Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Dividas de guerra (da IGM) da Alemanha: fim de uma longa historia
A história completa segue abaixo...
Paulo Roberto de Almeida
Legacy of Versailles
Germany Closes Book on World War I With Final Reparations Payment
By David Crossland
Der Spiegel, Tuesday, September 28, 2010
Germany will make its last reparations payment for World War I on Oct. 3, settling its outstanding debt from the 1919 Versailles Treaty and quietly closing the final chapter of the conflict that shaped the 20th century.
Oct. 3, the 20th anniversary of German unification, will also mark the completion of the final chapter of World War I with the end of reparations payments 92 years after the country's defeat.
The German government will pay the last instalment of interest on foreign bonds it issued in 1924 and 1930 to raise cash to fulfil the enormous reparations demands the victorious Allies made after World War I.
The reparations bankrupted Germany in the 1920s and the fledgling Nazi party seized on the resulting public resentment against the terms of the Versailles Treaty.
The sum was initially set at 269 billion gold marks, around 96,000 tons of gold, before being reduced to 112 billion gold marks by 1929, payable over a period of 59 years.
Germany suspended annual payments in 1931 during the global financial crisis and Adolf Hitler unsurprisingly declined to resume them when he came to power in 1933.
But in 1953, West Germany agreed at an international conference in London to service its international bond obligations from before World War II. In the years that followed it repaid the principal on the bonds, which had been issued to private and institutional investors in countries including the United States.
Under the terms of the London accord, Germany was allowed to wait until it unified before paying some €125 million in outstanding interest that had accrued on its foreign debt in the years 1945 to 1952. After the Berlin Wall fell and West and East Germany united in 1990, the country dutifully paid that interest off in annual instalments, the last of which comes due on Oct. 3.
"Germany's pre-war foreign debt was paid back by the start of the 1980s, it mainly consisted of foreign bonds. This also applied to the debt of the German Reich, which largely consisted of bonds issued in connection with German reparations debt from World War I," the German Finance Ministry said in a statement.
The Federal Office for Central Services and Unresolved Property Issues, which is in charge of managing outstanding debt, said the payment period covering outstanding interest would expire on Oct. 3.
Hitler Tapped into Sense of Injustice
"It's a historical curiosity that the Versailles Treaty should continue to have a financial impact to this day," Professor Gerd Krumeich, a German historian who has specialized in the World War I, told SPIEGEL ONLINE.
He said Hitler's rise to power had its roots in Germany's deep sense of injustice at the 1919 treaty that gave Germany sole responsibility for the war and forced it to make crippling payments.
"The central factor behind Hitler's seizure of power was his promise 'I'll win this war in the end, I will undo this injustice and tear up this treaty and restore Germany to its old greatness,'" Krumeich said.
"There was tremendous frustration in Germany in the 1920s -- this conflict that cost 2 million lives and left 4 or 5 million wounded is supposed to have been in vain, and it was all our fault? The reparations payments compounded everything. Not only was Germany given the moral blame, it was also supposed to pay an outlandish sum that most people had never even heard of."
France and Britain needed the reparations to repay their own debts. Both countries had borrowed vast sums from the US during the war. Germany only settled about an eighth of its treaty obligations by the time it suspended payments
Rolex, Lolex, Lorex: nao confundir, por favor...
El rolex que tenía jefe de FARC “Mono Jojoy” es auténtico y vale 13.000 dólares
El reloj Rolex que las autoridades colombianas encontraron en la muñeca izquierda del abatido jefe guerrillero de las FARC alias “Mono Jojoy”, es una pieza auténtica valorada en unos 13.000 dólares, informó el noticiero de televisión Noticias Uno.
Comento agora (PRA):
Bem, pelo menos evidencia o bom gosto e o culto do original, do autêntico, pelo chefe militar de um bando narco-traficante e terrorista (esse pessoal sempre gosta de se exibir).
Não é uma cópia desses "Lolex" que se vendem nas calçadas de Shanghai por 15 dólares, alguns até re-denominados Lorex, que talvez seja uma marca chinesa de prestígio, dentro de mais ou menos 15 anos...
Como os legítimos traficantes de droga, o chefe terrorista usava um Rolex autêntico, desses que os chineses compram nas boutiques de Shanghai por 10 ou 15 mil dólares.
Lorex, ou Lolex, a 15 doláres, ficam para os turistas ocidentais, nas ruas.
O meu Calvin Klein, "Swiss Made", custou 120 yuan, ou seja, 20 dólares, numa lojinha de Suzhou...
Assim, é a vida: vou ter de esperar uma reencarnação como traficante para poder comprar um Rolex legítimo...
Paulo Roberto de Almeida
Corujas produtivas (em Nova York)
Penso melhor na solidão da noite, sem apelos externos, sem demandas extras...
Paulo Roberto de Almeida
TENDÊNCIAS MUNDIAIS
'Corujas' produtivas se unem na noite de NY
Grupo promove colaboração "high-tech" na madrugada
Por JENNA WORTHAM
The New York Times, 2 de agosto de 2010 (FSP)
Os Nightowls (corujas noturnas) de Nova York são uma espécie de grupo de estudos para empresários, profissionais independentes e desenvolvedores de software que se reúnem todas as terças-feiras das 22h às 4h em busca de ideias criativas e espíritos similares.
"O objetivo é vir, inspirar-se, conhecer novas pessoas e trabalhar", disse Amber Lambke, consultora criativa que formou o grupo em abril com Allan Grinshtein, diretor de design de produtos no site de vídeo Blip.tv.
"São seis horas de um período produtivo e ininterrupto em que você está cercado de outras pessoas criativas fazendo coisas incríveis", acrescentou Lambke.
O conceito está pegando. Grupos já se formaram em quase uma dúzia de cidades, como San Francisco, Boston, Estocolmo (Suécia) e Melbourne (Austrália).
Johan Hedberg, consultor de relações públicas de 33 anos de Estocolmo, se interessou por coordenar uma versão local depois que ele viu uma publicação sobre o grupo na internet.
"Tenho muitos amigos e colegas que escrevem livros e trabalham em projetos da web e que ficam sozinhos em casa", disse. "Há muito a ganhar trabalhando com outras pessoas."
Mas trabalhar à noite pode ir além da necessidade de fugir das distrações. Algumas pessoas são "programadas" para ter um melhor desempenho durante a noite, disse Michael Thorpy, diretor do Centro de Distúrbios do Sono e Vigília no Centro Médico Montefiore, no Bronx, em Nova York.
"Nosso ritmo circadiano de sono é afetado pela genética, e todas as pessoas são diferentes", ele disse. Em Nova York, cerca de duas dúzias de pessoas armadas de notebooks e bebidas cafeinadas se reúnem semanalmente na cobertura de um prédio de escritórios em Chinatown. Alguns, como Grinshtein, trabalham em projetos preferidos e empreitadas colaterais. A maioria passa o tempo mergulhada em pensamentos sobre uma tela reluzente.
Os participantes dizem que um espírito de colaboração e camaradagem se infiltra durante a noite, o que pode ser difícil de conseguir durante as horas de trabalho normais.
"Eu não codifico muito bem, e um desenvolvedor trabalhando aqui poderia ser capaz de resolver em 30 segundos um problema que para mim levaria três horas", disse Jonathan Wegener, que cria aplicativos para celulares. "É muito mais fácil conseguir a ajuda de alguém neste ambiente, e é realmente valioso."
O grupo começou em uma noite de abril passado, quando Grinshtein enviou uma mensagem para o Twitter perguntando se alguém queria formar um grupo de trabalho informal. "Em casa eu durmo, fico adiando as coisas e não faço nada", disse. "Eu pensei: 'Deve haver alguém aí fazendo a mesma coisa'."
Lambke, que não conhecia Grinshtein, ficou imediatamente interessada. "Eu vi o 'tuite' e pensei: 'É exatamente do que eu preciso'", ela disse. Uma semana e vários e-mails depois, estava formado o New York Nightowls.
As reuniões são gratuitas, e Lambke e Grinshtein tentam limitar o tamanho do grupo a cerca de 30 pessoas. Eles pedem que os participantes marquem uma visita por meio do Meetup, um serviço que organiza eventos.
Tony Bacigalupo, que dirige um espaço de trabalho compartilhado chamado New Work City, que atende a profissionais autônomos e outros tipos de personalidades independentes, se ofereceu para deixar os Nightowls usarem o escritório sem custo.
"Já existe uma cultura de realizar trabalhos aqui", disse Bacigalupo. "Podemos colocar a música em volume um pouco mais alto à noite, abrir algumas cervejas, mas acho que as pessoas sabem que vêm aqui para se concentrar e produzir coisas."
E há menos distrações do que durante o dia. Até a web fica tranquila. As pessoas se sentem menos instigadas a verificar o Twitter, o Facebook ou as mensagens instantâneas.
"Quando você não tem seus colegas constantemente a interrompê-lo e menos amigos entediados no trabalho e no MSN é mais fácil fazer as coisas", disse Montana Low, o principal cientista da RescueTime, que faz software para produtividade.
"Muita gente tem problemas com esse tipo de distração, e todo o mundo procura maneiras de produzir um pouco mais durante um dia."
Em uma jornada de trabalho média no escritório, a maioria das pessoas visita cerca de 40 websites, que vão de redes sociais a portais de compras e entretenimento, segundo a RescueTime, que estuda os hábitos de 200 mil pessoas que baixaram seu software.
A frequência com que as pessoas saltitam na internet desacelera quase pela metade durante as primeiras horas da manhã, disse Low. Segundo Thorpy, muitas pessoas experimentam surtos de atividade duas ou três horas antes de dormir.
"Se isso combinar com seu estilo de vida, pode dar muito certo", ele disse. "Uma grande parte do início do dia para elas é quando as coisas se acalmam."
As sessões dos Nightowls duram enquanto houver pessoas trabalhando. "Ficamos abertos até eu me cansar", disse Grinshtein.
Lambke, que admite que na maioria das semanas não fica além de 1h ou 2h da manhã, disse que qualquer pessoa que precisar de um cochilo rápido pode se retirar para uma cadeira-saco muito confortável. "Talvez sejamos meio louco", ela disse. "Mas é divertido."
"Somos nova-iorquinos", acrescentou Grinshtein. "De qualquer jeito não dormimos muito."
E por falar em Venezuela: la economia al reves...
Os chineses fizeram o que se poderia chamar de "negócio da China".
Deuda con China sacrificará $6.000 millones en 2011
Emprestaram, de forma condicional, 20 bilhões de dólares (na verdade, yuans) aos venezuelanos, e vão receber quantidades crescentes de petróleo, nos próximos vinte anos. Tem também minério de ferro.
