Eleições Presidenciais 2012
Oposição venezuelana lamenta apoio do PT à reeleição de Chávez
Caracas, 31 de maio de 2012
- Para o dirigente opositor venezuelano, essas considerações são "míopes e lamentáveis", segundo um comunicado emitido nesta quinta-feira pela MUD.
“O que nós refutamos ao porta-voz do PT é que essa visão não necessariamente reflete a opinião dos setores políticos brasileiros sobre a realidadevenezuelana”, disse à Agência Efe o coordenador adjunto da Área Internacional da aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), Edmundo González.
González se referiu assim às declarações feitas nesta quarta-feira pelo presidente do PT em entrevista coletiva com correspondentes estrangeiros na qual anunciou que pretende viajar a Caracas para manifestar a “simpatia e apoio” do partido ao presidente Chávez rumo ao pleito de outubro.
Para o dirigente opositor venezuelano, essas considerações são “míopes e lamentáveis”, segundo um comunicado emitido nesta quinta-feira pela MUD.
“Não estamos desqualificando ninguém. O que estamos dizendo é que nós temos um grande respeito pela democracia no Brasil e que as opiniões que o dirigente do PT refletiu não representam as opiniões que os setores majoritários brasileiros devem ter sobre a situação venezuelana”, ressaltouGonzález.
O dirigente opositor louvou o “desenvolvimento político, econômico” e os “avanços em matéria social, de equidade, de incorporação de setores desfavorecidos” que se desenvolveram no Brasil com o “esforço conjunto de seus diferentes governos democráticos”.
“E tudo isso aconteceu em um marco de amplitude, de tolerância, de liberdades democráticas, e essas não são precisamente as condições existentes na Venezuela”, ressaltou González.
O candidato presidencial da oposição e governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, se declarou diversas vezes seguidor do modelo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No dia 7 de outubro, Capriles enfrentará nas urnas o presidente Chávez, que espera conseguir sua terceira reeleição consecutiva e seguir outros seis anos à frente do governo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário