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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;

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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Venezuela = Iraque? - zona de guerra para o Departamento de Estado

A notícia certamente não é uma surpresa, mas talvez ajude a convencer burocratas em vários serviços diplomáticos do mundo a conceder um adicional de risco, e proteção ampliada, para quem trabalha em Caracas, ou na Venezuela, de maneira geral.
Paulo Roberto de Almeida


Two U.S. embassy personnel were wounded by gunfire outside a Caracas night spot early Tuesday morning, according to the State Department. The details of the incident are unclear, but it draws attention to the Venezuelan capital's high crime rate . (Washington Post)

State Dept. report for Caracas personnel: Crime level ‘critical’

A Venezuelan soldier stands during a patrol at the slum of Petare in Caracas May 23, 2013. Venezuelan President Nicolas Maduro sent some 3,000 troops into the streets of the capital of Caracas to crack down on rampant crime that has made the OPEC nation one of the most dangerous in the world. The "Secure Fatherland" plan is a new effort to lower violent crime following close to 20 similar attempts during the 14-year rule of late socialist leader Hugo Chavez. REUTERS/Jorge Silva
A Venezuelan soldier patrols the Petare slum in Caracas on May 23, 2013. (REUTERS/Jorge Silva)
Two U.S. embassy personnel were wounded by gunfire outside a Caracas night spotearly Tuesday morning, according to the State Department. The details of the incident are unclear, but it draws attention to the Venezuelan capital’s high crime rate .
According to the AP and State Department spokesman William Ostick, the two embassy workers were injured at ”some sort of social spot” — a nightclub, according to several reports in the American press, and a popular strip club called Angelus, according to local journalists. Wherever they were, they received non-life-threatening injuries and are expected to recover. Ostick would not specify the injuries. According to AP, a police spokesman said one was wounded in the leg and abdomen, and the other in the abdomen.
Caracas retains the dubious distinction of being “the world’s murder capital” —Reuters reports that its murder rate, at upwards of 55.2 per 100,000 inhabitants, is one of the highest in the world. There are more than 15 million illegal weapons in the country, according to a 2011 State Department report. Crime has gotten so bad, in fact, that President Nicholas Maduro sent 3,000 soldiers into the streets to establish checkpoints earlier this month, and promised to wage war on TV shows that promote a “cult of weapons.
Violence has bled from Caracas’s slums — where the State Department bans embassy employees from so much as driving, unless they’re on a highway — into its more affluent neighborhoods, like the upper-middle-class residential district where the embassy employees were injured Tuesday morning.
That neighborhood, Chacao, is home to a mall and a number of government employees, both Venezuelan and American. (A 2011 report by the State Department’s Bureau of Diplomatic Security says the majority of embassy personnel live in Chacao, Baruta or El Hatillo.) But even in those areas, the bureau warns, “armed robberies continue to occur regularly, day or night,” and other crimes against foreigners, such as kidnaps for ransom, have become more common.
The neighborhood falls in what the U.S. Embassy in Caracas calls “the orange zone,” or an area where direct-hire personnel are discouraged from travelling after 8 p.m. and before 6 a.m.
The bureau further warns diplomatic personnel not to wear valuables, use international credit cards or take public transportation in Caracas, especially to or from the airport:
Embassy employees and visitors have been robbed at gunpoint while walking on the street and while driving. The high volume of vehicular traffic, combined with the poor conditions of roads, has created major traffic problems within Caracas. Armed bandits patrolling the streets on motorcycles prey on potential victims waiting at traffic lights or stuck in heavy traffic.
To sum up the State Deparment’s most recent assessment for employees, “the criminal threat level for Caracas is CRITICAL.”
Of course, until the State Department or a local police agency releases a more detailed statement, it’s impossible to know what happened Tuesday morning.


Chantagem de academicos por editoras predatorias: atenção autores

Esta semana, logo depois de voltar de um encontro acadêmico em Baltimore (38th Annual Conference, Economic & Business Historical Society), onde apresentei um paper muito simples (“Brazilian Economic Historiography: an essay on bibliographical synthesis”), recebi uma proposta de publicação na History Research (ISSN: 2159-550X), revista que eu desconhecia. Fui verificar os termos da publicação e lá constava a seguinte cláusula:
"If the paper is accepted by our journal, the author should finance some of the publishing costs."
Curioso para saber as condições exatas de publicação -- embora eu não tivesse nenhuma intenção de fazê-lo -- indaguei sobre essa cláusula.
Recebi a seguinte resposta do suposto editor, que me parece mais um predador:
"As for the fee, because there is no sponsor for us and we have to charge some fees to run our journal. Please understand us and support us !".
Como para confirmar o caráter mercantil do negócio editorial, vinha logo em seguida o "esclarecimento":
"According to the policy of our journal, the flat price is US$ 50/page (about 500 words). When your paper is published, we will send 2 hard copies to you. If the paper is over 15 pages, we can give you a  discount."
Deixei claro que não tinha a intenção de publicar com eles, mas é o caso de permanecer vigilante.
Hoje, ao ler o Observatório da Imprensa, deparei-me com o artigo traduzido, transcrito abaixo.
Atenção autores...
Paulo Roberto de Almeida


JORNALISMO CIENTÍFICO

Editora quer processar blogueiro em US$ 1 bilhão

Observatório da Imprensa, 28/05/2013 na edição 748
Tradução de Rodrigo Neves, edição de Larriza Thurler. Informações de Jake New [“Publisher Threatens to Sue Blogger for $1-Billion”, The Chronicle, 15/5/13]         
Jeffrey Beall, bibliotecário da Universidade do Colorado e dono do blog Schorlaly Open Access, onde mantém uma lista de publicações de acesso aberto e de editoras que ele considera como questionáveis ou predatórias, está sendo ameaçado de processo judicial por uma editora indiana presente na lista.
A editora, OMICS Publishing Group, quer 1 bilhão de dólares (o equivalente a R$ 2 bilhões) em indenização, além de ameaçar Beall com uma pena de três anos de prisão, de acordo com as leis indianas. O bibliotecário recebeu uma carta da IP Markets, firma que administra direitos autorais, no dia 14 de maio. “Achei a carta má escrita e pessoalmente ameaçadora”, disse Beall. “Eu acho a carta é uma tentativa de desviar atenção das práticas editoriais da OMICS”.
O blog e a lista, conhecida por bibliotecários e professores como a “Lista Beall”, levou o bibliotecário a aparecer em veículos como New York TimesNature e The Chronicle. A lista possui mais de 250 editoras que ele considera como “potencialmente ou provavelmente predatórias”, que tiram vantagem de acadêmicos desesperados para publicar seus artigos.
As práticas do OMICS Group receberam atenção de Beall e outros jornais, que descobriram que dos 200 periódicos listados pelo grupo, somente 60 haviam publicado algo. O dono da empresa, Srinu Babu Gedela, disse que a OMCIS não é uma “editora predatória” e que está a caminho de se tornar “uma referência em acesso aberto para a ciência”. A IP Markets diz que a OMICS começou há seis anos e possui 500 funcionários.
Processo “problemático”
Em seu blog, Beall acusa a empresa de assediar acadêmicos com convites para publicação e aceitar seus artigos rapidamente, para depois cobrar US$ 3 mil por despesas de impressão. Beall também acusa a OMICS de usar nomes de professores sem suas permissões para atrair público para conferências enganosas, com títulos parecidos com encontros mais respeitados.
Em uma entrevista, Ashok Ram Kumar, advogado da IP Markets, repetidamente apontou para a criminalidade dos posts de Beall. A carta enviada ao bibliotecário faz diversas exigências, como remover suas postagens e enviar e-mails para jornais denunciando seu próprio site. No entanto, mesmo se Beall seguir as exigências, Kumar disse que seu cliente ainda tem intenção de fazer o bibliotecário enfrentar um processo penal. “O que ele escreveu é altamente inapropriado”, disse Kumar, “Ele não deveria ter feito algo assim. Ele cometeu uma ofensa criminal séria”.
Jonathan Bloom, advogado da Weil, Gotshal & Manges, em Nova York, disse que a ação se parece mais com um golpe publicitário. “Às vezes as pessoas só querem estufar seus peitos, indicar sua reputação e intimar as pessoas que as criticam”, disse.
Bloom também acha que a efetividade do processo depende se ele será encaminhado nos EUA ou na Índia, uma decisão que a OMICS ainda não tomou. Se o processo for conduzido nos EUA, Beall provavelmente ganharia. Se for encaminhado na Índia, o resultado é menos claro, mas Bloom acha improvável que Beall tenha que pagar a indenização de US$ 1 bilhão. “Mas mesmo se você saia ganhando no fim, ser forçado a enfrentar um processo é problemático”, disse Bloom. “É custoso e pode prejudicar sua reputação”.
Não é a primeira vez que Beall é ameaçado de um processo. Em fevereiro, o Canadian Center of Science and Education ameaçou processá-lo depois de incluir o instituto em seu blog. No entanto, ele não sabe se o centro seguiu com sua ameaça.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Pensando o futuro do Brasil - Rubens Barbosa

