Para pesquisadores econômicos em geral:
The Journal of Economic Perspectives
Online issues of the Journal of Economic Perspectives published since 1999 are now publicly accessible at no charge, compliments of the American Economic Association.
Journal of Economic Perspectives
Previous Issues
Spring 2010 -- Vol. 24, No. 2
Winter 2010 -- Vol. 24, No. 1
Fall 2009 -- Vol. 23, No. 4
Summer 2009 -- Vol. 23, No. 3
Spring 2009 -- Vol. 23, No. 2
Winter 2009 -- Vol. 23, No. 1
Fall 2008 -- Vol. 22, No. 4
Summer 2008 -- Vol. 22, No. 3
Spring 2008 -- Vol. 22, No. 2
Winter 2008 -- Vol. 22, No. 1
Fall 2007 -- Vol. 21, No. 4
Summer 2007 -- Vol. 21, No. 3
Spring 2007 -- Vol. 21, No. 2
Winter 2007 -- Vol. 21, No. 1
Fall 2006 -- Vol. 20, No. 4
Summer 2006 -- Vol. 20, No. 3
Spring 2006 -- Vol. 20, No. 2
Winter 2006 -- Vol. 20, No. 1
Fall 2005 -- Vol. 19, No. 4
Summer 2005 -- Vol. 19, No. 3
Spring 2005 -- Vol. 19, No. 2
Winter 2005 -- Vol. 19, No. 1
Fall 2004 -- Vol. 18, No. 4
Summer 2004 -- Vol. 18, No. 3
Spring 2004 -- Vol. 18, No. 2
Winter 2004 -- Vol. 18, No. 1
Fall 2003 -- Vol. 17, No. 4
Summer 2003 -- Vol. 17, No. 3
Spring 2003 -- Vol. 17, No. 2
Winter 2003 -- Vol. 17, No. 1
Fall 2002 -- Vol. 16, No. 4
Summer 2002 -- Vol. 16, No. 3
Spring 2002 -- Vol. 16, No. 2
Winter 2002 -- Vol. 16, No. 1
Fall 2001 -- Vol. 15, No. 4
Summer 2001 -- Vol. 15, No. 3
Spring 2001 -- Vol. 15, No. 2
Winter 2001 -- Vol. 15, No. 1
Fall 2000 -- Vol. 14, No. 4
Summer 2000 -- Vol. 14, No. 3
Spring 2000 -- Vol. 14, No. 2
Winter 2000 -- Vol. 14, No. 1
Fall 1999 -- Vol. 13, No. 4
Summer 1999 -- Vol. 13, No. 3
Spring 1999 -- Vol. 13, No. 2
Winter 1999 -- Vol. 13, No. 1
Note: pre-1999 articles (below) are available for AEA members only!
Fall 1998 -- Vol. 12, No. 4
Summer 1998 -- Vol. 12, No. 3
Spring 1998 -- Vol. 12, No. 2
Winter 1998 -- Vol. 12, No. 1
Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas. Ver também minha página: www.pralmeida.net (em construção).
sábado, 26 de junho de 2010
A frase do seculo: George Bernard Shaw
A government which robs Peter to pay Paul, can always count on the support of Paul
George Bernard Shaw
Regimes democráticos por vezes conseguem se perverter, a ponto de se inviabilizarem. Isso ocorreu na Alemanha de Weimar, que aliás era um governo improvisado, caótico, numa nação que nunca tinha conhecido, de verdade, um sistema democrático. Isso ocorreu no Japão, um país feudal, que talvez nunca deixou de ser feudal.
Isso ocorreu na Itália, outro país caótico, muito fragmentado regionalmente, sem uma clara liderança política capaz de conduzir um processo de reforma e de modernização das instituições públicas, como aliás já se desperava Maquiavel mais de 400 anos antes.
Isso vem ocorrendo na América Latina, sociedades desiguais que produzem facilmente líderes populistas que prometem soluções milagre aos pobres e acabam contribuindo para a deterioração do funcionamento da democracia, quando não são eles mesmos a sabotá-la diretamente.
Talvez o Brasil não esteja imune ao fenômeno...
Paulo Roberto de Almeida
(Shanghai, 27.06.2010)
George Bernard Shaw
Regimes democráticos por vezes conseguem se perverter, a ponto de se inviabilizarem. Isso ocorreu na Alemanha de Weimar, que aliás era um governo improvisado, caótico, numa nação que nunca tinha conhecido, de verdade, um sistema democrático. Isso ocorreu no Japão, um país feudal, que talvez nunca deixou de ser feudal.
