sábado, 5 de dezembro de 2020

O chanceler acidental e as teorias conspiratórias (Deutsche Welle)

 Acredito, realmente, que o chanceler acidental acredita, realmente, na realidade real de uma conspiração de elites não muito bem identificadas — mas uma delas está ligada a Klaus Schwab, do Foro Econômico Mundial — que acreditam realmente na necessidade de um Grande Recomeço (Great Reset), que nada mais seria do que uma maneira dessas elites totalitárias, a pretexto de salvaguardar vidas, subtrairem nossas liberdades, ademais da soberania nacional, uma vez que elas são globalistas e querem impor uma dominação mundial. 

Acredito, realmente, que o chanceler acidental acredita realmente em tudo isso, do contrário não ousaria expor o Brasil ao ridículo de invocar teorias conspiratórias numa reunião multilateral — “oh my God, quando escaparemos disso?” —, como realmente aconteceu, e se encontra descrito nesta matéria da Deutsche Welle, que expressa realmente a realidade. 

Agora que o grande salvador do Ocidente está saindo, quem mais poderá nos salvar dessa ameaça das elites totalitárias?

Paulo Roberto de Almeida

Link para a matéria da Deutsche Welle:

https://m.dw.com/pt-br/ministro-ara%C3%BAjo-evoca-teoria-de-conspira%C3%A7%C3%A3o-sobre-covid/a-55832656?maca=bra-GK_RSS_Chatbot_Brasil-31509-xml-media 

Ministro Araújo evoca teoria de conspiração sobre covid

Deutsche Welle, 5/12/2020
Após discursar em conferência da ONU sobre a pandemia, ministro brasileiro das Relações Exteriores tuíta sobre um "Great Reset", suposto projeto secreto de elites para impor controle econômico e social às massas.

O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Ernesto Araújo, mencionou nesta sexta-feira (04/12), num tuíte, a teoria de conspiração do "Great Reset" (grande recomeço ou zeragem), sobre a origem da covid-19, após participar de uma conferência da Organização das Nações Unidas. 

"A pandemia não pode ser pretexto p/ controle social totalitário violando inclusive os princípios das Nações Unidas. As liberdades fundamentais não podem ser vítima da Covid. Liberdade não é ideologia. Nada de Great Reset", escreveu na rede social Twitter, acrescentando o link para um vídeo da "minha fala em sessão ONU s/ Covid".


A pandemia não pode ser pretexto p/ controle social totalitário violando inclusive os princípios das Nações Unidas. As liberdades fundamentais não podem ser vítima da Covid. Liberdade não é ideologia. Nada de Great Reset. Minha fala em sessão ONU s/ Covid: youtu.be/nikOlQVm6vc

Na véspera, Araújo participara de uma conferência extraordinária das Nações Unidas sobre a pandemia do vírus Sars-Cov-2. O encontro, visando alcançar um compromisso global face à pandemia, contou com a participação de mais de 90 chefes de Estado e governo.

Mito do "grande recomeço"

Popular em plataformas de extrema-direita, a "grande zeragem" é uma teoria da conspiração segundo a qual a pandemia da covid-19 teria se originado num projeto secreto de elites corruptas, com o fim de impor seu controle econômico e social às massas.

Em maio, a teoria tomou impulso após o fundador do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, anunciar a intenção de reunir líderes mundiais, num encontro denominado "Great Reset", para discutir as mudanças climáticas e a reconstrução sustentável de economias prejudicadas pela pandemia. Isso deu margem a rumores sobre elites que manipulariam a economia e a sociedade mundiais.

Apesar de não citar diretamente o termo em seu discurso na ONU, o chanceler do Brasil falou de "uma armadilha" para suprimir liberdades durante a atual pandemia. Há mais de 66 milhões de casos confirmados de covid-19, em todo o mundo, resultando em 1,5 milhão de óbitos, segundo dados mais recentes da Universidade Johns Hopkins.

"Aqueles que não gostam da liberdade sempre tentam se beneficiar dos momentos de crise para pregar o cerceamento da liberdade. Não caiamos nessa armadilha. O controle social totalitário não é o remédio para nenhuma crise. Não façamos da democracia e da liberdade mais uma vítima da covid-19", afirmou na ONU, sem especificar a quem se referia, o diplomata, indicado por Bolsonaro e também admirador de Donald Trump.

Conspiração à moda brasileira

"A covid-19 não pode servir como pretexto para avançar agendas que extrapolam a estrutura constitucional das Nações Unidas", insistiu Ernesto Araújo, comentando a situação da pandemia no Brasi. Com mais de 6,5 milhões de casos e quase 176 mil vítimas, o país apresenta a segunda maior mortalidade de covid-19, depois dos Estados Unidos.

Entre os que advogam o "Great Reset" conta o QAnon, um movimento surgido nos Estados Unidos em 2017, combinando várias teorias da conspiração, e que já ganhou uma versão brasileira a qual se tem espalhado rapidamente entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

O movimento nasceu em fóruns na internet da extrema direita americana, onde um anônimo (QAnon) passou a alegar que possuía informações secretas de agências de segurança sobre um grupo liderado por uma elite corrupta de pedófilos satanistas, os quais sequestrariam e sacrificariam crianças.

No Brasil, o QAnon adaptou-se à narrativa conspiratória local. Alegando defender valores cristãos e conservadores, seus disseminadores usam as redes sociais para espalhar falsidades contra críticos ao governo bolsonarista.

AV/lusa,ots


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários são sempre bem-vindos, desde que se refiram ao objeto mesmo da postagem, de preferência identificados. Propagandas ou mensagens agressivas serão sumariamente eliminadas. Outras questões podem ser encaminhadas através de meu site (www.pralmeida.org). Formule seus comentários em linguagem concisa, objetiva, em um Português aceitável para os padrões da língua coloquial.
A confirmação manual dos comentários é necessária, tendo em vista o grande número de junks e spams recebidos.