A FIESP é o futuro do Brasil?
Não creio, mas sempre se deve dar um crédito de confiança a quem faz propostas substantivas, coerentes e razoáveis, além de racionais, sobre o futuro do país.
Paulo Roberto de Almeida

Projeto de Futuro

28 de maio de 2013 | 2h 04
RUBENS BARBOSA *
A instabilidade econômica e a inflação galopante vivida pelos brasileiros até o Plano Real, em 1994, impediram que governo e setor privado pudessem pensar o planejamento do País e das empresas no médio e no longo prazos. Quase 20 anos depois, com a economia estabilizada e a inflação sob controle, não mais se justifica a ausência de políticas públicas com vista a esse futuro.
O rápido crescimento das últimas duas décadas transformou a escala dos problemas do País, que se acumularam e se multiplicaram. Tendo a dívida externa deixado de ser problema, surge forte a dívida social. A educação e a saúde têm tido seus recursos mal planejados e mal utilizados. A ausência, por mais de 20 anos, de investimentos em obras de infraestrutura tem feito surgir os gargalos que hoje existem nas cidades, nos portos, nos aeroportos e nas estradas.
No governo não há um pensamento estratégico nem um efetivo planejamento que antecipe os problemas do crescimento e equacione as dificuldades nas áreas de energia, meio ambiente, segurança, crescimento urbano, indústria, comércio exterior e mesmo de política externa. À magnitude dos problemas internos que governo e setor privado têm de enfrentar se somam as grandes transformações que ocorrem no mundo (revolução da energia, emergência da China, cadeias produtivas globais) e afetam a economia do País.
A sociedade brasileira está anestesiada. E a classe política não consegue encontrar um caminho que influa de forma positiva na construção de um País moderno. Embora as instituições sejam fortes, o sistema político é disfuncional e fraco, deixando de lado os verdadeiros interesses nacionais. Perdeu-se a noção de que a busca da utopia - como o fim da inflação e a eliminação da pobreza - é um dos motores do desenvolvimento e dos avanços sociais.
Em meio a esta situação de perplexidade, proposta elaborada pela Fiesp de uma estratégia para o crescimento da economia brasileira com um horizonte de 15 anos deveria merecer o exame do governo e do setor privado e ser debatido pelo Congresso e pela sociedade em geral. O propósito do trabalho é contribuir para o desenvolvimento sustentado do País, tendo como premissa a combinação do crescimento econômico com os avanços sociais. Na base das propostas apresentadas está a conjugação de uma série de políticas públicas que assegurem maior competitividade sistêmica, propiciando, em consequência, o fortalecimento de alguns setores mais dinâmicos e com perspectivas de investimentos expressivos. O projeto apresenta definição de metas e de estratégias e não está centrado apenas nos interesses da indústria, mas de toda a sociedade brasileira.
A meta da proposta é dobrar a renda per capita do País em 15 anos. De US$ 10.979 em 2014 para US$ 22 mil em 2029, medidos em paridade do poder de compra, e elevar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para o patamar de entrada das nações do Primeiro Mundo. Para a consecução desses objetivos será necessário que o PIB avance a uma taxa média de 5,3% ao ano.
Esse é um Projeto de Futuro viável. Seu êxito resultará da capacidade da sociedade brasileira de incrementar o investimento em capital físico, formar em maior escala recursos humanos qualificados e maximizar a produtividade total dos fatores. Os países bem-sucedidos em dobrar o PIB em períodos inferiores a 20 anos (Japão, Coreia do Sul, Malásia e Taiwan), partindo de patamar próximo ao do Brasil atual, definiram um conjunto de ações visando a apoiar a indústria de transformação. Com base nessa experiência histórica, o trabalho analisa as condicionantes macroeconômicas de aporte de capital em projetos produtivos. Os investimentos devem saltar dos atuais 17,7% para uma taxa média de 23,7% do PIB em 15 anos. O investimento público terá fundamental importância e será beneficiado pela redução dos gastos com juros da dívida pública e por um programa de controle da expansão do gasto corrente.
Os setores com potencial para atrair investimento seriam os da construção civil e infraestrutura (rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias), do agronegócio (grãos, sucroalcooleiro, proteína animal e fertilizantes), do petróleo e gás e da indústria de transformação (naval, automobilística, química, siderúrgica e de bens de capital) e seus subsetores. O critério empregado foi o potencial de receber investimentos futuros e de gerar renda e demanda para as demais áreas, como os setores de varejo e de serviços, de maneira que estes também cresçam e contribuam para a expansão macroeconômica.
O trabalho apresenta ações para alavancar os investimentos em cada uma dessas áreas com repercussão sobre toda a economia nacional, de maneira a se chegar à meta agregada de aporte de recursos em atividades produtivas, que estabeleceriam um círculo virtuoso de desenvolvimento.
Dentre as recomendações de políticas públicas macroeconômicas e transversais, que afetam diversos setores, cabe ressaltar, na monetária, a desindexação dos preços administrados; no câmbio, uma posição ativa internacionalmente com o objetivo de reduzir os movimentos de valorização artificial; no sistema tributário, isonomia fiscal, eliminação da cumulatividade de impostos, unificação dos tributos sobre a renda, eliminação da acumulação de créditos tributários; incentivo a investimentos diretos pela ampliação de medidas tributárias de estímulo, redução do custo de capital, ampliação da oferta de crédito e melhora das condições de acesso; incentivo à inovação e à pesquisa; aperfeiçoamento das compras governamentais; incentivo à capacitação de pessoas; incentivo à exportação e à integração às cadeias produtivas globais e melhora da competitividade nos insumos críticos, como energia.
A Fiesp lança o debate. Resgatemos a utopia.
* PRESIDENTE DO CONSELHO DE COMÉRCIO EXTERIOR DA FIESP. 

Trapalhadas mercosulianas: o bizarro caso do Paraguai


MERCOSUL - PARAGUAI

El Mercosur y la Alianza del Pacífico
Editorial La Nación (Paraguai) – 28/05/2013

La aceptación de Paraguay como miembro observador de la Alianza del Pacífico y la delicada situación en que se encuentra en el seno del Mercosur y Unasur -instancias en las que nuestro país continúa suspendido- colocan la política exterior en el centro del debate nacional.

