domingo, 2 de junho de 2024

Uma escolha reveladora quanto aos princípios: Lula fica do lado da Rússia- Paulo Roberto de Almeida

Uma escolha reveladora quanto aos princípios

Na guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, o governo Lula preferiu ficar do lado do agressor

Paulo Roberto de Almeida 

O fato de Lula-Amorim terem praticamente alinhado o Brasil ao campo das duas grandes autocracias que pretendem construir, com o apoio já declarado de Lula, uma “nova ordem global” (mal definida, mas claramente orientada contra o Ocidente), pode não trazer retaliações diretas dos principais países ocidentais, mas já delimita uma postura diplomática, que será levada em conta em outros campos da agenda mundial. 

A brutalidade, todos os dias revelada, da agressão russa contra a Ucrânia, vai pesar na percepção interna e externa da política externa do governo Lula como sendo um elemento a mais numa posição que não é de estrita neutralidade, como alegado, mas de apoio objetivo aos interesses russos.

Paulo Roberto de Almeida 

Brasília, 2/06/2024

Alinhamento do Brasil com China e Rússia ameaça relação com o Ocidente - Lourival Sant'Anna (OESP)

Alinhamento do Brasil com China e Rússia ameaça relação com o Ocidente 

Além de contrariar um princípio caro da política externa brasileira, o da soberania, a Rússia atraiu contra si uma união militar no Ocidente inédita desde a 2.ª Guerra Mundial

Por Lourival Sant'Anna

 Opinião - É colunista do 'Estadão' e analista de assuntos internacionais. Escreve uma vez por semana.

O Estado de S. Paulo, 25/05/2024 


A simpatia do governo Lula pelo expansionismo militar russo tornou-se ainda mais explícita na reunião do chanceler chinês, Wang Yi, e do assessor especial brasileiro, Celso Amorim, em Pequim. As conclusões do encontro colocaram na órbita da China a política do Brasil para a Ucrânia.

Em comunicado conjunto divulgado depois do encontro, Brasil e China apelam para que todas as partes envolvidas se comprometam em não expandir o campo de batalha, não escalar os combates e não provocar a outra. Não houve condenação à invasão.

Essas condições equivalem a dizer que a Ucrânia não tem o direito de se defender. Já que ela é o país invadido, os combates terrestres se concentram, por definição, na Ucrânia, com os ucranianos tentando conter os avanços russos e recuperar território.

Desde a invasão em grande escala da Rússia, em fevereiro de 2022, a Ucrânia recuperou 54% do novo território ocupado. Outros 18% continuam ocupados, incluindo os 8% invadidos em 2014. A atitude do Ocidente de normalizar essa ocupação em 2014, a mesma que Brasil e China adotam até hoje, incentivou Vladimir Putin a ampliá-la.

Amorim, que esteve na Rússia há um mês, contou com otimismo a repórteres brasileiros em Pequim ter ouvido de um de seus interlocutores russos que eles querem uma “neutralização”, e “uma zona tampão com tamanho suficiente para que não haja armas que atinjam diretamente Moscou.”

O assessor especial brasileiro demonstra crer que a Rússia invadiu a Ucrânia para se defender de uma ameaça. Não há a menor base factual para essa leitura, promovida pela propaganda de Putin.

Ao contrário, o governo de Volodmir Zelenski fez de tudo para não dar pretextos à invasão russa. Mesmo quando mais de 100 mil soldados russos se concentravam na fronteira, e a Rússia promovia um bloqueio naval contra a costa ucraniana, em dezembro de 2021, Zelenski desautorizou providências típicas para a defesa de um país sob ataque iminente, como a convocação de reservistas ou a escavação de trincheiras.

Em várias etapas da agressão russa à Ucrânia, o Kremlin enviou sinais contraditórios sobre suas intenções de tentar congelar o front ou agarrar mais território. Esses sinais dependeram, em parte, da dinâmica no terreno e da disposição de EUA e Europa de seguir ajudando a Ucrânia, e em parte das táticas russas de guerra informacional.

Putin nunca demonstrou disposição real de negociar garantias de segurança em troca da devolução de território ucraniano. Aceitar, como fazem Brasil e China, uma solução que não contemple essa devolução é renunciar ao princípio da soberania.

