quinta-feira, 24 de maio de 2012

O fascismo em construcao... na Argentina (mas vai dar ideias aos companheiros)

Não temos, nem de longe, a disposição para retornos significativos em direção ao fascismo como parece ter a Argentina, mas não faltaria disposição aos companheiros para fazer a mesma coisa, se pudessem.
Eles devem lamentar que nossa sociedade seja tão refratária a esse tipo de violência "democrática" que eles recomendariam também no caso brasileiro. 
O artigo, obviamente, é enviesado. Esse órgão a soldo do fascismo tupiniquim, que é o Carta Maior, ficaria encantado se o Brasil seguisse o mesmo caminho...
Que glória dividir, esquartejar, diminuir esses entes monopolistas pertencentes ao PIG (o fantasmático Partido da Imprensa Golpista) que são o grupo Globo, o conglomerado Abril, esse asqueroso Estadão...
Paulo Roberto de Almeida 

Justiça determina a "desmonopolização" do Grupo Clarín
A Suprema Corte argentina determinou que o Grupo Clarín tem até o dia 7 de dezembro de 2012 para "desinvestir" em seu conglomerado midiático. O Clarín havia apresentado uma medida cautelar no dia 1º de outubro de 2009 sobre o artigo 161 da Lei de democratização de meios de comunicação, que estabelece “a obrigatoriedade de desinvestir para aqueles grupos que superam o limite da regulação legal”.
Francisco Luque - Buenos Aires

Buenos Aires - Depois de três anos de debate, a Suprema Corte argentina determinou que o Grupo Clarín tem até o dia sete de dezembro de 2012 para "desinvestir" em seu conglomerado midiático. O Clarín havia apresentado uma medida cautelar no dia 1º de outubro de 2009 sobre o artigo 161 da Lei de democratização de meios de comunicação, que estabelece “a obrigatoriedade de desinvestir para aqueles grupos que superam o limite da regulação legal”.

Por decisão unânime, o Tribunal se pronunciou no processo "Grupo Clarín SA e outros sobre medidas cautelares”, afirmando que “as medidas cautelares são resoluções jurisdicionais precárias e não podem substituir a solução de fundo porque afetam a segurança jurídica”. Ainda que a demanda do Grupo Clarín tenha se enquadrado no marco do direito de defesa da competição, o Grupo também esgrimiu razões de proteção à liberdade de expressão. Neste sentido, a sentença sustenta que a Corte foi muito clara e consistente em seu reconhecimento ao longo de uma extensa e importante jurisprudência. Entretanto, no processo “não há mais que uma menção ao tema” – liberdade de expressão -, já que a parte autora – Clarín - “não acrescentou nenhum elemento probatório que demonstre de que maneira resultaria afetada essa liberdade”.

Textualmente, o artigo da Lei de Meios de Comunicação afirma que "os titulares de licenças dos serviços e registros regulados por esta lei, que na data de sua sanção não reúnam ou não cumpram os requisitos previstos pela mesma, ou as pessoas jurídicas que, no momento de entrada em vigor desta lei fossem titulares de uma quantidade maior de licenças, ou com uma composição societária diferente da permitida, deverão ajustar-se às disposições da presente em um prazo não maior que um (1) ano de que a autoridade de aplicação estabeleça os mecanismos de transição".

Os juízes Ricardo Lorenzetti, Elena Highton, Carlos Fayt, Juan Carlos Maqueda, Raúl Zaffaroni e Enrique Petracchi avaliaram, através de sua resolução, que o prazo de 36 meses “resulta razoável para a vigência da medida cautelar e se ajusta aos tempos que tarda a via processual tentada”.

No dia 1º de outubro de 2009, o Clarín solicitou que se ditasse uma medida de “não inovar” para suspender o tratamento legislativo da Lei de Medios. O pedido foi indeferido pela justiça civil e comercial federal. Em outubro de 2010, em uma decisão unânime, a Corte confirmou a medida cautelar.

A Corte Suprema afirmou em sua sentença que “quando as cautelares se tornam ordinárias e substituem a sentença definitiva, se cria um direito precário, o que constitui uma lesão ao objetivo de afiançar a justiça, garantido no próprio Preâmbulo da Constituição Nacional”.

A Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (AFSCA) celebrou a decisão e afirmou que "a resolução garante a segurança jurídica e a equidade para todas as partes, de um modo compatível com o interesse geral e a propriedade privada, na medida em que, anteriormente e por via de regulamentação, a AFSCA já havia prorrogado o prazo até o dia 28 de dezembro de 2011 para o resto dos grupos do setor". 

“A Corte Suprema considerou que a questão litigiosa fica circunscrita ao campo do estritamente patrimonial afirmando que, em função dos elementos probatórios, a norma em questão não afeta a liberdade de expressão". Também afirmou que “em todo o direito comparado existem normas de regulação do mercado dos meios de comunicação sem que sua constitucionalidade tenha sido questionada". 