El presidente electo Horacio Cartes señaló con claridad que el retorno de Paraguay al Mercosur debe suceder sin afectación ni perjuicio de la dignidad nacional y en el marco del pleno respeto a las instituciones de nuestra República. “No es por plata que va a volver el Paraguay. La dignidad de Paraguay es la que tiene que salir absolutamente íntegra”, afirmó el próximo mandatario y aseguró que si el honor de nuestro país será dañado “se dejarán las cosas colmo están”. Además dejó en claro que son Argentina, Brasil y Uruguay los que deben buscar los mecanismos de reincorporación de Paraguay sin menoscabo de la imagen de éste o de su régimen constitucional y legal.

En efecto, acierta Cartes al transferir la responsabilidad de llevar el Mercosur a su cauce normal a quienes cometieron el adefesio legal de suspender a Paraguay del bloque y, en un mismo acto, aprobar la incorporación de Venezuela. Los tratados y protocolos del Mercosur establecen fuera de toda duda que los nuevos socios deben ser aprobados por todos los miembros, una condición que no se cumplió con Venezuela ya que el Congreso paraguayo no otorgó su visto bueno. Bajo el liderazgo de la diplomacia brasileña, el Mercosur entró en un laberinto jurídico y político del que no será fácil salir. La fórmula que Brasilia pretende imponer es que Paraguay acate los hechos consumados, es decir que agache la cabeza en silencio ante lo que ya fue decidido por sus socios. La amenaza es que si no lo hace, no regresará al bloque que fue fundado en Asunción y al cual perteneció desde el inicio, hace más de dos décadas.

La posición paraguaya no puede ser otra que la del estricto respeto a la legalidad y a los acuerdos que constituyen la base del proceso de integración, redactados teniendo como principio la plena igualdad entre los países miembros. El Mercosur no puede tener socios con más derechos que otros o que se arroguen la facultad de dictarle a los demás qué, cómo y cuándo hacer tal o cual cosa. El bloque tendrá sentido -y, sobre todo, futuro- únicamente si se asienta en relaciones de paridad entre los integrantes.

Mientras se discuten las alternativas para el retorno del Paraguay al Mercosur, la Alianza del Pacífico acaba de abrir sus puertas a nuestro país. A la hora de considerar esta coyuntura, las autoridades y la sociedad paraguaya deben sopesar las ventajas que ofrece esta nueva iniciativa de integración regional -que busca pragmatismo y superar la retórica característica de otros bloques- frente al estancamiento en que se halla el Mercosur. No solo no se cumple el artículo 1 del Tratado de Asunción que consagra “la coordinación de políticas macroeconómicas y sectoriales entre los Estados Partes: comercio exterior, agrícola, industrial, fiscal, monetaria, cambiaria y de capitales, servicios, aduanera, de transportes y comunicaciones ”, sino que las medidas de restricción al comercio y las políticas proteccionistas se hacen cada vez más duras. Los desacuerdos entre los socios llegan a tal punto que en Uruguay dicen que el Mercosur atraviesa su peor momento.

En definitiva, es cuestionable la hipocresía de seguir promoviendo un proyecto de integración que lleva ya más de veinte años y que no pasa de letra muerta.

En este contexto, Brasil trata ahora de evitar las negociaciones de Paraguay con la Alianza del Pacífico alegando que los tratados del Mercosur disponen que este tipo de tratativas deben darse de bloque a bloque. Paraguay debe defender con energía su derecho irrenunciable de entablar conversaciones y suscribir acuerdos con quien mejor le parezca, en función de sus intereses nacionales.

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Paraguay demands respect from Mercosur, “if not leave us as we are”
Mercopress (Uruguai) - 28/05/2013

The Argentine ambassador to Uruguay, Dante Dovena, assured that authorities are “working intensely” in preparations for the next Mercosur summit scheduled to take place on June 28th in Montevideo. However news form Paraguay doesn’t indicate the same optimism and are demanding respect for ‘the country’s dignity and rule of the law”.

“Our ministry and Argentine delegation before the Mercosur are giving a boost to the first meeting of the regional bloc in which both Venezuela and Paraguay will be present for the first time,” he said.

“We hope there are no inconveniences in order to reinstate Paraguay as a member country after what we went through and that Venezuela can be appointed in the Pro Tempore presidency of the organization without any inconveniences,” he explained.

“I believe these two matters are everybody’s goals,” he said.

Ambassador Dovena was the only Mercosur member representative at that level that attended Paraguay’s national independence day celebration (May 15) in Montevideo. Not even the Uruguayan foreign ministry sent a top ranking official to the reception, President Jose Mujica was represented by the ministry’s head of protocol.

After Horacio Cartes’ victory in the last Paraguayan presidential elections, diplomats from Argentina, Brazil and Uruguay said that “they agree to leave without effect the suspension called on the landlocked nation by Mercosur members after former president Fernando Lugo was impeached in June last year.”

However the Paraguayan government and president-elect Cartes have anticipated that Mercosur members “will have to work out how to find respect for the rule of the law in Paraguay”. Cartes added that “the dignity of Paraguay must come out in absolute integrity. If it is going to be blemished, let it remain as it is”

The message was a strong signal to Argentina, Brazil and Uruguay that last June decided the suspension of Paraguay because of the removal, following political impeachment, of Fernando Lugo by the country’s Senate, and his replacement by President Federico Franco.
“They will have to find a way so that Paraguayan rule of the law is respected”, insisted Cartes.

Mercosur presidents did in effect congratulate president-elect Cartes on his victory and welcomed the return of Paraguay to the block, but the suspension still is pending and apparently, according to Brazilian sources, won’t be lifted until next August 15, when Franco steps down and is replaced by Cartes.

“We’re not going to return because of money. Paraguay will return with its dignity fully respected; forget about condoning or rebates on Venezuelan oil, what matters is the dignity of Paraguay, the country’s rule of the law must come out with absolute integrity”, insisted Cartes.

The president-elect said Venezuela is not the problem: “however let’s not forget that President Nicolas Maduro is persona non grata for our Lower House and the Senate rejected the incorporation of Venezuela to Mercosur”.

Cartes recalled that Paraguay is a founding member of Mercosur, and the charter of Asuncion, and according to those rules the incorporation of any country “must be approved unanimously by the founding members, a decision which in this case did not happen and has injured the dignity and rule of the law in Paraguay”

If as Uruguayan president Jose Mujica said at the time, “the political decision was far more significant than the legality of the incorporation, and thus they feel so much stronger than us, don’t even bother, just leave us here as we are”, emphasized Cartes.

Summing up, Paraguay considers most unfair the suspension from Mercosur because it ignored a sovereign decision of the Senate, the (constitutional) political impeachment that almost unanimously removed Lugo, and based on the suspension and the absence of Paraguay immediately voted the incorporation of Venezuela.

Deceased president Hugo Chavez had requested to join Mercosur since 2006, which needed the approval of all legislatives, but the Paraguayan Senate did not accept such incorporation because it questioned the democratic credentials of Chavez.

“It’s not a problem with the Venezuelan people, but with Chavez and his autocratic regime”, repeatedly pointed out the majority of the Paraguayan Senate which never yielded to Brazilian and Argentine pressure, and which Chavez liked to provoke calling them “oligarchs on the payroll of the empire”.

Argentina da por hecho que Paraguay estará presente en Cumbre del Mercosur
ABC Color (Paraguai) – 28/05/2013 

El embajador argentino en Uruguay, Dante Dovena, aseguró ayer que la cancillería uruguaya y la representación argentina ante el Mercosur le están dando el “mayor impulso” a la reunión en la que Venezuela y Paraguay compartirán por primera vez una reunión del bloque regional. En una entrevista con la agencia de noticias Telam de Argentina señaló que se trabaja “intensamente” en los preparativos para la próxima Cumbre del Mercosur que se realizará el próximo 28 de junio en Montevideo (Uruguay).