Para a China, esse racional é conveniente. Primeiro, porque Xi Jinping tem deixado claro que pretende anexar Taiwan. A China assedia a ilha regularmente, por mar e ar, como fez nos últimos dias com 46 aviões de guerra. 

Em segundo lugar, as sanções impostas pelo Ocidente à Rússia criaram uma dependência do país em relação à China, que aproveita para comprar seu petróleo e gás a preços abaixo do mercado, vender-lhe produtos industrializados e até instalar fábricas para substituir as mais de mil empresas ocidentais que se retiraram do país.

Por último, ao obrigar o Ocidente a ajudar a Ucrânia, a campanha russa drena recursos das democracias na América do Norte e na Europa, que rivalizam com a China na disputa por influência global.

O alinhamento do Brasil, um país grande e democrático, é valioso para a China, porque demonstra capacidade de atrair para seu campo não apenas ditaduras africanas e asiáticas dependentes de seu poder econômico, projeção política e militar e ideologia autoritária.

E o que o Brasil ganha com isso? Wang Yi declarou que China e Brasil “têm economias altamente complementares e interesses profundamente integrados, que é o ativo estratégico mais precioso”. A primeira parte é verdadeira: o Brasil é exportador de alimentos e a China, de manufaturados.

Mas a própria complementaridade torna desnecessário um alinhamento geopolítico para impulsionar o comércio: ele se movimenta por si, e não depende da proximidade entre os governos, como ficou claro quando Jair Bolsonaro, detrator da China, era presidente.

A segunda parte é problemática. Alinhar-se à China não corresponde aos interesses nacionais do Brasil.

Além de contrariar um princípio caro da política externa brasileira, o da soberania, a Rússia atraiu contra si uma união militar no Ocidente inédita desde a 2.ª Guerra Mundial. A complacência com a agressão russa aliena o Brasil do Ocidente e o coloca como um parceiro não confiável.

Opinião por Lourival Sant'Anna

É colunista do 'Estadão' e analista de assuntos internacionais


Russia se empenha em sabotar a conferência da paz na Ucrânia: China e Brasil se opõem à conferência

 At the Forum in Singapore, President Zelensky said that unfortunately, Beijing is talking the countries of "Global South" out of participating in the Peace Summit in Switzerland, suggesting instead a plan of de-facto "freezing the war" - which suits Russia.

We are currently observing a true diplomatic combat between Ukraine and Russia.

Russia puts in a great deal of effort to oppose the Swiss Peace Summit. Why is that?

‼️Diplomatic positions regarding the war in Ukraine and diplomatic participation are extremely important, as each participation and non-participation will be a clear demonstration of whose side the country is on.

The more countries and global leaders support Ukraine and our view of peace, the stronger Ukraine's position will be. And not just Ukraine's - of international law, democracy, respecting territorial integrity all over the world.

This will be a loud and clear demonstration of values.

That's why presence at the Swiss Peace Summit is so important.

That's why the presence of President Biden @POTUS is so important!

Friends, I ask you to share this as widely as possible to help this message reach anyone who needs to hear it.


#PeaceNeedsJoe

peaceneedsjoe.org

Lula e Celso Amorim inscreveram o Brasil no ‘eixo do mal’ - Fabiano Lana (Estadão)

Disputas de poder e o debate político-cultural brasileiro

Opinião

Lula e Celso Amorim inscreveram o Brasil no ‘eixo do mal’

O conselheiro internacional de Lula tem levado o presidente a um pântano moral no qual o petista pode ser afogar.

Por Fabiano Lana

O Estado de S. Paulo, 01/06/2024 


Como argumentos humanitários parecem não importar nesse caso específico, se há um ponto do atual governo que afasta os moderados, prejudica os índices de popularidade, e causa até mesmo certa repugnância é a posição do presidente Lula e de seu principal conselheiro internacional, Celso Amorim, com relação à invasão da Ucrânia pela Rússia. Por motivos que vão desde interesses comerciais a um antiamericanismo sectário, as posições do governo indicam que o compromisso com a democracia do petismo era apenas uma conveniência para vencer as eleições. Mas podem pagar caro por isso. 

