Continuidade da transcrição da resenha de Gladson Miranda, desde as postagens anteriores:
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Abreu, Marcelo de Paiva (org.):
A Ordem do Progresso:
dois séculos de política econômica no Brasil
2.
ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2014, ISBN 978-85-352-7859-0
íntegra da resenha
(...)
Dionísio
Dias Carneiro Netto
No ano de 1973 houve crescimento da
economia mundial, havia a necessidade de se aumentar os salários em quase todos
os países do mundo. As propostas de remodelamento monetário internacional
estavam fracassando e isso gerava a variação das moedas para que o nível de
inflação ficasse controlada. (pg. 241)
A política econômica vinha sofrendo
limitações a partir de antes de iniciar o governo Geisel e seus planos. (pg.
243)
Pode-se chegar a duas deduções. “A
primeira é que os condicionantes internos parecem ter sido mais importantes do
que os externos para explicar as opções inicialmente feitas acerca das
políticas econômicas adotadas tanto em resposta às dificuldades imediatas
quanto para o restante da década. A segunda é que a abundância de liquidez
internacional permitiu que os déficits em conta corrente faltosos que
resultaram das mesmas políticas fossem financiados sem que houvesse percepção
mais dramática do novo quadro de restrições externas ao iniciar-se o novo
governo”. (pg. 244)
O petróleo vinha tendo grande importância
no Brasil, mas nos anos de 1973 o preço chegou a ser quatro vezes maior o que
atrapalhou de forma bastante significativa as importações deste. (pg. 245)
“Diante deste quadro, havia basicamente
duas opções para o governo brasileiro: a primeira seria desvalorizar o câmbio e
mudar rapidamente os preços relativos a fim de sinalizar de imediato os novos
custos dos produtos importados e a alteração do valor social das exportações.
(...) A segunda seria comprar tempo para ajustar a oferta com crescimento mais
rápido do que na alternativa anterior, realizando de forma mais gradual e
calibrada o ajuste de preços relativos enquanto houvesse financiamento externo
abundante”. (pg. 245)
O ano de 1973 foi impressionantemente
expansivo, o que não era para ter sido, uma vez que estava previsto uma
reversão monetária para neutralizar o exagero do governo passado. (pg. 248)
“Em 1975, três fatos marcaram os rumos da
política de curto prazo: a crise financeira, a queda do crescimento das
exportações e aprovação do II PND”. (pg. 250)
A política de estabilização monetária no
ano de 1975 foi completamente fracassada, por isso no ano seguinte começou com
o governo tentando demonstrar sua decepção com a elevação das taxas de
inflação. (pg. 252)
Essa política em tentar reverter a
inibição dos preços públicos tornaram-se detalhes principais nos últimos dois
anos de governo do presidente Geisel. (pg. 253)
“Entre agosto de 1979 e outubro de 1980,
o país experimentou sua última tentativa de ignorar a crise externa, agora
agravada pelo novo choque do petróleo e pela elevação vertiginosa do custo do
endividamento externo”. (pg. 255)
“A dívida externa brasileira cresceu
US$18 bilhões entre 1974 e 1977, outros US$18 bilhões nos dois anos seguintes.
No início do governo Geisel, o país pagava anualmente US$600 milhões de juros,
em 1978 a conta de juros líquidos subira para US$2,7 bilhões que a alta das
taxas de juros internacionais elevaria para US$4,2 bilhões no primeiro ano do
governo Figueiredo”. (pg. 256)
“A estratégia de política industrial no
governo Geisel baseou-se na substituição de importações nos setores de bens de
capital, insumos básicos para a indústria e no aumento da produção e da
prospecção de petróleo”. (pg. 258)
A distinção durante a década de 1970 com
as precedentes, foi que a política de transferência das importações foi
realizada sem a interrupção no estímulo às importações. (pg. 259)
As dificuldades inicialmente enfrentadas
no governo Figueiredo foram com relação a tentativa de reduzir o déficit
público. O impasse fiscal era sério e teve de ser visto como preocupante pela
Secretaria do Planejamento. (pg. 260)
A divergência entre o “equacionamento das
finanças públicas de forma adequada para a expansão da economia brasileira no
período”, de forma a demonstrar a precariedade da política econômica em seguida
a decadência do balanço de pagamentos. (pg. 262)
(continua...)
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