Se o Chávez não falhar na entrega do petróleo, os chineses fizeram o melhor negócio que poderiam esperar...
Essa economia da Venezuela só pode ir para o brejo...
Paulo Roberto de Almeida
Deuda con China sacrificará $6.000 millones en 2011
Guia.Com.Ve, 29/09.2010
El Gobierno deberá sacrificar 6.000 millones de dólares en ingresos fiscales, correspondientes al ejercicio 2011, para comenzar a pagar el préstamo de 20.000 millones de dólares que se acordó con la República Popular China, denunció el director de la Escuela de Economía de la Universidad Central de Venezuela (UCV), José Guerra.
El economista manifestó que el cálculo se basa en que Venezuela deberá suministrar 250.000 barriles diarios de petróleo a la nación asiática, como parte de pago, durante el año que viene.
Si se toma como referencia un precio promedio de 70 dólares por barril, que es una expectativa my factible según el economista, Venezuela dejará de obtener la cifra mencionada.
Como el convenio con China establece un suministro de petróleo incremental en el tiempo, de acuerdo con los cálculos de Guerra, con el mismo precio petrolero de referencia, Venezuela dejará de percibir 7.000 millones de dólares en 2012.
Lo anterior se deriva de que los envíos de crudo a la potencia asiática deberán elevarse a 300.000 barriles por día.
En consecuencia, Guerra estima, que Venezuela pagará 13.000 millones de dólares a China, en solo dos años, período en el cual solamente habrá recibido el 50% del préstamo acordado por 20.000 de dólares. Esto significa que al cierre de 2012 Venezuela habrá pagado 3.000 millones de dólares excedentarios.
A juicio de Guerra, comprometer la producción petrolera de esta manera configura un claro daño al patrimonio de la República, porque los Chinos hicieron el mejor negocio a costa de las insaciables necesidades fiscales del gobierno venezolano.
Condiciones del acuerdo
El acuerdo entre ambas naciones, firmado el pasado 10 de septiembre en Beijing, contempla que Pdvsa se obliga a venderle petróleo a China National United Oil hasta el 2012, con un tope de 300.000 barriles diarios para esa fecha. Mientras que para 2011 se estiman envíos de crudo por el orden de 250.000 barriles por día. Actualmente, según datos oficiales, Venezuela suministra cerca de 200.000 barriles diarios.
El acuerdo corresponde a dos líneas de créditos, una por 10.000 millones de dólares y otra por 70.000 millones de Yuan (10.200 millones de dólares).
El presidente Hugo Chávez anunció la semana pasada que de este préstamo fueron ya depositados por China 4.000 millones de dólares, destinados ya al 'reimpulso y aceleración de una serie de obras (públicas) y el inicio de otras', añadió sin más detalles.
Analistas del entorno petróleo aseguran que no está muy claro de donde provendrán los hidrocarburos que se requieren para honrar el compromiso con los asiáticos, toda vez que la decaída producción petrolera no muestra síntomas de recuperación, pese a las múltiples asociaciones que ha logrado la estatal petrolera venezolana para materializar proyectos en la Faja del Orinoco, que no logran despegar.
¿Qué hacer con los Yuanes?
Una de las condiciones del acuerdo que más preocupa al director de la escuela de economía de la UCV es que el 50% de la erogación se hará en Yuanes (moneda de curso legal en China), toda vez que esta es una moneda no convertible en cualquier país del mundo, según Guerra, por lo tanto los 10.000 millones de dólares que el gobierno chino entregará en yuanes sólo podrán gastarse en la adquisición de productos del país asiático.
El académico coloca como ejemplo la reciente compra de electrodomésticos a la empresa China Haier, que constituyó un excelente negocio para una economía que está buscando mercados para colocar sus crecientes volúmenes de producción industrial.
Guerra insiste en que pedir prestado para importar bienes y servicios sólo contribuye a reactivar las economías de otros países, pues la inflación y la sobrevaluación del bolívar atentan contra a competitividad de la economía nacional, haciendo imposible producir bienes locales.
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WISCO and Venezuela agree iron ore contract price for 2010
Steel Orbis, Wednesday, 21 July 2010
At the end of June this year, Venezuela sent a delegation to China to carry out negotiations regarding iron ore contracts with Hubei Province-based Chinese steelmaker Wuhan Iron and Steel Co. (WISCO). The WISCO and Venezuelan representatives have lately reached agreement on contract iron ore prices for the whole of 2010. Compared with the iron ore price Japan and South Korea contracted with Vale, the price agreed by WISCO and Venezuela is $20 lower. This means that WISCO could save up to RMB 400 million (about $59 million) by importing iron ore from Venezuela in 2010.
Compared with Brazilian iron ore, Venezuela's iron ore is of a high grade. In October 2009, International Economic and Trading Corporation, a subsidiary of WISCO signed a seven-year contract with the CVG mining company of Venezuela, for a total volume of 40 million mt of iron ore. In December 2009, WISCO received priority from CVG as regards iron ore purchases.
The Venezuelan contract reduces the pressure on WISCO from the three main mining giants - Vale, BHP Billiton and Rio Tinto - and also eases the pressure on the Brazilian ship route.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
E por falar em eleicoes manipuladas... (Venezuela, por supuesto)
El País, 28/09/10
Caracas - Hugo Chávez está enfadado, muy enfadado. Los resultados electorales del domingo le han torcido el gesto. No tanto por la resurrección de la oposición -que logró 65 diputados de los 165 en juego-, ni siquiera porque los 98 obtenidos por su partido no son suficientes para legislar a su antojo, sino porque la forma de ganar, mediante una ley electoral diseñada a su medida hace solo un año, ha dejado al descubierto su particular manera de usar la democracia. El enfado de Chávez se desató en la tarde del lunes, ante una pregunta de una periodista venezolana.
Más que una pregunta, era “la” pregunta: “La diferencia entre los votos obtenidos por su partido, el Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), y los que ha logrado la Mesa de la Unidad Democrática (MUD) es de apenas 100.000. Y es difícil de entender que habiendo obtenido casi el mismo número de votos, la oposición haya alcanzado 37 escaños menos que el PSUV [finalmente sería de 33 la diferencia]. Me pregunto si se estaría confirmando la tesis de la oposición que sostiene que la redistribución de los circuitos electorales se hizo con la intención de favorecer al PSUV o que quizá el voto del PSUV vale por dos…”. ¿Qué le respondió Chávez? Nada. No supo que responderle y, fiel a su estilo, arremetió contra ella.
La acusó de no conocer la Constitución, de pertenecer a un medio que difunde mentiras, de no prestar atención y formular “preguntas gelatinosas que no tienen fundamentación lógica”, de vivir en la Luna, de manipular… Entre exabrupto y exabrupto -coreado por parte de los miembros de su gobierno y de los periodistas del régimen que le ríen las gracias-, Hugo Chávez intentaba responder, cambiaba papeles de sitio, se removía en su silla, agarraba un lápiz o invitaba a Andreína Flores, la periodista, a tomarse el café que le acababan de servir…
Pero el comandante presidente no hallaba una respuesta lógica… y al final decidió tirar por lo alto: acusó a quienes formulan esas preguntas de obedecer a oscuros intereses desestabilizadores que “lo que buscan es quitarle el petróleo a Venezuela para entregárselo a los yanquis…”. Pero no respondió. Tal vez porque no había forma de hacerlo: con la ley anterior y estos mismos resultados, el PSUV y la Mesa de la Unidad hubiesen empatado a 80 diputados. Pero él reformó la ley de tal forma que en las zonas más proclives a su gestión un diputado valga menos votos que en las demarcaciones donde nunca ganó. El resultado no puede ser más claro: una victoria de 98 a 65 con el mismo número de votos.
Lo cierto es que el presidente, que estuvo 24 horas en silencio digiriendo en la intimidad el mal resultado, está dispuesto a utilizar los meses que le quedan hasta enero -fecha en que se constituirá la nueva Asamblea Nacional- para aprovechar la mayoría absoluta que todavía tiene. El jefe del comando Bolívar y diputado Aristóbulo Istúriz se lo advirtió así a la oposición: “Vamos a legislar hasta el último día, así que prepárense”. Y Chávez, una vez se iba reponiendo del mal trago, desafiaba a la oposición a que convocara un referéndum para revocar su mandato: “Como son mayoría y ya yo cumplí tres años de este periodo, yo les hago un reto: ¡convoquen ya un revocatorio! ¿Para qué van a esperar dos años para sacarme? Dentro de dos años será más difícil, porque lo que viene es joropo, así que vayan comprando alpargatas”.
E por falar em NAO eleicoes...
Acho que desta vez não vai dar certo.
Tem tudo para ir para o brejo, onde aliás eles já estão há muito tempo...
North Korean leader promotes son, sister in advance of party conference
By Chico Harlan
Washington Post Foreign Service
Tuesday, September 28, 2010; 9:44 AM
SEOUL - North Korean leader Kim Jong Il promoted his son and his sister to top military positions in the hours before the country's largest political conference in 30 years, demonstrating anew his reliance on family bloodlines to protect his reclusive regime.
The elevation of Kim's son Kim Jong Eun to the rank of general verified his status as the Stalinist dictator's heir apparent.
But according to experts, it was the tapping of sister Kim Kyong Hui to a similar position that offered a glimpse into Kim Jong Il's strategy for protecting power as his health declines and his untested son emerges. To put it simply: He plans to rely on his family.
Politics is the Kim family business. Staying in business is the Kim family's latest challenge. Though the Kims have always used North Korea as an expansive family headquarters - "The entire bureaucracy is just a personal staff for Kim Jong Il," Seoul-based analyst Park Hyeong-jung said - experts on Tuesday noted that Kim Kyong Hui's new job reinforces the bloodline-over-party priority. She has no military experience, but she was made a four-star general.
"When things really get tough - when the leader gets ill - it's the family that starts to circle the wagons," said Ken Gause, an Alexandria-based analyst specializing in North Korean leadership.
"We've seen this in Iraq, in the last years of the Saddam regime. And that's the case here. It seems to me not an accident that the day before they make party appointments, they make the bloodline appointments," Gause said. "That is a clear signal to what's happening here: The Kim family is still in control."
Analysts in both Seoul and Washington offered mixed theories on the implications of Kim Kyong Hui's promotion, but several said they suspect that she will play a prominent caretaker role as her nephew learns about the top job and tries to convince Pyongyang's ruling party and military members that he is fit for it.
Even before Kim Kyong Hui received her new title, the father-to-son power transfer was a family job. Kim Kyong Hui's husband, National Defense Commission Vice Chairman Jang Song Taek, is widely viewed as a regent for Kim Jong Eun. He could also serve as an interim ruler if the Dear Leader dies or falls seriously ill before Kim Jong Eun has adapted to his designated role.