A questão é mais ampla. Em momentos decisivos, o coração dos petistas bate mais forte para qualquer ditadura que se oponha aos Estados Unidos e, atualmente, mesmo à Europa. E pelo jeito pode ser uma teocracia misógina como o Irã (leiam “Faca”, de Salman Rushdie), um governo que tornou sua população miserável, como a Venezuela (leiam Mãe Pátria, de Paula Ramón), uma ditadura mofada e em forte crise como Cuba (o país passa por mais uma onda de desabastecimento), que, se gritam “fora USA”, contam com a simpatia aberta ou velada de nossos atuais governantes. A verdade, além disso, é que se for para fulanizar, as posições de Amorim estão as que causam mais estragos em um governo num período do país em que qualquer minoria faz a diferença para virar a balança eleitoral.

Não existem relações internacionais sem hipocrisia. Muitas vezes apenas governos vis possuem ou querem comprar a preços competitivos produtos de maneira a salvar uma economia como a brasileira – logo, negociar comercialmente será sempre preciso. Porém, o que há no caso da dupla Lula-Amorim é pior. Entre países que, apesar dos pesares e incoerências, são democráticos, buscam seguir certos princípios do iluminismo, respeitam as minorias e a livre expressão e, do outro lado, países dominados por grupos repressivos, que transgridem a soberania internacional, e subjugam seus povos, preferem a segunda opção. Em outras palavras, por influência de Amorim resolvemos, como país, optar pelo “eixo do mal”. 

Curioso que essa posição não traz grandes variações no tabuleiro mundial. Pela distância geográfica, pela falta de poderio bélico, entre outras razões, o governo Lula é visto como café com leite das relações internacionais. É interessante tê-lo no mesmo lado, mas não causará significativa diferença prática. Mesmo assim, em seu terceiro mandato, Lula preferiu priorizar sua ação internacional – após tantas derrotas no Congresso aparentemente terá de mudar o foco, a conferir. Entretanto, será que Lula e Amorim ainda sonham estar na frente das negociações que selarão tanto a paz na Rússia como em Gaza e ganhar o Nobel da Paz? Eles acreditam na própria megalomania delirante? Na realidade, mesmo internacionalmente, têm colhido é antipatia dos líderes ocidentais. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, é apenas o mais vocal deles. Nem na América latina conseguem se sobressair, tome-se os pitos que levaram de Gabriel Boric, do Chile, e Lacalle Pou, do Uruguai, sem falar do hostil argentino Javier Milei.

A invasão russa no território ucraniano é a primeira violação territorial neste nível na Europa desde que a Alemanha Nazista invadiu a Polônia em 1939, deflagrando a segunda guerra mundial. Existe claramente um lado agressor. Mas, para Amorim, são apenas visões divergentes em jogo. O conselheiro dá a entender que a Rússia teria certa razão por se sentir ameaçada pela OTAN. É um contorcionismo mental que esconde ranços e ideologias. Mas a realidade pode ser exatamente o contrário: se não fosse a OTAN, uma série de repúblicas que já fizeram parte da União Soviética e conseguiram se libertar, como a Estônia, a Letônia e a Lituânia, já teriam sido invadidas sem qualquer piedade. Inclusive, nesses três países bálticos, há museus da ocupação que não distinguem as invasões nazista e comunista no século passado, são vistas como algo igualmente ignóbeis, – incluindo aí o período em que houve uma ocupação conjunta de alemães e soviéticos durante o período em que vigorou o acordo de não agressão entre Stalin e Hitler – o Pacto Molotov–Ribbentrop. Na época, a bandeira vermelha da invasão continha os símbolos do nazismo e da foice e o martelo no mesmo pano. 

O papel do Brasil nessas crises ainda acaba por revelar uma outra grande incoerência: a contundência com que Lula condena as mortes de crianças inocentes na faixa de Gaza transforma-se em brandura se o salteador for russo. É tigrão para Israel e tchutchuca para Putin, se quisermos utilizar a expressão zombeteira da moda.

