segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Bolivia: como afundar um pais, muito rapidamente...

No mundo todo, os governos se esforçam para elevar as idades de aposentadorias, aproximar as mulheres dos homens (que vivem sempre menos que suas companheiras) e diminuir os benefícios, em geral, como forma de se preparar para os tempos duros que virão pela frente, EM TODOS OS PAISES.
Menos na Bolívia: parece que eles descobriram a árvore da felicidade eterna, aquela de onde jorra não só leite e mel, mas dinheiro à vontade para pagar tudo isso.
Eu dou um prazo de três anos para a Bolívia entrar numa séria crise fiscal.
Depois o presidente da Bolívia poderá escrever um manual do tipo "Como enterrar alegremente um país sem sequer ter consciência disso". Deveria ser publicado numa categoria especial do Idiot's Guide of Public Administration...
Paulo Roberto de Almeida


Bolivia reduce la edad de jubilación a 58 años
Redacción - BBC Mundo
Sábado, 11 de diciembre de 2010

El gobierno aún no ha explicado cómo financiará el nuevo sistema.

El presidente de Bolivia, Evo Morales, promulgó una ley que reduce la edad de jubilación a 58 años -y todavía más para los denominados "grupos vulnerables"- invirtiendo la tendencia global a aumentar la vida laboral.

Hasta ahora la edad de jubilación era 65 años para los trabajadores bolivianos y 60 años para las trabajadoras.

A partir de ahora, sin embargo, ellas se podrán retirar a los 55 años, a condición de que sean madres de tres hijos.

Por su parte, los mineros que hayan trabajado bajo tierra -unos 70.000, según los últimos cálculos- podrán retirarse a los 51 años de edad.

La nueva ley también nacionaliza los fondos de pensiones que hasta ahora eran controlados por dos entidades financieras, el banco español BBVA y el grupo suizo Zúrich Financial.

Además extiende el beneficio de la jubilación al 60% de los bolivianos que se estima que trabajan en la economía sumergida, unos tres millones de personas.

"Elaborada por los ciudadanos"

Hasta ahora la edad de jubilación era 65 años para los trabajadores bolivianos y 60 años para las trabajadoras. Ellas se podrán retirar en adelante a los 55 años, a condición de que sean madres de tres hijos. Los mineros que hayan trabajado bajo tierra, unos 70.000, podrán retirarse a los 51 años.
Morales destacó en un acto en la sede de la Central Obrera Boliviana (COB), el mayor sindicato del país que el contenido de la norma fue elaborado por los trabajadores por primera vez en la historia del país:

"Es una prueba de que Bolivia vive una nueva era de fortalecimiento democrático en la que los ciudadanos son protagonistas de las decisiones", dijo el mandatario, cuyo gobierno pactó la ley con la COB.

"Estamos cumpliendo con el pueblo boliviano. Estamos creando un sistema de pensiones que incluye a todos", afirmó y se refirió a la época en que Bolivia "seguía los dictados de organismos internacionales para elaborar sus leyes", en alusión indirecta a la ley de pensiones anterior, elaborada durante la presidencia de Gonzalo Sánchez de Lozada (1993-1997).

Aquella ley privatizó los fondos de pensiones después de que el sistema estatal entrara en bancarrota.

Los críticos, en particular los líderes empresariales, dicen que Bolivia tendrá dificultades para financiar el sistema a largo plazo.

El gobierno aún no ha explicado al detalle cómo financiará el nuevo sistema, pero Morales ha insistido en ocasiones en que usará la riqueza del gas natural boliviano para ayudar a los desfavorecidos.

Esperanza de vida

Los mineros que hayan trabajado bajo tierra, unos 70.000, podrán retirarse a los 51 años.

Recientemente, otros países, sobre todo en Europa, retrasaron la edad de jubilación con el objetivo de hacer frente a unas sociedades más envejecidas como resultado del incremento de la expectativa de vida.

La Unión Europea (UE) se enfrenta a una "bomba demográfica", según el especialista en temas económicos de BBC Mundo, Marcelo Justo, que agrega que se ha agravado con la difícil situación que atraviesan algunos de ellos.

