Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
O que é este blog?
Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida.
quinta-feira, 24 de julho de 2014
Renuncia de soberania? Era como antigamente se dizia...
quarta-feira, 23 de julho de 2014
Os mandarins da Republica estao afundando a republica, exatamente como ocorreu com a China...
Foi justamente nesse período mais "recente" que a China mergulhou numa inevitável decadência, que nnao foi apenas aquela da troca de dinastias e de conflitos entre os senhores da guerra. Essa decadência foi em grande medida causada por imperadores incompetentes, mas sobretudo por uma classe de mandarins que, por mais eficiente que fosse, começou a corromper os costumes do Império, precipitando todo o país numa posição de decadência material e espiritual, o que facilitou sua conquista e humilhação por poderes estrangeiros.
Mas, atenção, existem decadências e decadências. A da China é diferente da Grã-Bretanha pré-Thatcher, inviabilizada pelo fabianismo de gerações de distributivistas associados -- tories, wigs, trabalhistas -- e ambas são diferentes da decadência argentina, que ainda não acabou: esta foi provocada por lideranças incompetentes apenas, mas sobretudo por todo um exército de assaltantes do Estado, os militantes peronistas, mafiosos de um outro tipo, o da república sindical, que aparentemente também surgiu entre nós.
Será que os nossos mandarins também vão afundar a república, auxiliados pelos peronistas de botequim que existem por ai?
Paulo Roberto de Almeida
Risco para Dilma faz ministro do TCU recuar sobre adiamento da votação
G1, O Glob, 23/07/2014
O ministro Benjamin Zymler recuou da tentativa de adiar a votação no Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, por conta do risco de inclusão do nome da presidente Dilma Rousseff entre os que poderiam ser responsabilizados pelos prejuízos com o negócio.
Após o voto do relator José Jorge que apontou prejuízos de quase US$ 800 milhões na aquisição, Zymler pediu vista, o que adiaria a discussão sobre o tema. Mesmo com o pedido de vista, que deveria interromper a discussão, outros ministros atropelaram e decidiram votar, acompanhando o relator.
Quando o ministro substituto André Luiz de Carvalho sugeriu a confecção de um voto paralelo com a inclusão dos nomes dos integrantes do Conselho da Petrobras, entre eles o da presidente Dilma, Zymler retirou o pedido de vista e acompanhou o relator.
Durante o processo de votação, o ministro José Múcio Monteiro, que já foi ministro das Relações Institucionais do governo Lula, chegou a trocar rápidas palavras com Benjamin Zymler.
Na avaliação de ministros do TCU ouvidos pelo Blog, era melhor votar o relatório do ministro José Jorge que indicou a responsabilidade da diretoria da Petrobras pelo prejuízo do que correr o risco de perder no voto para o relatório que pudesse incluir Dilma e os demais conselheiros.
Os ministros deixaram claro que os conselheiros e Dilma ainda poderão ser incluídos entre os responsáveis caso surjam novas evidências ao longo do andamento do processo.
Existe um conflito Israel e Palestina? Nota do Itamaraty
Tudo isso é certo, mas não deveria impedir que as palavras, os conceitos, os termos exatos fossem empregados, certo?
Enfim, cada um tem o direito de interpretar a realidade como vê, mas quanto mais exatas forem as palavras, me parece melhor...
Ao que parece, além do "conflito entre Israel e Palestina", existe um conflito de conceitos e um uso estranho das palavras...
Paulo Roberto de Almeida
Conflito entre Israel e Palestina
Nota do Itamaraty, 23/07/2014 -
O Governo brasileiro considera inaceitável a escalada da violência entre Israel e Palestina. Condenamos energicamente o uso desproporcional da força por Israel na Faixa de Gaza, do qual resultou elevado número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças.
O Governo brasileiro reitera seu chamado a um imediato cessar-fogo entre as partes.
Diante da gravidade da situação, o Governo brasileiro votou favoravelmente a resolução do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas sobre o tema, adotada no dia de hoje.
Além disso, o Embaixador do Brasil em Tel Aviv foi chamado a Brasília para consultas.
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Addendum, em 24/07/2014:
Israel chama Brasil de 'anão diplomático' por convocar embaixador
Brasil classificou de 'inaceitável' a violência em Gaza e pediu explicações.
Declaração foi feita por porta-voz do ministério das Relações Exteriores.
