segunda-feira, 9 de abril de 2012

(Des)Industrializacao brasileira: duas visoes distintas - Affonso Celso Pastore e Amir Khair


Duas visões distintas mas até certo ponto complementares do debate sobre a desindustrialização no Brasil :
(1) Por que a indústria parou de crescer nos últimos anos ? (Affonso Celso Pastore, professor da USP e ex-presidente do BC)
(2) Estimular a industrialização (Amir Khair
 Ambos no jornal O ESTADO DE SÃO PAULO de Domingo, Abril 08, 2012

Por que a indústria parou de crescer nos últimos anos?
AFFONSO CELSO PASTORE
 O ESTADO DE SÃO PAULO
Domingo, Abril 08, 2012

A incapacidade de responder à competição externa é uma das causas da estagnação

O setor industrial brasileiro é bastante aberto ao comércio internacional. Como câmbio real valorizado, e com os preços em dólares de produtos manufaturados exportados e importados pelo Brasil mantendo-se estáveis devido à recessão e ao baixo crescimento na Europa e EUA, crescem as importações e mantém se estagnadas as exportações brasileiras de bens de consumo. Os dois gráficos ao lado mostram que enquanto os índices de quantum exportado de bens duráveis e não duráveis de consumo vêm se mantendo estáveis ou declinando ligeiramente, entre 2009 e 2011 as respectivas quantidades importadas praticamente dobraram. A incapacidade de responder à competição externa é uma das causas da estagnação da indústria.

Mas isso não conta toda a história. O setor industrial é, também, muito menor do que o setor produtor de serviços. O PIB do setor de serviços representa mais de 65% do PIB brasileiro, empregando em torno de 60 milhões de trabalhadores, enquanto que o PIB da indústria de transformação representa apenas 25%, empregando um volume de trabalhadores muito menor, em torno de 20 milhões. Por outro lado, os dados das contas nacionais negam o "saber convencional" de que somente a indústria paga os "bons salários". No ano de 2009 (o último dado disponível)o salário médio pago pela indústria era de R$ 15.870, enquanto o salário médio pago pelo setor de serviços atingia R$ 14.006, que é muito próximo do salário médio da indústria. Obviamente amassa real de salários do setor de serviços é em torno de 3 vezes maior do que a massa de salários paga aos trabalhadores da indústria, sendo a maior responsável pela sustentação da demanda agregada.

Atualmente setor industrial está deprimido, sofrendo com a competição externa, mas o setor produtor de serviços que não sofre essa competição está superaquecido, e se beneficia dos estímulos dados pelo governo à expansão da demanda. Como o setor de serviços é o grande empregador de mão de obra, leva a economia a operar muito perto - ou mesmo acima - do pleno emprego. Não há, assim, nenhum paradoxo no fato de que ao lado de um setor industrial que não cresce, a taxa de desemprego no Brasil é a menor da história.

Com esse comportamento do mercado de trabalho crescem os salários reais tanto no setor de serviços quanto no setor industrial. O crescimento dos salários reais não levaria a um aumento de custos de produção da indústria caso a produtividade da mão de obra tivesse crescimento semelhante. Contudo, um estudo recente do Ipea (Comunicado N.º 133) mostra que a produtividade da mão de obra na indústria não vem crescendo, o que leva ao aumento do custo unitário do trabalho na indústria. Os dados do IBGE permitem estimar esse aumento: entre 2009 e 2011 o custo unitário do trabalho (salários divididos pela produtividade média da mão de obra) na indústria elevou-se em torno de 15% em termos reais.

A elevação dos salários reais não é acarretada pelo aumento da demanda de mão de obra da indústria, que segundo os dados do Caged vem contratando muito pouco ou mesmo nada. Ela é proveniente do aquecimento do setor de serviços que acarreta, simultaneamente: o aumento da demanda agregada de bens de consumo, devido à sua contribuição ao aumento da massa real de salários; e o aumento do custo unitário do trabalho para a indústria.

O setor produtor de serviços também sofre as consequências da elevação do custo unitário do trabalho, mas, como é fechado ao comércio internacional, pode repassá-lo pelo menos parcialmente aos preços. Já o setor industrial é muito aberto, e a competição dos produtos importados limita a sua capacidade de repassar aumentos de custos para preços.

Em consequência, estreitam-se as "margens" da indústria, limitando a sua capacidade de crescer. Em grande parte os estímulos derivados do aumento da demanda doméstica "vazam" para as importações. Mas esse "vazamento" não decorre apenas da valorização cambial e dos baixos preços internacionais de produtos importados e exportados pelo Brasil, e também da elevação do custo unitário do trabalho.

Diante desse quadro, o governo acena com três reações. Primeiro, procura acentuar estímulos à demanda, quer para elevar o consumo, quer, como diz a presidente Dilma, para "libertar o espírito animal" dos empresários, levando ao aumento da formação bruta de capital fixo. Além de o BC prosseguir baixando a taxa real de juros, devem ampliar-se as pressões para expansão do crédito, com o uso dos bancos públicos. Já há alguns meses vêm caindo as taxas de 12 meses de expansão do crédito de bancos privados nacionais, o que se deve em grande parte à inadimplência elevada do crédito ao consumidor provocada pelo exagero no financiamento a automóveis em 2010, mas em contrapartida vem se elevando a taxa de 12 meses de expansão do crédito de bancos públicos, e entre eles o BNDES, que deve ser premiado com novas transferências do Tesouro.