Kim Kyong Hui and Jang Song Taek have been married for 38 years, falling in love despite the objections of her father, the late Kim Il Sung. Some experts believe that Kim Kyong Hui was promoted to help legitimize her husband; she can act as a prominent link to the Kim blood, if ever Jang needs public support.
Others believe that Kim Kyong Hui was promoted, in fact, as a counterweight to her husband, checking him from growing too ambitious.
"By giving Kim Kyong Hui power, Kim Jong Eun's succession can be solidified," said Cheong Seong Chang, senior analyst at Seoul's Sejong Institute. "Even though she became a general, that is just a title and it does not mean she'll start controlling and ordering troops. But it would be a base for her to be involved in case of Kim Jong Il's death. She can use her title to persuade the elite power in the military to select Kim Jong Eun as the next leader."
Examining the inner workings of the world's most secretive state requires an element of guesswork, with information based on foreign intelligence, North Korean propaganda and rare accounts from high-level defectors. Accurate details about the workings of Kim's inner sanctum - and the lives of those within it - often do not trickle out until years later.
Most who analyze North Korea, though, believe that Kim Jong Il shares a fiercely close relationship with his sister, younger by four years. Raised primarily by distant family members and nannies, they spent their childhoods together.
In the past two years, Kim Kyong Hui, now 64, has emerged as Kim Jong Il's top companion on guidance tours. According to a recent essay by Yuriko Koike, Japan's former defense minister, Kim Jong Il once told the Central Committee of the Workers' Party that "Kim Kyong Hui is myself, the words of Kim Kyong Hui are my words, and instructions issued by Kim Kyong Hui are my instructions."
Kim Jong Il has also asked Kim Kyong Hui to do many things that sisters rarely do for brothers. She currently heads North Korea's light industry. She has previously been involved with aspects of North Korea's surveillance machine.
According to Gause, Kim Kyong Hui helped to establish a network of contacts in Europe - particularly Switzerland - that the family used to stash its private millions.
For several years during the mid-2000s, Kim Kyong Hui disappeared from public life. North Korea analysts, in a popular but unproven theory, often attribute her absence to a struggle with alcoholism.
Since its founding in 1948, North Korea has occasionally created personality cults for its most important women - most notably for Kim Jong Suk, wife of Kim Il Sung, who was revered as the Sacred Mother of the Revolution, and often referred to as a general. Though North Korean political power remains male-dominated - as illustrated by the recent photos of dark-suited delegates arriving in Pyongyang for Tuesday's meeting - its regime cultivates what author B.R. Myers calls a "coddling mother" image, which can apply to both women and men.
In propaganda artwork, founder Kim Il Sung is bathed in pinkish hues, and children nuzzle his bosom. Propaganda has described Kim Jong Il as "more of a mother than all the mothers in the world."
Within the past decade, North Korean women have grown in status. In 2003, North Korea started drafting all-women military units.The percentage of women in the military has since increased, though accurate numbers are hard to find. Meanwhile, the private market economy is sustained largely by women, who operate food stalls while men maintain government-approved employment.
"That's led, generally, to a rise in status of women," Myers said in an interview. "They can be responsible for their own earnings and their own fate."
Though delegates met Tuesday as part of the rare party conference, North Korea revealed no further significant developments. A promised "major announcement" turned out to be the renomination of Kim Jong Il as head of the ruling party.
No matter the party leadership reshuffling that ensues, experts view the military promotions as a telling sign of Pyongyang's succession plans. The announcement of the promotions, carried by the state-run news agency, was the first time Kim Jong Eun's name ever appeared in a public North Korean report.
In contrast to his inexperienced son, Kim Jong Il worked for roughly a decade behind the scenes before emerging in the public as his own father's heir apparent.
Now, two years removed from a stroke and still dealing with myriad health problems, Kim Jong Il is rushing to reorganize his country so his family can retain power after his death.
"What we can say is, Kim Jong Il is putting his ducks in a row," said Jennifer Lind, a North Korea expert at Dartmouth College. "From the standpoint of this week's events, the regime has taken a step to make itself more stable. It's pretty clear that Kim Jong Il is gathering the people around him who are closest to him."
Special correspondent Yoonjung Seo contributed to this report.
E por falar em eleicoes...
O Manifesto pela democracia já ultrapassou 51.200 assinaturas.
O site do movimento está em nova endereço: assine aqui você também.
(Sim, uns juristas vendidos, que não merecem o nome de juristas, e que já foram chamados de advogados do lulo-petismo, fizeram um contra-manifesto para defender a república mafiosa; quem quiser saber mais, veja aqui.)
E por falar em roubar eleicoes...
Sim, no Brasil também ocorre o mesmo que na Venezuela: um sistema completamente deformado, totalmente desproporcional, que valoriza regiões atrasadas e grotões que antigamente eram dominados pelos coronelões, hoje por novos coronéis, que talvez não mereçam esse nome, em honra dos nossos militares...
Paulo Roberto de Almeida
Elecciones en Venezuela
Un sistema electoral diseñado a medida salva al líder bolivariano
P. ORDAZ (ENVIADO ESPECIAL) - Caracas
El País, Martes, 28/9/2010
Nueve Estados suman el 67% de la población pero eligen el 53% de los escaños
Un voto no es igual a un voto en Venezuela. Hay votos y votos. Votos suculentos -los que recolecta Hugo Chávez en los barrios que le son propicios- y votos escuálidos, que es precisamente como llama el presidente a los miembros de la oposición. Si creen que esto es una invención de la prensa colonialista -así definió a este periódico el canciller venezolano, Nicolás Maduro-, tomen nota del siguiente dato: la oposición logró en Caracas el 47,8% de los votos frente al 47,7% que logró el Partido Socialista Unido de Venezuela. Pues bien, de los siete diputados en juego, Chávez se llevó seis y la Mesa de la Unidad Democrática solo uno. ¿Que cómo es posible?
Pues cocinando, gracias al poder absoluto que la Asamblea Nacional le otorgaba a Hugo Chávez, una reglamentación electoral a la medida justa de sus necesidades. El chavismo reformó la ley del sufragio y participación política en diciembre de 2009. De tal reforma resultó que las regiones menos pobladas del país tienen ahora más representación en el Parlamento y cada uno de los diputados que se eligen allí cuestan menos votos que en los Estados más grandes.
Un ejemplo muy claro es Amazonas, un Estado pobre y despoblado, donde un diputado se elige con 20.000 votos. Sin embargo, en el Estado de Zulia, un Estado petrolero donde tradicionalmente ha ganado la oposición, se requieren unos 400.000 votos para ganar un escaño o curul. Además del cambio de proporcionalidad, la ley de Chávez también cambió el diseño de las circunscripciones electorales para favorecer al chavismo en número de diputados en aquellos lugares donde -al menos hasta ahora- eran más fuertes.
Hay muchos y muy llamativos ejemplos de que la ley del sufragio aprobada en 2009 es, más que un traje a medida, un chaleco antibalas para el poder de Chávez. Ahí están los casos de Mérida y de Miranda. En Mérida, el Partido Socialista Unido de Venezuela se lleva cuatro de los seis diputados en juego, pese a que la lista de la Mesa de la Unidad Democrática tiene el 50,04% de los votos y la de Chávez el 48,7%. Y en Miranda, más de lo mismo: el comandante presidente -así lo llaman sus fieles- se lleva cinco de los 10 diputados, pese a que solo lograron el 41,4% de los votos frente al 57% que consiguió la oposición.
¿Más ejemplos? Los hay. En Carabobo, la lista de la oposición logra el 53,66% y la de Chávez tiene el 43,04%, pero pese a ganar por 10 puntos, el reparto de las demarcaciones electorales hace que de los 10 escaños, la oposición se lleva solo tres y Chávez seis, aunque faltan aún los datos de una circunscripción.
Hay todavía otro dato muy interesante: los nueve Estados del país donde se concentra el 67% de la población electoral del país (Anzoátegui, Aragua, Bolívar, Carabobo, Lara, Miranda, Táchira, Zulia y Distrito Capital, cinco de ellos gobernados por la oposición) eligen el 53% de los escaños (87 curules).
El sistema electoral garantizó a Chávez una victoria. A pesar de ello, tal vez el líder bolivariano sí tendrá que ir reformando su manera de dirigirse a la oposición. Los escuálidos demostraron el domingo que tienen músculos de acero.
Reparto desigual
- Caracas. El Partido Socialista Unificado de Venezuela (PSUV) logra el 47,7% de los votos en este distrito. La oposición de la Mesa de la Unidad Democrática consigue una décima más, pero el partido de Chávez se lleva seis de los siete escaños.
- Mérida. Con el 50,4% de los sufragios, la alianza opositora se hace con dos escaños. El PSUV se alza con cuatro aun teniendo el 48,7% de los votos.
- Miranda. Ambas coaliciones ganan cinco escaños: el grupo de Chávez con el 41,4% de los votos, y la oposición con el 57%.
Prioridades da Política Externa Brasileira - CEBRI-RJ
Prioridades da Política Externa Brasileira à Luz do Interesse Nacional
CEBRI Dossiê - Edição Especial
Volume 1 - Ano 9 - 2010
ÍNDICE
Introdução
1- The Brazilian Role on Iran’s Nuclear Crisis: opportunities and consequences
Albert Fishlow
2- Política Externa e Questão Nacional
Aldo Rebelo
3- Inserção Internacional e Interesse Nacional: perspectivas para a
segunda década do século XXI
Amado Cervo
4- Opinião Pública e Política Externa
Amaury de Souza
5- O Exim-Brasil e o Apoio às Empresas Exportadoras
Armando Mariante e Lytha Spíndola
6- Cuarenta Años Construyendo Caminos de Integración Regional
Enrique Garcia
7- Reforma do Conselho de Segurança: o problema do tempo
Gelson Fonseca
8- O Brasil e a Segurança Energética da América do Sul
Georges Landau
9- Integração Latino Americana
Hélio Jaguaribe
10- Política Externa
Henrique Rzezinski
11- Mudanças Climáticas e a Souza Cruz
Jorge Augusto Rodrigues
12- Política Externa e Interesse Nacional: desenvolvimento, estabilidade e democracia
José Augusto Guilhon de Albuquerque
13- Prioridades da Política Externa Brasileira
José Botafogo Gonçalves
14- Prioridade da Política Externa Brasileira à Luz do Interesse Nacional:
uma visão do setor privado
Kalil Cury Filho
15- O Brasil e o Regime Internacional de Não-Proliferação
Luiz Felipe Lampreia
16- Política Externa pós-Lula: forma e substância
Marcelo de Paiva Abreu
17- A Política Externa Brasileira
Marco Aurélio Garcia
18- A Retomada das Negociações Mundiais para o Desarmamento
Marcos de Azambuja
19- O Brasil e a Agenda de Governança Global: sinais de mudança
Pedro da Motta Veiga
20- “Interesse Nacional”: há lições de China, Índia e Rússia para o Brasil?