“Israel manifesta o seu desapontamento com a decisão do governo do Brasil de retirar seu embaixador para consultas", diz comunicado da chancelaria israelense. "Esta decisão não reflete o nível das relações entre os países e ignora o direito de Israel de se defender. Tais medidas não contribuem para promover a calma e estabilidade na região. Em vez disso, elas fornecem suporte ao terrorismo, e, naturalmente, afetam a capacidade do Brasil de exercer influência. Israel espera o apoio de seus amigos na luta contra o Hamas, que é reconhecido como uma organização terrorista por muitos países ao redor do mundo".
O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, afirmou nesta quinta-feira (24), em entrevista à TV Globo, que o Brasil reconhece o direito de defesa de Israel, mas que as ações militares na Faixa de Gaza devem ser feitas com "proporcionalidade". O ministro criticou mortes de crianças e civis e as classificou como "inaceitáveis".
"O Brasil, desde o início, condenou tanto o lançamento de foguetes pelo Hamas, e nós fomos abundantemente claros com relação a isso, como condenamos tambem a reação de Israel. Nós não contestamos o direito de defesa que Israel tem. É um direito que ele tem. Nós contestamos a desproporcionalidade entre uma coisa e outra. Morreram cerca de 700 pessoas na Faixa de Gaza, a grande maioria delas civis e um número também bastante alto de mulheres e crianças. Isso não é aceitável e é contra isso que nós nos manifestamos", afirmou o ministro.
A Confederação Israelita do Brasil também divulgou uma nota nesta quinta manifestando sua “indignação” com a posição brasileira. A confederação diz compartilhar da “preocupação do povo brasileiro e expressa profunda dor pelas mortes nos dois lados do conflito. Assim como o Itamaraty, esperamos um cessar-fogo imediato.”
Entretanto, o grupo critica o governo brasileiro por eximir “o grupo terrorista Hamas de responsabilidade no cenário atual. Não há uma palavra sequer sobre os milhares de foguetes lançados contra solo israelense ou as seguidas negativas do Hamas em aceitar um cessar-fogo. Ignorar a responsabilidade do Hamas pode ser entendido como um endosso à política de escudos humanos, claramente implementada pelo grupo terrorista e que constitui num flagrante crime de guerra, previsto em leis internacionais.”
Nos 17 dias de ofensiva militar em Gaza, pelo menos 733 palestinos e 35 israelenses morreram. Além disso, 4.600 palestinos ficaram feridos.
Saiba mais
A lenta decadencia de certas sociedades: aplicavel ao Brasil?
Em todo caso, segue novamente reproduzido aqui, pois entendo que corresponde um pouco ao início de campanha eleitoral, no que ela possa ter de superficial, de mentiroso, de enganações, enfim, de todas essas maravilhas que nos prometem os candidatos. Como eu sou bem mais realista, prefiro deixar bem claro o que penso de toda essa malta e dos nossos problemas.
Paulo Roberto de Almeida
A vocacao bolivariana dos companheiros totalitarios - Ives Gandra S. Martins
Vocação bolivariana
Ives Gandra
O Estado de S.Paulo, 22/07/2014
A edição do Decreto n.º 8.243/14 pela presidente Dilma Rousseff, instituindo conselhos junto aos diversos ministérios, com funções nitidamente de imposição às políticas governamentais, está na linha do aparelhamento do Estado, que pretende criar uma nova classe dirigente no estilo denunciado por Milovan Djilas em “A Nova Classe”, quando o fantasma soviético preocupava o mundo ocidental. Esse decreto objetiva tornar o Poder Executivo o verdadeiro e único poder, reduzindo o Congresso Nacional a um organismo acólito.Tive a oportunidade de ler as Constituições da Venezuela, da Bolívia e do Equador, a pedido da Fundação Alexandre de Gusmão, quando era presidida pelo embaixador Jerônimo Moscardo, que veiculou o texto de todas as Constituições das Américas, com estudos de constitucionalistas de diversos países. Impressionou-me a imensa diferença entre os três textos e o da Constituição brasileira, que, no artigo 2.º, assegura a independência dos Poderes.
A totalidade da representação popular está no Parlamento, constituído que é por representantes do povo, tanto os favoráveis ao governo como os contrários a seus detentores. Pode não ser o ideal, contudo representa a vontade de toda a sociedade.
