domingo, 22 de setembro de 2013

Por Que Nao Me Ufano da Setima Economia Mundial: o Brasil

As fraquezas da 7ª economia mundial
Brasil fica distante dos primeiros em rankings que medem renda ‘per capita’ (53º) e competitividade (56º) 
Luciane Carneiro
O Globo, 22/09/2013

O Brasil é hoje a sétima maior economia mundial, mas ainda está muito distante dos primeiros colocados em rankings de indicadores de extrema importância, como renda per capita, competitividade, Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e capacidade de se fazer negócios (relatório “Doing Business”). Com Produto Interno Bruto (PIB) per capita de US$ 11.339,5 em 2012, segundo dados do Banco Mundial, o Brasil ocupava a 53ª posição na lista de 214 países. No ranking do IDH, o país se manteve estagnado no 85º lugar em 2011, último dado disponível, de 187 países, dentro do grupo dos países de desenvolvimento humano elevado.
E a competitividade brasileira recuou este ano. Pelo ranking do Fórum Econômico Mundial em parceria no Brasil com a Fundação Dom Cabral, o país recuou oito posições, para o 56º lugar, entre 148 países. Entre 2012 e 2013, o Brasil perdeu posições em diversos subíndices, como fatores básicos de competitividade, ambiente macroeconômico, educação superior e capacitação, eficiência no mercado de trabalho, prontidão tecnológica e inovação. Economistas apontam que os indicadores do Brasil nos rankings de competitividade, IDH e “Doing Business” refletem a posição relativa do país no grupo das nações de renda intermediária. Áreas como educação, ambiente institucional e carga tributária são algumas das mais problemáticas no caso brasileiro.
Estimativa de Carlos Arruda, coordenador do Núcleo de Inovação Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral e responsável pela análise dos dados brasileiros, mostra que o Brasil poderia subir cerca de 20 posições se conseguisse a média das notas registradas pelos países do seu grupo, que inclui Argentina, Chile, México, Hungria e Turquia, entre outros.
— Considerando o tamanho da economia brasileira e suas características de país emergente, o Brasil poderia ficar entre 35º e 40º lugar se estivesse na média dos países em transição — afirma Arruda.
Ele explica que a competitividade impacta as condições de vida da população e a renda per capita. E o tempo para o início de melhorias costuma ser de cinco anos.
Os números obtidos pelo país são frustrantes também quando se olha o relatório “Doing Business”, do Banco Mundial, onde o Brasil é a 30ª entre 185 economias, considerando a facilidade de se fazer negócios. O país perdeu duas posições frente ao ano passado. Já no PISA, que é o Programa Internacional de Avaliação de Alunos, o Brasil está entre os piores dos 65 países avaliados. É o 53º lugar de 65 nações no nível de conhecimento pelo ranking 2009, último disponível.
Demandas são antigas
Para Arruda, o Brasil ainda é o país do imediatismo, com visão de curto prazo:
— As ações do setor público, e até de certo modo do setor privado, são voltadas para o presente. Não há uma estratégia para transformar o país nem uma continuidade. Somos reativos e agimos a curto prazo.
A avaliação é compartilhada pelo economista e professor do Insper Marcelo Moura. Ambiente institucional sem regras claras, incompetência na execução das propostas e alternância constante das políticas são alguns dos pontos que ficam a dever no país, segundo ele.
— O alerta que os indicadores trazem é que o Brasil não tem uma estratégia clara de crescimento. A sensação é que a estratégia vai sendo definida a cada dia, ao sabor do vento — diz Moura.
Um grande motivo de preocupação, segundo o professor do Insper, é que as mudanças necessárias não são uma constatação recente, mas conhecidas há pelo menos uma década, como as reformas tributária e previdenciária e a melhoria de qualidade e acesso em educação e saúde.
‘Falta estratégia de longo prazo’
A agenda de reformas, dizem alguns economistas, está atrasada, o que põe em compasso de espera a melhoria da competitividade do país. Na questão tributária, o problema é não apenas o tamanho da carga tributária, mas sua complexidade. Isso acaba reduzindo a produtividade da economia. Os tributos corresponderam a 36,02% do PIB em 2011, o que segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) colocaria o Brasil em 12º lugar no ranking de maior carga tributária entre os países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). No índice de retorno de bem estar à sociedade (Irbes), do próprio IBPT, o país seria o 30º país com pior retorno.
— Temos níveis de arrecadação de países desenvolvidos, mas isso não se traduz em bons serviços. A maior dificuldade é a falta de vontade política do próprio governo — diz o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), João Eloi Olenike.
O professor do Instituto de Economia da Unicamp Francisco Lopreato alerta, no entanto, que as mudanças não são tão simples. Ele lembra as dificuldades recentes de avanço na proposta do governo de mudança do ICMS, que previa reduzir as alíquotas interestaduais do imposto.
— O governo Lula tentou duas vezes levar a reforma tributária adiante e não conseguiu. O governo Dilma resolveu fatiar a reforma tributária e propôs a reforma do ICMS, mas as negociações políticas são muito difíceis e não se consegue avançar. Nesse caso, são os diferentes governos estaduais — destaca o professor.
Na sua avaliação, o Brasil passou 25 anos com baixo crescimento, entre 1980 e 2005, e é necessário um tempo para recuperar áreas como competitividade, infraestrutura, entre outras.
— Crescer a economia é mais rápido, mas passamos muito tempo sem discutir questões importantes, que são complexas. Temos que eleger um projeto de nação, falta uma estratégia de longo prazo — diz Lopreato.

