Nos tempos do Ancien Régime tucanês, ou seja, o octanato neoliberal, vendido ao império, submisso ao FMI, amigo dos banqueiros e dos capitalistas financeiros, o câmbio no Brasil flutuava. Ocorreu dele se valorizar um pouco.
Pronto, bastou isso para que o mundo viesse abaixo.
Os companheiros, muitos dos quais hoje aboletados no poder, atacavam acerbamente a política de "populismo cambial", acusando a política "malanista" de ser a favor de banqueiros e contra os trabalhadores.
Teve até deputado, hoje senador, que queria fixar em lei o valor do salário mínimo em 100 dólares, vejam vocês até onde chega a sapiência petista em matéria de economia.
Pois é, hoje o regime cambial é exatamente o mesmo, apenas que a moeda está muito mais valorizada do que jamais esteve em qualquer época.
Amigo dos banqueiros? Certamente. E de outros personagens também, que se abastecem nas tetas gordas do BNDES e nos subsídios governamentais e na proteção rústica contra a "concorrência predatória" dos produtos importados (o que eles mesmos causaram, com sua política desindustrializadora).
Inteligência econômica é isso aí. O resto é conversa...
Paulo Roberto de Almeida
THE ECONOMIST DIZ QUE REAL ESTÁ VALORIZADO EM 35%!
(BBC, 13) Com uma sobrevalorização de 35% em relação ao dólar, o real seria a quarta moeda mais cara do mundo, segundo o tradicional "índice Big Mac", publicado periodicamente pela revista britânica The Economist. Segundo a revista, a sobrevalorização do real fica atrás somente do franco suíço (sobrevalorizado em 62% em relação ao dólar), a coroa norueguesa (também 62% sobrevalorizada) e a coroa sueca (41%). As moedas mais desvalorizadas seriam, segundo o índice Big Mac, a rupia indiana (desvalorizada 61% em relação ao dólar), a hryvnia ucraniana (50%) e o dólar de Hong Kong (49%). O iuan chinês estaria desvalorizado em 42%.
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