“Esperamos que no surjan inconvenientes para la reincorporación de Paraguay, luego de la experiencia por la que atravesamos, y que Venezuela asuma sin ninguna observación la Presidencia Pro Témpore”, destacó el diplomático argentino.

Dovena señaló que estas dos cuestiones son objetivos buscados por todos los países.

Según Telam, con el triunfo de Horacio Cartes en las últimas elecciones presidenciales de Paraguay, “diplomáticos de Argentina, Brasil y Uruguay expresaron que “están de acuerdo en dejar sin efecto la suspensión que recae en la nación guaraní a nivel del bloque regional”.

Paraguay fue suspendido como miembro pleno del Mercosur, y esa decisión fue seguida por la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur), después de la destitución del expresidente Fernando Lugo en junio del año pasado.

Además, en ocasión de la proximidad del encuentro regional, Dovena destacó las similitudes del proceso que vive la región actualmente y la oleada de revoluciones en la primera década del 1800.

“Hay una similitud entre el proceso integracionista que se daba en 1810 con San Martín, Bolívar y O’Higgins y lo que se ha dado en los últimos años de la región con (Néstor) Kirchner, (Hugo) Chávez, Evo Morales, Cristina Fernández y Fidel, entre tantos otros”, puntualizó.

El presidente electo de Paraguay, Horacio Cartes, declaró el viernes último que los países miembros del Mercosur “van a tener que encontrar la manera en que el estado de derecho se respete” para el retorno de nuestro país al bloque. “La dignidad de Paraguay tiene que salir absolutamente íntegra. Si va a ser tocada, que quede como está”, acotó el mandatario que asumirá el 15 de agosto próximo.

En tanto, la Cancillería nacional sostiene que el retorno del Paraguay debe ser digno y respetando el derecho internacional.

Medicos cubanos: uma paranoia com fundamento na matematica

De fato, seis mil médicos cubanos, se vierem de uma vez só, parece acima da capacidade da ilha em fornecer tanta mão-de-obra supostamente especializada, inclusive porque, nos últimos 50 anos, o que Cuba mais faz é "exportar" médicos para países simpáticos à sua causa. Contando os que já estão na Venezuela, na Bolívia, possivelmente na Nicarágua, no Haiti, ou em alguns outros países latino-americanos e africanos, Cuba teria de ter um imenso exército de 30 ou 50 mil médicos para mandar para todos esses lugares ao mesmo tempo, ou então ficar reciclando e fazendo shuttle de médicos sucessivamente em diversos continentes e países.
É até possível que muita gente se tenha oferecido para fazer um cursinho rápido de medicina preventiva, justamente para poder sair da ilha-prisão, e acumular alguns trocados em países capitalistas, mesmo pobres.
Não partilho dessa visão de que os médicos seriam todos agentes do comunismo cubano, um sistema totalmente fracassado, incapaz até mesmo de assegurar um bom serviço médico e alimentos à sua própria população; eles apenas querem ganhar uns trocados, como disse, mas eles são fortemente enquadrados pelos "comissários do povo", os agentes cubanos que ficam vigiando sua mão-de-obra escrava para evitar que fujam, justamente.
Em todo caso, concordo em que é preciso fazer as contas...
Paulo Roberto de Almeida
PS.: Os autores das denúncias abaixo pertencem aos quadros dos movimentos e grupos velhos inimigos dos velhos comunistas cubanos; todos ainda com o espectro do comunismo presente, o que não deixa de ser ridículo

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Denúncia: FARSA! Não existem 6 mil médicos em Cuba! Quem virá para o Brasil?
ACORDA BRASIL!!!

Existem apenas DUAS Universidades de Medicina em Cuba:
- 'La Habana': Forma em média 200 médicos por ano;
- 'Elam - Escuela Latino Americana de Medicina': Forma em média 100 médicos por ano;
Portanto seriam: 200 + 100 = 300 por ano.

Para ajuntar 6 mil médicos, seriam necessários todos os médicos formados nos últimos 20 anos, que teriam de estar disponíveis para vir trabalhar no Brasil.

Vão imprimir 6 mil diplomas e mandar agentes da ditadura da família Castro para formar células revolucionárias no Brasil.

E você? O que acha disso? 

Confira a seguir o artigo no site Alerta Total – www.alertatotal.net
Por José Gobbo Ferreira

Em primeiro lugar, tenho que lhes pedir que não me considerem paranoico ou adepto de teorias conspirativas. Meu assunto hoje é gravíssimo e peço que o apreciem com profunda atenção.

Fato portador de futuro: O governo pretende contratar 6.000 médicos cubanos para trabalhar nas áreas carentes do Brasil.

Em primeiro lugar, chama a atenção o número. Cuba é um país muito pequeno. Nele é fácil ajustar a formação profissional com as necessidades da sociedade. É no mínimo estranho que haja tantos médicos sobrando, a ponto de nos serem oferecidos nessa quantidade.

Depois, é preciso levar em conta a qualidade da formação desses profissionais. Estou anexando reportagem de "O Globo" do dia 8/05/2013, que discute esse assunto. A qualidade daqueles profissionais está abaixo da
crítica.

Em seguida, note-se que o destino dessas pessoas será os rincões mais atrasados do país, onde todos os serviços prestados pelo governo, que já são péssimos alhures, praticamente inexistem, em particular a segurança.

Se forem de fato médicos, depois de militarem por algum tempo naqueles lugares, é perfeitamente compreensível que queiram um upgrade, ou seja, oportunidades em locais melhores, e aí com certeza o regime bolivariano brasileiro lhes facultará esse direito, que equivalerá a equipará-los aos profissionais formados nas faculdades brasileiras.

Por todos esses motivos a vinda desses(as) senhores(as) deve ser abortada.

Mas agora vem o mais importante: Esse pessoal pode se constituir em uma ameaça gravíssima à SegurançaNacional. Em outras palavras: nada me convence que eles, pelo menos em sua grande maioria SEJAM REALMENTE MÉDICOS, AINDA QUE APRESENTEM OS MAIS DIFERENTES DIPLOMAS CUBANOS.

Raciocinem comigo. Qual a melhor maneira de infiltrar guerrilheiros cubanos em nosso território sem combate, sem defesa, e em locais onde a ação do Estado brasileiro é deficiente, ou mesmo ausente? Qual a melhor maneira para doutrinar grupos como o MST, por exemplo, do que infiltrar instrutores de guerrilha em seu meio, disfarçados de médicos? Ainda que não seja provável que o governo bolivariano brasileiro um dia quisesse fazê-lo, como fiscalizar a atuação dessas pessoas e, mesmo que ela se torne francamente indesejável, como destruir uma rede de pelo menos 6.000 (eles se multiplicam) pontos estrategicamente distribuída pelas áreas carentes e/ou
remotas do país e já solidamente implantada?

Por amor ao Brasil eu os concito a agir da maneira que estiver ao alcance de cada um, para fazer abortar essa iniciativa do grupo bolivariano que nos governa. Repassem o mais possível, enviem e-mails para os CRM´s e para  o CFM, mobilizem os médicos que possam ter em seus círculos de amizade e principalmente na família. Não é necessário (ainda) pegar em armas. No momento nossa arma é a internet e o boca a boca.

Ainda que meus temores sejam indevidos, não há vantagem nenhuma em aceitar essa horda em nosso país. Não há porque correr esse risco pois até mesmo os possíveis benefícios não são compensadores. Isso me parece ser o maior
cavalo de Troia da idade moderna.  

Estou anexando também um artigo que mostra a infiltração de guerrilheiros cubanos no Chile de Salvador Allende. Naquele tempo, a maior parte usou passaportes diplomáticos. Hoje, o governo do Brasil é exatamente o que era o
governo Allende. E os cubanos usariam desta vez seus diplomas de péssima qualidade para se instalar.

Acorda Brasil!

