Temas de relações internacionais, de política externa e de diplomacia brasileira, com ênfase em políticas econômicas, em viagens, livros e cultura em geral. Um quilombo de resistência intelectual em defesa da racionalidade, da inteligência e das liberdades democráticas.
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Este blog trata basicamente de ideias, se possível inteligentes, para pessoas inteligentes. Ele também se ocupa de ideias aplicadas à política, em especial à política econômica. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre livros, sobre questões culturais em geral, focando numa discussão bem informada sobre temas de relações internacionais e de política externa do Brasil. Para meus livros e ensaios ver o website: www.pralmeida.org. Para a maior parte de meus textos, ver minha página na plataforma Academia.edu, link: https://itamaraty.academia.edu/PauloRobertodeAlmeida;
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segunda-feira, 17 de novembro de 2014
Brasil no G20 e o constrangimento ucraniano - Caio Blinder
Caio Blinder blog, 6/11/2014 às 12:56
Com Putin, Dilma não repete as palavras do primeiro-ministro canadense Harper
Nenhuma surpresa na atitude ucraniana da presidente Dilma Rousseff. A agressão russa no país vizinho é um escândalo geopolítico. No entanto, a presidente do Brasil lava as mãos. Ela considera prioritário denunciar bombardeios americanos contra os terroristas do Estado Islâmico (precisamos de diálogo, minha gente, vamos colocar a cabeça no lugar).
Já na reunião do G-20, na Austrália, onde Vladimir Putin foi alvo de merecida hostilidade ocidental, Dilma foi pacata, foi anódina, foi omissa, foi uma anestesia quando deveria tocar na ferida.
Como assim, presidente? A senhora não tem posição sobre uma crise crucial no mundo atual? Em entrevista, Dilma afirmou: “O Brasil, no caso da Ucrânia, não tem e nunca definiu uma posição. Nunca nos manifestamos e evitamos sistematicamente nos envolver em assuntos internos.” Pelo menos desta vez, a presidente não denunciou as ações de Israel em Gaza, como é praxe na sua política de “não intromissão nos assuntos internos” de outros países.
No jargão dilmista, na crise ucraniana, o Brasil não está “nem de um lado nem de outro”. Está, sim senhora. Ao lavar as mãos, o Brasil se posiciona a favor da agressão russa, em função de uma parceria estratégica com Moscou como integrante dos Brics. Outros países, a destacar na Europa, também têm negócios com a Rússia, mas, pelo menos, marcam posição sobre a Ucrânia. Presidente, não precisa adotar sanções contra o Kremlin, mas sancioná-lo?
Falando em mão, o contraste com a atitude de Dilma Roussef, foi a do primeiro-ministro canadense Stephen Harper. Ele cumprimentou o nosso homem em Moscou, mas desferiu o golpe diplomaticamente correto para a ocasião. “Bom, acho que vou apertar sua mão, mas só tenho uma coisa para te dizer: caia fora da Ucrânia.”
Valeu, Mr./Monsieur Harper! Na típica agitprop russa, um porta-voz do Kremlin disse que a resposta de Putin foi: “Impossível, já que nunca estivemos lá.”
Dilma lavou as mãos. Stephen Harper quem sabe tenha feito o mesmo….após apertar a mão do nosso homem em Moscou.
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Eleicoes 2014: primeira pesquisa para o 2. turno: inversao das tendencias
Paulo Roberto de Almeida
Primeira pesquisa de segundo turno mostra Aécio com 54% e Dilma com 46%
InfoMoney. 8/10/2014
Pesquisa foi feita pelo Instituto Paraná, encomendada pela revista Época; em relação a rejeição, Dilma tem 41%, enquanto outros 32% afirmaram que não votariam em Aécio “de jeito nenhum”
Na pesquisa espontânea, em que não são citados os nomes de cada candidato, Aécio tem 45%, e Dilma, 39%. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O instituto Paraná Pesquisas entrevistou, entre a segunda-feira (6) e esta quarta-feira (8), 2.080 eleitores. Foram feitas entrevistas pessoais com eleitores maiores de 16 anos em 19 Estados e 152 municípios.