Pedro S. Malan
21- Interesses Nacionais, Realpolitik e Política Externa
Peter Fischer-Bollin
22- Integrar-se, Sem Perder a Flexibilidade
Renato Flôres
23- Liderança e Responsabilidade do Brasil Frente à América do Sul:
algumas considerações
Ricardo Sennes
24- Brasil Precisa Corrigir Algumas Distorções e Equívocos
Roberto Abdenur
25- Mercosul e a Integração Regional
Roberto Teixeira da Costa
Disponível neste link.
Meus cumprimentos ao CEBRI por mais este importante trabalho sobre a diplomacia brasileira, reunindo todas as posições (êpa!) diplomáticas...
O seu, o meu, o nosso dinheiro (e podia ser de outra forma?)
Desculpem a frase clássica, mas ela se aplica inteiramente.
O governo inventa desculpas esfarrapadas, para dizer que não se trata de gasto, mas de investimento, quando o resultado é exatamente o mesmo.
Eles pensam que somos idiotas?
Pensam que nos enganam?
Acho que sim, e neste caso, conseguem de fato, enganar muita gente, ao pretender nos fazer crer que não se trata de aumento da dívida pública.
A mim não me enganam, mas eu sou um, entre milhões que acham que é isso mesmo: vamos fortalecer a gloriosa Petrobras.
Eles não sabem que estão deixando uma pesada herança para os seus filhos, inclusive aqueles que ainda nem nasceram, e possivelmente para os netos também.
Salafrários, com o meu dinheiro...
Paulo Roberto de Almeida
Novo empréstimo ao BNDES é só para capitalização da Petrobrás, diz Augustin
Adriana Fernandes e Fabio Graner, da Agência Estado
O Estado de S.Paulo, terça-feira, 28 de setembro de 2010
Secretário do Tesouro Nacional negou que o governo esteja aumentando a dívida pública para viabilizar a operação
BRASÍLIA - O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, defendeu o novo empréstimo em títulos que o governo fará ao BNDES. Segundo ele, esse novo empréstimo de até R$ 30 bilhões, previsto na Medida Provisória (MP) 505, editada ontem, é "bem diferente" dos outros dois concedidos ao banco. Augustin enfatizou que o novo empréstimo está "exclusivamente" relacionado à capitalização da Petrobrás.
"É diferente o impacto do ponto de vista econômico. Uma coisa são os recursos injetados na economia e outra os recursos que são imediatamente usados para investir. Nessa operação, os títulos serão esterilizados imediatamente", disse Augustin.
Ao ser questionado sobre o fato de que vários integrantes tinham assegurado que não haveria outro empréstimo ao BNDES, o secretário respondeu: "Para o objetivo que nós fizemos ao banco (estímulo à economia) reiteramos que esse posicionamento. As medidas de aporte para o BNDES foram feitas para financiar a atividade econômica."
Segundo Augustin, já o novo empréstimo é destinado à capitalização da Petrobras. Ele informou que "não necessariamente" o governo vai emitir os R$ 30 bilhões previstos na MP. "O número é o limite. Hipotético. Não necessariamente haverá um repasse naquele montante", disse. O secretário se comprometeu a dar detalhes sobre a atuação do governo na capitalização, depois da liquidação da operação da Petrobras (que ocorre amanhã).
"Esse número limite autoriza a emissão para esse fim. Mais do que isso não posso falar. Eu preferia detalhar esses números, mas há normas. Não posso falar disso agora. Posso falar no dia 29. Assim que pudermos, vamos dar detalhes da capitalização", reiterou.
Augustin negou que o governo esteja aumentando a dívida pública para viabilizar a capitalização da Petrobrás. "Não estamos aumentando o endividamento do País. Pelo contrário, estamos fazendo com que haja um patrimônio bem expressivo da União e das demais entidades que participam junto com o governo do processo de capitalização", afirmou Augustin.
Ele explicou que a emissão de títulos para o BNDES não eleva a dívida porque o pagamento pela cessão onerosa (venda) de 5 bilhões de barris em títulos feito pela Petrobras ao Tesouro vai "esterilizar" essa emissão.
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Eis aqui a demonstração antecipada:
Tesouro repassa até R$ 30 bi ao BNDES
Fábio Graner
O Estado de S. Paulo, segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Empréstimo será usado numa manobra financeira para elevar participação do governo na Petrobrás e liberar dinheiro para superávit fiscal
BRASÍLIA - Para tornar viável a participação do BNDES na capitalização da Petrobrás, o governo publicou na segunda-feira medida provisória autorizando que o Tesouro emita até R$ 30 bilhões em títulos públicos para o banco. O aporte de recursos permitirá que o BNDES pague pelas ações compradas à Petrobrás sem reduzir o caixa e perder capacidade de financiamento.
Apesar de a MP prever emissão de até R$ 30 bilhões para o banco, uma fonte do governo informou que o empréstimo deverá ser de um valor próximo de R$ 25 bilhões. Na edição de sábado, o Estado antecipou que o governo estava discutindo a medida. A operação é semelhante aos empréstimos de R$ 180 bilhões que o governo fez para o BNDES, em 2009 e no início deste ano.
Ou seja, o Tesouro repassa os títulos ao banco e fica credor do BNDES, porque, na prática, é uma operação de empréstimo. Essa operação, no entanto, não eleva o valor da dívida liquida do setor público, porque se tem um passivo (os títulos) que corresponde a um ativo (o crédito com o BNDES).
A dívida líquida é o principal indicador de saúde das contas públicas. Mas como o governo resolveu tratar aumento de gastos como empréstimos, os especialistas começaram a suspeitar dos números e do risco de calote desses créditos. Por isso, estão cada vez mais preocupados com a dívida bruta, ou seja, todos os débitos do governo, sem descontar o que tem a receber.
O aporte de recursos ocorre apesar de as principais autoridades da equipe econômica terem dito que não seriam mais feitas operações dessa natureza. A taxa de juros cobrada pelo Tesouro, de acordo com o texto da MP, é a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), hoje em 6% ao ano.
A participação do BNDES na capitalização da Petrobrás foi determinante na estratégia do governo de obter receita extra com a operação e, assim, cumprir a meta fiscal de superávit primário – economia para pagar juros. Além do BNDES, o Fundo Soberano do Brasil (FSB) também dará contribuição nesse processo, embora em menor escala – algo em torno de R$ 5 bilhões.
Com o BNDES e o FSB comprando os papéis da Petrobrás, o Tesouro pode adquirir menos ações (cerca de R$ 45 bilhões), ficando com a sobra (R$ 30 bilhões) do que recebeu pela venda (cessão onerosa) de 5 bilhões de barris de petróleo, no valor de R$ 74,8 bilhões.
Suicídio fiscal
Operações como essa preocupam os analistas. "O principal problema é o risco de aumento significativo do endividamento bruto nos próximos anos. Ao descobrir a mágica de inchar o BNDES sem afetar a dívida líquida, o governo acha que consegue estimular a economia no longo prazo. Mas o que está fazendo é suicídio fiscal de longo prazo. Esse aumento de endividamento vai aumentar o déficit nominal (receita menor que despesa, incluindo juros)", disse o economista da MB Associados, Sérgio Vale.
Como os bandidos sao bem tratados no Brasil...
Pois bem, destaco este trecho de uma das matérias a respeito:
"Não existe uma acusação formal porque o Ministério Público não pode investigar governador, atribuição do Superior Tribunal de Justiça - corte para a qual cópia do relatório foi enviada."
Não sei o que vai ser feito desse governador ladrão, que, aliás, está no esquema governista, onde ele bem pertence e onde todos se merecem. Não podia ser de outra forma, ou até podia, mas as chances aqui são de 150%, como vocês sabem...
Mas o meu ponto é outro: me revolta essa coisa de saber que o Ministério público não pode investigar, nem denunciar um ladrão, um criminoso comum, apenas porque se trata de um vagabundo de um governador.
Nos EUA, como vocês sabem, pode até ser governador: se existe uma denúncia e uma investigação, o sujeito é levado algemado na frente de todas as câmaras de TV e fica preso até esclarecer as acusações. Aconteceu, como vocês sabem, com o governador do Illinois, que estava querendo negociar o posto de senador que era de Obama, eleito presidente. O cara perdeu o mandato e deve estar sendo processado como criminoso comum, que é.
Outros senadores já foram presos no próprio Congresso.
Isso é democracia igualitária (que me perdõem os socialistas, mas no socialismo tem a nomenklatura corrupta, que rouba à vontade).
O Brasil, nesse caso, está parecendo o velho socialismo carcomido, onde viceja uma nomenklatura corrupta.
Acho que é esse socialismo que estão buscando certos companheiros...
Paulo Roberto de Almeida
Tragedia educacional latino-americana: nem perto de solucao
Bem, se partimos da premissa que está tudo bem, que não existe problema, aí já podemos desistir de qualquer solução: ela não virá, pelos próximos anos.
Essa é a situação da educação na América Latina.
A tragédia vai nos acompanhar por muito tempo mais...
Paulo Roberto de Almeida
El rezago educativo latinoamericano
Andrés Oppenheimer
El Nuevo Herald, domingo, 09.26.2010
Cuando le pregunté a Bill Gates en una entrevista sobre la convicción muy difundida en Latinoamérica de que la región tiene algunas de las mejores universidades y centros de investigación científica del mundo, el fundador de Microsoft me miró con cara de asombro. ¿De veras creen eso?, me preguntó.
Si los latinoamericanos están satisfechos con sus sistemas de educación pública --tal como lo revelan las encuestas-- la región está en problemas, señaló. El secreto del éxito educativo y tecnológico de países como China e India es la humildad, y cierta dosis de paranoia, me dijo Gates.
En efecto, Latinoamérica podría beneficiarse de una pequeña dosis de paranoia constructiva respecto a la educación, ciencia, tecnología e innovación.
Según una encuesta de Gallup realizada y el Banco Inter-Americano de Desarrollo, los latinoamericanos están mucho más satisfechos con sus sistemas educativos que los estadounidenses, los alemanes o los japoneses, a pesar de que los países latinoamericanos figuran entre los últimos puestos en las pruebas estudiantiles y en los rankings internacionales de educación.
Mientras el 85 por ciento de los costarricenses y el 84 por ciento de los venezolanos están satisfechos con sus sistemas de educación pública, sólo el 66 por ciento de los alemanes y el 67 por ciento de los estadounidenses están conformes con los suyos, dice la encuesta.