Segundo, o governo quer evitar a continuidade da valorização cambial e, se possível, gerar algum enfraquecimento adicional do real. Para isso manterá elevadas as intervenções no mercado de câmbio e, se necessário, poderão ser tomadas novas medidas tributárias para desestimular ingressos de capitais. Terceiro, pode intensificar formas disfarçadas de protecionismo, como o uso de alíquotas diferenciadas de impostos indiretos domésticos, como aumento das alíquotas do IPI sobre produtos importados que tenham simulares domésticos, como já ocorreu nos automóveis.

Outra linha de ação é o aumento puro e simples do protecionismo. Há sinais de que o ministro do Desenvolvimento vem criticando a "timidez" do ministro da Fazenda em elevar as barreiras protecionistas e o controle da taxa cambial, e não sabemos até que ponto a presidente Dilma é simpática a ações discricionárias mais fortes neste campo.

No pressuposto de que "a demanda cria a própria oferta" o governo provavelmente vai disparar novos estímulos à demanda e novas formas de evitar os "vazamentos" da demanda para o exterior.Oque esperar?

Se no contexto de fortes estímulos à demanda doméstica o governo tiver sucesso em enfraquecer o real e/ou elevar direta ou indiretamente o protecionismo, colherá um aumento adicional da inflação. Os dados de preços mostram que a inflação de "serviços" continua elevada devido às pressões salariais. Essas pressões tenderão a se acentuar com novos estímulos à expansão da demanda. Lembremos que a contribuição maior para reduzir a inflação vem dos preços dos bens "tradables" industrializados, que se interromperá com o enfraquecimento do real e o aumento do protecionismo.

Se o governo ainda estiver comprometido com a inflação baixa, terá de limitar o enfraquecimento do real e o protecionismo.  Com isso, evitará inflação mais alta nos bens "tradables industrializados", mas ao continuar estimulando a expansão da demanda não conterá a alta de salários reais.O mais provável, contudo, é que a perseguição de uma meta de inflação mais baixa seja coisa do passado.

Infelizmente esse é um quadro no qual não há preocupações com a produtividade e com a eficiência econômica. A busca desses objetivos não parece ter importância, mesmo porque produz resultados apenas a longo prazo, e o horizonte do governo é o do seu mandato, e não o que garanta o crescimento de longo prazo.

===============================
Amir Khair
Estimular a industrialização
As atenções do governo estão voltadas ao processo de desindustrialização em curso no País. Para isso acabou de lançar o segundo pacote de estímulos à indústria, com medidas mais fortes do que o primeiro, o Brasil Maior, lançado em agosto.
Trata-se de um conjunto de medidas de estímulo à competitividade que envolve desonerações fiscais, crédito mais abundante, proteção contra o produto importado, medidas cambiais e preferência nas compras governamentais às empresas sediadas no País.
Conquanto essas medidas estejam no rumo certo, considero que tem alcance limitado, ficando aquém da necessidade para a retomada firme da industrialização no País.
Mas o que falta?
Alguns acham que é necessário fazer reformas, e citam a tributária, a trabalhista e a previdenciária. Outros o câmbio com o real sobrevalorizado e outros as taxas de juros cobradas pelos bancos. Vamos avaliar os argumentos, a posição do governo e apresentar propostas que possam contribuir ao debate.
O pano de fundo é a maior guerra comercial da história, com maior concorrência atingindo as indústrias em todos os países, não só aqui.
1. Reformas. Virou lugar comum falar que são necessárias reformas. Fato é que não são fáceis de serem aprovadas, pois envolvem fortes interesses em disputa no âmbito do Congresso. Foram inúmeras as propostas de reforma tributária, todas desejando simplificar as 27 legislações estaduais sobre o ICMS por uma única legislação federal com cobrança desse imposto no destino, onde o bem é consumido ou usado, ao invés de sê-lo na origem onde é vendido. Essa reforma só poderá ser aprovada se o governo bancar as perdas de arrecadação nas operações interestaduais que poderão ocorrer para oito Estados.
A reforma previdenciária no sistema geral deixou de ser necessária, pois ficou provado que o sistema urbano é e continuará sendo superavitário e o sistema rural, que é deficitário, tende a sê-lo cada vez menos com a redução da população rural. Além disso, nenhum impacto teria essa reforma para a indústria.
A reforma trabalhista, sim, teria o impacto na indústria caso fosse possível flexibilizar as regras no mercado de trabalho, mas dificilmente passa no Congresso dada a forte resistência das centrais sindicais para não permitir a perda de direitos conquistados.
Assim, apostar na solução das reformas não vai resolver, podendo inclusive piorar a situação.
2. Câmbio. É a maior dor de cabeça do governo e da indústria. A valorização do real chegou a tal ponto que é quase impossível competir com o produto estrangeiro. Para se ter uma ideia, no Plano Real, para controlar a inflação, usou-se mega taxa de juro para atrair especuladores externos para valorizar o real. Com isso formou-se a âncora cambial com o real equivalendo a um dólar. Em valores de hoje esse câmbio do Plano Real, considerando a inflação pelo IPCA valeria R$ 2,60 por dólar e pelo IGP-DI, R$ 3,60. O governo, no entanto, entende que o câmbio a R$ 1,80 por dólar está bom para preservar a competitividade industrial e teme que se for acima disso pode disparar processo inflacionário. Não creio.
O principal problema do governo, no entanto, é tentar segurar em R$ 1,80 face à enxurrada de dólares que está entrando no País. São US$ 8,8 trilhões que foram despejados no mercado pelos países desenvolvidos para evitar o colapso do seu sistema bancário desde a crise de 2008. Só parte insignificante desses recursos invadiu o País, mas a pressão continuará para penetrar nossa economia, tirando mais ainda competitividade das nossas empresas. O governo tem como estratégia para manter o câmbio em R$ 1,80, a compra de dólares pelo Banco Central (BC), que emite títulos para enxugar a liquidez advinda com a emissão monetária para efetuar a conversão. Com isso, está enxugando gelo e causando profundo rombo nas finanças do governo. Em 2011 ultrapassou R$ 100 bilhões essa operação. São recursos que poderiam ser usados para uma forte desoneração industrial.
Tenho defendido em artigos que a melhor forma de enfrentar o excesso de moeda externa é emitindo o correspondente em reais, ou seja, ampliando a base monetária. Isso não causará inflação, pois o controlador da inflação é externo ao País nos preços estagnados ou cadentes dos bens e serviços internacionais como decorrência da crise. E isso poderá se estender por vários anos.
Creio que um câmbio mais favorável à competitividade industrial deve ficar acima de R$ 2,00. Não prevejo inflação com essa depreciação, pois os preços dos importados cairão em dólar para tentar penetrar no País, dada a super oferta internacional.
3. Taxa de juro. Na crise de 2008, o presidente Lula determinou aos bancos oficiais a redução das taxas de juros e, apesar da avaliação dos bancos privados de que isso iria prejudicar os lucros e elevar a inadimplência dos bancos oficiais, o que ocorreu foi o contrário.
O governo finalmente adota essa estratégia. Ela visa ampliar o consumo e, com isso fortalecer a indústria, pois a maior parte do crescimento será atendida por ela usando sua capacidade ociosa, sem necessidade de investimento. Com o aumento das vendas, crescem os lucros e a capacidade de expansão com novos investimentos. É o círculo virtuoso do crescimento.
Atendendo determinação da presidente, na quinta feira, o Banco do Brasil reduziu suas taxas de juros e a Caixa deverá fazê-lo na próxima semana. A presidente afirmou que "não há justificativa técnica para o elevado spread bancário no País". De fato, a desculpa apresentada pelos bancos de que o spread é elevado devido à inadimplência elevada é risível, pois a inadimplência é consequência e não causa da taxa de juro. A parte do leão que querem preservar é o elevado ganho no spread.
O governo deve enfrentar essa questão conjugando outras medidas que induzam os bancos a reduzir suas taxas de juros, como, por exemplo, regular o porcentual de depósito compulsório dos bancos no BC de acordo com a taxa de juro praticada.
O caminho para o fortalecimento industrial passa pelo crescimento, que poderá ocorrer com a redução das taxas de juros bancárias e com o câmbio pouco acima de R$ 2,00. Vamos acompanhar.