“Podemos afirmar que Aécio Neves inicia o segundo turno com uma boa vantagem, porque herdou mais votos de Marina Silva (a terceira colocada). Vamos ver como o eleitor se comportará após o início do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão”, afirmou o economista Murilo Hidalgo, presidente do Paraná Pesquisas, para a revista Época.
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
Politica Externa: coerencia total e sem falhas - Augusto Nunes
23/09/2014 às 21:48
Augusto Nunes \ Direto ao Ponto
A defesa do Estado Islâmico é uma prova de coerência: a condutora da política externa da canalhice jamais desperdiçou alguma chance de envergonhar o Brasil
O choro de Dilma depende da nacionalidade do morto. Ela não derramou uma única e escassa lágrima pelas incontáveis vítimas do bando de fanáticos. Não deu um pio sobre a decapitação ─ em ritos repulsivos filmados pelos carrascos e transformados em programas de TV ─ de dois jornalistas e um agente humanitário. Não emitiu nenhum sinal de desconforto com os massacres intermináveis, os estupros selvagens, a rotina da tortura, a pena de morte por heresia aplicada a quem não se subordina aos dogmas da seita. A presidente só “lamenta enormemente” a perda de aliados na guerra irremediavelmente perdida que move desde a juventude contra o imperialismo ianque.
Erguido durante a entrevista coletiva convocada pela doutora em nada, o monumento ao cinismo foi implodido por uma nota subscrita por Ban Ki-Moon, secretário-geral da Organização das Nações Unidas. Além de endossar os bombardeios americanos, Ki-Moon lembrou que os devotos da barbárie só serão contidos por mais operações militares semelhantes às executadas pelos Estados Unidos. Sem ter lido o documento, Dilma avisou que o besteirol seria reprisado em seu discurso na ONU. Caso cumpra a promessa, todos os presentes entenderão por que um representante do governo de Israel, inconformado com o ostensivo apoio do governo lulopetista ao Hamas, qualificou o país de “anão diplomático”
Entre o governo constitucional paraguaio e o presidente deposto Fernando Lugo, Dilma escolheu o reprodutor de batina. Também se juntou aos patifes da vizinhança na conspiração que afastou do Mercosul o Paraguai e permitiu a entrada da Venezuela chavista, fez todas as vontades do bolívar-de-hospício que virou passarinho, arranjou até um estoque de papel higiênico para adiar o naufrágio de Nicolás Maduro, curvou-se aos caprichos do lhama-de-franja que reina na Bolívia, presenteou a ditadura cubana com o superporto que o Brasil não tem e transformou a Granja do Torto em residência de verão de Raúl Castro. Fora o resto.
O apoio enviesado ao Estado Islâmico é também uma prova de coerência. Só poderia agir assim quem fez há pelo menos 12 anos a opção preferencial pela infâmia.
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Diplomacia companheira: um inedito na historia do Brasil - Reinaldo Azevedo
Por Reinaldo Azevedo, 24/09/2014
A presidente Dilma Rousseff certamente considerou que o ridículo a que submeteu nesta terça o país não era o suficiente. Resolveu então dobrar a dose. Como sabem, a nossa governanta censurou ontem, em entrevista à imprensa, os EUA e países aliados pelos ataques às bases terroristas do Estado Islâmico.
Dilma, este gênio da raça, pediu diálogo. Dilma, este portento da política externa, quer conversar com quem estupra, degola, crucifica, massacra. Dilma, este novo umbral das relações internacionais, defende que representantes da ONU se sentem à mesa com mascarados armados com fuzis e lâminas afiadas. Nunca fomos submetidos a um vexame desses. Nunca!
Nesta quarta, no discurso que abre a Assembleia Geral das Nações Unidas, uma tradição inaugurada em 1947 por Oswaldo Aranha, Dilma insistiu nesse ponto, para espanto dos presentes. Os que a ouviam certamente se perguntavam: “Quem é essa que vem pregar o entendimento e o diálogo com facinorosos que só reconhecem a língua da morte e da eliminação do outro?”.
Houvesse uma lei que proibisse o uso de aparelhos públicos internacionais para fazer campanha eleitoral, Dilma teria, agora, de ser punida. Sua fala na ONU foi a de uma candidata — mas candidata a quê, santo Deus? A presidente do Brasil desfiou elogios em boca própria, exaltando, acreditem, suas conquistas na economia, no combate à corrupção e na solidez fiscal — tudo aquilo, em suma, que a realidade interna insiste em desmentir.
