Há o link para os que quiserem ver e ouvir os próprios falando, que parece um pouco pior do que a transcrição, mas se pode verificar certos matizes e tiques de linguagem, assim como as caras, bocas e trejeitos dos candidatos...
Paulo Roberto de Almeida
Debate
com Presidenciáveis 2014: UOL, SBT, Jovem Pan AM
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20:22
Aécio passa imagem positiva, mas não se sobressai, afirma consultora
“O Aécio teve um desempenho muito parecido com o
último debate para presidente. Ele usa sempre as mesmas estratégias, a forma de
falar, de se manifestar, ele usa ironia como um ponto que eu considero
positivo, porque é de uma forma sutil, não é arrogante, que desprestigia o
outro. Usa humor e consegue passar uma imagem positiva em cima disso. E mesmo
usando pontos frágeis do governo federal, isso ele está sempre muito esperto
para contradizer a Dilma, ele não se sobressai”, afirmou Aurea Regina de Sá,
consultora de media training.
20:16
Dilma passa imagem de mulher forte, afirma consultora
“Sob o ponto de vista do marketing, a Dilma aproveita.
Ela está com a máquina na mão, ela tem alguns, ela tem pontos positivos para
dizer. Outro fato importante é essa imagem forte, essa imagem de mulher forte.
Essa imagem que uma presidente mulher deve ter, ela incorpora bem, é diferente
da Luciana Genro que tem uma imagem até um pouco infantilizada”, disse Aurea
Regina de Sá, consultora de media training.
20:10
Marina mostrou calma, diz fonoaudióloga
“A Marina conseguiu se sair muito bem porque ela
manteve a calma mesmo com vários ataques, mesmo com algumas perguntas mais
agressivas. Ela tem um autocontrole muito bacana, e tem uma expressividade
autêntica. Hoje a voz da Marina estava mais tranquila. E hoje ela mostrou
também uma flexibilidade na comunicação. Em alguns momentos ela tinha fala mais
tensa, mas em outros uma fala mais tranquila. Então ela foi firme nas
convicções dela”, avaliou a fonoaudióloga Claudia Cotes.
20:00
Cientista político vê Dilma em situação difícil e diz que Marina se sobressaiu
"O posicionamento que ela [Marina Silva] assumiu desde o início de
dissolver a polarização e trazer alternativas está oferecendo na democracia
brasileira, para os eleitores, uma possibilidade nova, que de fato não tinha.
Agora, é preciso ver se isso vai se consolidar. Como os demais candidatos
fizeram perguntas a Marina e ela se saiu bem nas respostas, ela se sobressai.
Veja que a presidente Dilma ficou numa situação muito difícil, quase que numa
armadilha: ter que justificar uma porção de coisas que na verdade poderiam ter
sido feitas melhores; foram prometidas e não foram feitas deixa ela numa
posição defensiva muito difícil. E isso apareceu em algumas das respostas que
ela deu que eu acho que foram mal trabalhadas, mal elaboradas", afirmou o
cientista político José Álvaro Moisés, da USP.
Convidados comentam debate entre presidenciáveis
No estúdio do UOL, o cientista político José Álvaro Moisés, da USP,
comenta o debate realizado há pouco
Aécio Neves diz que Dilma não vai ganhar e critica Marina
Tenho muita confiança que na hora da reflexão final vai prevalecer o
caminho da mudança segura, da mudança que tem começo, meio e fim. Defendo hoje
as mesmas teses que eu defendia lá atrás, a estabilidade da moeda, a lei de
responsabilidade fiscal, de maior generosidade com os municípios, que é uma
alavanca. Vejo uma conversão da candidata Marina a muita dessas teses, mas
gostaria de tê-la a nosso lado no momento em que elas foram implementadas. A
candidata oficial não vai vencer as eleições e existem duas alternativas, a
nossa garante não apenas o início da mudança, mas garante uma mudança efetiva,
de valores, de práticas políticas, mas também de eficiência e de entrega na
máquina pública.
Marina diz que números de Dilma não batem com a realidade
A presidente Dilma tem que explicar para a sociedade é por que em 2010
ela dizia que tinha tantas propostas concretas, apresentava tantos número,
dizendo que ia manter o país em crescimento, com inflação controlada, com juros
baixos, e agora devolve o país com juros altos, inflação elevada e com o pior
crescimento da história recente do nosso país. Ela é que tem que explicar para
a sociedade brasileira o que acontece com essa quantidade de números que ela
repete sem que isso tenha nem um vínculo com a realidade. Eu vejo o programa da
presidente Dilma e parece um curta-metragem, aonde o Brasil é perfeito, é
maravilhoso, mas quando sairmos das nossas casas e vamos para um hospital
público, o que a gente encontra é o péssimo atendimento. Quando as pessoas vão
para o trabalho e não têm como se deslocar para o trabalho, para escola, ou
para o lazer.