O espiao que veio da Persia: drone americano revela segredos do programa nuclear iraniano


U.S. intelligence gains in Iran seen as boost to confidence

By  and  

The Washington Post, April 8, 2012

More than three years ago, the CIA dispatched a stealth surveillance drone into the skies over Iran.
The bat-winged aircraft penetrated more than 600 miles inside the country, captured images of Iran’s secret nuclear facility at Qom and then flew home. All the while, analysts at the CIA and other agencies watched carefully for any sign that the craft, dubbed the RQ-170 Sentinel, had been detected by Tehran’s air defenses on its maiden voyage.
“There was never even a ripple,” said a former senior U.S. intelligence official involved in the previously undisclosed mission.
CIA stealth drones scoured dozens of sites throughout Iran, making hundreds of passes over suspicious facilities, before a version of the RQ-170 crashed inside Iran’s borders in December. The surveillance has been part of what current and former U.S. officials describe as an intelligence surge that is aimed at Iran’s nuclear program and that has been gaining momentum since the final years of George W. Bush’s administration.
The effort has included ramped-up eavesdropping by the National Security Agency, formation of an Iran task force among satellite-imagery analysts and an expanded network of spies, current and former U.S. officials said.
At a time of renewed debate over whether stopping Iran might require military strikes, the expanded intelligence collection has reinforced the view within the White House that it will have early warning of any move by Iran to assemble a nuclear bomb, officials said.
“There is confidence that we would see activity indicating that a decision had been made,” said a senior U.S. official involved in high-level discussions about Iran policy. “Across the board, our access has been significantly improved.”
The expanded intelligence effort has coincided with a covert campaign by the CIA and other agencies to sabotage Iran’s nuclear program and has enabled an escalation in the use of targeted economic sanctions by the United States and its allies to weaken Iran’s resolve.
The Obama administration has cited new intelligence reports in arguing against a preemptive military strike by Israel against Iranian nuclear facilities.
Israeli officials have pushed for a more aggressive response to Iran’s nuclear activities, arguing that Iran is nearing what some officials have called a “zone of immunity,” in which Iran can quickly complete the final steps toward becoming a nuclear power inside heavily fortified bunkers protected from Israeli airstrikes.
White House officials contend that Iran’s leaders have not decided to build a nuclear weapon, and they say it would take Iran at least a year to do so if it were to launch a crash program now.
“Even in the absolute worst case — six months — there is time for the president to have options,” said the senior U.S. official, one of seven current or former advisers on security policy who agreed to discuss U.S. options on Iran on the condition of anonymity.
The improved intelligence also strengthens the administration’s bargaining position ahead of nuclear talks with Iran, tentatively scheduled for Friday. The United States and five other countries — Russia, China, Britain, France and Germany — are expected to press Iran to accept curbs on its nuclear program that would make it far more difficult for the country to build a nuclear weapon. A key demand, Western diplomats say, is for Iran to halt production at its uranium enrichment plant at Qom, which was built in mountain tunnels beyond the reach of all but the most advanced bombs and missiles. In return for such a concession, Iran could be allowed to keep some semblance of a commercial nuclear power program under heavy international oversight, diplomats say. It is unclear, however, whether Iran would agree to restrictions on its program. In recent days, Iran has refused even to commit to a venue for the talks.
The CIA declined to comment on the nature of its operations against Iran. Officials familiar with the operations, however, acknowledged that there had been some setbacks and conceded that aspects of Iran’s nuclear decision-making remain opaque, including the calculations made by the Islamic republic’s senior political and clerical leadership.
Iranian officials insist publicly that the program is for peaceful energy production. But experts skeptical of that explanation warn that Iran may become more adept at hiding parts of its nuclear program, particularly if it succeeds in building more powerful centrifuges that can enrich uranium in smaller, dispersed facilities.
“They have been taken off-guard in the past, and now they do their best to conceal,” said Olli Heinonen, who formerly directed nuclear inspections inside Iran for the International Atomic Energy Agency. While Western spy agencies have been successful of late, he said, “they are shooting at a moving target.”
The still-fresh sting of Iraq
There is also the chastening experience of Iraq. A decade ago, analysts at the CIA and other agencies were confident that Iraq had stockpiles of banned weapons, including the components of a nuclear weapons program. A costly U.S. invasion and futile search for those stockpiles proved them wrong.
The sting of that intelligence failure was still fresh when U.S. spy agencies came under pressure to ramp up collection efforts against Iran. By 2006, U.S. intelligence officials and top Bush advisers had become alarmed by deep gaps in U.S. knowledge of Iran’s nuclear efforts and ambitions.