Ora, nas três Constituições bolivarianas o Poder Legislativo é amesquinhado, ao ponto de, na Carta venezuelana, poder declinar de sua competência, transferindo-a para o chefe do Executivo. Os plebiscitos e referendos, nessas Constituições, podem ser convocados pelo presidente. No Equador, o presidente pode dissolver o Parlamento, mas se este o destituir, dissolve-se automaticamente. Na Bolívia, a Suprema Corte é eleita pelo povo, cuja manipulação pelo Poder Executivo não é difícil.
É que tais modelos conformam um sistema político de dois Poderes principais e três Poderes secundários, a saber: o Executivo e o povo são os principais; o Judiciário, o Legislativo e o Ministério Público, os secundários. Por conseguinte, como o povo é facilmente manipulado em regimes de Executivo forte, os modelos dos três países têm um único Poder – e a população é facilmente enganada.
Não se pode esquecer que o culto povo alemão foi envolvido por Adolf Hitler, o mesmo tendo acontecido com o povo italiano, por Benito Mussolini, para não falar dos russos nos tempos de Josef Stalin.
Voltando ao referido Decreto 8.243/14, pretende ele substituir a democracia das urnas por outra dirigida pelo Poder Executivo, com seus grupos enquistados em cada ministério. Então, se o Conselho da Comunicação Social, por exemplo, entender que deve haver controle da mídia, o Executivo, prazerosamente, dirá que o fará, pois essa é a “vontade dos representantes da sociedade civil organizada”!
A veiculação do decreto, em momento no qual se torna evidente o clamoroso fracasso da política econômica do governo Dilma, obrigará um futuro presidente da República, se sério e competente, a realizar um forte ajuste de contas. Caso decida extinguir os conselhos, poderá ser acusado de estar “agindo contra o povo”; e se os mantiver, terá dificuldades para governar.
Na eventualidade de ser a presidente reeleita, poderá impor os seus sonhos guerrilheiros, que ficaram claros quando, em atitude de adoração cívica, em recente visita a Fidel Castro, teve estampada a sua fotografia com o sangrento ditador cubano.
É isso o que me preocupa, em face da permanente proteção da atual presidente aos falidos governos boliviano, venezuelano e argentino, assim como a resistência em firmar acordos bilaterais com países desenvolvidos, sobre dar sinais de constante aversão à lucratividade das empresas, seja nas licitações, seja por meio de esdrúxula política tributária, indecente para um país como o Brasil.
Além do mais, o seu governo tornou a Petrobras e a Eletrobras instrumentos de combate à inflação pelo caminho equivocado do controle de preços. Tal política sinaliza que dificilmente ela fará os necessários reajustes na esclerosada máquina administrativa.
Com os tais conselhos criados, sempre que o governo tomar uma medida demagógica, poderá dizer que a “sociedade civil organizada” é que a está exigindo…
Por essa razão, é de compreender o discurso ultrapassado, do século 19, de luta contra as elites, apresentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preparando o terreno para medidas “a favor do povo” e contra “os geradores de empregos”, que, na sua visão, são os ricos. Por isso também Vladimir Putin, que deseja restaurar o Império Soviético, é para a presidente Dilma Rousseff um parceiro melhor do que Barack Obama (EUA), representante, para ela, da “oligarquia econômica”.
Como cidadão, respeitando a presidente pelo cargo que ocupa em razão de uma eleição democrática, tenho, todavia, cada vez mais receio de que o eventual risco de perder o poder leve seu grupo a ser dirigido pelos mais radicais, que se utilizarão dos ditos conselhos para, definitivamente, semear a cizânia, na renascida democracia brasileira.
Jornais americanos: piadas sobre os proprios - Carlos Brickman e Paulo Roberto de Almeida
Paulo Roberto de Almeida
Esta brincadeira sobre jornais circula na Internet americana:
1 - O Wall Street Journal é lido pelos que dirigem o país.
2 - O Washington Post é lido pelos que pensam que dirigem o país.
3 - O New York Times é lido por quem acha que deveria dirigir o país e que é muito bom em palavras cruzadas.
4 - O USA Today é lido por quem acha que deveria dirigir o país mas não entende o New York Times. E adora estatísticas mostradas sob o formato de pedaços de pizza.
5 - O Los Angeles Times é lido por quem não se importaria em dirigir o país, se tivesse tempo, e não precisasse sair da Califórnia.