Após debate, Marina Silva conversa com jornalistas
A grande ameaça ao pré-sal a que ela [Dilma] se refere é a ameaça que
ela mesma representa, porque na situação em que nós estamos, com baixo
investimento, aonde o país perde cada vez mais credibilidade, com certeza a
continuidade desse governo é o que mais ameaça a melhoria que a duras penas os
brasileiros alcançaram.
Dilma Rousseff diz que homofobia deve ser criminalizada
Olha, eu acho que não se deve mudar a proposta principalmente quando se
referia a direitos. Eu pessoalmente e como política e governante, eu sou contra
qualquer forma de violência contra pessoas. Agora, no caso específico da
questão da violência, da homofobia, eu acho que é uma ofensa ao Brasil, porque
o Brasil é uma sociedade que sempre foi tolerante com a diferença. Então eu
fico muito triste de ver que nós temos hoje grandes índices de violência
atingindo essa população, principalmente quando se trata de homossexuais, mas
também em todas as outras áreas. Acho que a gente tem criminalizar a homofobia.
O que eu estou dizendo é que se deve criminalizar a homofobia. A homofobia não
é algo que a gente possa conviver.
Após debate, Dilma Rousseff conversa com jornalistas
Saneamento era um atributo exclusivo dos governos estaduais não foi o
Governo Federal e mesmo assim nós colocamos R$ 40 bilhões no saneamento. Acho
que vou adotar essa sugestão feita, eu acho que pelo Eduardo Jorge, vou continuar
com o debate na internet. Não se governa um país com promessas e compromissos.
Governa um país explicando propostas, projetos e programas. E aí você é
obrigado a dizer aonde, qual é a cobertura da sua proposta. Muitas vezes a
cobertura da proposta é inviável. Se eu vou restringir gasto e vou gastar em
programas sociais há uma contradição em termos.
19:37
Debate chega ao fim; transmissão do UOL continua
Encerrado o debate, mas a transmissão do UOL continua com os jornalistas
Josias de Souza e Mauricio Stycer. O repórter Rodrigo Bertolotto acompanha os
candidatos no estúdio do SBT.
Considerações finais de Pastor Everaldo Pereira (PSC)
Minha irmã, meu irmão brasileiro, encerro agradecendo a rede que me
colocou nesse debate e dizendo para você que eu reafirmo com clareza e
honestidade para você que eu defendo a vida do ser humano desde a sua
concepção, sou contra o aborto sem necessidade de plebiscito. Sou contra a
legalização das drogas. Sou a favor da família como está na Constituição
Brasileira, casamento é homem e mulher. Sou a favor do livre mercado e da livre
concorrência. Sou a favor da redução da maioridade penal, sou a favor da
liberdade e da meritocracia, sou a favor da liberdade de imprensa e sem marco
regulatório, Deus abençoe você, Deus abençoe sua família, Deus abençoe o nosso
querido Brasil.
Considerações finais de Luciana Genro (PSOL)
As lutas do nosso povo, principalmente da juventude, tem mostrado que
todos querem mais direitos, que não se aceita mais casos como do Amarildo e da Cláudia,
que não se aceita mais a criminalização da nossa juventude, que não se aceita
mais meios direitos para a comunidade LBGT, por isso eu peço o seu voto e peço
que você dê um oportunidade para uma esquerda coerente. O PSOL tem os melhores
deputados federais no Congresso Nacional, que têm compromisso com as causas
mais importantes do nosso povo e da nossa juventude. Jogar o voto fora é votar
num candidato que pode ganhar e que vai te decepcionar. Direitos Humanos não se
negocia, direitos sociais não se entrega, é preciso ter lado, o lado do PSOL é
o lado do povo, nós estamos juntos com a juventude, com os trabalhadores, com
os aposentados, servidores públicos, em defesa de mais direitos e pedimos o seu
voto no 50.
