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quarta-feira, 26 de agosto de 2020

A SOBREVIVÊNCIA da democracia no Brasil: um alerta - Paulo Roberto de Almeida

A sobrevivência da democracia no Brasil 

Paulo Roberto de Almeida
[Objetivoalertafinalidadeinsistir sobre a necessidade de união dos democratas]


Sobre o cenário político brasileiro de aqui até 2022 e mais além

Algumas pessoas ainda não perceberam o que está em jogo no presente e no futuro da DEMOCRACIA brasileira, atualmente patinando no pântano bolsonarista, e arriscando afundar de aqui até 2022, ou, quem sabe, soçobrar completamente até 2026.
No dia da Operação Barbarossa, a invasão da União Soviética pelas tropas nazistas, em 22 de junho de 1941, Churchill declarou imediatamente que se deveria ir em socorro a Stalin e à União Soviética, até então (e os bolcheviques em geral desde 1917) os grandes inimigos das democracias "capitalistas". 
Churchill tinha perfeita consciência de que se não o fizesse, a Europa e boa parte do mundo poderiam cair sob o domínio tirânico de Hitler, por 30 anos ou mais. Esse era o futuro...
Foi realmente o momento decisivo para a possibilidade de sobrevivência, já não digo da democracia, mas da simples civilização, tal como a concebemos. 
E que se registre: isto ocorreu ANTES da entrada oficial dos EUA na guerra, junto da Grã-Bretanha, o que só ocorreu no final do ano, com o ataque japonês a Pearl Harbor, em dezembro de 1941. Daí a sobrevivência e a vitória estavam asseguradas, com as forças aliadas das três grandes potências. Mas foram preciso quatro longos anos de lutas árduas, de combates terríveis, mas esse foi o preço a pagar para a sobrevivência da vida civilizada sobre boa parte do planeta.
Churchill tinha a exata percepção de que precisava se unir ao Diabo, para evitar o mal maior, a derrota da democracia e da civilização. Existe um preço, que depois foi resgatado na longa Guerra Fria, a partir da declaração do próprio Churchill sobre a "cortina de ferro" que se abateu sobre a metade da Europa. 
Churchill não viu o final, ocorrido 30 anos depois de sua morte, mas em 1941, ele já sabia o que era preciso fazer para garantir a preservação da democracia e da civilização.
Acredito que os democratas brasileiros, de quaisquer tendências, precisam pensar em como evitar o mal maior...

Paulo Roberto de Almeida
Brasília, 3740, 26 de agosto de 2020

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