A Lei de democratização de meios de comunicação foi aprovada no dia 10 de outubro de 2009, com 44 votos a favor e 24 contra. Consta de 165 artigos e o eixo central está colocado nos seguintes pontos:

- O desinvestimento (ou desmonopolização). O artigo 161 obriga as empresas de radiodifusão a vender, no prazo de um ano, os meios que não se ajustem aos limites da nova regulação.

- Novo regime. As distribuidoras de cabo não poderão ter canais de tv aberta e só é permitido ter um sinal de cabo de alcance local. Nenhuma empresa pode operar mais de 10 licenças (até então eram 24).

- Autoridade de aplicação. Foi criada a Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (Afsca), um ente formado por dois membros escolhidos pelo Governo, três pelo Congresso (um pela situação e dois opositores) e dois surgidos de um Conselho Federal dominado pelos governadores.

- Meios do Estado. Ficou estabelecido que o espaço radioelétrico se dividisse em 3/3, com uma parte para os privados, outra para o Estado e uma última para empresas administradas por ONGs.

- Concessão de licenças. O Poder Executivo se reserva essa faculdade para as cidades com mais de 500.000 habitantes.

- Conteúdos. Ficam estabelecidos limites mínimos de produção nacional (em programas e música) nas rádios e canais de TV.

- Telefônicas. Suprimiu-se a autorização para participar do negócio da TV a cabo. Mas poderiam chegar a fazê-lo associadas à cooperativas.

- Publicidade. Regula a distribuição da grade nos canais privados, mas não se refere à publicidade oficial. 

O supremo idiota da educacao brasileira: Paulo Freire

Muitos leitores deste blog, embora eu não possa precisar quantos exatamente, devem ficar chocados quando eu me refiro a certas pessoas como idiotas. Seria um insulto, um exagero meu, um despeito contra quem supostamente ficou famoso, e contra quem eu teria sérias restrições, representando, portanto, alguma inveja minha ou crítica indevida.
Várias vezes referi-me a Paulo Freire, como o supremo idiota da educação brasileira (pior, acho que falei em calamidade educacional que exportamos para o resto do mundo), e tive comentários discordantes, alguns até raivosos. Enfim, todo mundo tem o direito de discordar dos meus posts e, desde que as críticas sejam fundamentadas, não tenho nenhuma objeção a publicar aqui.
E eu tenho o direito de chamar idiotas de idiotas, mas reconheço que também preciso fundamentar minhas "acusações" de idiotice. O problema, eterno, terrível, é que leio muito, mas nem sempre tenho tempo de resumir, sintetizar, explicar tudo o que leio, justificando, portanto, meus julgamentos, geralmente sérios, mas embasados em leituras não reveladas. Concordo, também, em que chamar alguém de idiota, simplesmente, não é muito eficiente, em termos práticos, pois muita gente acha o idiota em questão um grande intelectual, e o interlocutor pode ficar chocado pela minha expressão de desprezo pelo "intelequitual".
Enfim, existem muitos idiotas, no Brasil e no mundo, que mereceriam ser desmascarados, mas eles são muitos, efetivamente, e como o mundo também tem muitos idiotas, sempre tem público para certas idiotices.
O Brasil, como sempre digo, não é tão atrasado materialmente -- já que o progresso é uma fatalidade, como já disse alguém -- como ele é atrasado mentalmente, e nos últimos tempos, os responsáveis políticos e econômicos -- e sobretudo os "educacionais" e pedagógicos -- têm se esforçado para atrasá-lo ainda mais, retrocedendo o Brasil meio século para trás. Talvez até mais, mas isso veremos mais adiante...
Por isso que a atribuição a Paulo Freire do título de patrono da educação brasileira combina com esse atraso. Só atrasados mentais seriam capazes desse crime contra a educação brasileira. Mas existem várias outras idiotices sendo cometidas em outros setores.
Paulo Freire permanece, no entanto, um caso exemplar, e para mim dramático. Ele já influenciou 5o anos de formação de professores e pedagogos, e vai continuar influenciando pelo menos uma geração mais (estou sendo otimista, claro) nos anos à frente. Por isso mesmo sou, como já disse, absolutamente e relativamente pessimista quanto ao futuro da educação brasileira: acho que vamos continuar recuando, mentalmente, do pré-primário à pós-graduação, sem possibilidade de recuperação.
Agradeço à Juliana por esta matéria que retiro de seu blog sobre Paulo Freire, de um "filósofo" que classificam como conservador, e que eu chamaria apenas de polêmico.
Ele tem razão na maior parte do que afirma, só errando quanto à produção científica brasileira que vem sendo citada: ela tem aumentado, não sei se em qualidade, mas pelo menos em quantidade. E conviria também distinguir entre a boa qualidade dos papers que são publicados nas áreas de biológicas, e hard sciences em geral, do lixo que caracteriza, provavelmente, mais da metade do que sai nas chamadas humanidades.
Com essa ressalva, fica o texto de Olavo de Carvalho, que remete a outros autores que poderiam ser pesquisados pelos interessados.
Paulo Roberto de Almeida 
De Olavo de Carvalho:

Viva Paulo Freire!