O curral eleitoral do Bolsa Familia e o peso sobre a classe media - Rodrigo Constantino


Rodrigo Constantino
O Globo, 28/05/2013

Todos vimos, chocados, uma turba ensandecida invadindo agências da Caixa em diferentes estados, após rumores de suspensão do pagamento do Bolsa Família.
Impressionou o fato de que a maioria ali era bem nutrida, em perfeitas condições de trabalho em um país com pleno emprego.
Uma das beneficiadas pelo programa, em entrevista, reclamou que a quantia não era suficiente para comprar uma calça para sua filha de 16 anos. O valor da calça: trezentos reais!
Talvez seja parte do conceito de “justiça social” da esquerda progressista garantir que adolescentes tenham roupas de grife para bailes funk.
Não quero, naturalmente, alegar que todos aqueles agraciados pelas benesses estatais não precisam delas. Ainda há muita pobreza no Brasil, ao contrário do que o próprio governo diz, manipulando os dados. Mas essa pobreza tem forte ligação com esse modelo de governo inchado, intervencionista e paternalista.
O melhor programa social que existe chama-se emprego. Ele garante dignidade ao ser humano, ao contrário de esmolas estatais, que criam uma perigosa dependência.
Para gerar melhores empregos, precisamos de menos burocracia, menos gastos públicos e impostos, mais flexibilidade nas leis trabalhistas, mais concorrência de livre mercado e um sistema melhor de educação (não confundir com jogar mais dinheiro público nesse modelo atual).
O ex-presidente Lula criticava, quando era oposição, o “voto de cabresto”, a compra de eleitores por meio de migalhas, esquema típico do coronelismo nordestino.
Quão diferente é o Bolsa Família, que já contempla dezenas de milhões de pessoas, sem uma estratégia de saída? Um programa que comemora o crescimento do número de dependentes! O leitor vê tanta diferença assim?
A presidente Dilma disse que quem espalhou os boatos era “desumano”, “criminoso”, e garantiu que o programa era “definitivo”, para “sempre”. Isso diz muito. “Nada é tão permanente quanto uma medida temporária de governo”, sabia Milton Friedman.
Não custa lembrar que o próprio PT costuma apelar para o “terrorismo eleitoral” em época de eleição, espalhando rumores de que a oposição pode encerrar o programa. Desumano? Criminoso?
Depois que o governo cria privilégios concentrados, com custos dispersos, quem tem coragem de ir contra? Seria suicídio político. Por isso ninguém toca no assunto, ninguém vem a público dizer o óbvio: essas esmolas prejudicam nossa democracia e não tiram essas pessoas da pobreza.
As esmolas estimulam a preguiça, a passividade e a informalidade. Por que correr atrás quando o “papai” governo dá mesada?
O agravante disso tudo é que os recursos do governo não caem do céu. Para bancar as esmolas, tanto para os mais pobres como para os grandes empresários favorecidos pelo BNDES, o governo avança sobre a classe média. É esta que paga o preço mais alto desse modelo perverso. Ela tem seu couro esfolado para sustentar um estado paquidérmico e “benevolente”.
Para adicionar insulto à injúria, não recebe nada em troca. Paga impostos escandinavos para serviços africanos. Conta com escolas públicas terríveis, antros de doutrinação marxista.
Os hospitais públicos também são péssimos. A infraestrutura e os meios de transporte são caóticos. A insegurança é total. Acabamos tendo que pagar tudo em dobro, fugindo para o setor privado, sempre mais eficiente.
Como se não bastasse tanto descaso, ainda somos obrigados a ver uma das representantes da esquerda, a filósofa Marilena Chauí, soltando sua verborragia em evento de lançamento de livro sobre Lula e Dilma.
Chauí, aquela que diz que o mundo se ilumina quando Lula abre a boca, declarou na ocasião: “A classe média é um atraso de vida. A classe média é estupidez, é o que tem de reacionário, conservador, ignorante, petulante, arrogante, terrorista.”
É fácil dizer isso quando ganha um belo salário na USP, pago pela classe média. Chauí não dá nome aos bois, pois é mais fácil tripudiar de uma abstração de classe.
Mas não nos enganemos: a classe média que ela odeia somos nós, aqueles que simplesmente pretendem trabalhar e melhorar de vida, ter mais conforto material, em vez de se engajar em luta ideológica em nome dos proletários, representados pelos ricos petistas.
Pergunto: quem vai olhar por nós? Que partido representa a classe média? Com certeza, não é a esquerda das esmolas estatais bancadas com nosso suor, que depois ainda vem declarar todo seu ódio a quem paga a fatura.
Perdemos dois ícones da imprensa independente: Dr. Ruy Mesquita e Roberto Civita. Que a chama da liberdade de imprensa continue acesa!

Rodrigo Constantino é economista.

Mapa Estrategico da Industria - CNI

Não quero ser pessimista, mas minha ideia é que as medidas requeridas pela indústria ficarão no tradicional banho-maria no que depender do governo. No que depender dos próprios empresários, elas vão avançar penosamente, num ambiente terrível para os negócios, que teima em continuar horrível.
Paulo Roberto de Almeida

CNI (21/05/2013) - MAPA ESTRATÉGICO DA INDÚSTRIA 2013-2022
 
O Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022 aponta o caminho que a indústria e o Brasil devem percorrer na próxima década para aumentar os níveis de produtividade e eficiência e alcançar um elevado grau de competitividade, respeitando os critérios de sustentabilidade. Resultado dos debates e das contribuições de 520 pessoas, entre empresários, executivos, acadêmicos e presidentes de associações nacionais setoriais e federações de indústrias, o Mapa identifica os dez fatores chave para a competitividade brasileira, que podem ser classificados em quatro grupos.
1. Na base de tudo temos a educação. Uma sociedade educada é essencial na construção de instituições e de um ambiente favoráveis aos negócios. A educação também é o principal insumo para a inovação.
2. A seguir, estão elementos ligados ao ambiente de atuação da indústria, que criam condições favoráveis aos demais fatores. São eles ambiente macroeconômico, eficiência do Estado, segurança jurídica e desenvolvimento de mercados.
3. O terceiro grupo impacta diretamente os custos de produção e dos investimentos, influenciando as condições de oferta. São eles a tributação, o financiamento, as relações do trabalho e a infraestrutura.
4. Por fim, tem-se o fator-chave inovação e produtividade, ligado às competências da empresa industrial.

A seleção dos fatores chave considerou os desafios e as oportunidades proporcionados à indústria pelas novas tendências mundiais, como o rápido crescimento dos países emergentes, os avanços tecnológicos e a mudança do clima.  Também avaliou as transformações recentes do país, como a expansão do mercado interno, as mudanças no perfil da população e o deslocamento da produção para o interior do país. Para cada fator chave, o Mapa aponta uma macrometa, que é o principal resultado a ser alcançado até 2022, e o indicador, cuja evolução mostrará se o país e a indústria estão no caminho da competitividade com sustentabilidade. Os fatores chave se dividem em temas prioritários e objetivos, que indicam as respostas aos principais obstáculos ao desenvolvimento brasileiro. O Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022 também propõe ações transformadoras, capazes de fazer com que o país alcance os objetivos traçados. A proposta é que o Brasil chegue a 2022, ano em que se comemora o bicentenário da Independência, com  uma economia mais competitiva e mais justa. Essa nova edição do Mapa revisa e atualiza os objetivos, metas e programas do Mapa Estratégico 2007-2015, que a CNI apresentou à sociedade em abril de 2005.

CNI APRESENTA AS METAS PARA DESENVOLVER A INDÚSTRIA ATÉ 2022. 
MAIS DE 500 REPRESENTANTES EMPRESARIAIS AJUDARAM A CONSTRUIR O MAPA ESTRATÉGICO DA INDÚSTRIA, QUE DEFINE OS DEZ FATORES-CHAVE CAPAZES DE AUMENTAR A PRODUTIVIDADE DA INDÚSTRIA NOS PRÓXIMOS ANOS. 