Considerações finais de Aécio Neves (PSDB)
Cumprimento os organizadores, os demais candidatos e me dirijo a você,
telespectador, telespectadora. Ficou aqui absolutamente claro que temos dois
campos políticos, o primeiro do governismo, que fracassou e irá entregar um
país pior do que aquele que recebeu há quatro anos atrás. No campo das
mudanças, existem várias alternativas, uma, duas aparecem com maior
consistência, e uma delas, eu não abro mão de repetir e reiterar que acredito
nas boas intenções da candidata Marina, mas ela não consegue superar as enormes
contradições vindas do seu projeto, que defende hoje teses que combatia há
muito pouco tempo atrás. Eu sou candidato a presidência da República para
iniciar um novo tempo no Brasil, um tempo onde haverá respeito ao cidadão
brasileiro, onde haverão investimentos adequados a saúde pública, onde a
segurança vai voltar a chegar perto da sua casa, onde não existirá mais um
estado unitário. A federação será reformada no nosso governo, porque a mudança
está por vir, mas nós precisamos mais do que isso saber aonde essa mudança vai
nos levar.
Considerações finais de Dilma Rousseff (PT)
Agradeço aos organizadores do programa e quero dizer que quando defendo
com ênfase as realizações do meu governo pode parecer que eu estou plenamente
satisfeita. Não estou. Mais do que ninguém eu acho que podemos e devemos fazer
mais. Eu fui eleita para dar continuidade aos avanços do governo do Presidente
Lula. Preparamos também o Brasil para um novo ciclo de crescimento, Brasil mais
inclusivo, Brasil moderno, mais produtivo e competitivo, para sermos cada vez
mais um país de classe média, para criarmos cada vez mais oportunidades, para
melhorarmos e gerarmos empregos cada vez mais de qualidade, para garantirmos
estímulos para os empreendedores, fui eleita também para garantir saúde,
educação e segurança e quero ser eleita também para isso. Quero dizer que mais
do que nunca eu acredito no Brasil e nos brasileiros. Eu acredito em você,
telespectador, peço seu voto para o Brasil continuar avançando.
Considerações finais de Levy Fidelix (PRTB)
Os movimentos sociais de junho do ano passado demonstraram a
insatisfação do povo, gente, temos uma nova chance de resgatar o que o povo
deseja e quer, que é exatamente melhor educação para seus filhos. A saúde do
brasileiro, que morre a mingua na beira dos hospitais. A nossa juventude que
quer chance e oportunidade, que não tem. Os nossos médicos que querem mais
trabalho e trazem só mais médicos do exterior. Queremos mudanças no modelo de
desenvolvimento nacional, onde os bancos são os grandes predadores sociais,
levam tudo, não sobra dinheiro para nada. Eu quero ser a consciência cívica do
povo, gente, não estou aqui para ganhar nada, seu Kennedy de Alencar, estou
aqui para defender o povo, mesmo que não venha ganhar, porque dos 213 milhões
de habitantes, estou aqui entre. Mudar e mudar. E vamos para a próxima
oportunidade, muito obrigado.
Considerações finais de Marina Silva (PSB)
Eu tenho dito que quem vai ganhar essas eleições não são as velhas
estruturas. Será uma nova postura. A postura de estar aberto ao diálogo com os
brasileiros, de debater as ideias e não ficar apenas fazendo o embate político.
É fundamental que cada brasileiro e brasileira não perca sua esperança. Nesse
momento há um esforço muito grande de fazer com que você se recolha no medo. Eu
tenho dito que não sou pessimista nem otimista, eu sou persistente. E eu
aprendi essa persistência com o povo brasileiro que enfrenta o hospital que não
lhe atende, que vive em bairros que não tem segurança e que vê agora ameaçado seu
emprego pela volta da inflação, pelo baixo crescimento. Eu quero ser presidente
do Brasil para que você volte a acreditar na política e não pensar que um, a
inteligência de um pode ser mais do que a inteligência de todos.
Considerações finais de Eduardo Jorge (PV)
Foi um debate bastante democrático, mas esse minuto que eu tenho aqui é
o que eu tenho na TV, pouquíssimo, para discutir essas teses difíceis, como diz
o jornalista, por falta de coragem das lideranças brasileiras. Assim nós
criamos o PV de uma forma inovadora, uma forma de multiplicar esses pães e
peixes desse um minuto. Todos os dias, terça, quinta e sábado, quando aparecer
aqueles um minuto e quatro segundos meus no partido verde na televisão, quando
acabar eu vou continuar na Internet ao vivo conversando com quem quiser me
criticar, completar, acrescentar, discutir essas teses inovadoras do PV,
durante mais uma hora pela Internet. Quero ter a oportunidade de discutir e
ouvir as críticas às nossas ideias.
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