Michael V. Hayden, then the new CIA director, recalled a White House briefing in which Bush became visibly agitated.
At the time, Iran was rapidly expanding its stockpile of enriched uranium at its main Natanz facility while working on what was then a secret site at Qom. American officials feared that Iran might surprise the world with a nuclear weapons test that would leave U.S. leaders with two highly unpalatable options: Attack Iran or accept the emergence of a new nuclear power in the Middle East.
At one point, Bush turned to Hayden and said, “I don’t want any U.S. president to be faced with only two choices when it comes to Iran,” according to Hayden. Efforts to reach Bush for comment were not successful.
The meeting became the impetus for overhauling the CIA’s approach to a country considered one of its hardest targets. The agency’s Iran experts and operatives were moved from its Near East Division to a group focused exclusively on Iran, much as the CIA had formed its Counterterrorism Center 20 years earlier.
“We put the best people on the job and put the most talented people in charge,” Hayden said. “Then we said, ‘Tell us what you need to get the job done.’ ”
Known internally as “Persia House,” the Iran Operations Division was set up in the agency’s Old Headquarters Building. Over time, it swelled from several dozen analysts and officers to several hundred. The division is now headed by a veteran case officer who previously served as CIA station chief in Islamabad, Pakistan.
“It got a robust budget,” said a former senior CIA official who worked in the Near East Division at the time. The Iran division’s emphasis was “getting people overseas in front of people they needed to be in front of — there are a lot of places to meet Iranians outside Iran.”
The division began assembling an informant network that stretched from the Middle East to South America, where Iran’s security services have a long-standing presence. The CIA also exploited the massive U.S. military presence in Afghanistan and Iraq to mount espionage operations against the country sandwiched between those war zones.
Limited damage
One of those operations was exposed last year, when an RQ-170, flown from an airstrip in Afghanistan, crashed inside Iran. Officials in Tehran have triumphantly claimed credit for bringing the stealth drone down and have released pictures showing the drone apparently patched up after the crash. U.S. officials say a technical failure caused the crash.
The former intelligence official familiar with the beginnings of the stealth drone missions said that there had been pointed debate before deploying the first aircraft over whether it should be equipped with a so-called self-destruction package, which could blow an RQ-170 to bits if it flew off course.
The director of national intelligence at the time, Michael McConnell, was among the high-ranking officials who pushed to have the package installed. But the CIA’s engineering team balked, saying it would add too much weight to the delicately balanced frame.
Despite the setback, U.S. officials said that some surveillance flights continue and that the damage to American espionage capacity overall has been limited.
That is partly because the drone flights were only a small part of a broad espionage campaign involving the NSA, which intercepts ­e-mail and electronic communications, as well as the National Geospatial-Intelligence Agency, which scours satellite imagery and was the first to spot the uranium enrichment plant at Qom.
The CIA’s expanded efforts continued under director Leon E. Panetta, who built partnerships with allied intelligence services in the region capable of recruiting operatives for missions inside Iran, former intelligence officials said.
The agency has encountered problems. Shahram Amiri, an Iranian defector and scientist in the country’s nuclear program, had been given $5 million by the CIA and relocated to Tucson. But in 2010, he abandoned his American life and returned to Tehran — where he had a young son — giving Iranian officials not only a propaganda victory but probably information on what his CIA debriefers were most desperate to learn.
U.S. officials said Amiri had been handled by the CIA’s Counter­proliferation Division after he approached U.S. officials in Vienna and volunteered to spy. That division continues to handle scientists and technical experts connected to Iran’s program, while Persia House focuses on leadership figures and the nation’s sprawling military and security services, including the Republican Guard Corps.
“The real damage was image — we looked like the Keystone Kops,” said a former senior CIA official of Amiri’s return to Iran. “In terms of actual damage — no, we collected all kinds of great stuff.”
The expanded espionage effort has confirmed the consensus view expressed by the U.S. intelligence community in a controversial estimate released publicly in 2007. That estimate concluded that while Iran remains resolutely committed to assembling key building blocks for a nuclear weapons program, particularly enriched uranium, the nation’s leaders have opted for now against taking the crucial final step: designing a nuclear warhead.
“It isn’t the absence of evidence, it’s the evidence of an absence,” said one former intelligence official briefed on the findings. “Certain things are not being done.”


Staff writer Julie Tate contributed to this report.