Isso ocorreu na Itália, outro país caótico, muito fragmentado regionalmente, sem uma clara liderança política capaz de conduzir um processo de reforma e de modernização das instituições públicas, como aliás já se desperava Maquiavel mais de 400 anos antes.
Isso vem ocorrendo na América Latina, sociedades desiguais que produzem facilmente líderes populistas que prometem soluções milagre aos pobres e acabam contribuindo para a deterioração do funcionamento da democracia, quando não são eles mesmos a sabotá-la diretamente.
Talvez o Brasil não esteja imune ao fenômeno...
Paulo Roberto de Almeida
(Shanghai, 27.06.2010)
Indicadores economicos: series historicas do Brasil
Quem quiser acompanhar a economia brasileira, desde 1990 até a atualidade, em 23 indicadores interativos e com cruzamento de dados, clique neste link, patrocinado pela revista Veja:
ECONOMIA BRASILEIRA
http://veja.abril.com.br/infograficos/infografico_economia.shtml
ECONOMIA BRASILEIRA
http://veja.abril.com.br/infograficos/infografico_economia.shtml
Brasil-Iran-EUA: um triangulo pouco amoroso
A coisa tem tudo para dar errado: ameaça degringolar num festival de acusações mútuas, possibilidade de retaliações cruzadas e deterioração geral das relações bilaterais.
Mal comparando, creio que foram mexer num vespeiro: algumas pessoas podem sair picadas. Não foi por falta de aviso...
Paulo Roberto de Almeida
Em recado a Brasil, texto de sanções dos EUA ao Irã inclui menção a etanol
Por Patrícia Campos Mello (corresponde em Washington)
Estado de São Paulo, 26.06.2010
A lei de sanções contra o Irã, aprovada pelo Congresso americano quinta-feira, inclui pela primeira vez restrições à venda de etanol a Teerã, em um claro recado para o governo brasileiro. Enterrada no meio do texto do projeto de lei de 41 páginas, que deve ser assinada pelo presidente Barack Obama nos próximos dias, há uma ordem explícita para que o governo americano monitore as exportações de etanol para o Irã.
Segundo o texto, o presidente americano fica obrigado a entregar um relatório para o Congresso 90 dias após a publicação da lei de sanções, sobre os investimentos no setor de energia do Irã, que incluam “uma estimativa do volume de recursos energéticos, incluindo etanol, que o Irã importou durante o período”, além de uma “lista de todos os projetos, investimentos e parcerias fora do Irã que envolvam entidades iranianas em parceria com entidades de outros países, incluindo identificação das entidades dos outros países.” Isso vai valer para qualquer negócio feito a partir de janeiro de 2006
Durante deliberações que levaram à provação do projeto de lei no Legislativo, o deputado democrata Eliot Engel, líder da Subcomissão de Hemisfério Ocidental da Câmara dos Representantes, deixou claro que o texto tinha endereço certo.
“Quero manifestar meu apoio à seção 110 da lei, que exige um relatório sobre exportações de energia para o Irã; Os EUA e o Brasil são os maiores produtores de etanol do mundo e fiquei feliz de ouvir dos produtores brasileiros que eles não têm planos de fornecer etanol para o Irã”, disse Engel. “É por isso que a lei é importante, precisamos continuar monitorando essa área, já que exportações de etanol podem enfraquecer as sanções contra o setor de energia do Irã.”
Segundo uma fonte do Congresso, o estabelecimento do relatório é o primeiro passo para uma emenda que pode incluir o etanol na lista dos produtos cuja venda para o Irã estará proibida.
Desta forma, se a Petrobras resolvesse revender etanol brasileiro para os iranianos, poderia ser alvo de retaliação de Washington. Procurada pelo Estado, a estatal brasileira, por intermédio de sua assessoria, assegurou não ter planos imediatos de negociar o produto com o Irã.
“Sem discriminar”
O governo americano já havia indicado claramente que se opõe ao possível interesse brasileiro de fornecer etanol para os iranianos. “Qualquer iniciativa que burle as sanções prejudica nosso objetivo, então não é uma boa ideia”, disse um alto funcionário da Casa Branca ao Estado.
