia, hoje, a melhor bateria a lítio pode armazenar 0,2kwh por kilograma de massa. Já a gasolina armazena 13kwh por kilo.
Agora, o motor a gasolina apresenta uma enorme desvantagem, ele é altamente ineficiente.A maior parte da energia resultante da combustão interna transforma-se em calor e não em energia mecânica.Não é à toa que todo motor à gasolina, diesel, gás, ou álcool precisa ser refrigerado, senão funde.Por outro lado, existe a facilidade de reabastecer, é mais rápido.Para recarregar uma bateria, necessita horas.
No mundo todo continuam as pesquisas para desenvolver uma bateria eficiente, confiável e de custo acessível. Devido à má vontade política, pode ser que esses resultados cheguem tarde demais.
Transcrevo um de seus mais recentes posts, sobre o problema do carro elétrico, eliminando apenas alguns trechos que não têm a ver diretamente com a questão.
Paulo Roberto de Almeida
OS SABOTADORES DO FUTURO
Aluizio Gomes
22/06/2011
1.INTRÓITO
Apesar de toda evolução de Homo sapiens, fico em dúvida se Homo é realmente sapiens.
(...)
Quem são os sabotadores do futuro? Todos aqueles, que, por interesses pessoais, financeiros, corporativistas, se opõem tenazmente à inclusão de novas tecnologias que poderiam salvar o planeta de um colapso ambiental, genéricamente falando.Específicamente falando, no caso presente, o sabotador é a indústria do petróleo.
2.O PROBLEMA DO CARRO ELÉTRICO.
O portal www.slate.com publicou uma matéria sobre o problema da exequibilidade da bateria automotiva para substituir a gasolina. Foi muito criticada por ter uma série de erros técnicos, mas teve a vantagem de levantar a discussão do problema.Começa nos informando que:
By Farhad Manjoo
Posted Tuesday, June 21, 2011, at 10:39 AM ET
Já nos anos 70, a EXXON contratou um engenheiro, de nome Michael Stanley Whittingham, para descobrir uma fonte de energia que pudesse substituir o petróleo.
Após experimentar algumas ligas metálicas, Stanley descobriu que o lítio tinha uma grande capacidade de armazenar energia.O engenheiro comunicou a descoberta a seus superiores, mas logo veio uma recessão, o preço do petróleo caiu, e perdeu-se a oportunidade de avançar no tema.O laboratório de Stanley foi então fechado.
Seth Fletcher, um editor senior de Popular Science, relembra em seu novo livro, "Bottled Lightning": Os cientistas vêm trabalhando em superbaterias, carros elétricos, e a Nova Economia do Lítio desde mesmo antes dos tempos de Thomas Edison, o qual era ele também um dos que pesquisaram o tema. Se nós tivéssemos hoje um combustível que se equiparasse ao custo e desempenho dos combustíveis fósseis, não só teríamos carros mais limpos, mas também teríamos sido capazes de remodelar toda nossa infraestrutura.
O problema da energia eólica e solar é que sua geração é intermitente.Só quando venta ou faz sol é que há geração.Aí é que entra a importancia da bateria.Nas horas ociosas, a bateria pode fornecer energia.Realisticamente falando, não se deve achar que a bateria ideal vá aparecer de uma hora para outra.Quando a ciência achar a solução para um equipamento viável economicamente, haverá alteração na geopolitica, o planeta ficará mais limpo e haverá um novo boom econômico.
Contra a tecnologia do carro elétrico conspira a indústria petrolífera.Reconheçamos que a gasolina é um combustível de primeira, não foi por acaso que ela prevaleceu. A gasolina tem uma excelente densidade enrgética.Isto quer dizer que, em relação a seu peso, a quantidade de energia é grande.Mesmo com todas as crises, continua abundante e barata. Para se ter uma idéia, hoje, a melhor bateria a lítio pode armazenar 0,2kwh por kilograma de massa. Já a gasolina armazena 13kwh por kilo.
Agora, o motor a gasolina apresenta uma enorme desvantagem, ele é altamente ineficiente.A maior parte da energia resultante da combustão interna transforma-se em calor e não em energia mecânica.Não é à toa que todo motor à gasolina, diesel, gás, ou álcool precisa ser refrigerado, senão funde.Por outro lado, existe a facilidade de reabastecer, é mais rápido.Para recarregar uma bateria, necessita horas.
