Por Ricardo Bergamini , 18 Feb 2014
Carga Tributária Brasileira - % PIB
1 – Em 1990 o Presidente Collor assumiu o governo com uma carga tributária de 23,71% do PIB, entregando o governo em 1992 com uma carga tributária de 24,96% do PIB. Aumento de 5,27% em relação ao ano de 1989.
2 – Em 1992 o Presidente Itamar Franco assumiu o governo com uma carga tributária de 24,96% do PIB, entregando o governo em 1994 com uma carga tributária de 27,90% do PIB. Aumento de 11,78% em relação ao ano de 1992.
3- Em 1995 o Presidente FHC assumiu o governo com uma carga tributária de 27.90% do PIB, entregando governo em 2002 com uma carga tributária de 32,35% do PIB. Aumento de 15,95% em relação ao ano de 1994.
4 – Em 2003 o Presidente Lula assumiu o governo com uma carga tributária de 32,35% do PIB, entregando o governo em 2010 com uma carga tributária de 33,53% do PIB. Aumento de 3,65% em relação ao ano de 2002.
5 – Em 2011 a Presidente Dilma assumiu o governo com uma carga tributária de 33,53% do PIB aumentando para 35,85% do PIB no seu segundo ano de governo. Aumento de 6,92% em relação ao ano de 2010.
6 – De 1990 até 2012 a carga tributária brasileira teve um aumento real em relação ao PIB de 51,20%.
6.1 – Aumento da carga tributária federal no período – 54,27%.
6.2 – Aumento da carga tributária estadual no período – 34,43%.
6.3- Aumento da carga tributária municipal no período – 117,89%.
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Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Evolucao da carga tributaria brasileira - Ricardo Bergamini
A frase da semana: George Orwell
“During times of universal deceit, telling the truth becomes a revolutionary act.”
George OrwellA Venezuela, seus amigos, e os muy amigos de los amigos...
No site oficial do Mercosul (http://www.mercosur.int/), não existe absolutamente nada, o que significa que os quatro países membros originais não se reuniram para discutir o que estaria acontecendo com o quinto, e mais recente "membro pleno", para eventualmente aplicar os mesmos remédios que foram aplicados ao Paraguai, quando da crise política da destituição de seu presidente eleito, em 2012.
Na ocasião, conforme se recordará, antes mesmo que o Senado paraguaio votasse o processo de impeachment, uma delegação completa da Unasul se dirigiu à capital paraguaia para alertar as autoridades do Executivo e do Legislativo para que não consumassem o ato -- o que pareceu ser uma interferência indevida nos assuntos internos do Paraguai -- e, um dia antes do voto, emitiu um comunicado ameaçando o Paraguai de sanções, caso concretizasse o que era uma disposição de sua Constituição. Agindo soberanamente, o Congresso paraguaio declarou impedido o presidente Fernando Lugo, e a Unasul e o Mercosul, mesmo à revelia dos seus mecanismos próprios de avaliação de "ruptura da democracia", suspenderam o Paraguai de ambos os organismos.
No caso do Mercosul ocorreu uma hostilização até de forma mais acintosa: funcionários diplomáticos do Paraguai foram impedidos de participar das reuniões preparatórias da cúpula do Mercosul, a se realizar em Mendoza, em junho daquele ano, e o país foi afastado das reuniões do Mercosul sem sequer ser ouvido, como previa o Protocolo de Ushuaia sobre a cláusula democrática.
No caso da Venezuela, nada disso ocorreu.
No dia 17 foi emitida (misteriosamente, pois não há menção de local, data, assinaturas), a nota que segue (já postada anteriormente neste espaço):
Mercosur repudia actos de violencia e intolerancia en Venezuela
COMUNICADO
No caso da Unasul, seu site traz um comunicado de sua presidência pró-tempore (Suriname), mas está datado de 16/02, antes portanto da manifestação do Mercosul, e foi feito em Quito, que é a sede de sua secretaria. Não se sabe bem como foi feito, mas a nota apresenta um tom mais moderado do que a do Mercosul:(http://www.unasursg.org/inicio/centro-de-noticias/archivo-de-noticias/comunicado-de-la-uni%C3%B3n-de-naciones-suramericanas-sobre-la-situaci%C3%B3n-en-la-rep%C3%BAblica-bolivariana-de-venezuela)
jurídico constitucional.
Cessar-fogo no Sudão do Sul
O Governo brasileiro recebeu com satisfação a assinatura de acordo, no dia 23 de janeiro, sobre cessar-fogo e estatuto dos prisioneiros políticos, entre o Governo do Sudão do Sul e forças de oposição.
O Governo brasileiro considera que a implementação do cessar-fogo constituirá passo fundamental para o processo de reconciliação no Sudão do Sul.
Fim da responsabilidade fiscal? Estados gastam mais do que arrecadam...
Gastos de metade dos estados foram maiores que receitas em 2013
Folha de S. Paulo, 17/02/2014Energia: as politicas equivocadas do governo - Editorial Valor Econômico
O neoescravagismo cubano - Ives Gandra da Silva Martins (FSP)
Que o governo atual seja claramente ilegal e inconstitucional isso também já se conhecia, por inúmeros casos, mas parece que agora se alcançou um novo patamar nas ilegalidades cometidas pelo governo.
Paulo Roberto de Almeida
Folha de S.Paulo, 18 de Fevereiro de 2014
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
Mercosul se solidariza com o governo venezuelano; pois e'...
Talvez um: o Brasil foi levado a associar-se a um documento que nunca redigiu...