Vocês conhecem alguém que tenha sido alfabetizado pelo método Paulo Freire? Alguma dessas raras criaturas, se é que existem, chegou a demonstrar competência em qualquer área de atividade técnica, científica, artística ou humanística? Nem precisam responder. Todo mundo já sabe que, pelo critério de “pelos frutos os conhecereis”, o célebre Paulo Freire é um ilustre desconhecido. As técnicas que ele inventou foram aplicadas no Brasil, no Chile, na Guiné-Bissau, em Porto Rico e outros lugares. Não produziram nenhuma redução das taxas de analfabetismo em parte alguma. Produziram, no entanto, um florescimento espetacular de louvores em todos os partidos e movimentos comunistas do mundo. O homem foi celebrado como gênio, santo e profeta. Isso foi no começo. A passagem das décadas trouxe, a despeito de todos os amortecedores publicitários, corporativos e partidários, o choque de realidade. 

Eis algumas das conclusões a que chegaram, por experiência, os colaboradores e admiradores do sr. Freire: “Não há originalidade no que ele diz, é a mesma conversa de sempre. Sua alternativa à perspectiva global é retórica bolorenta. Ele é um teórico político e ideológico, não um educador.” (John Egerton, “Searching for Freire”, Saturday Review of Education, Abril de 1973.) “Ele deixa questões básicas sem resposta. Não poderia a ‘conscientização’ ser um outro modo de anestesiar e manipular as massas? Que novos controles sociais, fora os simples verbalismos, serão usados para implementar sua política social? Como Freire concilia a sua ideologia humanista e libertadora com a conclusão lógica da sua pedagogia, a violência da mudança revolucionária?” (David M. Fetterman, “Review of The Politics of Education”, American Anthropologist, Março 1986.) 

“[No livro de Freire] não chegamos nem perto dos tais oprimidos. Quem são eles? A definição de Freire parece ser ‘qualquer um que não seja um opressor’. Vagueza, redundâncias, tautologias, repetições sem fim provocam o tédio, não a ação.” (Rozanne Knudson, Resenha da Pedagogy of the Oppressed; Library Journal, Abril, 1971.) “A ‘conscientização’ é um projeto de indivíduos de classe alta dirigido à população de classe baixa. Somada a essa arrogância vem a irritação recorrente com ‘aquelas pessoas’ que teimosamente recusam a salvação tão benevolentemente oferecida: ‘Como podem ser tão cegas?’” (Peter L. Berger, Pyramids of Sacrifice, Basic Books, 1974.) “Alguns vêem a ‘conscientização’ quase como uma nova religião e Paulo Freire como o seu sumo sacerdote. Outros a vêem como puro vazio e Paulo Freire como o principal saco de vento.” (David Millwood, “Conscientization and What It's All About”, New Internationalist, Junho de 1974.) “A Pedagogia do Oprimido não ajuda a entender nem as revoluções nem a educação em geral.” (Wayne J. Urban, “Comments on Paulo Freire”, comunicação apresentada à American Educational Studies Associationem Chicago, 23 de Fevereiro de 1972.) “Sua aparente inabilidade de dar um passo atrás e deixar o estudante vivenciar a intuição crítica nos seus próprios termos reduziu Freire ao papel de um guru ideológico flutuando acima da prática.” (Rolland G. Paulston, “Ways of Seeing Education and Social Change in Latin America”, Latin American Research Review. Vol. 27, No. 3, 1992.) 

“Algumas pessoas que trabalharam com Freire estão começando a compreender que os métodos dele tornam possível ser crítico a respeito de tudo, menos desses métodos mesmos.” (Bruce O. Boston, “Paulo Freire”, em Stanley Grabowski, ed., Paulo Freire, Syracuse University Publications in Continuing Education, 1972.) Outros julgamentos do mesmo teor encontram-se na página de John Ohliger, um dos muitos devotos desiludidos (http://www.bmartin.cc/dissent/documents/Facundo/Ohliger1.html#I). Não há ali uma única crítica assinada por direitista ou por pessoa alheia às práticas de Freire. Só julgamentos de quem concedeu anos de vida a seguir os ensinamentos da criatura, e viu com seus própios olhos que a pedagogia do oprimido não passava, no fim das contas, de uma opressão da pedagogia. Não digo isso para criticar a nomeação póstuma desse personagem como “Patrono da Educação Nacional”. 