Brasileiros gastadores: americanos agradecem (também: US$ 6 bi !!!)

Bem, os americanos estão muito contentes e pedem mais:
Please, please, keep pouring your money into our vaults; better, into our pockets, our bank accounts. 
Please, do not stop, keep coming to DisneyWorld, and stop by our shoppings, our malls, our condos, and buy, buy everything, anything you can carry, and, please, make Florida your home, stay for a while, forever, our condos are very cheap nowadays.
You can speak Portuguese, we have learned to speak Cubanese, we'll learn Brazilianese all together...


Realmente, o Brasil é a salvação da América, como alguns dizem (menos os companheiros, que continuam ridiculamente se referindo ao "imperialismo estadunidense", assim mesmo), mas desconfio que esses 5.000 dólares por pessoa seja uma média que envolve muito dinheiro sujo, ilegal, lavado nos EUA...
Bem, mais trabalho para o agente da Receita estacionado em Miami (embora eu desconfie que ele também anda investindo nos EUA; sabem como é, o Brasil anda muito caro, melhor colocar seu dinheiro em paragens mais amenas).
Paulo Roberto de Almeida 


Los brasileños eligen Estados Unidos para comprar
EVA SÁIZ Washington
El País, 9/04/2012

Con 5.900 millones de dólares (4.500 millones de euros) desembolsados en Estados Unidos en 2010, los brasileños son los extranjeros que más gastan en ese país, casi 5.000 dólares por persona, según datos del Departamento de Comercio estadounidense. Barack Obama tendrá muy presente el creciente peso de Brasil en la economía de EE UU cuando este lunes reciba a su presidenta, Dilma Rousseff, en la Casa Blanca.

Mientras EE UU y Europa luchan contra la recesión, Brasil disfruta de una situación boyante. Es la sexta economía del mundo y la segunda del continente americano, por detrás de EE UU. Su clase media –a la que han accedido 30 millones de brasileños desde 2003- gana entre 1.610 y 6.940 reales –moneda brasileña- al mes (entre 674 y 3.000 euros) y 20 de sus 192 millones de habitantes es millonario, el 10% de la población.

Con 5.900 millones de dólares desembolsados en en 2010, los brasileños son los extranjeros que más gastan en EE UU, casi 5.000 dólares por persona
Los brasileños quieren comprar y con un real fuerte –un dólar vale 1,82 reales- prefieren salir al extranjero a consumir. El Banco Central de Brasil, su máxima autoridad monetaria, estima que en 2011 sus habitantes gastaron más de 20.000 millones de dólares en viajes internacionales, un 22% más que en 2010.

Sus principales destinos en EE UU son Miami y Nueva York. Lo que más demandan es artículos de lujo, lo último en tecnología y la visita a parques temáticos. Conscientes de que los brasileños no gastarán generosamente si no se sienten como en casa, los comerciantes estadounidenses han contratado a trabajadores que sepan portugués para atenderlos. Hay compañías que organizan tours de compras por centros comerciales en los que se habla su lengua. En 2001 Disney World batió el récord de visitantes de ese país y ya ha contratado a medio centenar de trabajadores lusoparlantes. SeaWorld Orlando ha creado una página web en portugués y ofrece clases de ese idioma a sus empleados.

El real también ha contribuido a resucitar el mercado inmobiliario de Miami. “Los brasileños han comprado el 10% de las viviendas del sur de Florida”, explican desde la Embajada de Brasil en EE UU para EL PAÍS. La fiebre inversora del país ha ayudado a expandir otros negocios relacionados con la venta de casas. Muchas agencias inmobiliarias además de apartamentos ofrecen desde expertos para decorarlas hasta asesoramiento financiero.

Es escollo del visado

En 2010, 1,2 millones de brasileños visitaron EE UU. En 2011 el pedido de visados aumentó un 40%. Solo en los tres primeros meses de 2012 se han expedido 269.637 permisos, un 56% más que en el mismo periodo del año pasado, según datos de la Embajada de EE UU en Brasil.

Consciente del peso del turismo en la economía estadounidense, la Casa Blanca ha agilizado los trámites para que los brasileños puedan obtener sus visados. Desde 2010, éste ha pasado a tener una validez de 10 años y el permiso para turistas se ha ampliado a cinco.

Solo en los tres primeros meses de 2012 se han expedido 269.637 permisos, un 56% más que en el mismo periodo del año pasado
En enero, Obama anunció su plan para impulsar el turismo que prevé reducir hasta un máximo de tres, las semanas para concertar una entrevista desde que se solicita el visado y eliminar la entrevista previa para renovarlo. Las medidas ya se notan en Brasil, donde el plazo para obtener el visado se ha reducido de 50 a 32 días en el consulado de Sao Paulo y a siete en los de Recife y Brasilia, indica en un correo electrónico Adrian Alexandri, asesor de la Asociación Brasileña de Operadores de Turismo.

El Gobierno estadounidense también estudia eliminar la obligación de visado para turistas de determinadas naciones, como China o Brasil. Hasta ahora solo 36 países, España incluido, tienen un acuerdo al respecto con EE UU. La Cámara de Comercio de Florida y otros lobbys están presionando para que Obama acelere su decisión en el caso de Brasil, ya que es el Estado más beneficiado por la nueva riqueza del país. En los primeros nueve meses de 2011, los más de un millón de brasileños que visitaron Florida se dejaron 1.600 millones de dólares.

“Seguimos en conversaciones con EE UU, pero el hecho de que organizaciones estadounidenses presionen para eliminar la necesidad de visado es una ayuda enorme”, señalan en la Embajada brasileña en Washington.

