O SOM E A FÚRIA
Milton Pires
Circula pela internet a notícia de que o Partido dos Trabalhadores (PT) lançou uma espécie de “sentença”..um tipo de “fatwa” como aquela proferida em 14 de Fevereiro de 1989 ordenando a execução do escritor britânico Ahmed Salman Rushdie e que foi proferida pelo Aiatolá Ruhollah Khomeini, líder do Irã, por ocasião da publicação de seu livro “Versos Satânicos”. Aqui no Brasil, representando os aiatolás petistas, a conclamação aos fiéis deu-se através da manifestação do senhor Alberto Cantalice (vice-presidente nacional do PT) que, através da página oficial do partido na internet, escreveu o seguinte: “Personificados em Reinaldo Azevedo, Arnaldo Jabor, Demétrio Magnoli, Guilherme Fiúza, Augusto Nunes, Diogo Mainardi, Lobão, Gentili, Marcelo Madureira entre outros menos votados, suas pregações nas páginas dos veículos conservadores estimulam setores reacionários e exclusivistas da sociedade brasileira a maldizer os pobres e sua presença cada vez maior nos aeroportos, nos shoppings e nos restaurantes. Seus paroxismos odientos revelaram-se com maior clarividência na Copa do Mundo.”
Sobre isso, digo eu o seguinte: sem ser jornalista, sem ter sido citado nem ameaçado peço licença aos integrantes da “lista” acima para lhes fazer companhia. Minhas credenciais para nela entrar são as seguintes: sendo médico e servidor público brasileiro eu e vários colegas estamos, há mais de uma década, sentindo na pele o peso da “fatwa” que contra nós foi lançada. Nossa morte não é física; mas sim moral. Vivemos numa espécie de mundo de zumbis em que a sentença condenatória está presente na própria vida daqueles que não tem mais autoestima nem respeito pelo que fazem. O PT, meus amigos, pediu e obteve a “cabeça” dos médicos brasileiros numa bandeja. Condenados já estamos como sendo aquela classe que tão desumana mostrou-se que outra alternativa não teve o governo senão importar médicos estrangeiros. Peço ainda licença aos “sentenciados” pela religião petista para lembrar que “uma injustiça feita contra um só é uma ameaça que se faz a todos os outros” e que, jornalistas ou não, é uma questão de tempo para que qualquer brasileiro que ousar criticar esses criminosos entre na lista de pessoas a serem perseguidas administrativamente ou mesmo eliminadas do ponto de vista físico.
Nenhuma dúvida resta de que as declarações de Cantalice trazem, como tudo na vida, algo de bom. Evidente em primeiro lugar está o desespero de um partido que, não tendo mais onde encontrar respaldo para suas teses sobre o poder, apela ao medo como forma de sustentar-se no Governo. Em segundo; encerrada fica para sempre aquela história de que o PT “mudou”..do “Lulinha Paz e Amor” e das mentiras que garantiram a vitória em 2003: o PT mostra ao Brasil ao que veio e, com o constrangimento de uma onça que afirmava ser um “gato com sarampo”, deixa cair sua máscara totalitária mostrando à Nação sua face mais nojenta...seus instintos mais primários que tem como berço o submundo do crime envolvido com o sindicalismo paulista e o tráfico de drogas no nosso país.
Nada tenho eu a temer com relação àquilo que o PT pode fazer com minha vida do ponto de vista físico. Ele, PT, nada pode, quer ou precisa fazer comigo e com os médicos brasileiros que já não tenha feito. Nossa morte não vem com o tiro disparado da garupa de uma motocicleta; vem de cada edição do Fantástico..de cada notícia do Jornal Nacional e de cada acordo sujo feito pelo nosso próprio Conselho que constrangimento algum teve na hora de negociar a entrada dos cubanos no Brasil com o mais corrupto de todos os governos que a nação já teve. Somos, pois, apenas fantasmas daquilo que um dia fomos e quem mata prefeitos não precisa ter medo de médicos.
Todo meu apoio deixo aqui àqueles que ainda tem coragem de dizer a verdade no Brasil e lembro ainda aos bandidos petistas que “à toda ação corresponde uma reação na chamada direção igual e sentido contrário”. Deus tenha piedade de vocês na guerra que agora se aproxima ...Cada brasileiro está para sentir-se como Macbeth e perceber, de uma vez por todas, que "a vida de cada petista é uma história contada por um idiota, cheia de som e de fúria e sem sentido algum."
Porto Alegre, 18 de junho de 2014.
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