Como muito oportunamente lembra o Dr. Luiz Antônio Gusmão, analista de relações internacionais da Fundação Alexandre de Gusmão, entidade à qual estou filiado por dirigir atualmente seu Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, a FUNAG, criada originalmente em 1971, está a caminho de comemorar 45 anos de sua criação, no próximo dia 26 de outubro de 2016.
Como bem relembrado por ele, a norma que criou a FUNAG estará completando 45 anos dentro de pouco tempo.
Gusmão, em mensagem dirigida ao Diretor interino do IPRI, Ministro Alessandro Candeas, meu dileto amigo, retoma os episódios mais importantes vinculados ao aniversário de 40 anos, comemorado em 2011:
"Em 2011, (...) resgatamos a tese do Embaixador Gelson Fonseca Jr., Diplomacia e academia, e o Repertório da Prática Brasileira do Direito Internacional Público, do Professor Antonio Augusto Cançado Trindade.
Também foi divulgada na página da FUNAG, uma mensagem que preparei com um colega do IPRI e que o Ministro Paulo Roberto de Alemida divulgou no seu blog, "Diplomatizzando": <http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2011/10/fundacao-alexandre-de-gusmao-mre-40.html>.
Neste ano, acredito que o IPRI poderia produzir um vídeo para a série "Relações Internacionais em Pauta", colhendo testemunhos de ex-Presidentes e ex-Diretores do IPRI e do CHDD. Um vídeo de cinco a 10 minutos, adequado às dimensões da FUNAG, com edição moderna e leve,...."
Permito-me lembrar que os dois acima, como a quase totalidade dos demais livros publicados pela Funag encontram-se disponíveis em formato pdf aos interessados na página da Funag.
Retomo aqui, da postagem que eu havia transcrito em 2011, a mensagem alusiva à data, feita pelo seu então presidente, Gilberto Vergne Saboia.
Paulo Roberto de Almeida
FUNAG
- 40 Anos
A Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG) acaba de
completar 40 anos. Criada pela Lei nº 5.717, de 26 de outubro de 1971, a Fundação tem como
patrono o jurista e diplomata Alexandre de Gusmão (1695-1753), considerado o
“avô da diplomacia brasileira” pela negociação do Tratado de Madri
(1750), marco importante para a configuração das linhas gerais do atual
território brasileiro.
A íntegra do texto comemorativo dos 40 anos da FUNAG
encontra-se disponível na página http://www.funag.gov.br.
"A FUNAG é a vanguarda da diplomacia brasileira."
Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães
Hoje,
26 de outubro de 2011, a Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG)completa
40 anos. Criada pela Lei n. 5.717 de 26/10/1971, a FUNAG atua como
“braço acadêmico do Itamaraty”, no dizer de um de um de seus
ex-presidentes, o Embaixador João Clemente Baena Soares. A Fundação leva
o nome do jurista e diplomata Alexandre de Gusmão (1695-1753),
considerado o “avô da diplomacia brasileira”,pela negociaçãodo Tratado
de Madri (1750), marco importante para a solução das disputas
territoriais entre Portugal e Espanha e para a configuraçãodas linhas
gerais do atual território brasileiro. Inspirados nesse exemplo, ao
longo dessas décadas, funcionários e servidores da FUNAG têm se
esforçado para superar desafios e cumprir integralmente os objetivos de
divulgar a política externa brasileira e contribuir para a formação de
uma opinião pública sensível a problemas internacionais, realizando,
para tanto, atividades culturais e pedagógicas no campo das relações
internacionais e promovendo estudos e pesquisas sobre o tema.