Francia elevó en noviembre la edad mínima para retirarse de 60 a 62 años, lo que generó numerosas protestas sociales. Reino Unido y España también tienen planes similares y la Comisión Europea propuso que los 27 países de la UE la retrasen hasta los 70 años.

Otras regiones han hecho modificaciones similares. Incluso Cuba la incrementó en 2009 de 60 a 65 años para los hombres y de 55 a 60 para las mujeres.

Pero el gobierno de La Paz aduce que el de Bolivia es un caso especial, ya que la mayoría de los bolivianos desempeñan duros trabajos manuales difíciles de sobrellevar a una edad avanzada.

La expectativa de vida en Bolivia es de 63 años para los hombres y 68 para las mujeres, según datos de la ONU, que sitúa la esperanza de vida global en 68 años para ambos sexos, una media que asciende a 73 años en Latinoamérica y a 80 años en Europa occidental.

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E por falar nisso: Europa propone jubilación a los 70
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Debate que se seguiu a este post (em 15.12.2010):

5 comentários:

Anônimo disse...
O governo do caudilho bolivariano Evo Morales lembra o vício em drogas. Primeiro a euforia, depois a depressão e por fim o tratamento de choque.
Eduardo C. disse...
Acredito que a idade de aposentadoria deva refletir as necessidades econômicas e características demográficas de cada país. Sendo assim, o que parece estranho nessa história da Bolívia não é a redução da idade de aposentadoria, mas a desproporção entre esta e a expectativa de vida no país. O Brasil tem expectativa de vida (masculina) de 68,8 anos, enquanto a Bolívia, 63,4. Como podem ambos sustentarem a mesma idade de 65 anos para aposentadoria? O boliviano só tem direito a aposentar-se depois de morrer?
Paulo R. de Almeida disse...
Eduardo, Voce se referiu a duas coisas absolutamente contraditorias. As necessidades econômicas sempre vão estar em oposição às características demográficas, em qualquer país. Você pode contentar os bolivianos, ou até os brasileiros, mas estadá distante das realidades e da matemática. Para alcançar o que você quer, a taxa de crescimento da produtividade do trabalho humano, nesses países, teria de avançar a um ritmo fantástico. Acho sinceramente que não vai dar certo. Em todo caso, eu dei três anos para a Bolívia entrar em crise fiscal (não apenas por isso, claro, mas por todas as outras políticas do governo). Vamos fazer uma aposta, valendo dois livros: eu ganho se minha "profecia" se revelar correta. Topa? Paulo Roberto de Almeida
Eduardo C. disse...
Dr. Paulo, confesso não ter entendido em que sentido "necessidades econômicas sempre vão estar em oposição a características demográficas". Meu ponto era salientar que aquela idade de aposentadoria boliviana, a priori, não condizia com as reais necessidades do mercado de trabalho. De que adianta fixar a aposentadoria para 65 se não se vive até essa idade? Quer dizer, na média, não se perde força de trabalho por aposentadoria. Sobre a questão da dívida, acho que não haverá aposta. Também acredito na possibilidade de comprometimento fiscal de alguns países da Am. do Sul.
Paulo R. de Almeida disse...

Eduardo,
Sei que voce raciocina com base em critérios de utilidade, ou seja, de maximização do bem-estar dos cidadãos.
Acontece que países com esperança de vida mais baixa são também, e necessariamente, os países de menor produtividade do trabalho humano, e portanto de menor renda, menores disponibilidades fiscais e menor capacidade orçamentária para sustentar uma larga população aposentada.
Ou seja, o que a Bolivia está fazendo é um crime contra os mais jovens, contra o país, contra o desenvolvimento nacional, contra a acumulação de riqueza e a melhoria dos padrões de vida.
O governo vai comprometer uma fração maior das receitas públicas com o pagamento de aposentados aos 55 e 58 (que de outra forma estariam trabalhando para sobreviver) e com isso vai inviabilizar a melhoria, justamente, dos setores de saúde, educação, saneamento, ou seja, tudo aquilo que poderia melhorar os padrões de vida e a prosperidade do país em médio e longo prazo.
O governo está assassinando o futuro.
Espero que agora você compreenda o meu raciocínio econômico...
Paulo Roberto de Almeida

6 comentários:

  1. O governo do caudilho bolivariano Evo Morales lembra o vício em drogas. Primeiro a euforia, depois a depressão e por fim o tratamento de choque.