Paulo Roberto de Almeida
- ‘Há mais de 90 manifestantes feridos a bala’, diz a estudante Gaby Arellano
- Estudantes detidos na Venezuela dizem ter sido espancados e despidos na prisão
- Maduro expulsa três diplomatas americanos
- Líder oposicionista na Venezuela diz que vai se entregar
- Maduro suspende transporte em municípios opositores
Nunca antes neste pais...
Solidariedade na repressão pode acontecer entre serviços de informação, mas não é algo fácil de se assistir a cumprimentos pela resistência a certas ações, quando elas envolvem crimes contra os direitos humanos, correto?
Certas coisas deveriam envergonhar quem está em posição de comando...
Como a conivência no crime, por exemplo.
Paulo Roberto de Almeida
Carreira diplomatica: concurso 2014 do Itamaraty e dicas de estudo
Venezuela: um pais tristemente (e sangrentamente) dividido, pelo governo... - Mario Machado
Até onde pode chegar a sanha de bandidos políticos?
Paulo Roberto de Almeida
Coisas Internacionais, 17 Feb 2014 05:37 AM PST
Os clichês nos dizem que a Venezuela é mais um perfeito paraíso tropical de gente hospitaleira, bronzeada pelo sol e banhada pelo mar do Caribe, lugar de lindas mulheres e noites calientes ao som de contagiantes batidas de música latina. As imagens de inquietação, golpes militares, despotismo e populismo são um cruel contraste a essa imagem paradisíaca. Verdade seja dita esse contraste é vívido também aqui em terra brasilis, a realidade nada fantástica da América Latina é lamentável traço comum que dividimos.
Nem o mais aguerrido (iludido?) defensor do chamado Socialismo de Século XXI, das revoluções bolivarianas, pode negar que a Venezuela é um país profundamente dividido. As eleições presidenciais do ano passado mostraram bem isso, afinal Maduro foi eleito com 50,66% dos votos. Essa polarização tem acirrado ânimos e provocou a tentativa de Golpe contra Chávez, que hoje alimenta a retórica de seus partidários. A ironia de Chávez ter sido golpista infelizmente escapa aos defensores do Regime Chavista.
As imagens que nos chegam mostram como a polarização política, num ambiente de crescente escassez econômica e de alta da criminalidade e da queda da renda do petróleo podem geral um acirramento de ânimos tal que os confrontos violentos se tornam uma realidade.
A situação é fluída e muito perigosa, o regime recrudesceu e tem chamado seus defensores as ruas, criminosos aproveitam, e também, se refestelam os que acreditam que a violência pode alcançar resultados positivos para alcançar a mudança ou continuação política que desejam.
E não pensem que a polarização está restrita a ruas e aos partidos políticos, a ocupação de espaços dos bolivarianos criou uma situação em que a própria Suprema Corte se torna parte da disputa política como mostra esse trecho de reportagem da DW:
“O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela divulgou no sábado um comunicado afirmando que já trabalha para "dar início aos processos contra os responsáveis pelos atos violentos incitados pela direita venezuelana"”.
Um símbolo dos ânimos acirrados e da violência do discurso político do regime bolivariano é o programa de TV do Presidente do Parlamento da Venezuela, Diosdado Cabello, que tem o elegante nome de “Con el mazo dando” algo como “descendo o porrete” e que tem como logo um simpático porrete com pregos.
A oposição acusa as milícias pró-governo pela violência, o governo responsabiliza grupos pró-fascista infiltrados, o Álvaro Uribe e os EUA e claro demandam a prisão de líder oposicionista que afirma que irá se entregar.
No fim das contas a falta de instituições e o personalismo quando confrontadas por demandas populares acabam por reforçar a necessidade do modelo do homem forte, que seria capaz de amalgamar a sociedade com seu carisma e usar meios de repressão com os dissidentes. Espero, que a experiência recente com esse modelo possa fazer os venezuelanos encontrarem um meio de acomodar diversas correntes de opinião, contudo, a polarização e o discurso que vemos não deixa muito espaço pra otimismo.
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Votem COISAS INTERNACIONAIS na segunda fase do TOPBLOGS 2013/2014
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Mercosul e Venezuela: um comunicado que deve ser lido num sentido exatamente oposto...
A que ponto chegamos...
Paulo Roberto de Almeida
Mercosur repudia actos de violencia e intolerancia en Venezuela
COMUNICADO
OMC: protecionismo em alta, Brasil na berlinda
Brasil é o nº 1 em medidas protecionistas, diz OMC
Relatório indica que país foi o que mais adotou barreiras a importados em 2013, seguido por Índia, EUA e Argentina
Apenas uma sensacao, mas preocupante...
Elas não têm a ver apenas com o Brasil, pois a Venezuela voltou às primeiras páginas e certamente não pelos bons motivos.
Pois bem, minha reflexão ao começar este President's Day nos EUA (feito para honrar George Washington) é que tenho a pesada sensação de que estamos entregues, aqui e ali, mas mais especificamente aí, a um bando de criminosos de alta estirpe, mafiosos sofisticados empenhados em consolidar o seu poder sobre os circuitos de distribuição e consumo, talvez até mesmo avançando sobre algumas áreas de produção, um pouco (ou muito) como se fazia nos anos de proibição, vocês sabem, aquela coisa da Lei Seca, Chicago, enfim, essas coisas que também aconteciam mais ou menos na mesma época na Alemanha.
O final não foi bom...
Paulo Roberto de Almeida