6 - O Boston Globe é lido por quem teve antepassados que dirigiram o país.
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Será que dá para fazer o mesmo com os jornais brasileiros? Vamos ver...
1 - O Estado de São Paulo é lido por quem tem poder de fato, mas não tem votos, e gostaria de dirigir o país. Na falta dessa possibilidade, seus editoriais ensinam como deveria ser dirigido o país.
2 - O Globo é lido por gente que já comandou os destinos do país, sente saudades daqueles tempos, mas agora só tem de administrar o populismo de uma classe política que se perdeu irremediavelmente nos desvãos da história.
3- A Folha de São Paulo é lida por quem se acha progressista, avançado, e que pretende dar lições de moral para todo mundo, especialmente aos conservadores, que são todos aqueles que estão no poder, mesmo quando se pretendem avançado e progressista, é apenas conservador.
4 - O Correio Braziliense é lido por todos aqueles que pretendem fazer concurso para o serviço público federal, e quer saber quando será o próximo que vai anunciar novas "boquinhas" abertas...
5 - O Jornal do Brasil já foi lido por todos os membros das elites políticas, culturais, diplomáticas e tutti quanti se achavam importantes na capital da República quando esta era na cidade maravilhosa. Como esta foi ficando cada vez menos maravilhosa, e as novas elites políticas não coincidiam exatamente com as elites culturais e diplomáticas, o jornal entrou em irremediável decadência, sobretudo econômica, pois empresas familiares sofrem as agruras da degeneração geracional...
Acho que é isso, pelo menos é minha opinião.
Paulo Roberto de Almeida
Mercosul: as vesperas de mais uma reuniao de cupula... na Venezuela (vai dar certo?)
A despeito de alguns problemas de linguagem (e de um erro de concordância), a entrevista permanece válida, mesmo sendo de dezembro de 2012, por isso a reproduzo aqui abaixo.
Não espero grandes resultados dessa nova reunião de cúpula, inclusive porque o Mercosul, mais uma vez, foi capaz de realizar a proeza de não conseguir fechar uma oferta para negociar um acordo de liberalização comercial com a UE, aqui mais por resistência da Argentina do que pelo caos econômico venezuelano.
Em todo caso, seria uma surpresa se houvesse, além de discursos, algum avanço no processo de integração.
O Mercosul tem futuro?
Não sei; até aqui ele só tem passado...
Paulo Roberto de Almeida
Especialista diz que Venezuela terá dificuldade para ser membro pleno do Mercosul
Mariana Tokarnia - Agência Brasil08.12.2012 - 11h51 | Atualizado em 08.12.2012 - 12h15- Direitos autorais: Creative Commons - CC BY 3.0
U.S. Intelligence with a lack of... Intelligence? - Foreign Policy
U.S. Intelligence No Closer to Pinning MH17 Downing on Russia
by Shane Harris
Foreign Policy, July 23, 2014
Five days after Malaysia Airlines Flight 17 was shot down over eastern Ukraine, U.S. intelligence officials are still not certain who fired the missile that felled the doomed airliner, nor have they conclusively linked the attack to Russian military forces, according to senior intelligence officials.
Não sei se é auto-ironia, ou apenas excesso de zelo com os cuidados que se deve ter com o novo czar do Kremlin, mas algumas perguntas são de rigor:
Os "rebeldes" pró-russos do leste da Ucrânia dispunham de baterias anti-aéreas ou de mísseis sofisticados quando se "rebeleram"?
Eles compraram esses artefatos no mercado livre de armas?
Sua intenção é formar um novo estado independente, tipo Ucrânia oriental, ou Ucrânia russa?
Onde estão os radares que certamente seguiram a trajetória de todos os objetos voadores no fatídico dia do acidente?
Por que não começar respondendo essas questões?
A Inteligência americana sofreu um apagão?
Paulo Roberto de Almeida
PS.: Quase todos os países que contam na comunidade internacional soltaram notas e enviaram pêsames aos governos da Ucrâna, da Malásia, dos Países Baixos, pela tragédia. Ainda não vi nada no gênero vindo do Brasil. Estamos esperando o final das investigações para dar pêsames?
Reformas economicas no Brasil dos anos 1990 - Roberto Ellery (UnB, 24/07)
REFORMAS ECONÔMICAS DOS ANOS 90 NO BRASIL
PROF. DR. ROBERTO ELLERY.