O
primeiro estatuto da Fundação foi aprovado por decreto em junho de
1972. Contudo, a FUNAG só iniciou efetivamente suas atividades em 1981,
quando foi nomeado seu primeiro presidente, o Embaixador Wladimir do
Amaral Murtinho, falecido em 2003. Imbuído de espírito público genuíno, o
Embaixador Wladimir Murtinho deu início à construção desta instituição
numa época em que o Brasil passava pela transição do governo autoritário
para a democracia. Segundo o Embaixador Gelson Fonseca Júnior,
presidente da FUNAG de 1992 a 1995, a iniciativa de abertura de um novo
canal de diálogo com a sociedade civil representou uma ação política do
Estado brasileiro em favor da democracia. Ao ampliar o debate com a
sociedadesobre o rumo da política externa brasileira, gesto que conferiu
maior legitimidadeà atuação do Itamaraty, a FUNAG contribuiu para o
enraizamento das estruturas da democracia no país.
Ao
longo dessas últimas décadas, por meio de convênios, seminários,
publicações, prêmios e atividades de fomento a pesquisa, a FUNAG veio
formando uma sólida rede de parcerias com outras instituições
governamentais, universidades, faculdades, centros de pesquisa e
colaboradores individuais, nacionais e estrangeiros. Ao final da
primeira década do século XXI, a FUNAG pode exibir um alentado catálogo
com mais de 500 publicações, dentre as quais destacam-se teses
defendidas por diplomatas no Curso de Altos Estudos do Instituto Rio
Branco (IRBr) e textos apresentados em palestras por renomados
estudiosos dos mais diversos temas da política externa e internacional.
Centenas de alunos passaram por seus cursos e milhares de estudantes
puderam se beneficiar de congressos e palestras gratuitos. Eles são os
cidadãos que compõem o público altamente qualificado de antigos,atuais e
futuros profissionais envolvidos com a atuação internacional do
Brasil.São eles que criarão o ambiente adequado para difusão livre e
debate crítico das diretrizes governamentais que informam a atuação do
país no cenário internacional.
Dois
órgãos específicos da atual estrutura organizacional da FUNAG
contribuem para a realização de sua missão: o Instituto de Pesquisa de
Relações Internacionais (IPRI) e o Centro de História e Documentação
Diplomática (CHDD). Criado em 1985, o IPRI visa consolidar a interação
do Itamaraty com a Academia por meio de: promoção e divulgação de
estudos e pesquisas sobre relações internacionais; coleta e
sistematização de dados; intercâmbio científico e colaboração com
instituições nacionais e estrangeiras e realização de cursos,
conferências e seminários. O CHDD, por sua vez, foi criado em 2001, com
sede no Palácio Itamaraty do Rio de Janeiro, onde está localizado o mais
rico acervo sobre a história diplomática do Brasil. Com o objetivo de
estimular estudos sobre a história das relações internacionais e
diplomáticas do Brasil, o CHDD atua em várias frentes, como a criação e
difusão de instrumentos de pesquisa, a edição de livros e documentos e a
realização de exposições sobre esses temas. A Agência Brasileira de
Cooperação (ABC), responsável por coordenar a cooperação técnica
internacional do Brasil, fez parte da estrutura da FUNAG de 1987 a 1996.
Parabéns
a todos funcionários da FUNAG! Que venham muitas outras décadas de
trabalho sério, dedicado a contribuir da melhor forma para enriquecer e
ampliar o debate junto à sociedade sobre a condução da política externa
brasileira.
Presidentes da FUNAG:
- Wladimir do Amaral Murtinho (1981 a 1984)
- Marcos Castrioto de Azambuja (1985 a 1987)
- Paulo Tarso Flecha de Lima (1987 a 1992)
- Synesio Sampaio Goes Filho (1992)
- Gelson Fonseca Júnior (1992 a 1995)
- João Clemente Baena Soares (1995 a 1998)
- Álvaro da Costa Franco Filho (1998 a 2000)
- Maria Lucy Gurgel Valente de Seixas Corrêa (1999 a 2001)
- André Mattoso Maia Machado (2001)
- Thereza Maria Machado Quintella (2001 a 2005)
- Maria Stela Pompeu Brasil Frota (2005 a 2006)
- José Jeronimo Moscardo de Souza (2006 a 2010)
- Gilberto Vergne Saboia (2011 até 2012)
- José Vicente Pimentel (2012 a 2014)
- Sérgio Eduardo Moreira Lima (2014 até hoje)
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