Simultáneamente, cuando uno mira los resultados del test PISA de jóvenes de 15 años en todo el mundo, se encuentra con que mientras los estudiantes de Hong Kong, China, sacan un promedio de 550 puntos en matemáticas, los de Corea del Sur 542 puntos y los de Estados Unidos 483 puntos, los estudiantes de Brasil, México, Argentina, Chile y Perú sacan un promedio de 400 puntos, y en otros países de la región mucho menos.
En la educación superior y la investigación, las estadísticas son tanto o más preocupantes.
• No hay una sola universidad latinoamericana entre las 100 primeras instituciones de educación superior del mundo, según el ``Ranking del Suplemento de Educación Superior del Times 2009-2010''. Un ranking similar de la Universidad Shanghai Jiao Tong, de China, tampoco incluye a ninguna universidad latinoamericana entre las mejores 100, a pesar de que Brasil y México figuran entre las 13 economías más grandes del mundo.
• De todas las inversiones en investigación y desarrollo en todo el mundo, menos del 2 por ciento se realizan en Latinoamérica, según el Observatorio Iberoamericano de Ciencia y Tecnología (RICYT). Comparativamente, casi el 30 por ciento de las inversiones mundiales para investigación y desarrollo se realizan en países asiáticos, añade el informe.
• Mientras China invierte el 1.4 por ciento de su PBI en investigación y desarrollo --la mayor parte proveniente del sector privado-- Brasil invierte tan sólo el 0.9 por ciento, Argentina el 0.6 por ciento, México el 0.4 por ciento y Colombia y Perú el 0.1 por ciento, respectivamente.
• En materia de investigación, mientras un país asiático relativamente pequeño como Corea del Sur, que hace apenas cincuenta años era mucho más pobre que la mayoría de los países latinoamericanos, registra 80,000 patentes anuales en todo el mundo, Brasil sólo logra registrar 600 patentes por año, México unas 300, y Argentina 80, según la Organización Mundial de la Propiedad Intelectual.
• Sólo el 27 por ciento de los jóvenes latinoamericanos en edad universitaria están inscriptos en instituciones de educación superior, comparado con el 69 por ciento de sus pares de los países industrializados, según la Organización para la Cooperación Económica y el Desarrollo (OECD).
¿Puede América Latina remontar este rezago? Por supuesto que sí.
Durante la investigación que realicé en los últimos cinco años sobre la educación en el mundo, encontré ejemplos muy concretos que podrían mejorar rápidamente la calidad educativa en toda Latinoamérica, y también en Estados Unidos.
Chile creó un fondo de 6,000 millones de dólares para otorgar 6,500 becas anuales a graduados universitarios para que hagan doctorados --casi todos en ciencias e ingeniería-- en las mejores universidades de Estados Unidos y Europa.
Uruguay se ha convertido en el primer país del mundo en darle una computadora laptop a cada niño en las escuelas públicas. En Brasil se ha generado un exitoso movimiento ciudadano que está impulsando mejoras en la calidad educativa. Los ejemplos esperanzadores abundan.
Pero el primer paso debe ser acabar con el triunfalismo --como el reflejado en la reciente declaración del presidente mexicano Felipe Calderón de que México es una ``fortaleza'' educativa --y, como decía Gates, ser más humildes. Sólo así, con una sana dosis de paranoia constructiva, como la de los asiáticos, podremos vencer la complacencia, crecer más y reducir más rápidamente la pobreza.
........
Nota de la Redacción: Esta columna esta basada en el nuevo libro de Andrés Oppenheimer: !BASTA DE HISTORIAS!: La obsesión latinoamericana con el pasado, y las 12 claves del futuro (Random House-Debate, 2010).
Dilemas da grande estrategia do Brasil - Folha SP repercute estudo americano
Paulo Roberto de Almeida
Estudo vê dilema estratégico para Brasil
Andrea Murta
Folha de S.Paulo, 28.09.2010
Escola de Guerra do Exército americano elogia, porém, esforço de Lula para elevar status internacional do país
Segundo documento, novo governo terá rede de opções diplomáticas e comerciais; relação com EUA é mais tensa
Apesar de bem-sucedido, o esforço do governo Lula para elevar o status do Brasil no exterior deixará uma herança de "dilemas estratégicos", incluindo tensão com Washington, afirma análise da Escola de Guerra do Exército dos EUA.
Publicado em agosto, o estudo "Dilemas da Grande Estratégia Brasileira" afirma que poucos países tiveram melhora tão notável em sua "estatura internacional" na última década como o Brasil.
Para o autor, o pesquisador Hal Brands, do Instituto de Análise em Defesa, isso foi obtido por meio de três estratégias: ação leve para contrabalançar o poderio americano; formação de coalizões para aumento do poder de negociação; e posicionamento como líder de uma América do Sul mais unida.
"Lula procurou transformar a crescente confiança nacional oriunda da consolidação democrática e da estabilidade econômica em uma diplomacia mais forte", escreveu Brands.
Ele aponta como ações principais da diplomacia nos últimos oito anos o papel mais ativo em missões de paz da ONU; a promoção de blocos como os Brics (com Rússia, Índia e China) e Ibas (com Índia e África do Sul); a tentativa de obter vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU; e a defesa da integração econômica da América do Sul.
Também é notada a emergência de novas instituições regionais como a Unasul (União de Nações Sul-Americanas) e o Conselho Sul-Americano de Defesa.
Brands afirma que essa estratégia de tentar reverter a antiga ordem internacional foi benéfica no curto prazo e que o sucessor de Lula terá nas mãos uma rede de opções comerciais e diplomáticas para escolher onde atuar.
Mas, segundo disse em entrevista à Folha, há quatro problemas que poderão obstruir a ascensão do país.
"Primeiro, não está claro que o Brasil preparou bem os fundamentos para crescimento econômico e coesão social de longo prazo, que são necessários para uma política externa ambiciosa."
"Segundo, as relações com muitos vizinhos são tensas. Países como Bolívia e Paraguai veem o Brasil como uma potência dominadora, enquanto México, Argentina, Venezuela e Colômbia o veem como rival pela liderança regional", continua.
O terceiro ponto é que não está claro se Brics e Ibas são coesos o suficiente para atuar como grandes atores geopolíticos.
E, "finalmente, a política externa assertiva de Lula ocasionalmente leva a conflitos com os EUA".
Mesmo nas projeções mais otimistas, o Brasil não terá capacidade econômica ou militar para competir com outras potências (EUA, China e a União Europeia) por décadas -se é que isso acontecerá algum dia.
Exatamente por isso, o país precisa abordar seus dilemas estratégicos. "Se o Brasil alcançará "impacto sistêmico" -a habilidade de influenciar significativamente a ordem global- terá de fazer isso não por meio da acumulação inexorável de peso geopolítico, mas pela qualidade de sua diplomacia."
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Paulo Roberto de Almeida
Dilemmas of Brazilian Grand Strategy - study of Brazilian diplomacy
Para ler na íntegra, clicar aqui.
Paulo Roberto de Almeida
Dilemmas of Brazilian Grand Strategy
Hal Brands
Strategic Studies Institute, August 2010
This monograph analyzes Brazilian grand strategy under President Luiz Inácio Lula da Silva. During Lula's nearly 8 years in office, he has pursued a multipronged grand strategy aimed at hastening the transition from unipolarity and Western economic hegemony to a multipolar order in which international rules, norms, and institutions are more favorable to Brazilian interests. Lula has done so by emphasizing three diplomatic strategies: soft balancing against the United States, building coalitions to magnify Brazilian negotiating power, and seeking to position Brazil as the leader of a more united South America.
This strategy has successfully raised Brazil's profile and increased its diplomatic flexibility, but it has also exposed the country to four potent strategic dilemmas that could complicate or undermine its ascent. First, issues like poor infrastructure, rampant crime, and excessive taxation and regulation of the economy may impede Brazil from attaining the strong economic growth and social cohesion necessary to sustain such an ambitious strategic project. Second, in dealing with South America, the Brazilian political class has not reconciled its desire for regional leadership with its unwillingness to share power or economic benefits with its neighbors. As a result, many of these countries perceive Brazil's diplomacy to be domineering and its trade policies to be narrowly self-interested, and they have thus refused to support Lula's bid for regional preeminence. Third, at the global level, the long-term cohesion and effectiveness of Lula's various diplomatic partnerships is open to question. Fourth, while Lula has maintained good relations with Washington, his grand strategy unavoidably entails a growing risk of conflict over issues like Iran, trade policy, and the U.S. diplomatic and military role in Latin America. Looking ahead, the efficacy of Brazilian grand strategy -- and its consequences for U.S. interests--will be contingent on how Lula's successors address these dilemmas.