O problema básico do Islamismo: a destruicao de vidas humanas e sua naocondenacao

Aliás, são dois os problemas, corrigindo o título.
Um, a existência de um estoque infindável de homens-bomba, ou seja de pessoas dispostas a se explodir levando junto o maior número possível de vítimas inocentes, em geral de uma seita diferente, mas dentro do islamismo. Isso tem acontecido de forma recorrente em países islâmicos, de um arco que vai do Magreb à Índia, mas também já ocorreu em países islâmicos da Ásia Pacífico, embora com menor incidência. Existe, portanto, um problema civilizatório, desconhecido em qualquer outra religião.
O outro problema é a inexistência completa, ao que se sabe, de líderes religiosos islâmicos -- de todas as seitas e de todas as categorias e títulos -- que possam condenar, da maneira mais veemente possível, inclusíve pelo recurso à própria religião, esses atos absolutamente inadmissíveis sob qualquer critério da vida social.
O cristianismo já conheceu suas guerras de religião, no contexto das quais atos abomináveis foram perpetrados, não só entre seitas cristãs, mas também contra heréticos da corrente dominante, mas jamais se conheceram atos desse tipo, ou seja, a morte, política ou religiosamente motivada, de inocentes a esmo, de forma contínua, regular, sobretudo pelo apelo ao autosacrifícoo, sob alguma promessa de paraíso ou vida eterna. Isso jamais ocorreu no cristianismo, que dignifica a vida e promove a fraternidade, mesmo entre inimigos.
O islamismo dignifica a morte e a destruição, objetivamente.
Gostaria de ser desmentido por fatos, não por declarações vazias.
Os dois problemas básicos são estes: o terrorismo contra inocentes, da forma como temos visto, parece exclusividade de países islâmicos, e seus líderes religiosos não condenam tais atos.
Seria uma podridão dos islamismo, ou um comportamento aceitável?
Paulo Roberto de Almeida
Em tempo: este atentado no Paquistão foi feito contra cristãos, como também ocorre na Nigéria do norte e em outros países. Mas o maior número de atentados é feito entre os próprios islâmicos.

Atentado mata ao menos 60 pessoas no Paquistão

Explosivos foram detonados por homens-bomba quando centenas de fiéis terminavam as orações e saiam de um templo

 Menino observa orações da sexta-feira na mesquita de Wazir Khan, em Lahore, no Paquistão
 Menino observa orações da sexta-feira na mesquita de Wazir Khan, em Lahore, no Paquistão (Damir Sagolj/Reuters )
Um ataque suicida em uma igreja histórica na cidade de Peshawar, no noroeste do Paquistão, deixou ao menos 60 mortos e 120 feridos neste domingo, segundo autoridades locais. O ataque evidencia a ameaça representada pelos grupos islâmicos extremistas, enquanto o governo do país busca um acordo de paz com os militantes talebans nacionais.
Os explosivos foram detonados por homens-bomba quando centenas de fiéis terminavam as orações e se dirigiam para fora do local.
(Com Estadão Conteúdo)

