Mais um daqueles questionários, com a peculiaridade que este nunca foi divulgado anteriormente.
Questionário sobre carreira diplomática
Paulo Roberto de Almeida
Respostas a questões colocada...
1) Qual sua formação acadêmica?
PRA: Doutor em Ciências Sociais,
Mestre em Planejamento Econômico, Licenciado em Ciências Sociais; Curso de
Altos Estudos do Instituto Rio Branco.
2) Como a sua formação
acadêmica o preparou para sua profissão?
PRA: As ciências sociais, em suas
diferentes vertentes, possuem larga interface com o concurso e com a própria
carreira diplomática: economia, ciência política, sociologia, antropologia,
história, direito, estatística, geografia, todas essas matérias foram por mim
estudadas nos diversos cursos de graduação e pós que tive a oportunidade de
frequentar e de obter diplomas.
3) Como é seu dia-a-dia
como diplomata?
4) Quais suas atividades
como diplomata?
PRA: Em grande medida respondidos nos
diversos textos consolidados em meu site e blog.
5) Quais as frustações de
seu trabalho?
PRA: Não muito diferentes das demais
profissionais: problemas de hierarquia, de disciplina (aqui mais do que em
outras profissões), de não aproveitamento burocrático dos trabalhos produzidos
no contexto da profissão, ausência de instruções claras para tratar de
determinadas questões em conferências internacionais, ou elaboração deficiente
dessas mesmas instruções, quando não se coadunam com um perfeito embasamento
técnico do tema em pauta; a carreira diplomática é, como toda grande
burocracia, feita de muitos interstícios decisionais, e nem sempre o ambiente
coletivo, na ausência de estudos exaustivos, favorece uma perfeita tomada de
decisões adequada ao contexto brasileiro.
7) Quais suas expectativas
em relações ao mercado de trabalho?
PRA: A carreira de diplomata é de
Estado, portanto, depois de fazer o concurso de ingresso, tal questão não se
coloca mais, pois passamos a estar a serviço do Estado, retirados do mercado.
Este só vale para os chamados internacionalistas, que vivem nessa área, mas não
possuem carreira de Estado, e sim devem se inserir no mercado com agentes
privados ou entidades coletivas, em relações contratuais. O diplomata não
possui um contrato de trabalho e sim um estatuto que rege sua profissão.
8) Quais são as
características pessoais necessárias para o exercício da profissão?
PRA: Grande conhecimento das áreas
afins, sobretudo direito, economia, história, línguas e, evidentemente,
relações internacionais; flexibilidade para trabalhar nos mais diferentes
ambientes; disponibilidade para ser um perfeito nômade; adaptabilidade a novos
ambientes de trabalho e de vida.
9) O que você menos gosta
no seu trabalho?
PRA: Talvez a disciplina e a
hierarquia, mas reconheço que são dois requisitos necessários nesse tipo de
entidade, fortemente embasada no cumprimento de instruções, dos deveres básicos
de um serviço coletivo, no âmbito do Estado.
10) Quais as diferenças
entre um internacionalista e um diplomata?
PRA: Um diplomata é um servidor
público. Um internacionalista é todo aquele que trabalha nas áreas afins às
relações internacionais, mas costuma-se reservar a designação para os graduados
na área ou que se preparam para trabalhar nesse área fora do âmbito do Estado.
Paulo Roberto de Almeida
Paris, 10 de abril de 2012.
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