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  2. Acredito que a idade de aposentadoria deva refletir as necessidades econômicas e características demográficas de cada país. Sendo assim, o que parece estranho nessa história da Bolívia não é a redução da idade de aposentadoria, mas a desproporção entre esta e a expectativa de vida no país. O Brasil tem expectativa de vida (masculina) de 68,8 anos, enquanto a Bolívia, 63,4. Como podem ambos sustentarem a mesma idade de 65 anos para aposentadoria? O boliviano só tem direito a aposentar-se depois de morrer?

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  3. Eduardo,
    Voce se referiu a duas coisas absolutamente contraditorias. As necessidades econômicas sempre vão estar em oposição às características demográficas, em qualquer país.
    Você pode contentar os bolivianos, ou até os brasileiros, mas estadá distante das realidades e da matemática.
    Para alcançar o que você quer, a taxa de crescimento da produtividade do trabalho humano, nesses países, teria de avançar a um ritmo fantástico.
    Acho sinceramente que não vai dar certo.
    Em todo caso, eu dei três anos para a Bolívia entrar em crise fiscal (não apenas por isso, claro, mas por todas as outras políticas do governo).
    Vamos fazer uma aposta, valendo dois livros: eu ganho se minha "profecia" se revelar correta.
    Topa?
    Paulo Roberto de Almeida

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  4. Dr. Paulo,

    confesso não ter entendido em que sentido "necessidades econômicas sempre vão estar em oposição a características demográficas". Meu ponto era salientar que aquela idade de aposentadoria boliviana, a priori, não condizia com as reais necessidades do mercado de trabalho. De que adianta fixar a aposentadoria para 65 se não se vive até essa idade? Quer dizer, na média, não se perde força de trabalho por aposentadoria.

    Sobre a questão da dívida, acho que não haverá aposta. Também acredito na possibilidade de comprometimento fiscal de alguns países da Am. do Sul.

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  5. Eduardo,
    Sei que voce raciocina com base em critérios de utilidade, ou seja, de maximização do bem-estar dos cidadãos.
    Acontece que países com esperança de vida mais baixa são também, e necessariamente, os países de menor produtividade do trabalho humano, e portanto de menor renda, menores disponibilidades fiscais e menor capacidade orçamentária para sustentar uma larga população aposentada.
    Ou seja, o que a Bolivia está fazendo é um crime contra os mais jovens, contra o país, contra o desenvolvimento nacional, contra a acumulação de riqueza e a melhoria dos padrões de vida.
    O governo vai comprometer uma fração maior das receitas públicas com o pagamento de aposentados aos 55 e 58 (que de outra forma estariam trabalhando para sobreviver) e com isso vai inviabilizar a melhoria, justamente, dos setores de saúde, educação, saneamento, ou seja, tudo aquilo que poderia melhorar os padrões de vida e a prosperidade do país em médio e longo prazo.
    O governo está assassinando o futuro.
    Espero que agora você compreenda o meu raciocínio econômico...
    Paulo Roberto de Almeida

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  6. Na verdade, meu raciocínio se pautou mais por critérios de justiça social do que por uma análise utilitarista - sendo assim, acho correto que se amplie o direito de aposentadoria, simplesmente por ser um direito social.
    Agora, numa análise de custo X benefício, o que está em jogo é um trade-off entre utilidade dos aposentados e das futuras gerações.
    Se nesse jogo a utilidade líquida pelo menos zerar, tudo bem. O difícil é comparar se vale mais obrigar um senhor trabalhar ou a privar uma criança de escola.

    (ah, e obrigado pela atenção despendida no debate!)

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