Por que NAO me ufano do meu pais - Percival Puggina

Aliás, deveria ser Por Que Me Envergonho do Meu País.
Paulo Roberto de Almeida

A Curva Fora do Ponto
Percival Puggina
Zero Hora22 de setembro de 2013

A decisão do STF que beneficiou com novo julgamento os réus mais bem apadrinhados do Mensalão, levou-me a uma crônica de Eça de Queiroz. O texto é de outubro de 1871. Falava-se em uma estrada de ferro para ligar Portugal à Espanha e se conjeturava, em Lisboa, sobre as receitas que proporcionariam os espanhóis atraídos pelas belezas e delícias da terrinha. Escreveu, então, o mestre lusitano: "A companhia dos caminhos de ferro, com intenções amáveis e civilizadoras, nos coloca em embaraços terríveis: nós não estamos em condições de receber visitas!"

          Tampouco nós, brasileiros, estamos em condições de as receber. A leitura dos jornais deveria ser feita a portas fechadas, com as persianas corridas, para nosso constrangimento não ser visto. Passamos da fase em que havia certa estética nos escândalos. As bocas formavam redondos "ós" e as mãos caíam em desolada consternação. Lia-se a respeito com pruridos de honra ultrajada. Hoje, centenas de escândalos mais tarde, a vergonha fez-se de todos. É nacional. Quanta vergonha! Não, não estamos em condições de receber visitas!

          A credibilidade do Supremo Tribunal Federal exalou longo e enfermo suspiro. Exalou-o de modo audível enquanto Celso de Mello, visivelmente faceiro, naquele estilo em que as palavras parecem extravasadas de um compêndio de gramática, pronunciava seu voto sobre a admissibilidade dos embargos infringentes no curso da Ação Penal 470. Ah, as citações latinas de Celso de Mello! Enquanto as disparava, corretas e certeiras, o ministro feria de modo doído e grave as sadias expectativas nacionais.

          Luis Roberto Barroso, pouco antes de ocupar a vaga aberta pela aposentadoria de Ayres Britto, observou que o julgamento do Mensalão fora um ponto fora da curva na história das decisões do Supremo. Com isso, o ministro expressou sua convicção de que, ou a curva estava errada em todos os seus pontos (o conjunto das ações penais anteriormente julgadas), ou o julgamento do Mensalão fora um erro. A sociedade brasileira, em sua imensa maioria, pensa de outro modo. Eu sei, muito bem, que os ministros do STF não devem molhar o dedo na boca e erguê-lo ao ar para captar os ventos da opinião púbica antes de emitirem seus juízos. A função do Judiciário não é essa. Mas...

***
          Mas... cinco respeitáveis e experientes ministros tinham convicção diferente (compare-os com o que você pode observar sobre aqueles a quem ele acompanhou com o decisivo voto que proferiu). Mas... foi afirmado muitas vezes no plenário, sem sofrer contestação: "O Supremo nunca julgou duas vezes o mesmo caso". Mas..., ao votarem pela admissibilidade dos embargos infringentes, os ministros inovaram. E resolveram fazê-lo, coincidentemente, no mais escandaloso processo judicial da história, processo em que constam como réus expressivas figuras da República. Mas... a porta que abriram amplia o infinito sistema recursal brasileiro, tornando ainda mais inconclusos e procrastináveis os julgamentos de réus endinheirados. Mas... o ministro desempatador jogou o Judiciário no poço do descrédito, com consequências que se multiplicarão no tempo, em milhares de outros casos. O resultado foi uma curva fora do ponto, se entendermos como "ponto" o justo e novamente frustrado anseio dos cidadãos que apenas querem ler os jornais, janelas abertas, sem se envergonharem de suas instituições.

Across the whale in a month (6): da planicie a montanha, da religiao aos cassinos...

