Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
Politica economica, falhando no que mais conta: confianca dos agentes, credibilidade dos operadores
Cem anos atras, neste dia: a China sendo esquartejada pelos imperios rivais
Parece que a situação agora é outra...
Paulo Roberto de Almeida
PS.: Não se trata exatamente de neste dia na História, pois a matéria ficou parada no meu blog, sem postagem, desde o dia 25 de outubro; nunca é tarde para se aprender algo da história, contudo.
In Our Pages: October 25
By INTERNATIONAL HERALD TRIBUNEGoverno aprofunda o racismo oficial: Apartheid estatal aumentando e dividindo os brasileiros
O governo criou o racismo e o vem estendendo a setores cada vez mais amplos da vida pública.
Os espertos, os "ispertos", e os "expertos" do governo sempre se beneficiarão dessas políticas discriminatórias, que tendem a privilegiar os militantes da causa e os negros, mulatos e os menos negros da classe média, deixando ao relento, como sempre acontece, os pobres, brancos, pretos, mulatos, de qualquer cor.
O Brasil está construindo um Apartheid oficial, vergonhoso, racista, divisivo, em todos os aspectos negativo para nossos propósitos de nação inclusiva e indistinta quanto a "raças" e cores.
O Brasil está sendo dividido pelos racistas no poder.
Paulo Roberto de Almeida
Fracasso total da politica economica companheira: keynesianos de botequim nao sabem o que fazer...
Como são todos beócios em economia, eles continuam achando que um estímulo keynesiano aqui, uma improvisação prebischiana ali, tudo servido com algum molho de intervencionismo e técnicas à la Barão de Munchausen, vai salvar o desastre que conseguiram produzir na economia.
O barco naufraga, e os ratos começam a se preparar...
Paulo Roberto de Almeida
Desastre no comércio
Divulgadas as contas de outubro, as explicações oferecidas à imprensa pelo secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Daniel Godinho, seguiram o padrão habitual. Os problemas ficarão para trás e o saldo de 2013 ficará no azul. É até possível. Se o País acumular no último bimestre um superávit maior que US$ 1,84 bilhão, o resultado geral dos 12 meses será positivo. O saldo de dezembro tem superado com frequência US$ 2 bilhões nos últimos anos. Se isso ocorrer mais uma vez, o comércio de mercadorias estará novamente no azul e tudo voltará - esta parece a opinião oficial - ao melhor dos mundos. Mas voltará?
Só haverá motivo para algum otimismo quando o governo reconhecer a dimensão efetiva dos problemas do comércio exterior e começar a agir para resolvê-los. Esses problemas vão muito além de dificuldades ocasionais. No caso da Petrobrás, é inegável o fiasco dos planos de produção. Poucos anos depois de anunciada festivamente a autossuficiência, o País continua dependente da importação. Importar pode ser uma condição normal para uma economia próspera e bem administrada, mas os problemas no setor de petróleo são consequências de erros indisfarçáveis de política econômica e de administração empresarial - a começar pelo desastrado controle de preços.
Pelo menos tão importante quanto isso é o enfraquecimento do setor industrial - a mais visível consequência da perda de produtividade da economia brasileira. A ineficiência crescente da produção está refletida tanto nas dificuldades de exportar quanto no aumento da importação. Esse aumento abrange muito mais que petróleo e derivados.
De janeiro a outubro o valor total da exportação, US$ 200,47 bilhões, foi 1,4% menor que o de igual período do ano anterior. O valor da importação, US$ 202,30 bilhões, foi 8,8% superior ao dos meses correspondentes de 2012. O saldo acumulado em dez meses no ano passado, de US$ 17,35 bilhões, foi substituído por um déficit de US$ 1,83 bilhão.
A importação de combustíveis e lubrificantes aumentou 23,1% nessa comparação, mas o valor adicional, de US$ 6,64 bilhões, explica só em parte o aumento das compras totais no exterior. O gasto com matérias-primas e bens intermediários aumentou US$ 6,36 bilhões de um ano para outro e isso tem forte relação com problemas de competitividade. O acréscimo de compras de bens de capital e de bens de consumo adiciona mais US$ 4,29 bilhões a essa conta.