GRUPO DE ESTUDOS LIBERAIS LOBOS DA CAPITAL convida a todos para exposição e discussão a respeito das reformas econômicas da década de1990(em especial as privatizações e o Plano Real) com o Prof. Roberto Ellery, Doutor em Economia pela Universidade de Brasília - UnB, Mestre em Economia pela University of Pennsylvania - UPENN e Mestre em Economia pela Fundação Getúlio Vargas - FGV.
O Professor também escreve em seu excelente blog (http://
Como usual, além dos estudos, teremos também deliciosas coxinhas.
Esperamos todos lá!
Nunca Antes na Diplomacia: todos os links disponíveis, e as livrarias
Nunca Antes na Diplomacia...: A política externa brasileira em tempos não convencionais
Curitiba: Appris, 2014, p. 289; ISBN: 978-85-8192-429-8
Relação de originais n. 2596
Relação de publicados n. 1133
Página do livro no site do autor: http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/NuncaAntes2014.html
Informação no blog: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/07/nunca-antes-na-diplomacia-novo-livro.html
Disponibilidade no site da Editora: http://www.editoraappris.com.br/produto/4308511/Nunca-Antes-na-Diplomacia-a-politica-externa-brasileira-em-tempos-nao-convencionais#
Livraria Saraiva online: http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/7865017
Livraria Cultura online: http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=42274547&termo=nunca%20antes%20na%20diplomacia
Capa no blog: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/07/nunca-antes-na-diplomacia-politica.html
Quarta capa no blog: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/07/nunca-antes-na-diplomacia-politica_15.html
Prefácio do Emb. Rubens Barbosa no blog: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/05/nunca-antes-na-diplomacia-prefacio-do.html
Apresentação no blog: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/05/nunca-antes-na-diplomacia-politica.html
Introdução PRA no blog: http://diplomatizzando.blogspot.com/2014/05/nunca-antes-na-diplomacia-apresentacao.html
Propaganda governamental: sempre inutil, sempre dispensavel
Em todo caso, minha proposta é simples:
"Artigo 1 (de um primeirissimo decreto governamental): Está extinta a Secretaria de Comunicação do Governo e ficam proibidos quaisquer gastos governamentasis em publicidade oficial".
Ponto acabou.
Governo só anuncia programa de vacinação, e mesmo assim com a ajuda dos meios de comunicação privados. Todo o resto fica simplesmente extinto.
Agora vejam o que motivou minha postagem:
Perto das eleições, os Governos não podem fazer propaganda. Mas compensam: nos últimos meses, governos estaduais dos mais diversos partidos e o Governo Federal multiplicaram gastos publicitários (o levantamento é do Ibope Media). Nosso dinheiro foi amplamente utilizado para mostrar como temos governos maravilhosos, realizadores, padrão FIFA.
Em maio, o Governo Federal gastou R$ 379 milhões em propaganda - 97% mais que em maio do ano passado, quando não havia eleições. Em junho, torrou R$ 419 milhões, 93% mais que em junho de 2013. Os governos estaduais gastaram R$ 163 milhões em maio (54% mais que em maio de 2013) e R$ 196 milhões em junho (130% mais que em junho do ano anterior).
Quando vierem as histórias sobre falta de verbas para segurança, para salários de professores, para abastecer hospitais com remédios, para fazer aquilo que governos foram eleitos para fazer, parte da explicação é esta.
Coluna diária do jornalista Carlos Brickmann
22/07/2014
terça-feira, 22 de julho de 2014
Eleicoes 2014: diferencas entre pesquisas do Ibope e do Datafolha
Pesquisa Ibope: números estão no patamar dos do Datafolha; só os do 2º turno de Aécio e Campos não batem. Quem errou ou não deu sorte?
Reinaldo Azevedo, 22/07/2014
Há tantas pesquisas eleitorais nos Estados Unidos que sites especializados costumam tirar uma média entre elas para orientar os leitores. No Brasil, o procedimento seria impossível, tantas são as discrepâncias. A TV Globo acaba de levar ao ar os números da mais recente pesquisa Ibope/Rede Globo. Há quatro dias, o Datafolha divulgou os seus números. Vamos ver.