Percorremos, Carmen Licia e eu, mais de mil milhas nos últimos três ou quatro dias, das planícies da caipirolândia americana, onde se roda centenas de milhas com milho dos dois lados (literalmente), até o lago salgado dos mormons, e os cassinos dos pecadores de Reno, Nevada, depois de cruzar montanhas e mais montanhas, entre Utah e este estado de virtudes burguesas, embora não as melhores.
Eu ainda tinha ficado devendo, nos meus posts 4 e 5 desta série, uma descrição do trajeto entre o estado de Nebraska e Utah, bem no coração dos Estados Unidos.
Carmen Lícia e eu tínhamos saído de Kansas City, no dia 18, quarta-feira, com duas paradas no caminho, em direção a Salt Lake City, Omaha, a mais populosa cidade do estado de Nebraska, e sua pequena capital, Lincoln, de que já falei no post 4 da série. Acabamos tendo de parar numa cidadezinha de cowboys, Ogallala, porque estávamos recebendo mensagens de inundação. De fato, ao lado do nosso hotel (onde chegamos de noite, e nem percebemos), o rio estava subindo, com águas recebidas do Colorado, onde as inundações foram de fato destruidoras. Por isso, aliás, desistimos totalmente de ir a Denver e Boulder, como planejado anteriormente, e subimos do Missouri direto para o Nebrasca, com uma pequena incursão no Iowa, contornando totalmente o estado do Colorado, pobrezinho.
De Ogallala viajamos todo o dia de quinta-feira, 19, cerca de 600 milhas, até chegar na capital do Utah, Salt Lake City, já pela noite. Atravessamos por inteiro o estado do Wyoming, cuja capital, Cheyenne, visitamos. Em várias paradas do caminho, atravessando o estado, foi comum encontrar homens de botas com esporas, mesmo dirigindo suas imensas camionetas. A cultura do cavalo, do chapéu de cowboy e de certos símbolos ligados à conquista do Oeste são visíveis, mesmo em crianças pequenas. Afinal de contas, estamos no Oregon trail.
Saímos das planícies do Middle West para as montanhas de Utah, subindo várias vezes, até descermos para as margens do grande lago salgado que dá o nome à cidade, capital do estado.
Postei, sob número 5, a foto da imensa catedral (não visitável) dos Mormons, no Temple Square, onde estivemos na sexta-feira, 20/09/2013, visitando vários outros prédios da Igreja dos Santos dos Últimos Dias, a denominação oficial.
Aqui vai outra foto (feita com os recursos limitados do meu iPhone) da imensa catedral, de 1895, construída com imensos sacrifícios pelos mormons, numa fase em que a cidade era quase uma aldeia.
Os mormons são muito simpáticos, prestativos, sorridentes, agradáveis, na sua missão incansável, mas não intrusiva, de converter incautos e outros tementes a Deus, o que não é o meu caso. Mas eles não grudam, nem incomodam, como certos evangélicos chatos que se encontram em todas as partes, principalmente no Brasil.
Em todas as partes, pelo menos no Temple Square, você encontra duplas femininas, entre 18 e 25 anos, jovens de todas as partes do mundo, carregando materiais de informação, e uma bandeira na lapela, com o nome e a bandeira do país que representam, sempre sorridentes, solícitas, dispostas a ajudar com qualquer informação. Os mais velhos conversam sobretudo, e inevitavelmente perguntam de onde viemos, e se precisamos de algo.

Impressionante as construções da cidade: modernas, bonitas, estilo executivo. Já os edifícios religiosos são igualmente modernos, com exceção da catedral e de outra igreja local, mas os centros de recepção de "turistas" poderiam ser assinados por qualquer arquiteto de primeira linha, com a exceção de praxe: interiores kitsch, absolutamente brega, Jesus Cristo estilo final do século 19 e várias pinturas que estão entre o tosco e o naïf.
Toda a cidade é muito limpa, incrivelmente organizada, ordeira, pacífica, com um comércio excelente (visitamos o Shopping, que parece ter participação acionária dos mormons) e almoçamos num restaurante italiano-americano. Parece que 80 por cento da população do estado é mormon, mas ao que sei a poligamia já foi banida há muito tempo, desde o final do século 19, e os que a praticam não tem nenhuma condescendência da Igreja ou de seus chefes.
Não encontrei livrarias, pelo menos daquelas que eu gosto, o que já diminuiria meu ímpeto de mudar-me para Salt Lake City, mas sob todos os demais critérios a cidade é extremamente agradável. Fomos à Universidade, um campus moderno, muito bem construído, ao museu de História Natural, e ao imenso Capitólio. Passeio proveitoso, durante todo o dia. Recomendo pela cidade, e o templo é um extra, estilo curiosidades culturais...