Diferentemente do reforço das medidas unilaterais que os EUA pretendem impor ao Irã, nas sanções aprovadas pela ONU - apesar da oposição de Brasil e Turquia - não há restrição explícita ao setor energético ou ao etanol.
O Congresso americano havia aceitado o pedido do presidente Obama para adiar a votação de sua lei unilateral de sanções até que a ONU aprovasse sua iniciativa. Agora, Obama deve sancionar o projeto, transformando-o em lei.
Na época, o governo brasileiro afirmou foi explícito: “Não vamos discriminar ninguém na hora de exportar etanol. Vamos exportar etanol para qualquer país que queira, nossa prioridade é abrir mercados”, tinha declarado, no início do mês, uma fonte do governo.
A possibilidade de o Brasil suprir parte das necessidades de combustível do Irã com etanol foi levantada pelo ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, em visita a Teerã, em abril.
Jorge afirmou que o Irã está interessado em comprar etanol brasileiro, por causa dos problemas que enfrenta para comprar gasolina diante dos bloqueios comerciais que sofre. Mas os empresários brasileiros afirmam não ter intenção de correr o risco de ser sancionados pelos EUA.
Assim como a assessoria da Petrobrás, Adhemar Altieri, porta-voz da Unica, entidade que representa os produtores de etanol, disse que não há projeto nem de curto nem de longo prazo para exportar etanol para o Irã.
Para entender
As sanções aprovadas na quinta-feira pelo Congresso americano são ações unilaterais, aplicadas apenas pelos EUA - diferentemente das medidas multilaterais adotadas pelo Conselho de Segurança da ONU, no dia 9, que devem ser seguidas por todos os membros da organização. As punições contra nas Nações Unidas são mais brandas porque, para aprová-las, era preciso o apoio de chineses e russos, que têm interesses comerciais e são contra medidas muito duras contra Teerã. Um caso semelhante ocorreu com o regime do apartheid, na África do Sul. A ONU adotou suas primeiras sanções contra os segregacionistas nos anos 60. As medidas, porém, eram amenas e foram facilmente burladas pelo governo branco. O sistema de segregação racial só começou a ruir anos 80, depois que EUA e Grã-Bretanha adotaram duras sanções unilaterais contra a África do Sul.
Mal comparando, creio que foram mexer num vespeiro: algumas pessoas podem sair picadas. Não foi por falta de aviso...
Paulo Roberto de Almeida
Em recado a Brasil, texto de sanções dos EUA ao Irã inclui menção a etanol
Por Patrícia Campos Mello (corresponde em Washington)
Estado de São Paulo, 26.06.2010
A lei de sanções contra o Irã, aprovada pelo Congresso americano quinta-feira, inclui pela primeira vez restrições à venda de etanol a Teerã, em um claro recado para o governo brasileiro. Enterrada no meio do texto do projeto de lei de 41 páginas, que deve ser assinada pelo presidente Barack Obama nos próximos dias, há uma ordem explícita para que o governo americano monitore as exportações de etanol para o Irã.
Segundo o texto, o presidente americano fica obrigado a entregar um relatório para o Congresso 90 dias após a publicação da lei de sanções, sobre os investimentos no setor de energia do Irã, que incluam “uma estimativa do volume de recursos energéticos, incluindo etanol, que o Irã importou durante o período”, além de uma “lista de todos os projetos, investimentos e parcerias fora do Irã que envolvam entidades iranianas em parceria com entidades de outros países, incluindo identificação das entidades dos outros países.” Isso vai valer para qualquer negócio feito a partir de janeiro de 2006
Durante deliberações que levaram à provação do projeto de lei no Legislativo, o deputado democrata Eliot Engel, líder da Subcomissão de Hemisfério Ocidental da Câmara dos Representantes, deixou claro que o texto tinha endereço certo.
“Quero manifestar meu apoio à seção 110 da lei, que exige um relatório sobre exportações de energia para o Irã; Os EUA e o Brasil são os maiores produtores de etanol do mundo e fiquei feliz de ouvir dos produtores brasileiros que eles não têm planos de fornecer etanol para o Irã”, disse Engel. “É por isso que a lei é importante, precisamos continuar monitorando essa área, já que exportações de etanol podem enfraquecer as sanções contra o setor de energia do Irã.”
Segundo uma fonte do Congresso, o estabelecimento do relatório é o primeiro passo para uma emenda que pode incluir o etanol na lista dos produtos cuja venda para o Irã estará proibida.
