O que eu faria para pensar sobre os últimos 200 anos de construção da nação pelos seus filhos mais diletos? Elaborei um projeto preliminar para analisar a produção intelectual destes quase dois séculos (até mais, se partirmos de Hipólito da Costa), que resumo aqui.
Estou elaborando a bibliografia, que já tenho pronta em grande medida, por trabalhos próprios...
Paulo Roberto de Almeida
Trajetória do pensamento brasileiro:
200 anos de produção intelectual
Paulo Roberto de Almeida
Apresentação:
o que é o “pensamento brasileiro”?
Nos quase 200 anos de nação
independente, diferentes pensadores – intelectuais de academia, estadistas,
homens públicos, de negócios, jornalistas e pesquisadores isolados – elaboraram
contribuições mais ou menos abrangentes sobre aspectos diversos de um processo
multifacetado que se poderia chamar de “construção da nação”. Suas obras estão
expressas em livros publicados, mas também sob a forma de instituições públicas,
empreendimentos de caráter econômico e reflexões diversas sobre os problemas do
Brasil e sobre os modos de superar os desafios à construção de uma nação próspera
no concerto de nações autônomas.
O curso pretende seguir a
trajetória intelectual desses construtores da nação, através de suas obras
publicadas, empreendimentos realizados, encargos governamentais ou trabalhos
nas áreas de ensino e comunicações (jornalismo). Uma bibliografia sintética sobre
as produções próprias ou de trabalhos publicados por terceiros acompanhará o
conjunto de preleções efetuadas pelo professor, com o convite à leitura dessas
obras, em fontes indicadas.
Sumário: 200 anos de intérpretes e construtores do Brasil
1. Dois pais fundadores da nação: Hipólito José da Costa; José
Bonifácio de Andrada e Silva
2. Duas concepções de Estado e de Nação: Varnhagen;
Irineu Evangelista de Souza
3. Dois monarquistas na República: Joaquim Nabuco; Barão do
Rio Branco
4. Dois lutadores republicanos: Ruy Barbosa; Oswaldo Aranha
5. Dois promotores da modernidade: Monteiro Lobato; Fernando
de Azevedo
6. Duas vias para o papel do Estado na economia: Roberto
Simonsen; Eugênio Gudin
7. Dois juristas prolíficos: Raymundo Faoro; Afonso Arinos de
Mello Franco
8. Dois economistas humanistas: Celso Furtado; Roberto Campos
9. Dois acadêmicos influentes: Gilberto Freyre; Caio Prado
Jr.
10. Dois liberais da atualidade brasileira: Antonio Paim; Gustavo
Franco
Bibliografia: seleção de títulos
e fontes primárias
A literatura sobre os
personagens citados é extensa e metodologicamente variada, compondo-se de obras
próprias e fontes secundárias. Uma lista das obras mais significativas desses
autores e personalidades públicas, assim como biografias e estudos elaborados
por terceiros será elaborada.
Paulo Roberto de Almeida
Doutor em Ciências Sociais pela Universidade de Bruxelas (1984), Mestre em Planejamento Econômico pela Universidade de Antuérpia (1977), diplomata de carreira desde 1977. Foi professor no Instituto Rio Branco e na Universidade de Brasília, diretor do Instituto Brasileiro de Relações Internacionais (IBRI) e, desde 2004, é professor de Economia Política nos programas de mestrado e doutorado em Direito no Centro Universitário de Brasília (Uniceub). Como diplomata, serviu em diversos postos no exterior e em Brasília.
Seleção de livros publicados: Miséria da Diplomacia: a destruição da inteligência no Itamaraty (2019); Contra a Corrente: ensaios contrarianistas sobre as relações internacionais do Brasil, 2014-2018 (2019); A Constituição Contra o Brasil: ensaios de Roberto Campos sobre a Constituinte e a Constituição de 1988 (2018); O Homem que Pensou o Brasil: trajetória intelectual de Roberto Campos (2017); Formação da diplomacia econômica no Brasil (3a. ed., 2017); Nunca Antes na Diplomacia: a política externa brasileira em tempos não convencionais (2014); Relações Internacionais e Política Externa do Brasil: a diplomacia brasileira no contexto da globalização (2012); O estudo das relações internacionais do Brasil (2006); Os primeiros anos do século XXI: o Brasil e as relações internacionais contemporâneas (2002); O Brasil e o multilateralismo econômico (1999).
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