Sábado, 21, foi mais um dia de estrada, desde Salt Lake City até Reno, já na extremidade do Nevada, quase chegando à California. Foram mais de 500 milhas de estrada impecável, numa paisagem monótona pelos seus "desertos", ma verdade, uma vegetação rasteira o tempo todo, colinas com escassa vegetação, e muita montanha. Antes, porém, o imenso, enorme, gigantesco lago salgado, onde Carmen Lícia fez esta foto minha, posando na beira do lago salgado, ao fundo um barquinho singrando nas águas azuis.
Não apenas em volta do lago, mas em diversas outras pequenas lagoas salgadas, a indústria predominante é... obviamente, a do sal, com grandes pirâmides brancas e outros depósitos acumulados ao longo da estrada, durante muitas milhas.
Depois, é só montanha (não Himalaia, pois já estamos ao norte das Rochosas, mas ainda assim montanhas razoáveis, com vários passos e cartazes para o uso de correntes ou pneus de neve). Estada reta, com poucas curvas (nas subidas de montanhas) e paradas ao estilo americano do interior: rústico, sem o charme das estradas europeias, sobretudo sem o refinamento da gastronomia europeia.
Quem não tem cão, caça com gato, no caso hamburguers, wraps e saladas.
Reno é, provavelmente, a antípoda de Salt Lake City: voltada para os cassinos, para todos os vícios, ao que parece, e com fama de fazer casamentos em 20mns, sem muitas perguntas.
Ainda não descobrimos a cidade, com exceção de um rápido passeio pelo centro, com todos os cassionos iluminados atraindo milhares de jogadores de aventura ou viciados.
Não pretendo apostar um níquel, sequer um penny em qualquer máquina que seja, mas nunca se deve dizer nunca. Pode ser que a sorte me tente, rapidamente resultando no azar, o que acontece invariavelmente com 99pc dos apostadores.
A ver, neste domingo 22, se por acaso, tivermos disposição para tanto.
A intenção seria entrar na Califórnia rapidamente, para espairecer um pouco nos vinhedos de Napa Valley e nas margens do Pacífico.
A viagem continua...

Paulo Roberto de Almeida
Reno, 22/09/2013


Politica externa paralela, diplomacia partidaria, amizades ditatoriais: Mr Lula goes to Harare...

Do blog de Rodrigo Constantino, em 21/09/2013:

21/09/2013
 às 12:14 \ Socialismo

BNDES libera quase US$ 100 mi para Mugabe. É o pobre brasileiro ajudando o rico ditador corrupto africano

Ditador Robert Mugabe e o ex-presidente Lula
Deu na Folha: Brasil libera crédito a ditador do Zimbábue
O Brasil está concedendo uma linha de crédito de US$ 98 milhões (cerca de R$ 215 milhões) do BNDES para o governo do ditador Robert Mugabe no Zimbábue (África).
O recurso é parte do programa Mais Alimentos Internacional do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Com esse crédito, o governo do Zimbábue poderá comprar equipamentos agrícolas (tratores, máquinas, material de irrigação, terraplenagem) de indústrias brasileiras e repassar a agricultores do país.
Entidades de direitos humanos apontam para o histórico de corrupção do governo Mugabe, há 33 anos no poder, e o perigo de o crédito brasileiro dar sustentação a um regime cujas eleições recentes foram contestadas.
Ele confiscou sem indenização as terras de agricultores brancos, que historicamente tinham uma concentração desproporcional da propriedade fundiária.Além disso, a agricultura familiar do Zimbábue está no centro da polêmica e violenta reforma agrária que Mugabe iniciou no ano 2000.
Grande parte foi repassada a aliados políticos sem experiência no campo.
O processo teve vários episódios de violência contra fazendeiros. E o resultado foi uma queda significativa nas safras do país, que passou a importar alimentos e depender de ajuda externa.
Um dos principais problemas foi que, sem títulos de propriedade da terra, os agricultores não conseguiam acesso a crédito para comprar equipamentos agrícolas.
Dentro do Mais Alimentos, também receberão crédito Senegal (US$ 95 milhões), Gana (US$ 95 milhões)e Cuba (US$ 210 milhões).
Um total de US$ 470 milhões do BNDES, modalidade do Proex (Programa de Financiamento à Exportação), foi aprovado para o Mais Alimentos Internacional.
É o governo do PT destinando quase meio bilhão de dólares para regimes falidos, ditadores corruptos, tudo em nome da “justiça social”.
A reforma agrária de Mugabe representou um total abuso dos direitos individuais, inclusive com o uso de bastante violência, em boa parte perpetrada pela milícia de esquerda, nos moldes do nosso criminoso MST. A expropriação de terras, sob a desculpa da “justiça social”, foi enorme, lançando o país na miséria total.
A produção despencou, os investimentos sumiram e o caos foi total. Os produtores brasileiros de fumo agradecem, já que o Zimbábue era importante vendedor mundial, e depois da reforma cedeu vasto espaço para a concorrência. Tudo pela “igualdade”.
Mugabe adotou novas leis para forçar que o controle dos ativos minerais ficasse com negros. Vale lembrar que o Zimbábue possui vastos recursos, incluindo diamantes, ouro, carvão, níquel e platina, cuja reserva representa cerca de 15% da mundial. A cor da pele passou a ser mérito para ser dono desses recursos.
Não tão diferente do nosso querido Brasil, onde o fato de ser índio, mesmo que bem adaptado ao mundo moderno, com celulares, carros importados e parabólicas, também permite o controle sobre vasto e rico território, como as reservas de Rondônia. Ou a cor da pele, que já é passe de entrada em universidades, e até de empregos também.
O Zimbábue de Mugabe é apenas mais um exemplo, entre tantos, do fracasso socialista. É o retrato do que aconteceria com o Brasil se o MST assumisse o poder de vez (hoje ele tem poder indireto por meio do PT). Mas eis que o governo petista resolve destinar quase US$ 100 milhões, via BNDES, para esse regime nefasto.
Essas “ajudas” de governo para governo acabam sempre significando o seguinte: os pobres dos países que emprestam ajudam os ricos dos países que recebem o financiamento. É o favelado carioca ou o pobre do Acre bancando Mugabe e sua turma corrupta.
Pode isso, Arnaldo? Infelizmente, no Brasil o PT pode tudo. Não temos uma oposição firme o suficiente que consiga levar ao povão a mensagem do que isso representa de fato. E fica tudo por isso mesmo…