Desta forma, se a Petrobras resolvesse revender etanol brasileiro para os iranianos, poderia ser alvo de retaliação de Washington. Procurada pelo Estado, a estatal brasileira, por intermédio de sua assessoria, assegurou não ter planos imediatos de negociar o produto com o Irã.
“Sem discriminar”
O governo americano já havia indicado claramente que se opõe ao possível interesse brasileiro de fornecer etanol para os iranianos. “Qualquer iniciativa que burle as sanções prejudica nosso objetivo, então não é uma boa ideia”, disse um alto funcionário da Casa Branca ao Estado.
Diferentemente do reforço das medidas unilaterais que os EUA pretendem impor ao Irã, nas sanções aprovadas pela ONU - apesar da oposição de Brasil e Turquia - não há restrição explícita ao setor energético ou ao etanol.
O Congresso americano havia aceitado o pedido do presidente Obama para adiar a votação de sua lei unilateral de sanções até que a ONU aprovasse sua iniciativa. Agora, Obama deve sancionar o projeto, transformando-o em lei.
Na época, o governo brasileiro afirmou foi explícito: “Não vamos discriminar ninguém na hora de exportar etanol. Vamos exportar etanol para qualquer país que queira, nossa prioridade é abrir mercados”, tinha declarado, no início do mês, uma fonte do governo.
A possibilidade de o Brasil suprir parte das necessidades de combustível do Irã com etanol foi levantada pelo ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, em visita a Teerã, em abril.
Jorge afirmou que o Irã está interessado em comprar etanol brasileiro, por causa dos problemas que enfrenta para comprar gasolina diante dos bloqueios comerciais que sofre. Mas os empresários brasileiros afirmam não ter intenção de correr o risco de ser sancionados pelos EUA.
Assim como a assessoria da Petrobrás, Adhemar Altieri, porta-voz da Unica, entidade que representa os produtores de etanol, disse que não há projeto nem de curto nem de longo prazo para exportar etanol para o Irã.
Para entender
As sanções aprovadas na quinta-feira pelo Congresso americano são ações unilaterais, aplicadas apenas pelos EUA - diferentemente das medidas multilaterais adotadas pelo Conselho de Segurança da ONU, no dia 9, que devem ser seguidas por todos os membros da organização. As punições contra nas Nações Unidas são mais brandas porque, para aprová-las, era preciso o apoio de chineses e russos, que têm interesses comerciais e são contra medidas muito duras contra Teerã. Um caso semelhante ocorreu com o regime do apartheid, na África do Sul. A ONU adotou suas primeiras sanções contra os segregacionistas nos anos 60. As medidas, porém, eram amenas e foram facilmente burladas pelo governo branco. O sistema de segregação racial só começou a ruir anos 80, depois que EUA e Grã-Bretanha adotaram duras sanções unilaterais contra a África do Sul.
Pausa para a Copa, ou melhor, para o futebol...
Não torço para NENHUMA seleção, nem mesmo para a seleção brasileira, a não ser que ela jogue bem, o que não é o caso até aqui (e duvido que venha a ser).
Eu torço apenas para o bom futebol, o futebol com arte, técnica, graça e lealdade, nessa ordem, ou em qualquer outra que se desejar.
Detesto o futebol engessado, as caneladas, os golpes baixos, as trapaças, as vuvuzelas, as patriotadas e outras bobagens associadas.
Os jogadores de seleção, hoje em dia, são perfeitos mercenários. Jogam por dinheiro, e nada mais. Impossível torcer por mercenários.
Fico com o futebol em estado puro, que está cada vez mais raro.
Fico com a seleção que exibir o melhor futebol, qualquer que seja o país...
Eu torço apenas para o bom futebol, o futebol com arte, técnica, graça e lealdade, nessa ordem, ou em qualquer outra que se desejar.
Detesto o futebol engessado, as caneladas, os golpes baixos, as trapaças, as vuvuzelas, as patriotadas e outras bobagens associadas.
Os jogadores de seleção, hoje em dia, são perfeitos mercenários. Jogam por dinheiro, e nada mais. Impossível torcer por mercenários.
Fico com o futebol em estado puro, que está cada vez mais raro.
Fico com a seleção que exibir o melhor futebol, qualquer que seja o país...