Em 2022, ano em que o país completa 200 anos de independência, 2,2% de toda a produção mundial de industrializados será de produtos fabricados no Brasil. Atualmente, a participação dos manufaturados brasileiros no mercado mundial é de 1,7%. Essa é uma das metas da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para os próximos dez anos definidas no Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022. Outra previsão feita pelo setor é de que, até 2022, a produtividade média da indústria, que vem crescendo a uma taxa anual de 2,3% nos últimos 20 anos, passe a dar saltos de 4,5% ao ano. A escalada da indústria a esses patamares, no entanto, requer um ambiente mais adequado à competitividade da indústria e do país. É esse cenário que está definido no Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022. O documento, desenhado em conjunto com cerca de 500 representantes empresariais durante nove meses, foi apresentado pela CNI. O Mapa é uma visão da indústria para o país. O lançamento do Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022 tem dois significados. O primeiro, e mais importante, é a reiteração do papel da indústria no processo de desenvolvimento do país. A indústria pode ser maior e melhor. O segundo significado é a crença em uma visão de longo prazo. O setor industrial está formulando uma estratégia sobre o que quer ser e o que precisa fazer. O Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022 apresenta os dez fatores-chave que podem aumentar a produtividade e a competitividade, além de indicar os caminhos para o Brasil aproveitar as oportunidades e vencer os obstáculos que vão surgir na próxima década. O grande desafio é elevar os níveis de produtividade e eficiência, atuando nos fatores-chave de competitividade. O Mapa é uma cruzada pela produtividade. No cenário vislumbrado pelo setor industrial para 2022, a taxa de investimento (formação bruta de capital fixo sobre o PIB) do país vai passar de 18,1%, em 2012, para 24%, em 2022. Já os investimentos em infraestrutura vão saltar de 2,05% do PIB para 5% no mesmo período. A cumulatividade da cobrança de impostos será extinta. Nas relações de trabalho, a meta é que o país passe do 72º lugar para 40º no ranking de relações empregado-empregador do Fórum Econômico Mundial, que compara 144 países. Além desses objetivos, o país contará com melhor educação, um Estado mais eficiente e menos burocrático, entre outras melhorias. Para desenhar o Mapa, o setor industrial considerou as mudanças existentes no país e no mundo nos últimos anos, como os desafios que a inovação e a difusão de novas tecnologias trazem para o setor produtivo, o fortalecimento do mercado interno brasileiro, o crescimento dos países emergentes, entre outros.
DEZ FATORES-CHAVE. O Mapa Estratégico da Indústria está estruturado em dez fatores-chaves capazes de garantir a produtividade e a competitividade da indústria brasileira na próxima década. Esses requisitos foram selecionados por terem impacto relevante e direto na competitividade da indústria e por terem abrangência e durabilidade em termos de ganho de produtividade.

01. EDUCAÇÃO - A educação é a base do Mapa. A indústria precisa de equipes educadas e bem formadas que saibam utilizar melhor os equipamentos, criar soluções para os problemas do dia a dia, adaptar processos e produtos e desenvolver e implementar inovações. A meta do setor é de que, até 2022, o Brasil passe da 54ª posição do ranking do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA/OCDE) para a 43ª. O ranking considera 65 países. Para isso, a nota média deverá passar de 401, em 2009, para 480, em 2021.

02. AMBIENTE MACROECONÔMICO - O país precisa de fundamentos macroeconômicos sólidos que reduzam as incertezas sobre o futuro e gerem confiança para o investidor. A taxa de investimento brasileira hoje é mais baixa que a de outros países emergentes, inclusive da América Latina. A indústria estabeleceu a meta de elevar a taxa de investimento (formação bruta de capital fixo sobre o PIB) de 18,1%, em 2012, para 24%, em 2022. A taxa de investimento média mundial em 2012 é de 23,6%.

03. EFICIÊNCIA DO ESTADO - Uma melhor gestão dos gastos públicos ajuda o país a melhorar a eficiência do investimento público. Para isso, é necessário melhorar a capacidade do Estado de planejar e executar suas políticas e investimentos. Pela previsão da indústria, o Brasil deve aumentar a participação do investimento na despesa primária total do governo federal de 5,8% em 2012 para 8% em 2022. Nos últimos cincos anos, a média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) foi de 8%.

04. SEGURANÇA JURÍDICA E BUROCRACIA - Ter marcos regulatórios definidos e uma legislação com direitos e deveres claros e estáveis aumenta a confiança dos investidores e a competitividade das empresas. A posição do Brasil no ranking Doing Business deve passar da 130ª em 2012 para 80ª em 2022, entre 185 países. Em 2012, países com renda per capita próxima à brasileira apresentaram posições muito superiores, como a Colômbia (45ª), Peru (43ª) e África do Sul (39ª).

05. DESENVOLVIMENTO DE MERCADOS - O Brasil precisa estar integrado à economia internacional, participando de importantes redes globais de valor, o que contribui para gerar mais inovação, para permitir a troca de conhecimento e para agregar valor à indústria nacional. A meta da indústria é que a participação da indústria brasileira na produção mundial de manufaturados passe de 1,7%, em 2012, para 2,2%, em 2022.

06. RELAÇÕES DE TRABALHO - Um mercado de trabalho com um sistema legal e institucional juridicamente seguro e com relações mais adequadas às necessidades da economia aumentam a competitividade das empresas e o desenvolvimento do país. O objetivo da indústria é que de 2012 a 2022 o Brasil passe do 72º lugar para o 40º no ranking de relações empregado-empregador do Fórum Econômico Mundial, que considera 144 países. A nota média brasileira deve passar de 4,26 para 4,70 no período. A nota dos Estados Unidos hoje é 4,66. A mais alta é a da Suiça, 6,07.

07. FINANCIAMENTO - O ritmo de crescimento de uma economia e a competitividade da sua indústria dependem da disponibilidade de recursos para investimento e da capacidade do sistema financeiro de intermediá-los a baixo custo e de forma ampla. A meta é ampliar a capacidade de investimento das empresas. O Brasil deve aumentar a participação de recursos de terceiros no financiamento do investimento das empresas industriais de 34%, em 2012, para 50%, em 2022.

08. INFRAESTRUTURA - Para ter uma indústria cada vez mais competitiva, o país precisa ter uma rede eficaz de transportes que interligue os diferentes modais, além de oferecer disponibilidade de energia, uma estrutura adequada de transmissão de dados em alta velocidade (banda larga) e serviços de saneamento universalizados. Para alcançar esses objetivos, os investimentos em infraestrutura devem passar de 2,05% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2012, para 5%, em 2022.

09. TRIBUTAÇÃO - Uma estrutura tributária simples e transparente aumenta a competitividade da indústria e estimula investimentos. A meta da indústria é zerar a cumulatividade dos tributos no Brasil. O percentual de tributos com caráter cumulativo passaria de 7,7% do total de tributos em 2011 para 0% em 2022. Além do fim da cumulatividade, a CNI defende a redução da carga, a desoneração de investimentos e das exportações e simplificação da estrutura tributária.

10. INOVAÇÃO E PRODUTIVIDADE - Para obter ganhos na produtividade, a empresa precisa investir em inovação. A meta é que a produtividade da indústria brasileira cresça a uma taxa média anual de 4,5% até 2022, contra um crescimento de 2,3% ao ano registrado nos últimos 20 anos. Estados Unidos, França e Japão apresentaram taxa média superior a 3% ao ano no mesmo período. A Coreia do Sul registrou taxa de 8% ao ano.