Ao contrário: aprovo e aplaudo calorosamente a medida. Ninguém melhor que Paulo Freire pode representar o espírito da educação petista, que deu aos nossos estudantes os últimos lugares nos testes internacionais, tirou nossas universidades da lista das melhores do mundo e reduziu para um tiquinho de nada o número de citações de trabalhos acadêmicos brasileiros em revistas científicas internacionais. Quem poderia ser contra uma decisão tão coerente com as tradições pedagógicas do partido que nos governa? Sugiro até que a cerimônia de homenagem seja presidida pelo ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, aquele que escrevia “cabeçário” em vez de “cabeçalho”, e tenha como mestre de cerimônias o principal teórico do Partido dos Trabalhadores, dr. Emir Sader, que escreve “Getúlio” com LH. A não ser que prefiram chamar logo, para alguma dessas funções, a própria presidenta Dilma Roussef, aquela que não conseguia lembrar o título do livro que tanto a havia impressionado na semana anterior, ou o ex-presidente Lula, que não lia livros porque lhe davam dor de cabeça.

Progressos da educacao na googlelizacao - novos instrumentos

Durante muito tempo, nos acostumamos a identificar o Google com "cópia" na internet para um rápido trabalhinho escolar, tanto que se popularizou o termo, ou o verbo, "to google", ou seja, "googlelizar", significando, habitualmente o copy and paste dos alunos preguiçosos.
Mas todo vício vem com a sua cura, ao que parece. O Google desenvolveu inúmeras ferramentas para ajudar nos trabalhos sérios, inclusive com instrumentos de busca e seleção de materiais que podem ajudar os professores a aperfeiçoarem suas aulas.
Agradeço à educadora Juliana por ter-me chamado a atenção para esta matéria, em seu blog.
Paulo Roberto de Almeida 

Search Education, o novo site de pesquisas educacionais do Google

Do Estadão:

Se você digita uma palavra no Google, em menos de um segundo o buscador vai apresentar alguns milhares de resultados que mencionam o termo. Alguns deles, de fato, podem ajudar muito na sua busca; outros, nem tanto. Para ensinar estudantes e professores a separar o joio do trigo e ajudá-los a fazer pesquisas mais qualificadas, o Google lançou, este mês, o site Search Education (www.google.com/insidesearch/searcheducation). Ainda completamente em inglês, o site é voltado a professores interessados em ensinar estratégias de pesquisa a seus alunos ou a usuários que querem otimizar suas buscas. 

“Nós decidimos ensinar a pesquisar porque o Google tem uma gama de ferramentas, mas a maioria das pessoas só conhece parte delas”, diz Tasha Bergsin-Michelson, educadora do Google. Uma das seções do site é a Lessons Plans, ou planos de aula, em português. Nela, é possível encontrar os tutorias em três níveis de dificuldade que ensinam educadores com mais ou menos intimidade com o Google a pesquisar. Os vídeos dão dicas de como escolher os termos de pesquisa mais adequados, entender o resultado da busca, restringir a pesquisa para chegar a melhores resultados e até avaliar a credibilidade da fonte de informação.

A estratégia do Google de falar aos professores tem como objetivo fazer o treinamento chegar aos alunos para torná-los capazes de aprender sozinhos e de ser bons questionadores. “Nós precisamos cultivar a autonomia da aprendizagem nos nossos estudantes, para que, quando eles saírem para o mundo, depois do ensino médio, na faculdade, na carreira ou na vida, eles saibam como pesquisar e pensar criticamente”, diz Anne Arriaga, bibliotecária e membro da equipe de educadores do Google. No Search Education, os professores encontram também uma série de sugestões para desafiar os alunos. Dividido por disciplinas como história, geografia, biologia, o Google Day Challenge propõe atividades em que os estudantes serão testados tanto no conhecimento da matéria quanto nas ferramentas do buscador. Pelo site, o professor recebe dicas de como conduzir o exercício.

As atividades específicas foram desenvolvidas a partir do currículo norte-americano e, por enquanto, não há previsão de que a ferramenta seja traduzida ou adaptada para o ensino brasileiro. Para os vídeos gerais, que falam sobre as funcionalidades do Google, no entanto, as dicas podem ser muito úteis. O único problema é que todos os tutoriais são em inglês. Quem não domina o idioma, porém, pode recorrer à ajuda do próprio Google para decifrá-los. Ao clicar no botão CC, na parte inferior da tela, é possível selecionar a opção de ter a transcrição do áudio. Com o áudio transcrito, é só jogar o texto para ser traduzido pelo Google Tradutor.