Amaral de Sampaio: uma GRANDE cabeça do Itamaraty se vai
Conheci vários embaixadores no Itamaraty. Nenhum me deu tanto prazer intelectual, ao ler seus telegramas saborosíssimos, quanto o Sampaio, assim como seus artigos no Estadão. Poucos, pouquíssimos embaixadores do Itamaraty, e eu quero dizer menos de cinco, conseguiam escrever de forma tão brilhante quanto ele.
Minha homenagem a uma grande cabeça e um grande diplomata.
Paulo Roberto de Almeida
Morre em São Paulo o ex-embaixador Amaral de Sampaio
Roldão Arruda
O Estado de S.Paulo, 25 de junho de 2010
Morreu ontem, em São Paulo, aos 80 anos, o embaixador Antonio Amaral de Sampaio. Ele havia sido internado no Hospital Albert Einstein, com um quadro de pneumonia, e faleceu após sofrer parada cardíaca, segundo o boletim médico.
Formado em direito, geografia e história pela Universidade de São Paul0 (USP), Sampaio teve uma carreira bem-sucedida no Ministério das Relações Exteriores. Entre os anos 80 e 90 atuou como embaixador na Síria, Sérvia (ex-Iugoslávia) e África do Sul. Antes disso servira como primeiro secretário no Irã e em Genebra. Foi ainda conselheiro nas embaixadas do Brasil no México e em Portugal, onde recebeu a condecoração da Ordem do Infante Dom Henrique.
Em decorrência de sua atuação no Oriente Médio e do seu interesse pelos assuntos da região, o diplomata acabou chefiando o Departamento do Oriente Próximo, no Itamaraty. Ele se aposentou no ano 2000.
Sampaio também foi colaborador do jornal O Estado de S. Paulo. Na opinião do embaixador Celso Lafer, ex-ministro das Relações Exteriores, tratava-se de um analista acurado das relações internacionais, tanto nos artigos que escrevia quanto nos telegramas que enviava do exterior para o Itamaraty. "Na minha primeira gestão como ministro, ele ainda estava na ativa", lembrou Lafer. "Era um prazer ler os telegramas que enviava, nos quais combinava qualidade de análise e precisão de estilo."
Rubens Barbosa, ex-embaixador em Washington e atual presidente do conselho de comércio exterior da Fiesp, observou que, além da competência e das opiniões claras que sempre manifestava sobre temas que analisava, Sampaio era um homem afável e ótimo contador de histórias. "Foi muito querido pelos seus colegas", comentou.
O enterro foi realizado ontem, no final da tarde, no Cemitério do Araçá, no bairro do Sumaré.
Minha homenagem a uma grande cabeça e um grande diplomata.
Paulo Roberto de Almeida
Morre em São Paulo o ex-embaixador Amaral de Sampaio
Roldão Arruda
O Estado de S.Paulo, 25 de junho de 2010
Morreu ontem, em São Paulo, aos 80 anos, o embaixador Antonio Amaral de Sampaio. Ele havia sido internado no Hospital Albert Einstein, com um quadro de pneumonia, e faleceu após sofrer parada cardíaca, segundo o boletim médico.
Formado em direito, geografia e história pela Universidade de São Paul0 (USP), Sampaio teve uma carreira bem-sucedida no Ministério das Relações Exteriores. Entre os anos 80 e 90 atuou como embaixador na Síria, Sérvia (ex-Iugoslávia) e África do Sul. Antes disso servira como primeiro secretário no Irã e em Genebra. Foi ainda conselheiro nas embaixadas do Brasil no México e em Portugal, onde recebeu a condecoração da Ordem do Infante Dom Henrique.
Em decorrência de sua atuação no Oriente Médio e do seu interesse pelos assuntos da região, o diplomata acabou chefiando o Departamento do Oriente Próximo, no Itamaraty. Ele se aposentou no ano 2000.
Sampaio também foi colaborador do jornal O Estado de S. Paulo. Na opinião do embaixador Celso Lafer, ex-ministro das Relações Exteriores, tratava-se de um analista acurado das relações internacionais, tanto nos artigos que escrevia quanto nos telegramas que enviava do exterior para o Itamaraty. "Na minha primeira gestão como ministro, ele ainda estava na ativa", lembrou Lafer. "Era um prazer ler os telegramas que enviava, nos quais combinava qualidade de análise e precisão de estilo."