Dilemmas of Brazilian Grand Strategy
Only a few years after America's post-September 11, 2001 (9/11) displays of military might led commentators like Charles Krauthammer to opine that the post-Cold War “unipolar moment” was on the verge of becoming a prolonged “unipolar era,” the international system seems to be moving toward a more diffuse distribution of power. The United States is widely (if perhaps debatably) assumed to be in relative decline; a range of second- and third-tier powers are jockeying for greater influence. It is now common to hear that the world is moving toward a “post-American” age, that we have reached the “end of American exceptionalism” or “the end of American hegemony”--the common themes in these assessments being the ebbing of U.S. supremacy and the rise of a new class of powers that will rival Washington for influence in the 21st century.1
Few countries have experienced as remarkable an improvement in their international stature over the past decade as Brazil. Brazil has long had a reputation as a country with a great future--if only it could get there. As late as 2002, Brazil was wrestling with chronic financial instability, and the election of a president with a distinguished leftist heritage raised fears of macroeconomic collapse and resurgent political strife. Since then, however, Brazilian President Luiz Inácio Lula da Silva has won widespread praise for his economic and social initiatives. Building on the initiatives of his predecessor, Brazilian President Fernando Henrique Cardoso, President Lula has sought to channel the growing national confidence derived from democratic consolidation and macroeconomic stability into a more forceful diplomacy. Brazil has become more active in United Nations (UN) peacekeeping missions; it has energetically promoted the India, Brazil, and South Africa (IBSA), and Brazil, Russia, India, and China (BRIC) forums as alternative centers of global power; it has forged economic and technological partnerships with France, Russia, China, and other key countries; it has put forward a claim to a permanent seat on the UN Security Council; and it has promoted South American economic integration as well as new regional institutions like the Union of South American Nations (UNASUR) and the South American Defense Council (CSD). Underlying all this is a sense among Brazilian policymakers that their country has finally arrived on the global scene, and that it is destined to reap the benefits of the ongoing changes in the international system. In this spirit, President Lula has announced that Brazil will become a great power in this century, and Brazilian official discourse is infused with a sense of national strength and purpose. “Brazil must think big,” said Defense Minister Nelson Jobim in 2009. “This is the moment in which it's necessary to be audacious in order to advance. . . . There is no longer any possibility of asking Brazil, on the international stage, to take positions that run contrary to its interests.”2
Purely by dint of its size and economic capacity, Brazil will exert a strong pull on regional and global politics in the coming decades. Even under the most optimistic projections, however, Brazil will not possess the economic or military capacity to compete with other major powers--namely the United States, China, and the European Union (EU) --for decades, if then. If Brazil is to achieve what political scientists call “systemic impact”--the ability to shape the global order in meaningful ways--it will have to do so not through the inexorable accumulation of geopolitical weight, but through the resourcefulness of its strategy and diplomacy. Accordingly, this monograph examines Brazilian grand strategy as it has developed under President Lula with an eye to illuminating its characteristics, prospects, and implications for the international system in general and the United States in particular. The present is a propitious time for such an undertaking; with President Lula set to leave office at the end of 2010, Brazilian grand strategy may be approaching an inflection point, making a proper understanding of the strategy pursued over the last 8 years all the more important for Brazilian and U.S. observers alike.3
This monograph makes two principal arguments, one pertaining to the nature of Brazilian grand strategy, the second regarding its ramifications and chances for success. Under President Lula, Brazil has followed a multi-layered grand strategy that emphasizes a gradual and peaceful--yet nonetheless significant-- revision of the international order. While Brazilian officials recognize the benefits that their nation has derived from the Pax Americana, they still view the current order--characterized by U.S. military and strategic hegemony and the economic hegemony of the West-- as prejudicial to the development, commercial interests, and diplomatic influence of emerging countries like Brazil. The fundamental goal of Brazilian grand strategy has thus been to hasten the transition from the dominance of the developed world to a multipolar order in which international power balances and institutions are more favorable to the assertion of Brazil's interests. Because Brazil still faces, and will continue to face, a relative deficit of economic and military might, President Lula has resorted to a strategy commonly used by “middle powers,” countries that rely on multilateralism, coalition-building, and other such methods to achieve systemic influence. At the global level, he has sought to strengthen international norms and organizations that can check American power, a classic soft-balancing technique. He has also forged overlapping webs of bilateral partnerships and multilateral coalitions designed to diversify Brazil's commerce, improve its strategic flexibility, and augment its leverage in international negotiations. This has entailed embracing players from the entire spectrum of international actors, including countries--Iran being one notable example--that are deeply hostile to the United States. At the regional level, President Lula has committed himself to establishing Brazil as the recognized leader of a more united South America, with the aim of expanding his country's power base and hitching its global ambitions to the aggregate geopolitical weight of its continent.
This grand strategy has clearly benefited Brazil in the short term, raising the country's international profile and creating an array of strategic, commercial, and diplomatic options that President Lula's successors may pursue.4 Yet Brazilian grand strategy also entails four key dilemmas that President Lula has not been able to resolve, which could obstruct or at the very least complicate the country's geopolitical ascent. First, issues like poor infrastructure, rampant crime, and excessive taxation and regulation of the economy may impede Brazil from attaining the strong economic growth and social cohesion necessary to sustain such an audacious strategic project. Second, in dealing with South America, the Brazilian political class has not reconciled its desire for regional leadership with its unwillingness to share power or economic benefits with its neighbors. As a result, many of these countries perceive Brazil's diplomacy to be domineering and its trade policies to be narrowly self-interested, and they have thus refused to support President Lula's bid for regional preeminence. Third, at the global level, the long-term usefulness of President Lula's various “strategic partnerships” and alliances is open to question. The IBSA and BRIC forums are much less cohesive--and thus less diplomatically effective-- than they appear at first glance, and pursuing close relationships with countries like Iran may ultimately hurt Brazil's democratic image and create more problems than opportunities. Fourth, while President Lula has maintained good relations with Washington, his grand strategy unavoidably entails a growing risk of conflict over issues like Iran, trade policy, and the U.S. diplomatic and military role in Latin America. If not managed carefully, these frictions could eventually push U.S.-Brazil relations in a tenser, less productive direction, impairing the interests of both countries. Looking ahead, the efficacy of Brazilian grand strategy -- and its consequences for U.S. interests--will be contingent on how President Lula's successors address these dilemmas.
The remainder of this monograph consists of four sections. The first discusses Brazil's strategic culture, the issues that have traditionally frustrated its desires for global influence, and the factors underlying the growing assertiveness of its foreign policy since the return to democratic rule in 1985. The second describes President Lula's worldview and details the military, diplomatic, and commercial components of his grand strategy. The third evaluates this grand strategy, noting its accomplishments but also emphasizing the four key dilemmas mentioned above. The fourth discusses implications for U.S. and Brazilian policymakers and offers some brief concluding remarks.
(...)
Conclusion
Grand strategy is the relation of means to ends, the process by which nations harness and allocate resources in the service of their international objectives. Over the past 8 years, President Lula's grand strategy has exploited Brazil's moral credibility, diplomatic capabilities, and growing economic power to raise his country's profile and diversify its strategic portfolio. Yet, as President Lula's presidency comes to a close, there is still much to be done to make Brazil's foreign policy equal to its lofty aspirations. Brazil must find the resources and political will to make its regional leadership bid more credible; it must become more discerning in its global partnerships and initiatives; it must work toward a sustainable modus vivendi with the United States; and, above all, it must marshal the resources, creativity, and commitment to attack tenacious internal problems.
These are the tasks that fall to President Lula's successors. Brazil is undoubtedly going to play a significant part in world politics over the next century; how significant--and how constructive--will hinge on how these policymakers address the key dilemmas of Brazilian grand strategy.
Big Brother e os dissidentes: Google to the rescue...
Ele apenas vai mostrar quem está censurando o que, quando...
Apenas isso.
Já é alguma coisa: tirar os funcionários kafkianos da sombra e mostrar o que os seus chefes estão pedindo...
Paulo Roberto de Almeida
Googling the Censors
Editorial - New York Times
September 28, 2010, page A28
In most repressive countries, government censors like to toil in the shadows, maintaining a cover of deniability as they block citizens’ access to information. It is gratifying to see that the Internet and Google are making their job tougher.
Four months ago, Google unveiled a tool that allows users to monitor the requests received from governments to take down material or report data on the users of their search engine and other services. This month, it released another tool that will expose less overt attempts by governments to curtail its various services, including YouTube and Gmail.
The new tracker shows how traffic on YouTube in Iran fell to zero after the disputed presidential election last year. And how YouTube traffic collapsed in Libya in January after it aired videos of demonstrations by families of murdered prisoners and videos of partying relatives of Col. Muammar el-Qaddafi, the Libyan leader.
The tracker shows the ebbs and flows of traffic but not the cause of disruptions — whether a government directive or a cut cable. Still, it adds an important new source of information.
For starters, it suggests that repressive governments are most fearful of YouTube — an effective vehicle to disseminate dissenting views and evidence of government repression.
Google reports that the service has been blocked in at least 17 countries since 2007. China, for example, has blocked YouTube since March of last year after a video appeared on the site showing Chinese police beating Tibetans in Lhasa in 2008.
Once researchers start poring through the data, they will be able to track more precisely governments’ efforts to clamp down on information. Google officials say this could even deter censorship, perhaps by embarrassing authorities into changing their ways. That may be too optimistic. Even exposing where censorship is most rampant should be a victory for freedom of expression.
Economia, Politica e Etica - livro de Ubiratan Iorio
Lançamento do livro:
Economia, Política e Ética: Ensaios contra o vento
do Prof. Dr. Ubiratan Iorio
professor da Facudade de Economia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), membro do Conselho Editorial de 'COMMUNIO: Revista Internacional de Teologia e Cultura', e Presidente Executivo do Centro Interdisciplinar de Ética e Economia Personalista (CIEEP).
Haverá um coquetel de lançamento do livro, acompanhado por uma palestra do autor, no dia 30 de setembro de 2010 (quinta-feira), às 19hs, na Livraria da Travessa no 2º piso do Shopping Leblon, localizado na Rua Afrânio de Melo Franco, 290, Leblon, Rio de Janeiro, RJ.
Confirmar presença com Fernando Chiocca pelo telefone (11) 3704-3782 ou pelo e-mail fernando@mises.org.br
Divulgado por:
Alex Catharino
Vice Presidente Executivo
Centro Interdisciplinar de Ética e Economia Personalista
www.cieep.org.br
Convido também a visitar a página do Professor Iório: http://www.ubirataniorio.org/
O Apartheid, na pratica (Little Rock, Arkansas, 1959)
Que bom seria se o Brasil JAMAIS criasse distinções baseadas em "raças", ou na cor da pele.
Infelizmente, sou obrigado a constatar que os novos "racialistas" se empenham ativamente em dividir o Brasil em negros (incluindo aí abusivamente os mestiços) e não-negros, que aliás são minoria, segundo a PNAD...
Paulo Roberto de Almeida
Calendário Histórico
1957: Os Nove de Little Rock
Rachel Gessat
Deutsche Welle, 24.09.2010
Em 24 de setembro de 1957, o presidente Dwight Eisenhower envia tropas militares a Little Rock, capital do Arkansas, para escoltar nove escolares negros que deveriam frequentar uma escola de brancos.
Final da década de 50 nos Estados Unidos: com base numa sentença da Corte Suprema, todas as escolas do país foram conclamadas a eliminar as restrições raciais. Também em Little Rock, capital do estado de Arkansas, as autoridades escolares começaram a preparar um plano de integração.
Chegou-se a um consenso: seriam mantidos os colégios exclusivos dos negros, mas alguns escolares negros teriam permissão para frequentar os colégios dos brancos. Foram escolhidos nove candidatos negros, seis moças e três rapazes, que deveriam frequentar a Central High School no ano letivo que se iniciava, juntamente com 1.900 escolares brancos.
Resistência aberta
Para muitos, no sul dos EUA, era inaceitável a eliminação da segregação racial nas escolas. Um dos principais adversários da integração era o governador de Arkansas, Orval E. Faubus. Ele conclamou abertamente à resistência e ordenou às tropas da Guarda Nacional de Arkansas que cercassem a escola.
No dia 3 de setembro de 1957, os escolares negros tentaram, pela primeira vez, entrar no colégio. Foram impedidos pelos soldados, os quais receberam aplausos frenéticos da turba de brancos, reunida diante do prédio da escola. No dia 4 de setembro, Elisabeth Eckford, uma das escolares negras, quase foi linchada pela multidão. Os soldados presenciaram o incidente sem intervir.
