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Abreu, Marcelo de Paiva (org.):
A Ordem do Progresso:
dois séculos de política econômica no Brasil
2.
ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2014, ISBN 978-85-352-7859-0
íntegra da resenha
inserida em Academia.edu: https://www.academia.edu/34149727/A_Ordem_do_Progresso_Marcelo_P._Abreu_-_resenha_Gladson_Miranda
(...)CAPÍTULO 15 - ESTABILIZAÇÃO, ABERTURA E PRIVATIZAÇÃO, 1990-1994
Marcelo
de Paiva Abreu e Rogério L. F. Werneck
Em 1990 foi a vez de Fernando Collor
assumir como presidente, o país experimentava índices da inflação em 80% ao
mês, o que obrigou ao novo presidente a instituir seu programa de estabilização
no primeiro dia. “Mas seu programa econômico incluiu também reformas
estruturais centradas na abertura comercial, na redução do papel do Estado como
produtor de bens e serviços e na reorganização da administração pública
federal”. (pg. 313)
Collor sofreu impeachment antes do
término do ano de 1992, então Itamar Franco, vice-presidente à época assumiu e
passou por algumas inconstâncias, principalmente com a nomeação de quatro
ministros para a Fazenda durante apenas sete meses. “No mandato de Itamar
Franco continuaram avançando as reformas relativas à abertura comercial e à
privatização”. (pg. 313-314)
Fracasso do Plano Collor
Não é possível atribuir a culpa pelo
fracasso no âmbito econômico inteiramente para o presidente, pois os problemas
já vinham de antes, principalmente no que diz respeito à inflação, que estava
altíssima. (pg. 314)
O governo estava tentando de várias
formas, procurou obstar a evasão de títulos públicos, tentou limitar a área de
recomposição de carteiras de investimento, o que gerou uma enorme contração da
liquidez. (pg. 314)
Encontrou ainda muita complexidade ao
controlar os salários e os preços, grande parte em razão dos erros gravíssimos
de efetivação. O plano inicial foi por água abaixo e em 1991 já estava sendo
anunciado um novo programa. (pg. 316)
Alta inflação, corrupção e impeachment
Quase em meados do ano de 1991, grande
parcela da equipe que Collor escolheu inicialmente para tratar da economia
havia deixado o governo. O problema da inflação estava bastante delicado, o
panorama fiscal estava em ampla degeneração, a economia demonstrava alta
instabilidade. (pg. 317)
No ano de 1992 a situação havia melhorado
um pouco, mas a inflação ainda preocupada. “A grande fonte de incerteza passara
a ser a tensa evolução do quadro político. A eleição de Collor, à margem dos
grandes partidos, havia dado lugar a um governo com base parlamentar
extremamente precária”. Em maio deste ano foram descobertas evidências da
ligação do presidente com atos de corrupção, sendo este afastado do cargo em
outubro e em dezembro veio a renunciar. (pg. 318-319)
Concepção e implementação do Plano Real
“De início, como substituto interino de
Fernando Collor e, a partir de 29 de dezembro de 1992, em caráter definitivo,
Itamar Franco ocupou a presidência por quase 27 meses. No exercício do cargo,
confirmaria com cores vivas sua reputação de político histriônico e mercurial.
Revelou-se especialmente volúvel na seleção dos responsáveis pela área
econômica do governo”. (pg. 319)
A
implementação de um plano de estabilização que funcionasse estava sendo
complicada, mas em 1993 foi instituída uma estratégia e o plano teria três
momentos. “Primeiro, um ajuste fiscal significativo seria negociado com o
Congresso. Depois seria criada a Unidade Real de Valor (URV), unidade de conta,
com reajuste diário, que conviveria temporariamente com o cruzeiro real.
Finalmente, uma reforma monetária extinguiria o cruzeiro real, substituindo-o
pelo real, o que equivaleria a simplesmente conferir à URV a função de meio de
pagamento”. (pg. 322)
Abertura comercial e Mercosul
Pode-se dizer que esta abertura ocorreu
em três momentos, o primeiro foi em 1988 a 1989 ao extinguir as abundâncias,
segundo foi de 1990 a 1993, momento no qual foram reduzidas as barreiras não
tarifárias e a exclusão dos impedimentos na importação. Por fim, foram realizados
pactos tarifários para determinar sujeição mais severa aos preços internos.
(pg. 324-325)
“As importações provenientes do Mercosul
cresceram mais lentamente do que as exportações, alcançando 13,7% do total em
1994. Mas, tal como as originárias dos Estados Unidos (22,9% do total) e das CE
(22,6%), ficaram realçadas pela redução da importância do petróleo nas
importações totais, cuja participação caiu de mais de 50%, no início dos 1980,
para 22,9%, em 1990, e 12,3%, em 1994”. (pg. 327)
Privatização
O governo Collor teve alguns momentos
desastrosos, mas quando diz respeito ao programa de privatização tomou-se muito
cuidado para não gerar um recuo inoportuno. (pg. 327)
As privatizações antes do ano de 1989
foram basicamente em pequenas empresas que estavam falindo. A partir de Collor
iniciaram-se a privatização de empresas maiores e mais importantes, o que gerou
uma receita boa para o país. (pg. 328)
Dívida externa
“A proposta brasileira de renegociação da
dívida externa, apresentada em outubro de 1990, incluía a securitização da
dívida por meio de bônus de 45 anos sem garantia e um empréstimo-ponte para
permitir o pagamento de atrasados. Cerca de 10% da dívida total, correspondendo
à dívida privada, seria excluída do acordo. Tal proposta foi recusada pelos
credores. Medidas temporárias, em 1991, incluíram o pagamento de 30% dos juros
devidos, a exclusão da dívida das grandes estatais da dívida pendente e um
acordo para pagamento de atrasados, sendo parte em dinheiro e parte por meio de
um empréstimo-ponte com um cardápio diversificado de opções”. (pg. 329)
As eleições de 1994
A procura por estabilidade econômica foi
um sucesso e gerou repercussões importantes na política brasileira. A
estabilização da inflação fez com que o Plano Real fosse bem aceito e isso
ocasionou a vitória de Fernando Henrique nas eleições para presidente em 1994.
(pg. 330)
(continua...)
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