Amorim, que tenta se passar por um grande negociador, na verdade tem levado o seu chefe a um pântano do qual ele não conseguirá sair. É algo que poderá fazer grande diferença entre a pequena minoria decisiva que em 2026 vai votar no PT, nulo, ou na outra opção, ao analisar fatores como esses. Como falar na questão moral não sensibiliza o presidente e seu escudeiro, vale um argumento cínico: em um país tão dividido e por margem tão estreita, uma política internacional conduzida por Amorim pode ser uma das razões para uma derrota eleitoral. O mais sábio, para o presidente, seria cortar as asas de seu desastrado conselheiro.

Opinião por Fabiano Lana

Filósofo e consultor político

 https://www.estadao.com.br/politica/fabiano-lana/lula-e-celso-amorim-inscreveram-o-brasil-no-eixo-do-mal/


Três livros sobre a nova Guerra Fria, resenhados na Foreign Affairs

Cabe pelo menos conhecer... 

Itamaraty nega engajamento do país em conflito após ucraniano apontar alinhamento com Rússia - Eliane Oliveira (O Globo); O Antagonista

Sobre a afirmação do assessor presidencial dizendo que "respeita o sofrimento do povo ucraniano". Trata-se de uma zombaria e de uma ofensa

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 2 de junho de 2024

A afirmação do assessor internacional é estranha, começando pelo fato dele dizer, em nome do Brasil, que "respeitamos o sofrimento do povo ucraniano."

Respeitar sofrimento é uma forma de diminuir a importância do verdadeiro morticínio a que vem sendo submetido aquele povo sob mísseis e bombardeios diários (e noturnos) sobre alvos civis, justamente para causar o maior número de mortos. São incontáveis, milhares os crimes de guerra, contra a paz e contra a humanidade perpetradas pelas forças russas na Ucrânia.

A afirmação seguinte é ainda mais desprovida de sentido e de qualquer conexão com a realidade, ao mencionar que é preciso "levarmos em consideração as preocupações das partes, o que pressupõe diálogo entre elas". Uma frase velha, equivocada e deliberadamente enganosa, como se houvesse, antes e agora qualquer ameaça à segurança da Rússia vinda da Ucrânia ou mesmo da OTAN, que não tem a Ucrânia entre seus membros. A Rússia NUNCA pretendeu diálogo: invadiu sem sequer um ultimatum, que costuma ser uma prévia a uma declaração de guerra, segundo as leis da guerra, que a Rússia nunca respeitou e desrespeita continuamente. 

O Brasil está sim alinhado com a Rússia e não é apenas por razões comerciais ou econômicas, como afirmou Zelensky (o que não deveria ter feito), mas que não deixa de ser uma verdade, mas apenas meia verdade, e talvez 1/4 de verdade. Independentemente de qualquer comércio, antes e depois da guerra de agressão – e cabe ressaltar que Lula aumentou em mais de 200% a importação de combustíveis russos para o Brasil, o que não deixa de ser uma forma de alimentar a máquina de guerra de Putin –, vamos convir que Lula e o lulopetismo já estavam predispostos a apoiar Putin EM QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA, dada a aproximação e a verdadeira aliança politica-ideológica com o regime russo, no seu empreendimento de se opor ao "hegemonismo americano" no mundo e de construir uma "nova ordem global", como Lula, o próprio Putin e Xi Jin Ping já proclamaram várias vezes.

Considero a postura de Lula, do PT, do governo brasileiro e do Itamaraty (por submisso) indigna das tradições diplomáticas brasileiras, de respeito (sim) e de defesa ativa do Direito Internacional, da solução pacífica das controvérsias (como reza a Constituição) e de real neutralidade nos conflitos interimperiais. Mas não é disso que se trata e sim de uma agressão ilegal e criminosa contra um país soberano, com o qual mantemos relações diplomáticas, mas que não mereceu até aqui qualquer sombra de apoio na sua luta dificílima contra uma superpotência agressora e criminosa.

Lula e a sua diplomacia petista envergonham o Brasil e os brasileiros, a mim particularmente.

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 2 de junho de 2024


Ministério nega engajamento do país em conflito após ucraniano apontar alinhamento com Rússia
ELIANE OLIVEIRA
BRASÍLIA
O Globo, 1/06/2024

Em resposta às declarações do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que acusou o Brasil de se aliar à Rússia por razões comerciais, o Itamaraty negou ontem que o governo brasileiro tenha tomado partido na guerra entre os dois países. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, não há e jamais houve engajamento brasileiro no conflito.