O "custo Brasil", visto da Argentina: o roto falando do esfarrapado...

Interessante ver uma análise argentina sobre os fatores reais dos problemas brasileiros de industrialização, ou de desindustrialização, como querem alguns.
Ainda que ele esteja certo, seria interessante olhar mais criticamente o que andam fazendo ambos países em matéria de protecionismo primitivo e exacerbado...
Paulo Roberto de Almeida 


El “costo Brasil”, principal factor de desindustrialización
POR JORGE CASTRO, ANALISTA
El Clarin, 9/04/2012

El gobierno de Dilma Rousseff lanzó esta semana un tercer paquete de medidas en defensa de la industria brasileña a través de un recorte de impuestos y un aumento de créditos subsidiados , con el objetivo de “aumentar su competitividad”, tanto dentro como fuera del mercado doméstico.

El problema es que la industria pierde posiciones, ante todo en el mercado interno. Los productos manufactureros importados representaban 14,5% del consumo doméstico en bienes industriales en 2008 y treparon en 2011 a 18,5%; esto ocurrió como parte de su menor participación en el PBI, que pasó de 16,6% a 14,6% en el mismo período, un nivel semejante al de 1955 (gobierno de Juscelino Kubistchek).

La industria brasileña se contrae en un mercado doméstico que se expande (en 2011, el PBI aumentó 2,7%, y el industrial 0,3%).

Esto sucede cuando hay una leve recuperación del sector en febrero (+1,3%) en relación al mes anterior, a pesar de que en el año disminuyó 3,9%, la sexta y más intensa caída consecutiva desde septiembre de 2009 (-7,6%).

Esta caída es parte de una tendencia de largo plazo, que es la disminución de la tasa de crecimiento potencial de Brasil . En los 8 años del gobierno Lula (2003-2010), el PBI creció 4,41% por año y la inflación aumentó 4,74% anual, con una tasa de crecimiento potencial de 4,5% /5%. El factor fundamental de crecimiento en esa etapa fue la demanda doméstica, a través del aumento del consumo individual, ambos arrastrados por la caída de la tasa de desocupación (13% en 2003 y 4,7% en 2011, el menor nivel de la serie histórica ). Brasil tiene pleno empleo.

La tasa de inversión en 2011 (Formación Bruta de Capital Fijo / FBCF) fue 17,85% del PBI, el mismo nivel de 15 años atrás, y la de aumento de la productividad no sólo resultó baja, sino decreciente (0,9% promedio entre 2000 y 2008 y tiende a disminuir a partir de 2009).

Por eso, el pleno empleo limita el nivel de crecimiento potencial en los próximos diez años , al ser baja la inversión y decreciente la productividad, y estaría ahora en 3,5% anual, 1 punto y medio inferior al que tuvo durante el gobierno de Lula.

El dato fundamental de la economía brasileña es que es cada vez más caro producir en el país, resultado directo del alto nivel del “costo Brasil”, uno de los más elevados del mundo.

Tiene el más alto nivel de presión tributaria de los países emergentes (38% del PBI) , necesario para financiar un gigantesco aparato estatal de muy reducida productividad, con una tasa de ahorro público negativa (-2% del PBI) y una muy baja tasa de inversión (17,9%), ante todo pública. Su infraestructura también es muy atrasada e impone a las actividades exportadoras -manufacturas y materias primas por igual- enormes costos y retrasos, que implican una poderosa penalización, con la consiguiente pérdida de competitividad. De ahí que construir una plataforma submarina de exploración para la industria petrolera (pre-sal) cuesta en Brasil el doble que en China o Corea del Sur.

Este es el problema de la falta de competitividad brasileña, exacerbada en la industria manufacturera por una tendencia irreversible de largo plazo, que es la apreciación del real (se ha valorizado 119% entre 2004 y 2011, y más de 40% a partir de 2009). Se puede concluir que el “costo Brasil” es el principal factor que impulsa la “desindustrialización” brasileña.

Enfrentar el desafío del “costo Brasil” implica acentuar las reformas estructurales en la agenda política brasileña; y esto significa aceptar la necesidad de la puja política con los intereses creados que lo encarnan y que están ante todo en el aparato del Estado. Pero ha aparecido un nuevo actor político, ajeno al Estado. Es la nueva clase media (ante todo la clase “C”) que ha emergido en los últimos diez años.

Son 100 millones de brasileños los que integran este sector social. De este sector puede surgir el respaldo para abatir el “costo Brasil” y así retomar el camino de la competitividad perdida.

Protecionismo no Mercosul, exacerbado no caso argentino: mexicanos preocupados

Duas observações sobre a matéria abaixo de um periódico mexicano: 
1) O Brasil está sendo assimilado à Argentina, para todos os efeitos de protecionismo ilegal, ou pelo menos se considera, no México (e talvez em outros países também), que o Brasil está dando todo o apoio para as medidas perfeitamente ilegais -- anti-Mercosul e anti-OMC -- que a Argentina vem adotando, ao arrepio de tudo e de todos; ainda que o Brasil esteja seguindo a Argentina num tipo de protecionismo tosco, míope, primitivo, não chegamos (ainda?) aos exageros da Argentina (embora alguns protecionistas de coração não recuariam diante de nada).
2) Não é verdade que Ha-Joon Chang seja a favor do livre comércio; totalmente ao contrário. O autor do artigo não deve ter lido Chang e não sabe qual o pensamento deste cepaliano coreano de Cambridge.
Em todo caso, a matéria é muito negativa para a imagem do Brasil na OMC e alhures. Ficamos assimilados ao que de mais ridículo existe hoje em matéria de medidas ilegais de protecionismo comercial.
Paulo Roberto de Almeida 


Proteccionismo en el Mercosur, creciente desafío
Edmundo Sánchez
El Economista (México), 9/04/2012

Después de la última reunión ordinaria del Comité de Mercancías de la Organización Mundial de Comercio (OMC), la Cancillería de Argentina ratificó en un comunicado que mantendrá las restricciones al libre comercio que ha venido estableciendo y que han generado la quejas de diversos países, entre ellos México.