Mas logo a imprensa americana divulgou os acontecimentos e as autoridades federais ficaram cientes do conflito. Uma sentença judicial obrigou o governador de Arkansas a retirar, finalmente, as tropas da escola. No dia 23 de setembro de 1957, os escolares negros tentaram mais uma vez assistir às aulas.
O New York Times informou sobre os acontecimentos do dia da seguinte maneira: "Uma turba de manifestantes em pé de guerra, aos berros e histéricos, obrigou hoje nove escolares negros a deixarem a Central High School. Apesar da presença de um grande número de policiais locais e estatais para proteger os negros contra ataques, essas forças policiais acabaram desistindo em face da fúria de cerca de mil manifestantes brancos e, por volta do meio-dia, ordenaram aos alunos negros que deixassem a escola. A tentativa de integração durou 13 minutos. Os negros foram escoltados pela polícia através da turba e levados para as suas casas, sem serem feridos".
A posição de Eisenhower
No entanto, diversos repórteres, especialmente os negros, foram atacados e espancados pela multidão. Na noite de 23 de setembro, o presidente Dwight Eisenhower fez um pronunciamento pela televisão, dirigindo-se ao povo americano: "Como se sabe, a Corte Suprema dos Estados Unidos decidiu que são inconstitucionais as leis sobre a segregação racial nas escolas. Nossa opinião pessoal quanto à decisão não desempenha qualquer papel na imposição do cumprimento da lei. A base dos nossos direitos e liberdades individuais é assentada na garantia de que o presidente e o Poder Executivo apóiam e impõem as decisões da Corte Suprema. Se necessário, com todos os recursos à disposição do presidente".
O discurso do presidente deixou duas coisas claras. Em primeiro lugar, Eisenhower não era exatamente um paladino do movimento em prol dos direitos civis dos negros. A sua argumentação foi mantida quase exclusivamente no nível formal. Mas também ficou muito claro que o presidente estava decidido a acabar com a resistência em Little Rock. O conflito em torno dos nove escolares negros transformara-se também numa luta de poder entre as autoridades estaduais e federais.
Primeiro dia de aula "normal"
Como a situação em Little Rock continuasse inalterada, Eisenhower pôs todas as unidades policiais e militares de Arkansas sob o comando federal, no dia 24 de setembro. Além disso, enviou mil homens da 101ª divisão, uma tropa federal regular, para Little Rock. Os soldados postaram-se diante da escola e dissolveram imediatamente toda tentativa de agrupamento de manifestantes. Cada um dos nove escolares recebeu um guarda-costas, que o acompanhou à sala de aulas, montando guarda à porta, todo o tempo.
Com tal proteção, os nove escolares negros puderam a 25 de setembro de 1957 frequentar, pela primeira vez, um dia inteiro de aulas no seu novo colégio. Mas os nove adolescentes tiveram de enfrentar, sem qualquer amparo, as provocações verbais, sociais e, em parte, físicas dos seus colegas brancos.
Aos leitores deste blog: conversa tete-a-tete (ou blog-au-blog)...
Paulo Roberto de Almeida
Tendo ultrapassado a marca de 200 seguidores, conforme constato por uma simples consulta ao rodapé desta página, este blog “obriga” seu responsável a efetuar pequena reflexão sobre suas responsabilidades enquanto “escrevinhador” voluntário, enquanto disseminador de materiais de terceiros (informações de imprensa, estudos e ensaios ocasionais) e enquanto veiculador e debatedor de “ideias”, como indicado na caixa de apresentação, com especial ênfase nos temas que motivaram sua criação e que estão simbolizados em seu título: relações internacionais e política externa do Brasil. Aqui seguem, portanto, estas minhas reflexões, no que talvez possa vir a constituir uma série de cartas mensais de interação entre este autor e seus leitores.
Entendo que muitos dos que aqui se inscreveram, o fizeram com objetivos e por motivos eminentemente práticos, sabedores da condição profissional de seu responsável e unicamente interessados, portanto, em materiais relevantes vinculados à sua preparação para a carreira diplomática. Outros, que nele esbarraram por acaso, podem ter ficado apenas curiosos, e resolveram então testar o blog, para ver o que ele poderia trazer de novo ou de interessante em função de suas preocupações específicas ou de seus objetos de pesquisa acadêmica. Muitos já podem ter desistindo de acessar o blog, ou descartam alertas eventuais que entram em suas caixas ou “assembladores” de notícias; não tenho ideia do que pode estar ocorrendo com os 200 e tantos alinhados no bloco dos seguidores. Sei apenas que eles existem.
Por não dispor de instrumentos adequados, e tampouco dispor de tempo para esse tipo de verificação, não tenho condições de afirmar se estou satisfazendo, ou não, a gregos e goianos, ou seja, a todos aqueles que resolveram seguir regularmente os posts aqui colocados (além daqueles que podem passar ocasionalmente). Apenas sei dizer que, tendo alcançado a marca de quase 120 mil visitas desde o início deste ano, quando resolvi colocar o sitemeter que figura na banda direita, isso representa aproximadamente 630 visitas por dia e mais de 4 mil por semana, o que é, sem dúvida, uma tremenda responsabilidade para quem assina os comentários e textos pessoais aqui postados. Provavelmente, mais de 80% dos materiais aqui constantes são feitos de empréstimos involuntários a terceiros autores, ou a despachos de agências de comunicações, o que talvez conforma um simples serviço público de compilação de materiais diversos. Algo é meu, no entanto, os comentários iniciais colocados em quase todos os posts, e alguns textos para leitura mais pausada, por representarem produção acadêmica ou de cunho jornalístico.
Quaisquer que seja os motivos dos freqüentadores aqui presentes, e quaisquer que sejam os materiais aqui colocados, creio que meu dever, para com todos, a começar para comigo mesmo, seria estabelecer claramente o seguinte conjunto de compromissos.
Meu único critério de produção – ou seja, de leitura, resumo, compilação, síntese e produção original de textos – é o esclarecimento inteligente a respeito de questões relevantes, brasileiras e internacionais.
Meu único critério de seleção – dos materiais e do que eu mesmo possa escrever, como elaboração original – é a discussão honesta e bem informada dessas realidades, sem quaisquer compromissos partidários, políticos, ideológicos, religiosos ou de natureza associativa. Entre a tela, ou o teclado, e o meu cérebro, ou o meu pensamento, está apenas uma única pessoa e uma única vontade: ler um pouco de tudo, refletir sobre o que foi lido, tentar sintetizar esse conjunto de informações e de ideias, e depois devolver à “sociedade” aquilo que dela retirei como inputs e ensinamentos, da maneira mais aberta, transparente e honesta possível.
Não pretendo converter a ninguém, e não envio textos não solicitados a ninguém: apenas exponho o que penso sobre as questões que me interessam. Assumo plena responsabilidade pelo que escrevo e declaro ser imputável pelas minhas ideias e posições, mesmo as mais erradas, equivocadas ou aparentemente chocantes.
Meu único critério de interação é de haver um debate inteligente sobre temas relevantes, descartando o anedótico, o superficial e o apenas formal, ou circunstancial. Não me recuso a publicar posições contrarias às minhas, desde que incidam sobre o objeto em discussão, e não constituam mera expressão de discordância descortês, ou seja, ataques sem qualquer argumento substantivo.
Gostaria de agradecer a confiança de todos e dizer que estou ciente de minha responsabilidade em manter o nível deste blog, ao cumprir os objetivos que são os dele: informar, refletir, debater, contribuir para o avanço do Brasil na construção de uma sociedade melhor, mais educada e, por que não dizer?, mais refinada.
Paulo Roberto de Almeida (Shanghai, 28.09.2010)
Vivendo e aprendendo: um pouco de cultura inutil...
Creio que pouca gente conhece a origem da palavra shit, embora muitos usam o famoso bullshit.
Enfim, certos serviços burocráticos, pela linguagem usada, têm a peculiaridade de produzir muito bullshit, mas não estou denunciando ninguém. Apenas trazendo um pouco de cultura geral para deleite dos curiosos e sedentos de saber...
Paulo Roberto de Almeida
Living and learning
Manure... An interesting fact
Manure : In the 16th and 17th centuries, everything had to be transported by ship and it was also before the invention of commercial fertilizers, so large shipments of manure were quite common.
It was shipped dry, because in dry form it weighed a lot less than when wet, but once water (at sea) hit it, not only did it become heavier, but the process of fermentation began again, of which a by product is methane gas of course. As the stuff was stored below decks in bundles you can see what could (and did) happen.
Methane began to build up below decks and the first time someone came below at night with a lantern, BOOOOM!
Several ships were destroyed in this manner before it was determined just what was happening.
After that, the bundles of manure were always stamped with the instruction 'Stow high in transit' on them, which meant for the sailors to stow it high enough off the lower decks so that any water that came into the hold would not touch this volatile cargo and start the production of methane.
Thus evolved the term 'S.H.I.T' , (Stow High In Transit) which has come down through the centuries and is in use to this very day.
You probably did not know the true history of this word.
Neither did I.
I had always thought it was a golf term.
A frase da semana, do ano, da historia do socialismo...
Raul Castro, presidente de Cuba, em discurso na Assembléia Nacional de Cuba
(setembro 2010)
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Um premio Nobel tambem pode ser desonesto intelectualmente
Logo em seguida ele começou a escrever para o New York Times, em algum momento do final dos anos 1990. Achei seus artigos mais políticos do que econômicos, mas ainda assim continuei a ler.
Desde o começo da era Bush -- que, reconheçamos, não é exatamente uma sumidade em economia -- passei a constatar que os artigos de Krugman no NYT eram inacreditavelmente politizados para um economista digno desse nome.
Ele nunca retrocedeu, mesmo depois de ter ganho o prêmio Nobel.
Seus artigos mais recentes são inacreditavelmente desonestos, no plano intelectual.
Não sou o único a achar isso, como prova este blogueiro e um ex-economista chefe do FMI.
Krugman criticism from Rajan
Super-Economy
Kurdish-Swedish perspectives on the American Economy
September 20, 2010
Paul Krugman is very smart, tremendously well-informed and a skilled writer. But he lacks wisdom, judgment and character. Thus he has become not only partisan, but also exceptionally dishonest as a debater.
There is a professional ethic among economists to be intellectually honest in debates. Krugman keeps violating this rule, with articles heavy on ad-hominem personal attacks, straw-man misrepresentations of the claims of his opponent, a refusal to ever admit that he is wrong, and ignoring fact and logic whenever it suits him just to appear stronger in the debate.
Everything is about maximizing the short run argument in favor of the policies that Krugman favors, rather than finding out the truth, which is what economists are supposedly supposed to do.