Multinacionais brasileiras (sem precisar do governo, muito pelo contrario) - Valor

Brasileiras rumam para o Vale do Silício

 Martha Funke | Para o Valor, de São Paulo, 21/09/2013

Benjamin Quadros, presidente da BRQ, que atende a Bolsa de Valores de Nova York: "A internacionalização permite experimentar modelos diferentes"
Na contramão de multinacionais que trazem ao Brasil áreas de desenvolvimento e inovação, um punhado de brasileiras ruma principalmente em direção ao Vale do Silício para chegar mais perto da inovação tecnológica mundial. Entre elas, alinham-se desde marcas tradicionais da TI nacional, como Totvs e Módulo, até especialistas em áreas novidadeiras como games ou mobile.
A presença internacional da TI brasileira começou há tempos. Na área de serviços, tem expoentes como a Stefanini, com mais de 20 escritórios espalhados pelo mundo. A BRQ é outro exemplo. Em 2008, comprou a americana ThinkInternational e hoje atende clientes como Nyse (a Bolsa de Valores de Nova York), Citibank e Cable Vision com cerca de 100 funcionários em Nova York. "A internacionalização permite experimentar modelos diferentes", diz Benjamin Quadros, presidente da empresa cujo faturamento este ano deve chegar a R$ 520 milhões - no ano passado, foram R$ 435 milhões.
Outros estão mais preocupados com desenvolvimento. A Totvs tem produtos localizados para 25 nacionalidades e vende tecnologia no exterior há tempos, mas no ano passado apostou em um centro de tecnologia no Silicon Valley, onde hoje tem um grupo multinacional de 20 engenheiros. "Estamos mais perto do que ainda vai surgir e com novas culturas vamos conseguir ser referência global", diz Weber Canova, vice-presidente de Tecnologia e Quality Assurance. A primeira missão do grupo foi fechar convênios com universidades como Stanford e San Jose. Também já foi liberada para o mercado nova versão da solução de gestão de identidade produzida lá.
A Exceda, fornecedora de soluções para melhoria de performance na internet, investiu R$ 6 milhões para estar presente em Nova York, Virginia, Flórida, Boston, Texas e Califórnia, onde se instalou em Palo Alto para buscar competência em tecnologia de nuvem. No fim do ano, lança solução de análise e gerenciamento de carga das aplicações de clientes desenhada com ajuda do novo CTO (chief technology officer) David Reisfeld. "Lá criamos os módulos, aqui, os códigos", diz Claudio Marinho, sócio da empresa que tem escritórios também na Argentina e no Chile e, em cinco anos, pretende ter metade de seu faturamento, de R$ 95 milhões em 2013, proveniente de clientes americanos.
Embora seja brasileiro, o diretor de produtos da Modulo também fica nos Estados Unidos. Há quatro anos, a empresa especializada em governança, risco e compliance (GRS) tem escritório em Atlanta com 30 funcionários - também presente no Canadá, México, na Inglaterra e Índia e, entre 600 clientes, uma centena é de fora do Brasil e cerca de 60 são norte-americanos. "A presença local dá visão melhor sobre ambiente competitivo, visão de mercado, grau de maturação e demanda dos clientes", diz CEO Sergio Thompson, cuja meta de crescimento é de 35% este ano, quando os negócios devem somar R$ 80 milhões, e 70% em 2014.
Já a Hive, desenvolvedora de games e fornecedora de soluções de mídia social, já investiu R$ 1,5 milhão na filial de São Francisco para estimular negócios e se aproximar do ambiente de inovação. Os quatro funcionários locais são encarregados de participar de eventos, estreitar parcerias e falar com quem precisa. Um dos exemplos é a plataforma Swarm, cuja capacidade de oferecer conteúdo personalizado com base em redes sociais e geolocalização exige integração com serviços como Waze e Foursquare. "Se quero falar com o cara que desenvolve o algoritmo, tem de ser lá", diz o CEO Mitikazu Koga Lisboa, o Miti. A Hive faturou no ano passado R$ 7 milhões e este ano deve chegar a R$ 9 milhões.