A miseria educacional brasileira, crescente, no terceiro ciclo

A miséria educacional é completa, extensa, absoluta, relativa e crescente. Desculpem o excesso de adjetivos pessimistas, mas eu conheço -- parafraseando José Marti -- as entranhas do monstro. Já "frequentei", a convite e por contatos, e conheço o funcionamento e a "produção" de muitas universidades federais, especialmente as faculdades da minha área de humanidades, pois sou chamado a bancas, seminários e a dar parecer sobre artigos.
Tenho, portanto, muitos motivos para ser absolutamente pessimista quanto à situação atual e quanto à degradação futura dessas instituições que condensam um pouco todos os males da educação brasileira, desde o pré-primário até o pós-doutoramento.
Os adeptos do regime atual poderão protestar, mas eu também já os ouvi, mais do que gostaria, nessas reuniões sindicais que decidem pela greve, como atualmente. A indigência mental dos argumentos só perde para a decadência moral dos propósitos. Estou verdadeiramente assustado e preocupado com o que vejo.
Não tenho nenhuma dúvida de que a situação vai continuar a se deteriorar, com greve ou sem greve.
Abaixo mais um desabafo sobre a questão.
Paulo Roberto de Almeida 



Reinaldo Azevedo, 24/05/2012

Quando Luiz Inácio ApeDELTA da Silva recebeu uma baciada de títulos de Doutor Honoris Causa — de todas as universidades públicas do Rio —, fez um discurso escandalosamente mentiroso. Apontei aqui as suas falácias. Entre outras indelicadezas com a verdade, multiplicou por dois o número de universitários do país. Há alguns anos, tenho escrito que em poucas áreas se mente com tanta desenvoltura como no ensino superior — justamente o setor que, em tese, concentra a elite intelectual do país. Como isso é possível? Ora, as nossas universidades, especialmente nos cursos de humanidades, reúnem mais comunistas do que Pequim, Pyongyang e Havana juntas… Dominam o aparelho universitário e ajudam a levar a farsa adiante.
Muito bem! Uma das grandes obras de Fernando Gugu Haddad, sob os auspícios do ApeDELTA, seria a gigantesca expansão das universidades federais. Há muita pilantragem na conta, é verdade, mas é fato que algumas instituições foram criadas. Em quais condições, no entanto, elas operam? Vejam este vídeo sobre o campus Rio Paranaíba, da Universidade Federal de Viçosa. Volto depois:

Voltei
Eis aí. Inaugurou-se um novo campus da Universidade Federal de Viçosa (que Lula conta como uma nova instituição) sem acesso por asfalto, sem iluminação e esgoto tratado — na Universidade Federal Rural de Pernambuco, em Garanhuns, a, perdoem-me a crueza, merda corre a céu aberto. Os depoimentos também deixam evidente a carência na estruturação técnica do corpo docente.
Nessas horas, o que tende a dizer o lulo-petismo? “Ah, não havia nada lá. Ao menos nós fizemos alguma coisa!” Foi mais ou menos esse o sentido das declarações de Aloizio Mercadante (ver posts abaixo), que substituiu Haddad. Para ele, essa infraestrutura deficiente é só a “dor do parto”. Qualquer pessoa do mundo chamaria de desleixo e falta de planejamento.
A greve
Estão em greve 70% das universidades federais do país. O assunto quase não é notícia. No ano passado, os institutos federais de ensino (também os de nível técnico) ficaram parados quase cinco meses. Poucos se interessavam pelo assunto. Por quê? Fácil de responder. Porque são os intelectuais e as ONGs petistas que hoje pautam boa parte dos veículos de comunicação. O partido também é majoritário nas associações e sindicatos de professores. Se os pelegos petistas não conseguiram impedir o movimento, é porque a situação, com efeito, não é das melhores — embora eu insista que a greve, nesses casos, prejudica, na verdade, os alunos. Servidores públicos deveriam pensar meios simbólicos de fazer seu protesto chegar à sociedade. Bem, essa é outra questão. Volto ao ponto.
As mentiras da era Lula-Haddad começam a chegar ao grande público. Aos poucos, estamos vendo como se fez a propalada expansão do ensino superior federal. Uma aluna de veterinária da Universidade Federal do Tocantins me manda a seguinte mensagem:
“O problema de infraestrutura é grave. No meu curso de Medicina Veterinária, a gente tem muitos problemas com aula prática. Como pode um estudante de veterinária sem aula prática de anatomia, radiologia, citologia e por aí vai? O governo abre cursos e não dá condição nenhuma de o professor ensinar e de o aluno aprender. E a gente é obrigado a ouvir essa ladainha desses políticos! É revoltante!!!!”
Henrique, um professor, escreve:
“Sou professor de um curso criado pelo REUNI e sou testemunha da falta de planejamento e do descaso na criação de cursos. A Universidade criou o curso sem ter a infraestrutura e os professores necessários. Temos mais professores contratados do que efetivos (concursados), e não há perspectiva de novas vagas. Não temos laboratórios, e a primeira turma irá se formar sem nunca ter feito práticas básicas da área. A seleção exclusivamente feita pelo ENEM não seleciona. Nossos alunos entram sem saber resolver uma mísera equação de 1º grau, e a taxa de reprovação é alta, levando ao abandono. Mas, na propaganda do governo, tudo parece perfeito. Só olhando de perto para ver o quanto se festeja uma mentira.”
A leitora Vera L. informa:
O retrato do Hospital do Fundão, ligado à UFRJ, é o retrato do governo do PT. Os médicos residentes andam à cata de pacientes para poderem ESTUDAR! A UFRJ abriu uma faculdade de medicina em Macaé SEM hospital de referência para os alunos que serão futuros médicos! Agora, eles vêm de Macaé para o Hospital do Fundão, onde há falta de TUDO, principalmente de pacientes, por falta de infraestrutura. As universidades federais do governo do PT só existem funcionando nas PROPAGANDAS do MEC a PREÇO DE OURO, PAGAS com NOSSO DINHEIRO. Lá TUDO funciona.
Os Hospitais Federais do RJ NUNCA antes tão precários. Há uns 10 anos, todos eram referência de bom atendimento. (…) Enquanto a USP se torna uma das melhores universidades do MUNDO, as federais nas mãos do PT estão em petição de miséria. Esse é o JEITO PT de governar que ELES querem para São Paulo, com Haddad de candidato. Que Deus livre SP dessa tragédia”
Pior: voltem lá ao vídeo do campus da Universidade Federal de Viçosa: a infraestrutura que serve à universidade entrou no radar do clientelismo, das emendas parlamentares, dos arranjos políticos…
Se vocês tivessem estômago, valeria frequentar algumas salas de debate dos professores sindicaleiros do ensino superior… Sabem onde está localizado, para eles, o centro do mal do ensino superior do país? Acertou quem respondeu “São Paulo”, muito particularmente a USP, onde radicaloides e boçalides repetem o mantra: “Fora Rodas”. Fernando Haddad, com a competência demonstrada até aqui, é um dos que gostam de falar do suposto “autoritarismo” vigente nas universidades estaduais paulistas. Essa gente tem mesmo é um pacto contra a competência e contra a verdade.
Os números
No discurso dos títulos a baciadas, Lula afirmou que chegou ao governo com 6 milhões de universitários e que, hoje, eles serim 12 milhões. Mentira! Segundo o Censo Universitário, no fim de 2010, assinado por Haddad, havia 6,37 milhões de estudantes no terceiro grau — 14,7% estão na modalidade “ensino à distância”, que tem virado, no Brasil, uma “picaretância”. Disse ter criado novas universidades federais. Mentira também! Deve chegar, no máximo, à metade. Algumas “universidades novas” são campi avançados ou divisão de instituições anteriores. Em 2010, as universidades públicas brasileiras formaram 24 mil estudantes A MENOS do que em… 2004!
As universidades federais brasileiras mais incharam do que cresceram. Lula e Haddad foram criando alguns puxadinhos e puxadões Brasil afora, sem oferecer as condições mínimas necessárias para um ensino de qualidade. As mentiras têm sido reproduzidas por aí, com base em releases distribuídos por assessorias de comunicação.
É chegada a hora de visitar os campi dessas novas “universidades federais” criadas por Lula e Haddad e saber como funcionam. Vamos ver como estão seus laboratórios, bibliotecas e salas de aula, conhecendo também os docentes, seu regime de trabalho e sua qualificação intelectual e técnica.
Já conhecemos os milagres de Lula. Agora só falta conhecermos a verdade.

Coronelismo, enxada e PT: a escolha do atraso

Basta olhar os mapas eleitorais das três últimas eleições gerais no Brasil, para constatar esta fabulosa transmutação do pretensamente "moderno" em irrecusável atraso: as bases eleitorais do PT se mudaram para os chamados grotões, e as práticas mais nefastas do clientelismo, do voto de cabresto, do fisiologismo, das alianças com o que existe de mais atrasado nesses cantos recuados do Brasil, se perpetuam hoje nas políticas ditas de "inclusão" que nada mais são do que a preservação da pobreza, da dependência política e social, enfim, o curral eleitoral com que trabalharam todos os coronéis da política brasileira, desde os tempos do Império. Esse é o partido que pretende fazer avançar o Brasil, e que na verdade consagra o atraso e corroi as instituições.
Paulo Roberto de Almeida 