EDIÇÃO ANTERIOR. Apresentado em abril de 2005, o Mapa Estratégico da Indústria 2007-2015 foi resultado de um cuidadoso trabalho do Fórum Nacional da Indústria que se estendeu por mais de seis meses e mobilizou cerca de 300 representantes empresariais de 60 entidades. O documento foi construído com base no modelo de gestão Balanced Scorecard, da Harvard University, nos Estados Unidos, que permite o acompanhamento sistemático e periódico dos indicadores e metas traçados pela indústria.

MAPA ESTRATÉGICO DA INDÚSTRIA 2007-2015. O Mapa Estratégico da Indústria 2007-2015 revela a visão de futuro dos industriais para o Brasil. Apresentado à sociedade em abril de 2005, o documento define as estratégias e as bases necessárias para o desenvolvimento de uma indústria forte, dinâmica e com participação expressiva no comércio mundial. Aponta, ainda, os indicadores e traça os objetivos, as metas e os programas capazes de consolidar o Brasil como uma economia competitiva, inovadora e inserida na sociedade do conhecimento. Entre as metas estabelecidas para 2015 estão o crescimento de 7% para o Produto Interno Bruto (PIB), a expansão de 6% na produtividade industrial e a redução dos juros reais para 4% ao ano. Além das metas econômicas e das voltadas à modernização e ampliação da infraestrutura e da inovação, há objetivos e indicadores para a melhoria da educação e da qualidade de vida da população. O Mapa foi construído com base no modelo de gestão Balanced Scorecard, da Harvard University, nos Estados Unidos, que permite o acompanhamento sistemático e periódico dos indicadores e metas traçados pela indústria. Assim, é possível identificar os êxitos e os fracassos do país no caminho do desenvolvimento sustentado. O acompanhamento das metas e dos indicadores do Mapa também permite a correção dos rumos e a adequação das ações para que o Brasil alcance as metas traçadas para 2015. Resultado de um cuidadoso trabalho do Fórum Nacional da Indústria, que se estendeu por mais de seis meses e mobilizou cerca de 300 representantes empresariais de 60 entidades, o Mapa orienta a ação política da CNI e o diálogo da indústria com o governo, os parlamentares e a sociedade.

A mentira e a fraude como formas de governo - Dora Kramer


DORA KRAMER
O Estado de S.Paulo, 28/05/2013

Tipo da brincadeira de mau gosto ─ ou manobra malsucedida ─ essa história do boato sobre o fim do programa Bolsa Família, que levou à aflição milhares de brasileiros, provocando corre-corre às agências da Caixa Econômica Federal, gritaria e muita confusão na semana passada.
Sabe-se que na guerra ─ e aqui em jogo esteve a batalha pela sobrevivência ─ a primeira vítima é a verdade. A origem do falatório ainda não está esclarecida, mas a capacidade de uma falsidade repetida tornar-se verdade, se manipuladas as emoções “certas”, é amplamente conhecida embora seja lição ainda não devidamente aprendida por ouvidos sensíveis à armadilha.
A balela correu e por algum tempo convenceu os que se viram no risco do prejuízo. Normalizados os pagamentos que haviam sido adiantados sem maiores explicações pela Caixa, sobram suspeições.
Fala-se de um possível interesse do governo em reafirmar a importância do programa para as famílias que contam com esse dinheiro e da demonstração do potencial de reação à insinuação de que só o PT no poder garantiria a continuidade.
Desconfiança merecedora de pouco crédito, dada sua pouquíssima lógica. Com os instrumentos de propaganda à disposição, o governo teria meios menos traumáticos (e mais seguros) de renovar o “contrato” da identificação do Bolsa Família com Lula e companhia.
É verdade que a arte de fazer uso da versão como substituição do fato não é estranha a esse grupo. Assim como é verdade que a Caixa tem tropeçado na divergência de justificativas sobre as mudanças feitas no sistema de pagamentos aos beneficiários do programa. De onde é bom confiar nos bons propósitos desconfiando sempre das reais intenções.
A ministra Maria do Rosário precipitou-se ao atribuir à oposição a orquestração da boataria. Foi repreendida, mas na realidade seguira a regra que espalha a brasa antes de confirmada a veracidade do incêndio.
Talvez tenha errado na forma: primária, explícita. Haveria outras maneiras mais sutis de criar a desconfiança sobre os adversários do governo. De mentiras bem pregadas há exemplos variados.
Recentemente o ex-presidente Lula admitiu que a Carta aos Brasileiros era, na visão dele, uma peça de ficção na qual não acreditava quando foi convencido de que sua vitória em 2002 dependia da assinatura de um compromisso que só depois viria a perceber que, se não cumprisse, não governaria.
A obra-prima no quesito, no entanto, foi a versão da “herança maldita” legada pelos antecessores. Boato de força incomensurável e o efeito deletério de inscrever uma falsidade na História do Brasil.

Queimando dentistas, ou: o Brasil está ficando um país de barbaros...

Ninguém pode ficar indiferente a esses crimes bárbaros, que revelam, antes de tudo, a desumanidade dos bandidos e a sensação de que eles perderam qualquer temor de punição, deixando, justamente, seus mais bárbaros instintos fluírem livremente, na certeza da impunidade.
O Brasil está virando, ou já se converteu, num país sem lei, sem qualquer justiça...
Paulo Roberto de Almeida

Ladrões ateiam fogo em dentista em São José dos Campos

Crime ocorre um mês após a dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza ter morrido queimada em assalto em São Bernardo do Campo

28 de maio de 2013 | 7h 51
Bárbara Ferreria Santos e Breno Pires - O Estado de S. Paulo
Banheiro queimado dentro do consultório. No chão, havia uma garrafa de álcool e um isqueiro - Reprodução TV Globo/AE
Reprodução TV Globo/AE
Banheiro queimado dentro do consultório. No chão, havia uma garrafa de álcool e um isqueiro
SÃO PAULO - O dentista Alexandre Peçanha Gaddy, de 41 anos, teve seu corpo queimado durante um assalto em seu consultório, em São José dos Campos, no interior de São Paulo, na noite dessa segunda-feira, 27. Ele foi socorrido pela polícia ainda com o corpo em chamas, e foi levado ao pronto-socorro do Hospital Municipal Dr. José de Carvalho Florence. Seu estado é grave.
O crime foi cometido um mês e dois dias após a também dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza ter morrido queimada por ladrões dentro de seu consultório, em São Bernardo do Campo-SP. Quatro acusados do crime estão presos. O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo cobrou, em nota, "atitudes urgentes e rigorosas por parte do governo e das autoridades de segurança pública". A entidade terá uma reunião nesta quarta-feira, 29, com o secretário para discutir o tema.
De acordo com a Polícia Civil, Gaddy foi resgatado consciente e informou que sofreu tentativa de roubo de dois homens encapuzados, que atearam fogo em seu corpo. Ele foi internado com 60% do corpo queimado, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, e seria transferido para o setor de queimados da Santa Casa da cidade, especializada nesse tipo de caso.
Uma testemunha ajudou a salvar Alexandre. Mauro Lopes Duarte fez o alerta, a tempo de ser feito o resgate. Ele estava passando perto do consultório, na Rua dos Periquitos, 923, na Vila Tatetuba, dentro da Vila Industrial de São José dos Campos.
Há ao menos uma câmera de segurança na frente do consultório. Ainda não se sabe se imagens foram registradas. O crime foi registrado no 1º DP de São José dos Campos, mas a investigação será feita pelo 5º DP.
O delegado seccional de São José dos Campos, León Nascimento Ribeiro, disse que, aparentemente, nada foi levado do consultório. Ele afirmou ainda que bens foram separados pelos bandidos, mas acabaram não sendo levados. Segundo Ribeiro, o dentista afirmou que estava trabalhando no consultório sozinho, em tarefas internas, quando foi abordado pelos criminosos. Gaddy contou que tinha parado os atendimentos ao público às 18h e que o crime aconteceu às 20h58 (veja fotos de como ficou o consultório). "Não temos testemunhas, apenas o relato da vítima", disse o delegado.
Nota. O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo cobrou, em nota, o governo do Estado após mais um caso de violência envolvendo dentistas. "Duas tragédias semelhantes no espaço de um mês exigem atitudes urgentes e rigorosas por parte do governo e das autoridades de segurança pública", diz o texto. "As autoridades devem agir com presteza, criando um cinturão de segurança para os profissionais de odontologia, antes que o modus operandi vire prática comum aos criminosos."Nas redes sociais,leitores lamentaram mais um caso de violência hedionda e dentistas demonstraram preocupação com a recorrência dos roubos a consultórios.