Não falava para os que a ouviam; falava para a equipe do marqueteiro João Santana, que agora vai editar o seu pronunciamento de sorte a fazer com que os brasucas creiam que o mundo inteiro se quedou paralisado diante de tal portento, diante daquele impávido colosso que insistia em dar ao mundo uma aula de boa governança. Justo ela, que preside o país que tem a pior relação crescimento-inflação-juros entre as dez maiores economias do mundo.
De tal sorte fazia um pronunciamento de caráter eleitoral e eleitoreiro que, numa peroração em que misturou dados da economia nativa com um suposto novo ordenamento das relações internacionais, sobrou tempo para tentar faturar com o casamento gay. Afirmou: “A Suprema Corte do meu país reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo, assegurando-lhes todos os direitos civis daí decorrentes”. É claro que queria dar uma cutucadinha em Marina Silva, candidata do PSB à Presidência, que o sindicalismo gay petista tentou transformar em homofóbica numa das vertentes sujas da campanha.
Sem ter mais o que pregar aos nativos; temerosa de que o eleitorado cobre nas urnas os muitos insucessos de sua gestão; sabedora de que boa parte da elite política que a cerca pode ser engolfada por duas delações premiadas — a de Paulo Roberto Costa e da Alberto Youssef —, Dilma elegeu a sede da ONU como um palanque.
Na tribuna, bateu no peito e elogiou as próprias e supostas grandezas, como fazem os inseguros e os mesquinhos. No discurso que abre a Assembleia Geral das Nações Unidas, tratou de uma pauta bisonhamente doméstica — e, ainda assim, massacrando os números. Quando lhe coube, então, cuidar da ordem internacional, pediu, na prática, que terroristas sejam considerados atores respeitáveis.
Desde 12 de outubro de 1960, quando o líder soviético Nikita Krushev bateu com o próprio sapato na mesa em que estava sentado — e não na tribuna, como se noticia às vezes — para se fazer ouvir, a ONU não presencia cena tão patética. Nesta quarta, Dilma submeteu o Brasil a um ridículo inédito.
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
Eleicoes 2014: o curral eleitoral vai ficando cada vez mais caro
Eleições 2014
Comício com Lula tem drone, militantes pagos e Dilma 'esquecida'
Em Recife, presidente-candidata virou coadjuvante durante discurso de seu cabo eleitoral. Na plateia, beneficiários do Bolsa Família pagos para estar lá
Em Pernambuco, Dilma sugere que Marina 'virou a casaca'
Campanha de Marina diz que programa passa por revisão
Lula sinaliza volta em 2008, tropica e desaba no palco
Paulo Câmara sobe 23 pontos e empata com Monteiro em PE
terça-feira, 5 de agosto de 2014
Mai$$$$ Medico$$$$ = Mais $$$$$ para Cuba, para a Opas, para os companheiros - Leonardo Coutinho (Veja)
Uma coisa, porém, me surpreendeu: os valores envolvidos, que são substanciais. Não imaginava que fosse tanto dinheiro assim. Os montantes são, sim, estarrecedores. Não estamos falando apenas de uns poucos milhões de dólares (o que é isso para os companheiros, não é mesmo?; desde 2003 eles nadam em dinheiro, sobretudo dinheiro da Petrobras, e esse dinheiro dos cubanos é como se fosse uma corrida de taxi, digamos assim), mas de dezenas de milhões de dólares.
Só encontro duas explicações para isso: (1) os ditadores cubanos estão realmente precisando de muito dinheiro, agora que os venezuelanos enfrentam sérias dificuldades para manter o nível do mensalão chavista e fizeram um apelo desesperado aos seus companheiros brasileiros, a quem eles ajudaram no passado, inclusive como investimento...; (2) estes últimos estão fazendo uma operação triangular, dessas clássicas, na qual o dinheiro sai para fins aparentemente legais, e termina alimentando dutos menos legais, ou muito mais legais, dependendo do ponto de vista, claro.