Além do mais, as vendas de plataformas para extração de petróleo, o item número um na lista da exportação de manufaturados, renderam US$ 4,75 bilhões, pouco mais que os embarques de automóveis de passageiros (US$ 4,56 bilhões). Mas os automóveis foram de fato vendidos e mandados ao exterior. As plataformas nunca saíram do Brasil, porque a sua venda foi só uma operação contábil com fins tributários. O valor da operação foi 500% maior que o de igual período de 2012.
Não se pode reduzir a evidente piora do comércio exterior a uma soma de problemas temporários da Petrobrás. Mesmo acrescentando-se uma referência às condições internacionais, esta ainda será uma tentativa inútil de enfeitar um cenário muito ruim. Os problemas são muito mais graves e resultam de erros políticos acumulados em vários anos.
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Bad boys e bad boys: uns espionam, outros sao aliados de ditadores comunistas - Mary Anastasia OGrady (WSJ)
Por que a NSA vigia o Brasil
Líderes europeus mostraram-se altamente ofendidos quando se revelou que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, espionou a eles e ao seu continente. Disseram estar chocados, embora desde então tenha se tornado evidente que a maior parte do clamor foi puro teatro.
Não há, no entanto, nenhum lugar em que a indignação fingida tenha sido mais insincera do que no Brasil, que também foi alvo de espionagem. A presidente brasileira, Dilma Rousseff, afirmou que a espionagem é uma violação dos direitos humanos. Ela propõe que a Organização das Nações Unidas (ONU) adote "um papel de liderança" na regulamentação da internet. Não riam.
Os países europeus, pelo menos, podem argumentar que são aliados dos EUA. Mas os melhores amigos do Brasil sob o Partido dos Trabalhadores, de Rousseff e de seu antecessor Lula da Silva, são Cuba, Irã e Venezuela. Se os espiões não tiverem prestado atenção ao Brasil, então eles não são muito bons.
Na semana passada, a retórica vinda da Europa suavizou-se. Líderes começaram a pedir a cooperação dos EUA para encontrar uma forma de restaurar a "confiança" entre aliados.
Será que foi porque se revelou que outros países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) haviam recolhido parte dos dados que estavam em posse da NSA? (Opa!) Ou talvez porque Bernard Squarcini, ex-chefe de inteligência da França, disse ao jornal francês "Le Figaro" que "os serviços de inteligência franceses sabem muito bem que todos os países, sejam ou não aliados na luta contra terrorismo, espionam uns aos outros o tempo todo". Helmut Schmidt, ex-primeiro-ministro alemão, ecoou o sentimento. Schmidt disse que durante seus oito anos no cargo sempre presumiu que seu telefone estava grampeado.
A primeira-ministra alemã, Angela Merkel, precisa de cobertura política em casa; e os EUA deveriam fazer o possível para dar-lhe isso. Mas ninguém acredita que, caso se restrinja a espionagem dos EUA, Merkel ou qualquer outro chefe de Estado vai sentir-se mais seguro quanto à privacidade de suas comunicações. Toda a Europa vai continuar com a espionagem que vem fazendo desde tempos imemoriais. A espionagem cubana, russa, chinesa, venezuelana e iraniana também continuaria incontrolada e capaz de usar o que descobrir para benefício próprio.
O que nos traz ao Brasil: alguns dos países menos livres do mundo, não coincidentemente, são os sócios mais importantes da política externa da presidente Rousseff. Em setembro, em uma coluna do "Miami Herald" intitulada "Por que espiamos o Brasil", o escritor, nascido em Cuba, Carlos Alberto Montaner, transcreveu uma conversa com um embaixador americano, não identificado. O diplomata explicou: "Os amigos de Dilma Rousseff e do Partido dos Trabalhadores são inimigos dos Estados Unidos: a Venezuela chavista, primeiro com [Hugo] Chávez e agora com [Nicolás] Maduro; a Cuba de Raúl Castro; o Irã; a Bolívia de Evo Morales; a Líbia, na época de Gadafi; a Síria de Bashar Assad."