No caso da Movile, fornecedora de plataformas e aplicativos para dispositivos móveis com 250 funcionários, a chegada ao Vale do Silício coroa estratégia de globalização iniciada há seis anos e reforçada com aporte do MIH, braço de investimento do sul-africano Napster - a empresa já está presente na Argentina, Colômbia, Venezuela e no México. "O mercado da mobilidade trabalha muito rápido. Participar de eventos, competir com startups, conversar com empreendedores e empresas rende aprendizado", diz o co-fundador da empresa e head dos Estados Unidos, Eduardo Henrique, cuja presença local já rendeu parceria com a Boingo para expansão do localizador de redes Wi Fi gratuitas FreeZone.
A Predicta também buscou investidores depois que sua plataforma de tecnologia de segmentação comportamental BTBuckets ganhou versão na nuvem e, em 12 meses, chegou a mais de 100 países. "Isso deu exposição a demandas de clientes e formas de fazer negócios diferentes da nossa", conta o CEO Marcelo Marzona. A venda de fatia majoritária para a RBS, em 2011, permitiu buscar nos Estados Unidos profissional de desenvolvimento de negócios e desenvolver mais recursos e integrações na ferramenta para aproveitar a base instalada de parceiros como datacenters de hospedagem, que atuam como canais de distribuição.

Mesmo uma presença mais ligeira, colabora com a veia inovadora. A ContaAzul, sistema de gestão oferecido como serviço para micro e pequenas empresas, ganhou, além do capital inicial, quatro meses de mentoria em métricas, distribuição online e design quando se tornou a primeira brasileira a participar da iniciativa de aceleração 500 Startups. A experiência rendeu melhor visão do modelo de negócios e de financiamentos - a empresa teve apoio da Anjo do Brasil e do fundo Monashees, entre outros. Um dos aprendizados foi relacionado à criação da experiência do usuário. "Hoje os designers vão para a rua observar o comportamento do cliente, filmam o que ele fala e a gente faz uma seção pipoca para entendê-lo e melhorar a funcionalidade", diz o CEO Vinícius Roveda.

Ogro famelico estatal, com a cumplicidade do Congresso, impoe novo imposto aos empresarios - Editorial Estadao

Vamos ser absolutamente claros: o governo, que é o principal violador da lei, da legalidade, da Constituição, neste país do nunca antes, nunca antes tinha chegado ao despautério de impor um novo imposto sem chamá-lo pelo nome, e sem precisar passar pelo processo legislativo, o único legal, de criação de um novo tributo (que não é imposto, e portanto, não vai ser dividido na federação, mas vai ser apropriado inteiramente pelo Executivo). Essa violência, essa ilegalidade, essa violação de princípios, preceitos e dispositivos constitucionais, acaba de ser cometida contra o conjunto dos empresários do país -- que, covardes, pusilânimes e idiotas, não ousam se mobilizar contra o Estado extrator -- com a plena cumplicidade dos congressistas, esses outros seres apalermados que só sabem arrecadar e gastar em seu próprio favor.
Inacreditável como o Brasil caminha rapidamente para o fascismo corporativo, pela mão de um governo que comete ilegalidades toda semana, praticamente todos os dias, e que tosquia todos os brasileiros impunemente.
Só se pode ser pessimista com o futuro do país...
Paulo Roberto de Almeida