O poder do latifúndio nos domínios do PT

José Nêumanne
O Estado de S.Paulo, 23/05/2012
Petrolina e, como a cidade às margens do São Francisco, Pernambuco inteiro, pela voz de seu governador, Eduardo Campos (do clã Alencar, do Cariri cearense), indignaram-se com as críticas ao ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, por ter destinado 90% de todas as verbas da pasta ao seu Estado. Também a Paraíba mobilizou suas tropas retóricas para atacar qualquer um que lembrasse a circunstância de o novo ministro das Cidades do mesmo governo soi-disant socialista de Dilma Rousseff, Aguinaldo Ribeiro, ser neto de Agnaldo Veloso Borges, vilão histórico da esquerda acusado de ter mandado matar os líderes camponeses João Pedro Teixeira e Margarida Maria Alves. Agora vem o repórter Leonencio Nossa, da sucursal de Brasília deste jornal, lembrar que o dono da empreiteira Delta - campeã de obras do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) e citada nas denúncias contra o bicheiro Carlinhos Cachoeira -, Fernando Cavendish, é bisneto do coronel Veremundo Soares, de Salgueiro.
A Salgueiro do tempo dos coronéis tornou-se lendária pela citação num dos clássicos do repertório de outro sertanejo de Pernambuco, Luiz Gonzaga, em sua homenagem ao pai, o sanfoneiro Januário, do Vale do Araripe: "De Itaboca a Rancharia, de Salgueiro a Bodocó, Januário é o maior". Hoje em dia, a região notabiliza-se pelo comércio de carros roubados e pelas plantações de Cannabis sativa, que a tornaram uma espécie de capital informal do "perímetro da maconha". Assim como as plantações de coca florescem nos sovacos dos Andes bolivianos e em outros locais inóspitos, a "erva maldita" cresce e dá bons lucros num território que antes era definido como "polígono das secas" e agora recebe a crua denominação de semiárido. Neste ano, em que ocorre o mais penoso período de estiagem no Nordeste em 30 anos, por mais que incendeie roças da matéria-prima para a droga com a qual os viciados costumam se iniciar, a polícia não dá conta de seu avanço sertão adentro.
A exclusão do nome do bisneto do coronel Veremundo dos convocados a depor na CPI do bicheiro goiano reforça as evidências históricas de que a força inesgotável das oligarquias com poder sediado no sertão representa para a região específica e para todo o Brasil uma praga pior do que o flagelo das secas periódicas e a maconha perene.
Na falta de chuvas deste ano, a situação aflitiva das populações sertanejas é amenizada pela esmola estatal da Bolsa-Família. A famosa bravata de dom Pedro II, que prometeu empenhar o último diamante da coroa imperial para evitar que um cearense morresse de fome, foi assumida pela República assistencialista, que adotou o "neocoronelismo" com cartão magnético e trocou o voto de cabresto pelo sufrágio do guidom. Pois o jegue foi substituído pela moto, financiada a perder de vista, mas também a perder da vida, pois o comprador é dizimado nas rodovias em acidentes fatais e dificilmente sobrevive à própria dívida. No entanto, os animais criados pelas famílias dos camponeses pobres são sacrificados pela inclemência climática e pela insensibilidade do Estado ausente.
O poder do latifúndio no passado foi tema de clássicos da sociologia brasileira, tais comoCoronelismoEnxada Voto, de Victor Nunes Leal, CoronelCoronéis - Apogeu e Declíniodo Coronelismo no Nordeste, de Marcos Vinicios Vilaça e Roberto Cavalcanti de Albuquerque, e Família Coronelismo no Brasil - Uma História de Poder, de André Heráclio do Rêgo. A "inclusão" dos costumes desse mandonismo na República petista tem merecido um estudioso à altura desses citados expoentes da sociologia do latifúndio, o professor Luiz Werneck Vianna, que no artigo As cidades e o sertão, publicado nesta página, esclareceu: "Está aí a mais perfeita tradução da quasímoda articulação, no processo de modernização capitalista do País, entre o moderno e o atraso, ilustração viva do ensaio de José de Souza Martins A Aliança entre Capital e Propriedade da Terra: a Aliança do Atraso (in A Política do Brasil Lúmpen e Místico, São Paulo, Editora Contexto, 2011) e que se vem atualizando por meio da conversão do imenso estoque de capital social, econômico e político do latifúndio tradicional, que se processa no circuito da política e mediante favorecimento da ação estatal, em que seus herdeiros se reciclam para o exercício de papéis modernos. Para quem é renitente em não ver, este é o lado obscuro do nosso presidencialismo de coalizão, via escusa em que os porões da nossa História se maquiam e mudam para continuarem em suas posições de mando". Ou seja, "ou fingimos que mudamos ou eles mudam contra nós" - parafraseando o príncipe de Salina, protagonista do romance O Leopardo.
O maquiavélico conselho do cínico protagonista da obra-prima de Giuseppe Tomasi di Lampedusa ao sobrinho Tancredi traduz a aliança entre os socialistas pragmáticos do PT e os senhores da terra do semiárido. Não se trata de acusar o neto pelos crimes atribuídos ao avô nem de atribuir ao bisavô os deslizes do bisneto, e sim de reconhecer a renitente sobrevivência do semifeudalismo rural sertanejo nos costumes políticos do Brasil contemporâneo. A transposição do Rio São Francisco, anunciada para matar a sede dos sertanejos, não passa de truque retórico para dar cunho social a uma obra faraônica, que custará caro ao contribuinte e entregará a água a quem já tem a terra para irrigar. A estéril discussão sobre os efeitos do clima no semiárido, sem consequências práticas, representa a manutenção do domínio político e econômico dos oligarcas, confirmado por fatos.
Este ano, a prefeitura de Campina Grande, centro universitário de alta tecnologia, será disputada por Daniela, irmã de Aguinaldo Ribeiro e neta de Agnaldo Veloso Borges, por Romero Rodrigues, primo do senador Cássio, parente de Zé Cunha Lima, de Brejo de Areia, e por Tatiana Medeiros, apoiada pelo prefeito Veneziano Vital do Rêgo Segundo, parente do célebre Chico Heráclio do Rego, personagem-síntese do mandonismo no sertão.
JORNALISTA E ESCRITOR,  É EDITORIALISTA DO 'JORNAL DA TARDE'

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Que tal fechar a ABIN?

