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sábado, 19 de agosto de 2017

Cartas a um jovem diplomata: como seria se eu escrevesse um livro - Paulo Roberto de Almeida

Por acaso, respondendo hoje ao "enésimo" questionário submetido por jovens estudantes de relações internacionais, e supostamente candidatos à carreira diplomática, deparei-me com questões muito semelhantes às que venho encontrando anos a fio, desde muito tempo, submetidas por outras gerações de candidatos (possivelmente alguns já diplomatas atualmente, outros tendo enveredado por outras carreiras, profissões e trabalho nessa imensa área não especializada).
Assim, para não ficar repetindo o que eu já tinha respondido anos atrás, fui buscar o que eu já tinha feito anteriormente, numa lista muito incompleta de trabalhos descobertos, ou "redescobertos", entre eles este aqui, que reproduzo mais abaixo, pois jamais recebeu desenvolvimento textual (por falta de tempo e por falta de editora que o encomendasse).

1837. “Cartas a um Jovem Diplomata: conselhos a quem já se iniciou na carreira e dicas para quem pretende ser um dia”, Brasília, 17 novembro 2007, 1 p. Esquema de um novo livro, sobre a base do trabalho 800 (Novas Regras de Diplomacia). Nunca desenvolvido.

Pois bem, fica aqui exposto, aguardando desenvolvimento num futuro indefinido.
Paulo Roberto de Almeida 
Brasília, 19 de agosto de 2017


Cartas a um Jovem Diplomata

Conselhos a quem já se iniciou na carreira e dicas para quem pretende ser um dia



Paulo Roberto de Almeida




Esquema



Prefácio

1. Por que ser diplomata?

2. O que é um diplomata e o que faz, exatamente?

3. Conselhos a um jovem diplomata

1. Sirva à pátria, mais do que os governos, conheça profundamente os interesses permanentes da nação e do povo aos quais serve; tenha absolutamente claros quais são os grandes princípios de atuação do país a serviço do qual se encontra.

2. Tenha domínio total de cada assunto, dedique-se com afinco ao estudo dos assuntos de que esteja encarregado, aprofunde os temas em pesquisas paralelas.

3. Adote uma perspectiva histórica e estrutural de cada tema, situe-o no contexto próprio, mantenha independência de julgamento em relação às idéias recebidas e às “verdades reveladas”.

4. Empregue as armas da crítica ao considerar posições que devam ser adotadas por sua delegação; pratique um ceticismo sadio sobre prós e contras de determinadas posições; analise as posições “adversárias”, procurando colocá-las igualmente no contexto de quem as defende.

5. Dê preferência à substância sobre a forma, ao conteúdo sobre a roupagem, aos interesses econômicos concretos sobre disposições jurídico-abstratas.

6. Afaste ideologias ou interesses político-partidários das considerações relativas à política externa do país.

7. Antecipe ações e reações em um processo negociador, preveja caminhos de conciliação e soluções de compromisso, nunca tente derrotar completamente ou humilhar a parte adversa.

8. Seja eficiente na representação, conciso e preciso na informação, objetivo na negociação.

9. Valorize a carreira diplomática sem ser carreirista, seja membro da corporação sem ser corporatista, não torne absolutas as regras hierárquicas, que não podem obstaculizar a defesa de posições bem fundamentadas.

10. Não faça da diplomacia o foco exclusivo de suas atividades intelectuais e profissionais, pratique alguma outra atividade enriquecedora do espírito ou do físico, não coloque a carreira absolutamente à frente de sua família e dos amigos.

4. Como se tornar um diplomata



 Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 17 novembro 2007

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