Ao reunir os documentos de corroboração de seu acordo de delação, os donos da JBS descobriram centenas de notas fiscais frias relacionadas a repasses de propina sem a identificação dos beneficiários finais.
Em razão da ‘descoberta’, os delatores farão um novo anexo sobre “notas suspeitas”. Nesse conjunto, há diversas notas emitidas em nome das empresas de Adir Assad, preso pela Lava Jato no Rio e que hoje negocia um acordo de colaboração premiada.
Na Operação Abate, a PF encontrou cópia de algumas dessas notas no celular de Cândido Vaccarezza.
No início do mês, Assad admitiu ao juiz Marcelo Bretas ter gerado mais de R$ 1,7 bilhão em recursos ilícitos para pagamento de políticos de todos os partidos.
TCU manda Gabrielli e Cerveró pagarem R$ 260
milhões por Pasadena
Valores se referem a prejuízo na aquisição de
refinaria no Texas; processo que trata da responsabilidade de Dilma Rousseff e
de outros ex-conselheiros de Administração da Petrobrás ainda será julgado
Fábio
Fabrini, de Brasília
30 Agosto 2017 | 17h47
O Tribunal de Contas da União (TCU)
condenou nesta quarta-feira, 30, o ex-presidente da Petrobrás José Sérgio
Gabrielli e o ex-diretor Internacional da companhia Nestor Cerveró a ressarcir
US$ 79 milhões (cerca de R$
250 milhões) por dano ao erário na compra da
Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). A corte impôs ainda, a cada um, multa
de R$ 10 milhões.
O tribunal também solicitou que os dois
tenham os bens arrestados para assegurar o ressarcimento e determinou que sejam
inabilitados para o exercício de cargos em comissão e funções de confiança por
oito anos. Na prática, no entanto, a quitação dos montantes é improvável, pois
o patrimônio já rastreado de ambos não alcança o valor cobrado pelo tribunal.
Cabe recurso contra a decisão.
As punições são as primeiras aplicadas
pelo tribunal por causa das perdas no negócio, considerado um dos piores já
feitos pela estatal.
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