Editorial O Estado de S.Paulo, 20/09/2013

Em mais um ato desmoralizante para o Congresso, senadores e deputados curvaram-se e acataram o veto presidencial ao projeto de extinção da multa especial por demissões imotivadas ─ uma cobrança injustificável pelo menos desde junho do ano passado, quando sua finalidade foi plenamente cumprida. Com essa decisão, instituíram de fato um novo imposto, porque estava esgotada a razão de ser da multa, como informaram há mais de um ano os gestores do FGTS. Essa manobra garantirá ao governo mais de R$ 3 bilhões anuais para fechar rombos causados pela gastança e pela péssima gestão das contas públicas.

Segundo a desculpa oficial, o dinheiro será destinado ao programa Minha Casa, Minha Vida. Um projeto estabelecendo essa vinculação foi enviado ao Congresso, em mais uma tentativa de justificar a voracidade fiscal de uma administração inepta e perdulária.
A multa especial de 10% havia sido instituída em 2001, mediante um grande acordo político, para cobrir a perda causada ao FGTS pelos planos Verão, de 1989, e Collor 1, de 1990. Essa função se esgotou no ano passado. Durante todo o tempo os trabalhadores demitidos sem justa causa continuaram – e continuam – recebendo normalmente a indenização de 40% prevista em lei. Os 10% eram destinados ao Fundo.
Como a motivação da multa desapareceu, a consequência normal e previsível ─ este ponto é essencial ─ seria sua extinção. É insustentável, portanto, uma das principais justificativas do veto presidencial. Segundo o texto, os autores do projeto deixaram de indicar estimativas de impacto orçamentário e as “devidas medidas compensatórias”.
Não tem sentido a referência a “medidas compensatórias”, porque a cobrança dos 10% era excepcional e provisória. O governo jamais poderia, exceto por uma distorção administrativa, tê-la incluído em seu planejamento como fonte normal e rotineira de receita. A referência a planejamento, no caso deste governo, pode soar como brincadeira ou sarcasmo, mas é relevante para realçar o absurdo. O veto foi redigido como se a existência da multa fosse independente de sua finalidade e essa arrecadação fosse tão justificável quanto qualquer outra.
Para um governo gastador e pouco preocupado com a responsabilidade fiscal, qualquer dinheiro pode ir para o caixa comum das despesas gerais, pouco importando a motivação formal de seu recolhimento. Segundo informação publicada na terça-feira pelo Estado, o Tesouro devia em junho deste ano R$ 8,4 bilhões ao FGTS. Eram R$ 4,4 bilhões relativos à multa especial e R$ 4 bilhões referentes a antecipações de recursos para o programa habitacional. O Tesouro, portanto, estava administrando aquele dinheiro segundo critérios e interesses próprios. O Executivo havia deixado de levar em conta, havia muito tempo, a motivação particular da multa.
O projeto vetado pela presidente havia sido aprovado por unanimidade no Senado. Na Câmara, houve 315 votos favoráveis, 95 contrários e 1 abstenção. Ao sacramentar a extinção da multa, uma considerável maioria de parlamentares havia ─ pelo menos aparentemente ─ seguido o caminho mais razoável e mais compatível com os padrões normais de legalidade e com os interesses da economia nacional. Cumprida a finalidade daquela receita, restaria eliminar sua cobrança e, com isso, extinguir um componente relevante do custo empresarial.
Não se tratava de atender a interesses unicamente empresariais ou de ceder ao lobby de empregadores, mas simplesmente de cumprir uma tarefa necessária, previsível e útil ao País. Redução de custos desnecessários e injustificáveis é uma forma de favorecer a competitividade, a atividade produtiva e a criação de empregos produtivos. A multa jamais serviu para proteger os trabalhadores, até porque sua finalidade era outra: gerar uma receita extra e temporária para o FGTS.

Custos excessivos, no entanto, limitam a criação de postos de trabalho. Parlamentares negligenciaram esse ponto, ao acatar o veto à extinção de uma cobrança vencida e injustificável há mais de um ano.

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