Tenho uma dúvida e ele é absolutamente pertinente, para saber se ainda vivemos em uma democracia normal, ou se já estamos numa ditadura companheira: saber se esse acordo foi formalmente aprovado pelo Senado brasileiro, como compete cada vez que existe uma operação financeira externa. Se não houve aprovação congressual, ou se o dinheiro foi remetido antes que houvesse a ratificação formal pelo Senado, as remessas são claramente ilegais e inconstitucionais, e pode haver neste caso crime de responsabilidade política da parte do ministro da Saúde -- o anterior e o atual -- e provavelmente até da presidente da República. Está na constituição: qualquer acordo gravoso para o país tem de ser submetido à aprovação do Congresso brasileiro.
E não me venham dizer que não se trata de um acordo com Cuba, e sim com a OPAS, que isso não cola e não vale igual. Mesmo que o dinheiro fosse para o Espírito Santo, no Vaticano, ele teria antes de ser aprovado pelo Congresso.
Assusta-me viver num país em que os dirigentes se arrogam o direito de afrontar a Constituição, como se vivêssemos em ditadura. Talvez já seja o caso e ainda não percebemos...
Paulo Roberto de Almeida
5/08/2014
“MAIS MÉDICOS”: Estava tudo combinado — um jeitinho para enviar dinheiro a Cuba
ESTAVA TUDO COMBINADO
Documentos oficiais mostram que o Mais Médicos foi concebido para enviar dinheiro à ditadura de Cuba — e que o governo brasileiro escondeu o acordo durante meses
Desde o colapso da União Soviética, no início dos anos 90, Cuba ficou à míngua, sem um padrinho para financiar sua ditadura comunista. Na década passada, esse papel passou a ser desempenhado pela Venezuela de Hugo Chávez e por outros países latino-americanos governados por simpatizantes.
Com o PT no poder, o Brasil tem contribuído sem alarde com empréstimos camaradas do BNDES e, descobre-se agora, com a importação de médicos.
Em maio passado, o então chanceler Antonio Patriota anunciou o plano de trazer 6.000 médicos da ilha para atuar nos rincões do Brasil. O que Patriota não disse é que o “plano” era, na verdade, um fato consumado. O acordo para a importação de médicos cubanos já havia sido assinado no mês anterior, valendo-se de um subterfúgio para não tornar pública a verdadeira natureza do negócio.
O contrato falava, em termos genéricos, de uma “contratação de profissionais temporários” e em nenhum trecho citava Cuba ou médicos cubanos. Isso era possível porque, formalmente, o acordo foi fechado entre o Ministério da Saúde e a Organização Panamericana de Saúde (Opas).
Na prática, a entidade vinculada à ONU era apenas a intermediária da transferência de recursos dos contribuintes brasileiros para a ditadura cubana (o que também não era dito no acordo original).
Tanto esforço para omitir Cuba do acordo intermediado pela Opas se explica pela reação negativa da opinião pública brasileira, especialmente das associações médicas, ao anúncio feito por Patriota. Afinal, a importação de médicos cubanos viola uma série de leis brasileiras, além de pôr em risco a saúde da população por causa da qualificação duvidosa dos profissionais.
Criticado pelo “plano”, o governo federal deu sinais de que recuaria. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, chegou a dizer que a prioridade não era trazer médicos cubanos, mas portugueses e espanhóis. Puro diversionismo, pois nos bastidores os trâmites burocráticos para a contratação dos cubanos seguiam em ritmo acelerado.
Em meio aos protestos de junho, a presidente Dilma Rousseff ressuscitou o tema, prometendo na TV “trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do SUS”. Daí nasceu o programa Mais Médicos, sob medida para esquentar o acordo já firmado para importar profissionais cubanos.
A abertura de inscrições para médicos de outros países e de brasileiros que trabalham no exterior foi só uma maneira de legitimar a vinda dos cubanos, pois já se sabia que estes viriam em maior número. O documento assinado por Padilha em 22 de agosto foi apenas um termo de ajuste do acordo assinado em abril na surdina.
Eis por que três dias depois os primeiros 400 médicos cubanos já desembarcavam no Brasil. Uma semana antes, o governo brasileiro havia pago 11,5 milhões de reais à Opas, valor que coincide com o custo das passagens.