For example Krugman pretends that European policies do not harm economic performance by looking at growth rates, despite the fact that he knows perfectly well that established economic theory predicts that the costs of policies that dampen economic activity appear as different levels of output, not growth paths.
Krugman's audience are unsophisticated non-trained economists, which makes all his violations of the academic rule of conduct worse.
When the policies pushed by Krugman did worse than he promised, he does not update his views. He just becomes even louder, claiming that the lack of success of Krugmaonomics just proves we need more of the exact same Krugman-style economics.
Imagine Krugman's reaction if the Bush administration people argued that the failure of their foreign policy and economic policy just proves we need more of the exact same recipe.
One of Krugman's dubious and partisan claims is that government policies to increase home ownership among poor americans and minorities had nothing to do with the sub prime-mortgage bubble. Here star Raghuram Rajan, a University of Chicago professor takes Krugman to task. Read it carefully.
If I understand the history involved correctly, the government sponsored enterprises that we have all come to know and love in the last few years invented sub-prime mortgage backed securities (MBS), which gives them a part of the blame of the crisis even if they had done nothing after this (which they did).
So, go read it all. It´s good for you.
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Transcrevo apenas o início e o final do artigo de Rajan.
Leiam a integralidade neste link.
Reviewing Krugman
Fault Lines Official Blog, September 16
Paul Krugman and Robin Wells caricature my recent book Fault Lines[i] in an article in the New York Review of Books.[ii] The article, and their criticism, however, do have a lot to say about Krugman’s policy views (for simplicity, I will say “Krugman” and “he” instead of “Krugman and Wells” and “they”) which I have disagreed with in the past. Rather than focus on the innuendo about my motives and beliefs in the review, let me focus on differences of substance. I will return to why I believe Krugman writes the way he does only at the end.
First, Krugman starts with a diatribe on why so many economists are “asking how we got into this mess rather than telling us how to get out of it.” Krugman apparently believes that his standard response of more stimulus applies regardless of the reasons why we are in the economic downturn. Yet it is precisely because I think the policy response to the last crisis contributed to getting us into this one that it is worthwhile examining how we got into this mess, and to resist the unreflective policies that Krugman advocates.
(...)
There is also a matter of detail suggesting why we cannot only blame the foreigners. The housing bubble, as Monika Piazzesi and Martin Schneider of Stanford University have argued, was focused in the lower income segments of the market, unlike in the typical U.S. housing boom. Why did foreign money gravitate to the low income segment of the housing market? Why did past episodes when the U.S. ran large current account deficits not result in similar housing booms and busts? Could the explanation lie in U.S. policies?
My book suggests that many – bankers, regulators, governments, households, and economists among others – share the blame for the crisis. Because there are so many, the blame game is not useful. Let us try and understand what happened in order to avoid repeating it. I detail the hard choices we face in the book. While it is important to alleviate the miserable conditions of the long-term unemployed today, we also need to offer them incentives and a pathway to building the skills that are required by the jobs that are being created. Simplistic mantras like “more stimulus” are the surest way to detract us from policies that generate sustainable growth.
Finally, a note on method. Perhaps Krugman believes that by labeling other economists as politically extreme, he can undercut their credibility. In criticizing my argument that politicians pushed easy housing credit in the years leading up to the crisis, he writes, “Although Rajan is careful not to name names and attributes the blame to generic “politicians,” it is clear that Democrats are largely to blame in his worldview.” Yet if he read the book carefully, he would have seen that I do name names, arguing both President Clinton with his “Affordable Housing Mandate” (see Fault Lines, page 35) as well as President Bush with his attempt to foster an “Ownership Society” (see Fault Lines, page 37) pushed very hard to expand housing credit to the less-well-off. Indeed, I do not fault the intent of that policy, only the unintended consequences of its execution. My criticism is bipartisan throughout the book, including on the fiscal policies followed by successive administrations. Errors of this kind by an economist of Krugman’s stature are disappointing.
Jorge Castaneda sobre a politica externa do Brasil (2): reservas
JORGE G. CASTAÑEDA
O Estado de S.Paulo, 26 de setembro de 2010
Solidariedade descuidada limita influência global do Brasil
O primeiro turno das eleições presidenciais do Brasil, no dia 3, pode se revelar o único. Isso porque a sucessora escolhida a dedo pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, está muito perto de conquistar uma maioria absoluta dos votos.
O principal adversário de Dilma, o governador do Estado de São Paulo, José Serra, não ganhou tração junto ao eleitorado por causa de suas posições inconstantes - que variam de críticas ásperas à política externa de Lula ao total apoio a suas políticas sociais. Segundo algumas sondagens de opinião, Serra está mais de 20 pontos atrás.
Lula deixa o cargo com uma popularidade espantosa para um presidente latino-americano em segundo mandato. A economia está crescendo a uma taxa de dois dígitos, e a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 estão no horizonte.
Sob o comando de Lula, milhões de brasileiros saíram da pobreza, e a classe média tornou-se uma maioria - não obstante pequena. O Brasil adquiriu uma estatura internacional digna de seu tamanho e sucesso, embora, talvez, não de sua ambição. Sua democracia é próspera e vibrante, mas nem sempre efetiva ou livre de corrupção.
Mas, há motivos para algum ceticismo sobre o legado de Lula, e o fato de eles raramente serem mencionados não diminui o seu significado.
Primeiro, o crescimento econômico continua tendo como base, fundamentalmente, o consumo doméstico e a exportação de commodities. Não há nada de errado nisso desde que eles sejam sustentáveis no médio prazo e viáveis no longo prazo.
O problema é que a taxa de investimento total do Brasil permanece em torno de 16% do Produto Interno Bruto (PIB), bem abaixo do México ou da média da América Latina, para não mencionar a China (40%). Com essa taxa, a infraestrutura e a competitividade do País inevitavelmente declinarão.
A solução de Dilma é o investimento estatal em massa, financiado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em setores econômicos-chave (petróleo, carne processada, construção). Mas essa estratégia mais provavelmente reforçará a corrupção, que tem sido um apêndice da política brasileira há décadas - e melhorou pouco sob Lula.
Uma segunda questão é o muito alardeado programa Bolsa Família, que começou com o antecessor de Lula como Bolsa Escola, e foi idealizado originalmente pelo economista Santiago Levy no governo do presidente mexicano Ernesto Zedillo. Essas "transferências condicionais de dinheiro" tinham a intenção inicial de barrar a pobreza intergeracional, ajudando a assegurar que as crianças fossem corretamente alimentadas, escolarizadas e mantidas saudáveis. Mas, com Lula (e com Vicente Fox e Felipe Calderón no México, aliás) elas viraram um programa antipobreza direto, voltado para a atual geração de pobres.
Ninguém questiona a generosidade dessa mutação, mas não está nada claro que os quase 15 milhões de famílias que recebem o Bolsa Família conservarão seu nível de renda atual quando o benefício desaparecer, ou que ele possa ser sustentado indefinidamente. O Bolsa Família tem sido um espantoso sucesso eleitoral e, certamente, aumentou o consumo na base da pirâmide no Brasil. No entanto, persistem dúvidas sobre o que o programa pode conseguir no longo prazo para erradicar a pobreza.
Terceiro, as origens e a retórica de militante de esquerda de Dilma alimentam dúvidas sobre se ela dará prosseguimento às políticas econômicas e sociais centristas, pragmáticas, de Lula.
Preocupações. Suas credenciais democráticas são tão sólidas quanto as dele, mas há preocupações sobre seu aparente entusiasmo pela intervenção do Estado na economia - ela parece acreditar nas virtudes permanentes do estímulo fiscal keynesiano - bem como sua habilidade para controlar o Partido dos Trabalhadores, como Lula controlou.
A política externa tem sido o aspecto mais criticado do mandato de Lula, e Dilma mais provavelmente agravara as coisas.
Como adversário da ditadura militar que governou seu país anos atrás, Lula defendeu o respeito aos direitos humanos, eleições livres e limpas, e a democracia representativa. Mas deu pouca atenção a essas questões depois de assumir o cargo, depreciando preocupações sobre direitos humanos e democracia por toda a região e além, particularmente em Cuba, Venezuela e Irã.
Lula acentuou a atitude brasileira tradicional de não se imiscuir em assuntos cubanos, ao ponto de viajar a Havana pouco depois que um dissidente em greve de fome morreu na prisão naquele país. Quando lhe perguntaram o que ele achava, Lula praticamente culpou o grevista pela própria morte.
Ele também recebeu o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad em Brasília e São Paulo quase como um herói meros três meses após Ahmadinejad ter vencido de maneira fraudulenta a eleição presidencial no Irã em 2009, o que resultou numa onda de repressão violenta. E, um ano depois da eleição, Lula viajou ao Irã.
O presidente brasileiro também fez vista grossa para a mão cada vez mais pesada de Hugo Chávez na Venezuela, jamais protestando ou questionando a prisão de adversários do líder venezuelano, suas repressões à imprensa, sindicatos e estudantes, ou a manipulação do sistema eleitoral.
Corporações brasileiras, especialmente construtoras, têm investimentos e contratos enormes na Venezuela, e Lula usou sua amizade com os irmãos Castro e Chávez para aplacar a ala esquerda de seu partido, que nunca ficou confortável com suas políticas econômicas ortodoxas.
A posição ambígua do Brasil sobre direitos humanos e democracia sob Lula caminha de mãos dadas com sua atitude ante a proliferação nuclear.
Um signatário nos anos 60 do Tratado de Tlatelolco - que baniu as armas nucleares da América Latina -, o Brasil desmantelou seu processo de enriquecimento e suas instalações de pesquisa durante os anos 90 e ratificou o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) em 1998.
Acordo com o Irã. No entanto, em maio deste ano, Lula uniu-se à Turquia na proposta de um acordo com o Irã sobre seu programa nuclear (de troca de urânio por combustível para um reator de pesquisas médicas), que Teerã aceitou nominalmente, mas o restante do mundo não.
Enquanto Brasil e Turquia afirmavam que o acordo fora aceito pelos Estados Unidos e a Europa, Washington pediu - e obtive com o apoio de países europeus - novas e mais fortes sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, às quais só o Brasil e a Turquia se opuseram.
O Brasil está no limiar de um crescimento sustentável, de uma estatura internacional superior, e da consolidação de seu status de classe média. Mas, até ele desenvolver uma política externa madura que esteja adequada a suas aspirações econômicas - uma política externa com base numa liderança com princípios, e não numa solidariedade descuidada ao Terceiro Mundo - sua influência global será limitada.
TRADUÇÃO DE CELSO M. PACIORNIK
É EX-CHANCELER DO MÉXICO (2000-2003) E PROFESSOR DE POLÍTICA E ESTUDOS LATINO-AMERICANOS NA UNIVERSIDADE DE NOVA YORK