Además, el gobierno argentino destacó en el mismo comunicado que los miembros del Mercado Común del Sur (Mercosur), Brasil, Uruguay y Paraguay, no apoyaron las críticas que se presentaron contra Argentina en la reunión que tuvieron los miembros de la OMC.

Lo anterior ha avivado los temores de que aparezcan más medidas proteccionistas en el Mercosur, dadas las restricciones al libre comercio que han venido estableciendo las dos economías más grandes de aquel bloque aduanero, y el apoyo de sus socios comerciales, Uruguay y Paraguay, que también se caracterizan por fuertes medidas proteccionistas.

Para México, la tensión por las medidas proteccionistas tomadas por Brasil y Argentina se ha centrado hasta el momento en la industria automotriz. No obstante, hay productos como: el ácido tereftálico, la plata, los medicamentos terapéuticos, plomo refinado, celulares y sus partes, champús, aluminio y cinc, entre otros, que registran también un superávit comercial en favor de México y podrían estar en riesgo.

En cuanto a la relación comercial con Uruguay y Paraguay, los exportadores mexicanos tendrán que esperar que esos países no decidan tomar medidas restrictivas en apoyo a sus socios del Mercosur. En el 2011, a pesar de que Uruguay registró un superávit comercial de 6.3 millones de dólares con México, los uruguayos tuvieron un déficit de 69.6 millones con la industria automotriz mexicana. Por su parte, aunque prácticamente no compra vehículos mexicanos, Paraguay cerró el año con un déficit comercial con México de 9.5 millones de dólares.

Si bien las exportaciones mexicanas al Mercosur sólo representan 2.2% del total nacional, las medidas tomadas por brasileños y argentinos han generado la molestia del sector público y el privado de México, en particular de los industriales del sector automotor, ya que por varios años el acuerdo fue en favor de los países sudamericanos y ahora que favorece a los fabricantes mexicanos esos países han decidido tomar medidas restrictivas.

CERRADAS Y BUROCRÁTICAS

Aunque no es de sorprender el proteccionismo del Mercosur, datos del Banco Mundial publicados en el estudio “Doing Business 2012” revelan que Argentina ocupa la posición 102 y Brasil el lugar 121 entre las economías con mayores restricciones para hacer negocios, superados por Uruguay que ocupa la 125 y Paraguay con la 154.

En contraste, otros países de Sudamérica como Perú, Chile y Colombia tienen las posiciones 56, 62 y 87 entre los países con mayores facilidades a la actividad comercial, mientras que México tiene el lugar 53.

Para Ha-Joon Chang, reconocido especialista sobre temas de proteccionismo y libre comercio, la mejor política comercial es la del libre comercio, sin aranceles u otro tipo de restricciones gubernamentales, ya que el libre comercio ofrece la oportunidad de lograr mayores niveles de producción, de aumentar la productividad y la eficiencia, así como mejorar el nivel de vida y las posibilidades de consumo.

Para el experto, “la intervención estatal en la fabricación o el comercio distorsiona las señales de precios en lo que respecta a la rentabilidad que puede generar la especialización en ciertos productos, teniendo en cuenta los recursos existentes.

“Esa distorsión puede hacer que un país se especialice en la fabricación de un producto, automóviles por ejemplo, para el que no tenga una ventaja comparativa, y el resultado será que sus empresas pagarán costos más altos, su producción total será menor y sus consumidores pagarán un precio más alto de lo necesario”, añade Ha-Joon.

VÍNCULOS COMERCIALES

Gracias a una mayor competitividad y grado de sofisticación en la manufactura de vehículos automotrices, México selló en el 2011 un auge en la exportación de dichos productos a Brasil y Argentina. No obstante, Nuestro país también registra superávit con dichos países en otros productos como ácido tereftálico, plata, componentes para celulares y medicamentos terapéuticos.

Como funciona o capitalismo (algo que os companheiros ainda nao compreenderam...)

Preconceituosos em geral -- do tipo que acredita que o neoliberalismo condenou todo mundo à miséria desde os anos 1980 -- nunca compreenderam como trabalha o capitalismo.
Eles só raciocinam em termos de economia marxista -- aquela coisa da produção de valor, extração de mais-valia, operários, patrões, coisas físicas, enfim, stalinismo industrial -- e não podem conceber que o capitalismo, sobretudo americano, é capaz de produzir bilhões, literalmente a partir de nada, a não ser uma concepção, um programa, algo absolutamente imaterial, que todos querem ter e que passa a valer bilhões.
Como este exemplo, aliás.
Companheiros: se vocês inventassem algo parecido, não precisariam roubar do Estado, extorquir empresas, cobrar dízimo dos militantes, 30% dos companheiros aparelhados no Estado, enfim, fazer todas essas coisas feias que vocês praticam (e não querem reconhecer como coisa feia). Um dia vocês aprendem, ficam ricos, viram burgueses, e não precisam mais votar 16...
Paulo Roberto de Almeida 



Facebook Buys Instagram for $1 Billion

Facebook has acquired Instagram, the popular photo-sharing application, for about $1 billion in cash and stock, the company said Monday. In a Facebook post, the company’s chief, Mark Zuckerberg, said he planned to build Instagram independently from the social network, allowing users to post on other social networks, follow users not on Facebook and opt out of sharing on Facebook.