Por sua vez, o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, disse que o Brasil "respeita o sofrimento dos ucranianos".

- Respeitamos o sofrimento do povo ucraniano. Queremos contribuir para uma paz alcançável. Isso só será possível se levarmos em consideração as preocupações das partes, o que pressupõe diálogo entre elas, preferencialmente com apoio de países que gozem de confiança de ambos - declarou.

Em entrevista a um grupo de jornais latino-americanos na quinta-feira, da qual O GLOBO fez parte, Zelensky insinuou que o Brasil se aliou à Rússia por razões comerciais.

- A economia é importante até que chega uma guerra, e quando a guerra chega os valores mudam - disse.


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Zelensky critica Lula por "priorizar aliança" com Putin
Redação O Antagonista, 31/05/2024

Em entrevista a jornalistas latino-americanos, Zelensky ressaltou o clima de perplexidade que existe na Ucrânia em relação ao Brasil

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, voltou a criticar Lula (PT) por "priorizar a aliança com um agressor", referindo-se à Rússia, do ditador Vladimir Putin.

Em entrevista a jornalistas latino-americanos em Kiev, publicada por O Globo, o chefe de Estado ucraniano expressou desejos de cooperação com países da região como Argentina, Chile, Colômbia, Peru e El Salvador, mas ressaltou o clima de perplexidade que existe na Ucrânia em relação ao Brasil.

"O Brasil deve estar do nosso lado e dar um ultimato ao agressor [a Rússia] por que temos de voltar a repetir estas coisas? Pela memória histórica, por temas econômicos? A economia é importante até que chega uma guerra, e quando a guerra chega os valores mudam. Pesam mais as crianças, a família, a vida, só depois está o comércio com a Federação Russa", afirmou.

"Acho que uma aliança do Brasil com os países da América Latina é muito mais potente do que apenas com a Rússia. E seria justo que nos dessem esse apoio. Não tive uma declaração conjunta com o presidente Lula, ou entre Ucrânia e Brasil por que é assim, se nós somos os atacados?", questionou.

A visita de Amorim, do Itamaraty paralelo, a Pequim

Segundo o jornal, a recente declaração conjunta de Brasil e China, dada durante a visita de Celso Amorim a Pequim, na qual os dois países defenderam que Moscou participe da conferência que será realizada em junho, na Suíça, sobre a invasão russa à Ucrânia, apenas reforçou a convicção de Zelensky e dos diplomatas ucranianos de que Lula está do lado de Putin.

"Não entendo. Por que não confirmar [a participação dos presidentes no encontro]? A última sinalização é de que Brasil e China estariam dispostos a participar se a Rússia participar. Mas a Rússia nos atacou. Por acaso o Brasil está mais próximo da Rússia do que da Ucrânia? A Rússia é hoje um país terrorista", disse Zelensky.

"Estamos esperando os líderes de todos os países do mundo que querem terminar com esta guerra, mas não nas condições e com os ultimatos russos", acrescentou o presidente ucraniano, que acusa a Rússia de ter bloqueado todas as tentativas de negociações realizadas.

As consequências da queda da Ucrânia

Para Zelensky, falta ao governo Lula "prever as consequências de uma [eventual] queda da Ucrânia".

"Isso faria com que existisse uma alta probabilidade de que países pequenos possam ser suprimidos por países grandes", afirmou.

sábado, 1 de junho de 2024

REVISTA ANTÍTESES. Dossiê “Brasil e América Latina na Segunda Guerra Mundial”

REVISTA ANTÍTESES. 

Dossiê “Brasil e América Latina na Segunda Guerra Mundial” 

Vol. 17, n. 34, jul.-dez. 2024 - Submissões abertas até 31 de agosto de 2024


Neste dossiê são estimuladas contribuições que abordem o envolvimento do Brasil e da América Latina na Segunda Guerra Mundial, nas mais variadas dimensões: militares, relações exteriores, culturais, políticas, econômicas, cotidianas, gênero, memórias etc. Além do período da guerra em si (1939-1945), serão aceitos para avaliação artigos que façam referências à preparação para o conflito e ao pós-guerra imediato.

Artigos podem ser enviados em inglês, francês, espanhol e português

Maiores informações acesse: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses 

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...