Um dos arquitetos da triangulação Brasil-Opas-Cuba foi o dentista Joaquín Molina, ex-coordenador da Cooperação Técnica Internacional, o departamento do Ministério da Saúde de Cuba responsável pela exportação de mão de obra médica. Em 29 de março de 2012, Molina assumiu o posto de representante da Opas no Brasil – um dia antes de a entidade firmar com Cuba um convênio, que ele ajudou a negociar, para intermediar a venda de serviços de saúde da ilha.
A missão de Molina em Brasília era bem definida e servia com perfeição aos planos de Padilha. Em 17 de dezembro, Molina protocolou no Ministério da Saúde o projeto Fortalecimento da Atenção Básica no Brasil, em que a Opas pedia quase 512 milhões reais para ajudar o país a combater “as iniquidades sociais e limites de acesso aos serviços de saúde”.
Antes do Natal, o documento venceu cinco degraus da burocracia, mais rápido do que qualquer outra proposta feita ao ministério na mesma data. Em fevereiro, a diretora da Opas, a dominiquense Carissa Etienne, veio a Brasília para dar mais um empurrãozinho na “cooperação médica” com Cuba, pela qual a Opas viria a receber 24,3 milhões de reais de comissão.
Em meio às mentiras e dissimulações envolvendo a contratação de médicos cubanos, há um dado intrigante: o valor de mais de 500 milhões de reais (dos quais 100 milhões foram pagos no mês passado e os outros 400 milhões já foram reservados no Orçamento federal) pleiteado pela Opas em dezembro de 2012 é rigorosamente o mesmo do contrato-encenação feito por Padilha oito meses depois para a importação de 4 000 médicos.
Patriota, porém, havia anunciado em abril a vinda de 6.000 cubanos. Ou seja, o Brasil está pagando a mesma quantia por menos profissionais. Considerando a má qualidade do ensino médico em Cuba, talvez seja melhor não reclamar.
terça-feira, 29 de julho de 2014
Censura totalitaria dos petralhas pretende calar simples economistas - Luiz Guilherme Medeiros
Como disse em artigo prévio, 2014 começou a valer apenas no mês de junho. A euforia nacional, o ufanismo e a desilusão que a Copa trouxe já vieram e já se foram. Resta agora nos preparamos para o segundo momento-chave do ano, as eleições de Outubro. A partir de agora, o centro da discussão passará a ser cada vez mais aonde o Brasil se encontra de fato, e para onde queremos que ele siga.
segunda-feira, 28 de julho de 2014
Eleicoes 2014: uma do gênero "acredite se quiser..."
quinta-feira, 19 de junho de 2014
Eleicoes 2014: cai a margem de elegibilidade da favorita - Fernando Rodrigues
Dilma tem 39%, Aécio, 21%, e Campos, 10%, diz Ibope
Se Dilma enfrentasse Aécio no segundo turno, a petista venceria com 43% contra 30% do tucano, uma diferença de 13 pontos percentuais.
A taxa de rejeição de Dilma aferida pela pesquisa CNI/Ibope é de 43% –esse percentual dos eleitores afirma que não votará na petista “de jeito nenhum'' para presidente da República. A taxa de rejeição de Aécio Neves é de 32% e a de Campos, 33%.
A taxa de aprovação à administração da presidente Dilma Rousseff caiu 5 pontos percentuais e está em 31% (quem responde que o governo é “bom” ou “ótimo”). Na pesquisa Ibope anterior que fez essa medição, custeada pela CNI, em 14 a 17 de março, o percentual era de 36%.
sábado, 22 de março de 2014
Voce compraria um carro usado desse sujeito? - Reinaldo Azevedo sobre a gerentona...
No dia 29 de agosto de 2010, esta Folha publicou uma reportagem (folha.com/no790511) informando que, entre março de 1995 e julho de 1996, Dilma foi empresária. Montou uma lojinha, que chegou a ter uma filial, de bugigangas importadas do Panamá. Como diz a meninada, era um negócio “tipo” R$ 1,99. Não deu certo. Fechou. Chamava-se “Pão & Circo”. Entendo. Liberais ainda na primeira dentição tendem a achar que bons empresários seriam bons gestores públicos. Não necessariamente. Trata-se de domínios e de propósitos distintos. Ocorre que a então candidata Dilma era oferecida ao país como gerente sem igual e planejadora rigorosa. Como ela era, e ainda é, meio enfezada, esse temperamento se confundia com competência. Gente que está sempre dando bafão, na vida ou no trabalho, recorre aos maus bofes para escamotear com o mau humor as suas deficiências técnicas. A eficiência costuma ser amigável.