A relação brasileira com Cuba é especialmente perturbadora. Em vez de mostrar solidariedade com as vítimas da opressão de Cuba, o diplomata disse que o "ex-presidente Lula da Silva leva investidores para a ilha para fortalecer a ditadura dos Castro". "O dinheiro investido pelos brasileiros no superporto de Mariel, perto de Havana, é estimado em US$ 1 bilhão".
O apoio a Cuba, que continua implacável em sua devoção ao totalitarismo onde quer que ele exista no mundo, coloca o Brasil no lado geopolítico errado. Em julho, o Panamá interceptou uma embarcação norte-coreana que havia deixado Cuba e se encaminhava para a Ásia. Carregava armamentos não declarados, combustível e dois jatos de combate MiG-21. Cuba tentou explicar o embarque dizendo que a carga militar era de equipamentos antigos que precisavam de reparos. Em 10 de outubro, no entanto, jornais do grupo McClathy noticiaram que os jatos estavam em boas condições, segundo autoridades panamenhas, e que "haviam voado recentemente e estavam acompanhados de turbinas 'novinhas'".
A espionagem dos EUA é, portanto, lógica, embora não seja difícil perceber por que Rousseff quer elevar o quociente de indignação. Sob a liderança de seu partido desde 2002, o país passou de uma estrela em ascensão para algo que nunca se concretizou. A economia do Brasil cresce a um ritmo anêmico para um país em desenvolvimento que precisa tirar pessoas da pobreza.
O analista John Welch, da CIBC Macro Strategy Research, destacou na semana passada que os alertas das agências avaliadoras de risco de crédito quanto a iminentes rebaixamentos nos títulos brasileiros são baseados na deterioração das contas fiscais e no aumento das dívidas e inflação.
O vazamento da NSA é, portanto, útil. Tendo estragado a chance de se tornar um nome econômico sério nos mercados internacionais em um futuro próximo, o governo do Brasil age como se sua relevância internacional dependesse de projetar a imagem do país como um dos "bad boys" da América do Sul.
Parece ser um plano do Partido dos Trabalhadores — e um bom motivo para a NSA continuar alerta.
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Araponga arapongado pela aguia e pelo carcara: ah, esse imperio perverso...
Capitalismo promiscuo e negocios companheiros: oh, onde foi parar a minha mesada?
O mais chato disso tudo não é o descenso do companheiro capitalista, é a súbita interrupção de gordas mesadas chegando não se sabe bem de onde...
Paulo Roberto de Almeida
Bolivia, no caminho do Afeganistao - Mary Anastasia O'Grady (WSJ)
Nazistas ladroes: obras roubadas, confiscadas de judeus (Le Monde)
Companheiros muy amigos dos companheiros cubanos, muy curiosos - Opiniao (O Globo)
domingo, 3 de novembro de 2013
O baixo crescimento tornou-se a nova norma da economia mundial? - Cato Institute debate
Share Video
O ambiente infernal de negocios no Brasil: o purgatorio dos empresarios(ou pior...)
Brasil patrimonialista e burocrático sufoca os empreendedores
Não chega a ser novidade, num país que ainda está longe de ser capitalista. Aqui, o Estado atrapalha tanto para abrir quanto para fechar uma empresa. Na década petista, obviamente, a coisa só piorou:
Venezuela nega o que de fato pratica: calote nos seus pagamentos externos (Brasil primeiro)
Diplomata corporativo: um novo animal que pertence a outra especie da mesma familia
Venezuela: assalto a luz do dia; sim, do Estado contra uma empresa privada
Petróleo
Venezuela confisca duas plataformas de petróleo
"Foi como um ladrão entrando na nossa casa, pedindo as chaves do cofre", diz diretor da empresa confiscada
(Com Estadão Conteúdo)