No mundo todo continuam as pesquisas para desenvolver uma bateria eficiente, confiável e de custo acessível. Devido à má vontade política, pode ser que esses resultados cheguem tarde demais.
Democracia nos BRICS: Russia gosta de liberais
Na verdade, os russos gostam tanto dos liberais, que preferem mantê-los sob controle do poder. Nunca se sabe quando eles podem causar alguma turbulência política...
Russia rejects new opposition party registration
BBC World News, 22 June 2011
Officials said the application by the recently formed People's Freedom Party contained violations
"I am not surprised. I can actually state the following: there will be no opposition (parties) in the ballot papers at all”
Boris Nemtsov, Opposition leader
Russia has refused to register a new liberal political party led by four prominent opposition figures - in effect barring it from upcoming polls.
The People's Freedom Party failed to meet several of the legal requirements, the justice ministry said.
One opposition leader said it was because PM Vladimir Putin's ruling party feared a strong opposition bloc.
Parliamentary elections are due to take place in December, with presidential ones to follow in March.
The move came only days after President Dmitry Medvedev repeated his call for a greater political competition in Russia.
'Intimidate'
Documents for the party, also known as Parnas, were submitted by former prime minister Mikhail Kasyanov, former deputy prime minister Boris Nemtsov, and several other politicians last month.
But the justice ministry said it could not accept the application because it contained a number of violations, including listing members who were under age or no longer alive.
"The party's documents contain data about members of the public who died before the party's founding convention on December 13, 2010," the ministry said in a statement.
It also said that Parnas's charter did not provide for a rotation of its leadership as required by a new law.
However, Kremlin critics have said authorities use various technicalities to deny opposition parties registration.
US Secretary of State Hillary Clinton said she was "disappointed" by Russia's decision.
"We are troubled by reports of pressure from authorities in the regions designed to intimidate Parnas supporters, prompting them to resign positions or disavow their signatures on required lists," she said in a statement.
Mr Nemtsov, one of the group's founders, accused Russia's ruling party of being "deadly afraid" of the opposition.
"I am not surprised. I can actually state the following: there will be no opposition (parties) in the ballot papers at all," he said.
"[The authorities] have actually made a major political mistake. Now the country and the world know that our elections are nothing but a farce. I don't think that these elections would be considered honest, transparent and legitimate both in our country and the world. And everything is pretty clear about these elections six months ahead of them."
Russia rejects new opposition party registration
BBC World News, 22 June 2011
Officials said the application by the recently formed People's Freedom Party contained violations
"I am not surprised. I can actually state the following: there will be no opposition (parties) in the ballot papers at all”
Boris Nemtsov, Opposition leader
Russia has refused to register a new liberal political party led by four prominent opposition figures - in effect barring it from upcoming polls.
The People's Freedom Party failed to meet several of the legal requirements, the justice ministry said.
One opposition leader said it was because PM Vladimir Putin's ruling party feared a strong opposition bloc.
Parliamentary elections are due to take place in December, with presidential ones to follow in March.
The move came only days after President Dmitry Medvedev repeated his call for a greater political competition in Russia.
'Intimidate'
Documents for the party, also known as Parnas, were submitted by former prime minister Mikhail Kasyanov, former deputy prime minister Boris Nemtsov, and several other politicians last month.
But the justice ministry said it could not accept the application because it contained a number of violations, including listing members who were under age or no longer alive.
"The party's documents contain data about members of the public who died before the party's founding convention on December 13, 2010," the ministry said in a statement.
It also said that Parnas's charter did not provide for a rotation of its leadership as required by a new law.
However, Kremlin critics have said authorities use various technicalities to deny opposition parties registration.
US Secretary of State Hillary Clinton said she was "disappointed" by Russia's decision.
"We are troubled by reports of pressure from authorities in the regions designed to intimidate Parnas supporters, prompting them to resign positions or disavow their signatures on required lists," she said in a statement.
Mr Nemtsov, one of the group's founders, accused Russia's ruling party of being "deadly afraid" of the opposition.
"I am not surprised. I can actually state the following: there will be no opposition (parties) in the ballot papers at all," he said.
"[The authorities] have actually made a major political mistake. Now the country and the world know that our elections are nothing but a farce. I don't think that these elections would be considered honest, transparent and legitimate both in our country and the world. And everything is pretty clear about these elections six months ahead of them."
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