Indagada, naquela época, sobre a sua experiência frustrada, depois de um encontro com o presidente da Confederação Nacional da Indústria, a petista explicou: “Quando o dólar está 1 por 1 e passa para 2 ou 3 por 1, ele [o microempresário] quebra. É isso que acontece com o microempresário, ele fecha. A minha experiência é essa e de muitos microempresários desse país”. Epa! Resposta errada! A cotação média do dólar em março de 1995, quando Dilma abriu sua lojinha, foi de R$ 0,884. Aquele ano fechou com a moeda a R$ 0,967. Em julho de 1996, quando ela cerrou as portas, foi de R$ 1,006. Em 17 meses, portanto, houve uma variação de 14%, não de 200%. Sempre lembrando que a moeda local supervalorizada beneficia esse tipo de negócio. Na vitrine dos fatos, a desculpa de Dilma não vale R$ 1,99, filosofaria Gaby Amarantos.
As pessoas, como já escreveu o poeta, não costumam confessar que já levaram porrada, que foram traídas ou que não tiveram paciência para tomar banho. Procuram também esconder a própria incompetência. É normal. Transferir, no entanto, para terceiros as consequências das próprias inabilidades e irresponsabilidades já é coisa mais séria. Na função pública, as consequências podem ser dramáticas.
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
O que de melhor os companheiros tem para oferecer: uma imagem, um programa...
Paulo Roberto de Almeida
Coisas Internacionais, 30 Nov 2013 09:26 AM PST
Havia preparado um texto, mas a imagem diz tudo.
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segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Araponga arapongado pela aguia e pelo carcara: ah, esse imperio perverso...
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Ricupero: Dilma tem visao estreita da diplomacia
Paulo Roberto de Almeida
EMB. RUBENS RICUPERO: DILMA TEM UMA VISÃO ESTREITA DA DIPLOMACIA!
(Trechos da longa e excelente matéria no Valor, 21) 1. Ao demitir, há pouco mais de dois meses, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, Dilma decidiu que havia chegado a hora de mudar. Mas não apenas o titular da pasta. A presidente, segundo interlocutores, quer arejar o estilo e as práticas de uma das mais antigas instituições brasileiras. Na última formatura, Dilma perguntou a um assessor: "Quantos são engenheiros?" Nenhum era. Engenheiros, acredita a presidente, teriam uma visão mais objetiva e direta para solucionar os problemas e desafios apresentados por um mundo tão complexo como o do século XXI.
2. As provas são rigorosas, exigem conhecimentos sólidos de história, relações internacionais, inglês avançado, francês e espanhol razoável. Mas agora, se depender da vontade da presidente, exames e curso terão mais exigências. Ela acha que os futuros representantes do país no exterior devem aprender e saber expressar-se em árabe, mandarim e russo, além dos imprescindíveis inglês, francês e espanhol. A presidente defende também que os jovens estudantes intensifiquem o conhecimento de relações comerciais e negócios e que reforcem o domínio do uso das redes sociais.
3. Dilma mandou cortar os orçamentos das representações no exterior destinados a almoços, jantares, coquetéis, aluguéis de carros. Ela, dizem seus assessores, acha que esses eventos são desperdício de tempo. Os diplomatas discordam e afirmam que os eventos constroem relações que resultam em negócios e oportunidades. Se o temperamento de Dilma não se casa com os costumes da diplomacia, servidores reclamam de sua impaciência e cobranças ríspidas.
4. Diz o Embaixador Rubens Ricupero: "A presidente Dilma tem uma visão estreita do dia a dia da diplomacia. Ela não entende que é impossível separar diplomacia e política externa". Diz o ex-Ministro de FHC Celso Lafer: "Isso é um assunto de Estado. A política externa é de Estado. O presidente da República conduz a política externa e dará ênfase aos assuntos que considerar mais importantes. Mas essa política não pode ser resumida aos objetivos de um partido".
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