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quarta-feira, 6 de março de 2019

Nova repercussao da exoneracao, depois do Carnaval: Poder 360

Pois é, já que estava prevista desde muito tempo antes, como alegado pelo Itamaraty, essa substituição de chefias, podiam pelo menos ter esperado a Quarta-feira de Cinzas para fazê-lo, não é?
Precisava ser numa Segunda-Feira de Carnaval, logo pela manhã, com requintes de crueldade?
Atrapalhou a folia de muita gente, especialmente os jornalistas, que tiveram de trabalhar nessa coisa chata, em lugar de cair na folia, não é mesmo?
Em todo caso, jornalistas que, sim, brincaram o Carnaval, retomam agora as matérias sobre o caso, trazendo novas evidências sobre a minha exoneração.
Vou comentar, numa postagem seguinte, alguma das palavras do guru pretensamente "filosófico" do atual governo, aquele a quem eu chamo de "sofista da Virgínia", uma pessoa especialmente inepta em matéria de relações internacionais, mas que ainda assim pretende arvorar-se a especialista nisso também. Seria apenas patético se não fosse simplesmente ridículo.
Aqui o Poder 360, um dos melhores blogs de política nacional, junto com o Antagonista, sediado na capital federal. 
Uma reclamação contra seus editores: acho terrivelmente estúpido substituir, a cada vez, as palavras "um" e "uma" pelo número 1. Estão com falta de espaço nos servidores? Isso não faz nenhum sentido; fiz a substituição, pois a leitura se torna horrível com os dígitos em lugar das palavras corretas.
Ainda uma correção: eu não estava na "presidência" do IPRI, e sim era seu Diretor.
Paulo Roberto de Almeida
6 de março de 2019

Demissão de Paulo Roberto de Almeida expõe conflito no Itamaraty

Embaixador comentou caso nas redes
Fez críticas ao escritor Olavo de Carvalho
Governo diz que decisão estava tomada
Afastado, ele passará os dias na biblioteca
Paulo Roberto de Almeida foi afastado na presidência do IpriReprodução/Facebook
Poder 360
05.mar.2019 (terça-feira) - 21h01
atualizado: 06.mar.2019 (quarta-feira) - 1h42

A demissão do embaixador Paulo Roberto de Almeida da presidência do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (Ipri), anunciada nesta 2ª feira (4.mar 2019) pelo Ministério das Relações Exteriores, expôs uma situação de conflito no Itamaraty. O caso ganhou tração nas redes sociais na 3ª feira (5.mar), após os comentários do próprio embaixador.
Em texto publicado no seu blog pessoal, Almeida sugere que seu afastamento foi motivado por uma postagem anterior no site, em que havia replicado textos críticos à condução da política externa pelo atual chanceler Ernesto Araújo, assinados pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo ex-ministro Rubens Ricupero.
Almeida reproduziu também uma reportagem da Folha de S.Paulo com a resposta de Araújo a Ricupero e FHC, a qual chamou de “mais um episódio de um ‘não-debate’ sobre a diplomacia brasileira e sua política externa”.

Em entrevista ao Estado de S.Paulo, Almeida conta ter recebido um telefonema do chefe de gabinete do ministro Ernesto Araújo, Pedro Wollny, em que as publicações foram mencionadas. “Ele ligou reclamando das postagens”, afirmou.
O embaixador também atribui a sua demissão a críticas fez ao escritor Olavo de Carvalho, tido como “guru” do governo Bolsonaro, influente nas nomeações de Ernesto Araújo e do ministro Ricardo Vélez Rodriguez (Educação). Para Paulo, Olavo é “uma personalidade bizarra do momento político brasileiro, totalmente inepta em matéria de relações internacionais, mas ao que parece grande eleitor nas circunstâncias atuais”.

O QUE DIZ O GOVERNO BOLSONARO

O governo tem outra versão para o afastamento de Almeida. Em nota, o Itamaraty afirmou que a mudança “já estava decidida e foi comunicada ao atual titular”. O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Filipe Martins, detalhou em sua conta no Twitter que a decisão teria sido antecipada “por uma série de ofensas pessoais”.
Também por meio de sua conta na rede social Twitter, Olavo de Carvalho afirmou que não influiu na exoneração do diplomata. “Não fui eu quem cortou a cabeça do Paulo Roberto de Almeida. Não posso cortar o que não existe”, disse na 2ª feira (4.mar), às 16h03.
Em outro post seguintes, o escritor disse que Almeida não o teria o perdoado por expor em um debate a “ignorância e incompetência” do embaixador “em matéria de globalismo”.

O Paulo Roberto de Almeida jamais me perdoou por ter demonstrado, num debate, a sua total ignorância e incompetência em matéria de globalismo. Como vingancinha, apelou aos xingamentos da moda e à proteção do FHC. Só faltou rezar: São George Soros, socorrei-nos.
Almeida diz que não fez sentido, ainda que a exoneração já estivesse prevista, a demissão ter sido em uma 2ª feira de Carnaval. “Não podiam esperar a 4ª feira de Cinzas?”, questionou nas redes sociais. Diz ainda estar “esperando a demonstração”das ofensas alegadas por Filipe Martins.

O DIA SEGUINTE

Paulo Roberto de Almeida é diplomata de carreira. Ao deixar o cargo no Ipri, retorna ao Ministério das Relações Exteriores de Ernesto Araújo. A intenção declarada do embaixador é “fazer da Biblioteca do Itamaraty o [seu] escritório de trabalho”.
Almeida também é ligado ao Instituto Millenium, um think tank que estuda e defende ideias ligadas ao liberalismo econômico. O ministro Paulo Guedes (Economia) é um dos fundadores.

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Volto em postagem seguinte apenas para comentar o tweet acima do sofista da Virgínia. PRA

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