Os arapongas se destinam, supostamente, a defender o Estado de Direito, as instituições públicas, prevenindo ataques e desmantelando ameaças ao funcionamento normal do aparelho de Estado.
Nos últimos dez anos (e mesmo antes), e provavelmente no futuro também, os inimigos do Estado fazem o que querem, sem que haja, como deveria haver, prevenção, desarticulação, identificação dos líderes.
Curiosamente isso nunca ocorreu, seja com MST, com CUT, ou outros movimentos que poderiam ser chamados de terroristas.
Acho melhor fechar a ABIN, um órgão notoriamente castrado e sem qualquer função aparente, menos a de gastar o nosso dinheiro inutilmente...
Paulo Roberto de Almeida



Prédio do Ministério da Fazenda é invadido por trabalhadores rurais







Prédio do Ministério da Fazenda é invadido por trabalhadores rurais

A mobilização ocorreu simultaneamente em vários estados, segundo a coordenadora-geral, com o objetivo de destravar a pauta de reivindicações do movimento, encaminhada ao governo federal em abril

Agencia Brasil: um orgao parecido com os fascistas de Hitler...

Andei lendo um pouco de história, nos últimos dias, sobretudo um livro que dava destaque a Alfred Rosenberg, o ideólogo do NSAPD, o partido nazista alemão, e que se vangloriava de ter influenciado Hitler na confecção de Mein Kampf.
Curiosamente, encontrei vários pontos em comum com o trabalho que Rosenberg fazia no Volkisher Beobachter, o jornal oficial do movimento nazista, e o trabalho da Agência Brasil, tal como relatado abaixo.
Rosenberg também publicava notícias distorcidas, por vezes as mais ridículas, como a Agência tristemente chamada de Brasil (e que mereceria ser fechada). Em qualquer desgraça que acontecesse em qualquer canto da Alemanha, Rosenberg procurava algum "dedo" judeu, e se não existisse, ele pelo menos sugeria que poderia haver algum escondido em alguma parte. A Agência que não merece o nome tem militantes sectários, não jornalistas, entre seus comensais...
Tudo a ver, de fato...
Paulo Roberto de Almeida 



A fonte oficial
Carlos Brickmann, 23.05.2012

A luta partidária para demonizar os adversários está tão grande que contaminou o noticiário. Uma reportagem da Agência Brasil - que, sendo do Governo, é reproduzida sem maiores cuidados em pequenos jornais, blogs, portais, é lida em emissoras de rádio, é divulgada em tevês locais - publicou informações incorretas a respeito de Policarpo Junior.

O senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, ex-presidente da República, apresentou requerimento solicitando declarações do jornalista à CPI dos Bingos, de 2006. A Agência Brasil publicou a notícia do requerimento transcrevendo-o, sem analisá-la: "O requerimento para resgatar informações prestadas pelo jornalista Policarpo Junior (...) à CPI dos Bingos (...)" Só que Policarpo Junior não prestou depoimento algum à CPI do Fim do Mundo (apelido que foi dado à CPI dos Bingos e que quase se transformou em seu nome oficial).

Diante dos protestos pela evidente falsidade da notícia, a Agência Brasil corrigiu o erro, doze horas depois - cometendo um erro ainda maior: disse que as declarações de Policarpo Junior tinham sido feitas à CPI da Loterj, na Assembléia do Rio, e ao Conselho de Ética da Câmara, e atribuiu as informações à assessoria de Fernando Collor. Um telefonema para o alvo dos ataques? Não, nada disso: bastou uma declaração da assessoria de Fernando Collor. E Fernando Collor, desde o início da atual CPI, deixou claro que seu alvo era Veja.

Talvez ainda esteja irritado com a revista pela entrevista com seu irmão Pedro, que iniciou o processo que culminaria com seu impeachment. A Agência Brasil se comportou como a Velhinha de Taubaté, a imortal criação de Luiz Fernando Veríssimo, a última pessoa do país que acreditava no Governo. Só que, no caso, a Velhinha de Taubaté acreditava em Fernando Collor.

O caso é que Policarpo Junior não esteve na CPI da Loterj nem na Comissão de Ética da Câmara. E, portanto, não falou nada. Dois erros seguidos, iguais, ambos demonizando o adversário do momento. E o consumidor de informação? Ora, quem está preocupado com ele, se o importante é xingar o adversário?

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...