Rubens Barbosa, ex-embaixador em Washington e atual presidente do conselho de comércio exterior da Fiesp, observou que, além da competência e das opiniões claras que sempre manifestava sobre temas que analisava, Sampaio era um homem afável e ótimo contador de histórias. "Foi muito querido pelos seus colegas", comentou.
O enterro foi realizado ontem, no final da tarde, no Cemitério do Araçá, no bairro do Sumaré.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Too Small to Be Saved - a conta dos bancos falidos nos EUA
Isto é só este ano. Em 2009, algumas dezenas de bancos pequenos, locais ou regionais, faliram e foram incorporados pelo programa do Tesouro. American Banker faz a conta:
Government Seizes Two Banks in Southeast, One in N.M.
Year-to-date failures now total 86
Three more banks failed late Friday, at an estimated additional cost to the Federal Deposit Insurance Corp. of $285 million.
Regulators shuttered the $644 million-asset Peninsula Bank in Englewood, Fla., the $252 million-asset First National Bank in Savannah, Ga., and the $80 million-asset High Desert State Bank in Albuquerque, N.M.
The FDIC found takers for the deposits of all three institutions, which brought the year's failed-bank total so far to 86. Last year 140 banks failed, and the agency has said it expects this year's total to top that.
O capitalismo deveria ser assim: não conseguiu, falhou? Vá direto para a bancarrota, em lugar de ficar recebendo dinheiro para sobreviver. Uma taxa bancária, como a que foi recentemente introduzida por alguns governos, permite cobrir ao menos parte dos prejuizos, atingindo provavelmente 100% dos pequenos depositantes. Os grandes, bem, os grandes podem perder um pouco.
Quanto aos grandes bancos, too big to fail, eles também poderiam falir, e deveriam falir, dentro do mesmo espírito.
Government Seizes Two Banks in Southeast, One in N.M.
Year-to-date failures now total 86
Three more banks failed late Friday, at an estimated additional cost to the Federal Deposit Insurance Corp. of $285 million.
Regulators shuttered the $644 million-asset Peninsula Bank in Englewood, Fla., the $252 million-asset First National Bank in Savannah, Ga., and the $80 million-asset High Desert State Bank in Albuquerque, N.M.
The FDIC found takers for the deposits of all three institutions, which brought the year's failed-bank total so far to 86. Last year 140 banks failed, and the agency has said it expects this year's total to top that.
O capitalismo deveria ser assim: não conseguiu, falhou? Vá direto para a bancarrota, em lugar de ficar recebendo dinheiro para sobreviver. Uma taxa bancária, como a que foi recentemente introduzida por alguns governos, permite cobrir ao menos parte dos prejuizos, atingindo provavelmente 100% dos pequenos depositantes. Os grandes, bem, os grandes podem perder um pouco.
Quanto aos grandes bancos, too big to fail, eles também poderiam falir, e deveriam falir, dentro do mesmo espírito.
Assinar:
Comentários (Atom)
Postagem em destaque
Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida
Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...
-
Liberando um artigo que passou um ano no limbo: Mercosul e União Europeia: a longa marcha da cooperação à associação Recebo, em 19/12/2025,...
-
FAQ do Candidato a Diplomata por Renato Domith Godinho TEMAS: Concurso do Instituto Rio Branco, Itamaraty, Carreira Diplomática, MRE, Diplom...
-
Homeric Epithets: Famous Titles From 'The Iliad' & 'The Odyssey' Word Genius, Tuesday, November 16, 2021 https://www.w...
-
Minha preparação prévia a um seminário sobre a ordem global, na UnB: 5152. “ A desordem mundial gerada por dois impérios, contemplados por...
-
Trajetórias dramáticas ou exitosas na vida de certas nações Algumas conseguem, à custa de muito trabalho, competência educacional, tolerânci...
-
Dê uma resposta crítica e detalhada para o seguinte cenário hipotético: Se os EUA resolverem invadir a Venezuela com forças militares de g...
-
Documentos extremamente relevantes sobre a queda do muti de Berlim, o processo de unificação da Alemanha e as garantias que os então estadi...
-
The world in 2026: ten issues that will shape the international agenda - Nota Internacional (CIDOB) Hi Paulo Roberto, Today, CIDOB’s newslet...
-
Fundação Percival Farqhuar, uma instituição educacional inspirada no empreendedorismo do investidor americano Soube hoje que existe, em Gove...