Perdao de dividas: la' fora pode; dentro, nem pensar...

Da coluna do jornalista Carlos Brickmann, em 28/05/2013:


Bons, lá fora

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a dívida dos Estados brasileiros com a União não será renegociada. Não há possibilidade sequer de redução de juros. Em compensação, a presidente Dilma Rousseff perdoou a dívida de US$ 900 milhões de 12 países africanos: Congo, Costa do Marfim, Gabão, Guiné, Guiné-Bissau, Mauritânia, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe, Senegal, Sudão, Tanzânia e Zâmbia.

E por que não há concessões aos Estados brasileiros, enquanto se concede tudo aos africanos? Simples: os africanos talvez votem para colocar o Brasil no Conselho de Segurança da ONU.

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Comentando: engano do jornalista. Mesmo que o Brasil disponha de 180 votos na Assembleia Geral em apoio a suas pretensões, sua aceitação como membro permanente no CSNU só ocorrerá quanto os cinco membros permanentes, o famoso P5, concordar com isso, independentemente de quantos votos existam em qualquer outra instância.
A rigor, a coisa toda só depende de dois membros: EUA e China...
Paulo Roberto de Almeida 

Bondades e trapalhadas economicas companheiras: Brasil vira uma selva de regras contraditorias...

No afã de fazer bondades (geralmente com o dinheiro alheio) o governo dos companheiros está criando uma selva salvática de normas, regulamentos, medidas contraditórias, geralmente improvisadas, na base do puxadinho legal, que dão algo com uma mão enquanto retiram várias outras coisas com a outra mão, às vezes com os pés também.
O Brasil vai ficar um país impossível de ser administrado racionalmente, tantas são as medidas casuísticas, eleitoreiras, trapaceiras.
Paulo Roberto de Almeida

Câmara aprova Medida Provisória que garante redução da conta de luz

Transferência de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético fará o pagamento das usinas térmicas; Câmara também analisa hoje a MP que amplia a desoneração da folha de pagamento

28 de maio de 2013 | 13h 48
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Câmara aprova Medida Provisória que garante redução da conta de luz

Transferência de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético fará o pagamento das usinas térmicas; Câmara também analisa hoje a MP que amplia a desoneração da folha de pagamento

28 de maio de 2013 | 13h 48
Ricardo Della Coletta, da Agência Estado
 
BRASÍLIA - O plenário da Câmara aprovou nesta terça-feira, 28, a Medida Provisória 605, que permite o uso de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para compensar descontos concedidos a alguns setores e viabilizar a redução da conta de luz.
A transferência de recursos da CDE é para o pagamento das usinas térmicas. Sem esse repasse, fica praticamente inviabilizada a redução da tarifa de energia elétrica, em vigor desde janeiro deste ano.

Apenas uma emenda, proposta pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ), foi aceita na votação da MP 605. Essa emenda determina que as concessões anteriores ao decreto 5.163, de 2004, terão seu prazo de vigência contado a partir da emissão de licença ambiental prévia. Os outros destaques foram rejeitados. Aprovada a redação final, a medida provisória segue agora para o Senado.

Também está encaminhada a votação da MP 601, que estende a vigência do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra) até o final de 2017. Esse regime devolve às empresas parte dos tributos com base no faturamento com exportação. Além disso, a MP 601 amplia a desoneração da folha de pagamentos para os setores da construção civil e do varejo.

As duas MPs ainda precisam passar pelo Senado até segunda-feira, para não perderem validade. Lá, no entanto, ainda não se sabe se haverá tempo hábil para votá-las em razão da promessa feita pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), há cerca de duas semanas, que não mais aceitaria medidas provisórias que chegassem da Câmara com menos de sete dias de validade.
 

Grandezas e tragedias da educacao superior nos EUA: discurso de formatura - Richard Cohen


Richard Cohen
Richard Cohen
Opinion Writer

The richness of learning



President Jones, members of the faculty, assorted notables, proud parents and financially indebted graduates. I come before you on this auspicious day to say something about the degree you have just been awarded. You have been told it is not worth the papyrus it is printed on. I am here to tell you it is worth a fortune.
In preparing for this commencement speech, I assembled a file of newspaper stories about the cost of college, the burden of student debt and how much you can expect to earn in your first year after graduation — assuming, of course, that you can even find a job. The numbers are daunting. Unless you are graduating from one of those name-brand elite institutions — Harvard, Yale, etc. — you’re probably not going to make much your first year out. In fact, we now have many examples ofcommunity college graduates earning more than those with bachelor’s degrees. In Virginia, the difference can be $20,000 a year.


What’s more, people often come out of school burdened with debt — about $24,810 on average, but an astounding $41,230 in Washington, D.C., where many residents have advanced degrees. This is hardly small change, of course, but aside from Washington, we are talking the price of a new car — without the premium package. This is a debt your average young person gladly takes on without whining to Congress. I add that just to provide some perspective and get you riled up.
The figures concerning salaries and debt are not to be dismissed. But they, too, need some perspective. College, after all, is not solely about earning power — although you are forgiven for not knowing this. College, believe it or not, is about education — and that, boys and girls, is not something you can put a number on. Let me give you a word: anthropology.
This is a word I’m not sure I ever heard in high school. But when I got to college, I had to take a year of it to satisfy a science requirement. I did one semester of physical anthropology and one of cultural — and about 40 years of both ever since. I became enthralled with the study of evolution, with paleontology, with my pal Australopithecus africanus and with the “sexing” and “racing” of skulls. Give me a good skull and to this day I can give you the sex and the race of the dearly deceased. I was CSI Cohen before there was CSI anything.
I still keep up with anthropology. I try to stay somewhat current in sociology and psychology, my major and minor before I lost my way and took up journalism — and I do these things not for credit but for fun. College taught me how to have fun with knowledge. It enriched my life in ways that cannot be quantified. I came out of college with a debt, but my real debt was to my professors.
When I wanted to become a writer, I found teachers who showed me how. One of them, John Tebbel, a former newspaperman turned author, took me aside. He praised. He criticized. This is how it’s done, kid. The man changed my life.
See, this is the part of college no one talks about anymore. It’s all about numbers — what it costs and what you can earn. It’s all about a financial investment — how much in and how much out, as if value is always about money. But there’s value in the discovery of fine art or cinema or literature or. . . anthropology. And — very important — you will get an overview of the world, not just your little area but all the rest. This will make you a better citizen, which is nice, and will give you greater control of your life, which is also nice.
About a month ago, a hostess at a dinner party asked the table what college had done for them. Absolutely nothing, one person instantly responded. I braced for a cascade of negativity, but to my surprise it never came. Guest after guest praised their education and how it had made them a richer, happier person. I was gratified.
I know what you’re thinking: It’s fine for you to say, Cohen. You’ve got yours. You’re not poor and scratching for a job. True enough. But you will find truth in the cliche that money cannot buy happiness. This has been the case for thousands of years — or, as I like to put it, since Australopithecus africanus.
You can Google that.
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