O Ibope traz a avaliação do governo Dilma: para 31%, ele é ótimo ou bom; para 33%, é ruim ou péssimo. Consideram-no regular 36%. São números praticamente coincidentes com os do Datafolha, a saber: ruim/péssimo (29%), ótimo/bom (32%) e regular (38%). São, sim, institutos diferentes. Considerando, no entanto, as respectivas margens de erro, os dois institutos acham a mesma coisa.
É o que também acontece no primeiro turno. Eis os números de agora do Ibope:
Dilma Rousseff (PT) – 38%
Aécio Neves (PSDB) – 22%
Eduardo Campos (PSB) – 8%
Pastor Everaldo (PSC) – 3%
Brancos e nulos – 16%
Não sabem – 9%
Outros candidatos – 3%
Que números encontrou o Datafolha no caso dos quatro primeiros? Estes:
Dilma – 36%
Aécio – 20%
Eduardo Campos – 8%
Pastor Everaldo – 3%
Observaram? Praticamente tudo coincide até agora, dentro da margem de erro. Quando se chega, no entanto, ao segundo turno, aí as variações são consideráveis.
Ibope
Dilma – 41%
Aécio – 33%
Comparem com o Datafolha:
Dilma – 44%
Aécio – 40%
Ou por outra: no Ibope, Dilma pode ter entre 39% e 43%; no Datafolha, entre 42% e 46%. Logo, os dois institutos chegam mais ou menos ao mesmo lugar. No que diz respeito a Aécio, no entanto, a divergência é grande: no primeiro instituto, ele teria entre 31% e 35%; no outro, entre 38% e 42%. A diferença é grande.
O mesmo se dá com Campos. No Datafolha, ele aparece no segundo turno com 38% (entre 36% e 40%); no Ibope, com apenas 29% (entre 27% e 31%): a diferença é ainda mais gritante. A petista conserva os mesmos 41%.
Coisas diferentes
“Ah, você está comparando pesquisas diferentes!” Errado! Eu não estou especulando sobre a evolução dos candidatos a partir de levantamentos distintos. Estou apenas considerando que os dois institutos falam numa margem de confiança de suas respectivas pesquisas de 95%. Segundo eles, se a pesquisa fosse repetida 100 vezes, em 95 delas, os números estariam dentro da margem de erro.
Sendo assim, convenham, ou muita coisa mudou em quatro dias ou um dos dois institutos não deu sorte no segundo turno e colheu, no segundo turno, no que respeita a Aécio e Campos, dentro daquelas cinco possibilidades em 100 de errar…
E não! Não há nenhuma falha no meu raciocínio. Ah, sim: há outra diferença importante: o Ibope ouviu 2002 pessoas; o Datafolha, 5.337.
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Agora uma observação que recebi de um amigo, Roque Callage, muito desconfiado, como estamos todos nós:
Máquina do Ibope e da Rede Globo a favor de Dilma e Lula
Fizeram acordo milionário com o PT e Governo. Já estão mascarando desde hoje no Jornal Nacional.
Escondem que Dilma tem rejeição de 43% no Sudeste e 38% no geral...
Ninguém em princípio, se elege assim.
Engordaram os numeros de preferência de Dilma, com 38% (a metodologia do ibope é muito inferior a do datafolha, não detalharei agora, mas os grupos que pesquisa não são fiéis ao IBGE)
Enfim, mascaramento não leva à vitória e não levará.
Isto foi combinado com Lula, a Globo treme de medo de perder concessões ...
O primeiro calote a gente nunca esquece: governo deve 3,4 bi ao setorelétrico
União adia pagamento de dívida de R$ 3,4 bi ao setor elétrico
Dinheiro deveria ter sido transferido no primeiro semestre para pagar custos de térmicas isoladas no Norte e subsidiar distribuidoras que atendem áreas rurais
Atencao pessoal: sem sorrisos no dia 8 de julho: Kim Jong-un ordenou
O dia em que é proibido dar risada
Ditador norte-coreano Kim Jong-un visita um centro de cultivo de cogumelos e sorriBandidos trapalhoes? Pizzaria no remetente?
A que me chegou desde ontem, e ainda hoje, traz esse remetente:
MFP@pizzaria2.pizzaria2.h1.internal.cloudapp.net
Enfim, a intenção, dos bandidos, pode ter sido a melhor possível.
Mas não consigo deixar de sorrir...
Será que eles não estavam se dirigindo a algumas dessas forças morais da nação?
Paulo Roberto de Almeida