Read More:

About This E-Mail
You received this message because you are signed up to receive breaking news alerts from NYTimes.com.

Chavismo nao se parece com peronismo, so na superficie

Esta matéria de conhecida jornalista do WSJ, Mary Anastasia O'Grady, está correta na sua parte informativa, mas acredito totalmente equivocada na parte opinativa, ou especulativa.
Ela acha que o chavismo seria uma espécie de peronismo, quando a situação, por mais semelhanças superficiais que possa haver entre os dois casos, é muito diferente.
Perón concebeu uma doutrina e presidiu uma fase de relativa prosperidade na Argentina, ainda que destruindo sua economia, mas não ao ponto falimentar como Chávez (quando a Venezuela tem de importar toneladas de produtos alimentícios, pois sua economia já funciona em bases semi-socialistas).
Chávez vai deixar uma terra arrasada atrás de si, e o mais provável que ocorra, em caso de morte, seja uma luta terrível pelo poder e o afundamento ainda maior do país, o que não ocorreu na Argentina, pois os militares ainda conseguiram controlar o país, que não tinha uma riqueza maldita como o petróleo para contaminar toda a economia do país.
Infelizmente, as perspectivas para a Venezuela pós-Chávez são muito piores, mais sombrias, do que foi a situação da Argentina pós-Perón, ainda que o culto quase religioso por ele, e sua mítica Eva Perón seja bem mais esquizofrênico do que se vê em qualquer outro país. O peronismo sequestrou todo um país até hoje, o que não acredito que o chavismo seja capaz de fazer.
Paulo Roberto de Almeida


The Wall Street Journal, April 9, 2012
Opinion: Venezuela After Chávez
 Mary Anastasia O'Grady

Analysts now talk of the possibility of a power struggle between the military and armed civilian factions.

Hugo Chávez's battle against cancer could serve as a learning experience for admirers of the Cuban health-care system, held up by the likes of American filmmaker Michael Moore as a model for the U.S. Apparently it's not all it's cracked up to be.

There are other lessons too. If the day soon comes that he can no longer govern, it will not necessarily be good news for Venezuelans. Indeed, the country's long-term decline is likely to continue. That's because his early demise could make chavismo a near religion in Venezuela, much as the death of Eva Perón gave birth to her messianic image and the Argentine worship of peronismo . Pity the nation that falls prey to a demagogue.

Mr. Chávez's health is a state secret, albeit one that a lot of people seem to know about. When he first had surgery in June 2011, he did not readily admit that doctors had removed a large cancerous tumor from his pelvic area. The government still hasn't said what type of cancer he has.

In February he revealed that a new "lesion" had been discovered. Since then he has traveled twice to Cuba for radiation therapy. He returned to Venezuela briefly last week amid rumors that he would go to São Paulo in search of a better outcome. But on Saturday he instead returned to Cuba for a third round of radiation.

It may be that by the time Cuban doctors got a good look at Mr. Chávez last year and removed his tumor, the disease was already too advanced for successful treatment. But according to Dr. José Rafael Marquina, a Venezuelan doctor living in Florida who claims to have inside knowledge, Mr. Chávez was gravely mistaken if he thought the Cuban medical system could at least buy him some time.

Dr. Marquina has told Spain's ABC newspaper that when Mr. Chávez returned to Havana for radiation therapy this year, the Cubans botched the job. To be effective, radiation requires that the patient adhere to a strict schedule of applications. Yet according to Dr. Marquina, Cuba "suspended" the treatment when Colombian President Juan Manuel Santos visited the island, presumably so the Venezuelan could attend the meetings. He also claims the areas where the radiation was applied were not properly marked, something he says is important to ensure efficacy. He told ABC that the Cuban medics thought it was unnecessary but that a Brazilian doctor later recommended it.

Dr. Marquina told ABC that Mr. Chávez's cancer has metastasized into the liver, the adrenal glands and the bladder, and that Cuban doctors did not want to operate again for fear of complications. That leaves radiation the last hope. If he responds well to further treatments, the Venezuelan doctor told ABC, he might live until next spring. Otherwise, he may not last the year.

Forecasting such things is not easy even when the medical records of the patient are available. So it is important to recognize that at this point independent analysis has to be treated as speculation.

Mr. Chávez insists that his Cuban treatments are working and that he is ready to govern the country for another six years should he win the presidential election in October. But at Holy Thursday services in his home state of Barinas he let slip that things might be otherwise. "Give me your crown, Jesus. Give me your cross, your thorns so that I may bleed. But give me life, because I have more to do for this country and these people. Do not take me yet," a teary eyed Mr. Chávez pleaded.

In a country run by one man for the past 13 years, it is impossible to overestimate the popular hunger for information on Mr. Chávez's condition. Even the many who dislike the strongman are worried about what might happen if he fails to prepare for his demise by naming a successor.

Increased violence is one likely outcome. The United Venezuelan Socialist Party (PSUV) and Mr. Chávez's government are almost one and the same and both have become radicalized. Dissent is expressly forbidden, as evidenced by last month's expulsion from the party of the governor of Monagas for his audacious questioning of the safety of drinking water from a local river after an oil spill.

Analysts now talk of the possibility of a struggle between the military and civilian factions that are armed. Independent of the military, the National Guard runs narcotics-trafficking routes through the country and the lucrative gasoline-smuggling businesses at the Colombian border. It also has a financial stake in who succeeds Mr. Chávez.

Mr. Chávez manages to keep the factions in line, but his death without a will is likely to provoke a free-for-all. The winner could seize the mantle of the sainted revolutionary and use it to put a new lock on power. Mr. Chávez would be gone but chavismo would live on.

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...