segunda-feira, 28 de maio de 2012

Atencao Cidadao: o governo planeja roubar 5pc da sua renda...

Na verdade, o governo planeja roubar -- e vai fazer -- muito mais: perto de 38% nominais -- e provavelmente mais de 50% reais -- da sua renda, a títulos de impostos, taxas, contribuições e extorsões de diversos tipos.
O 5% referido no título é apenas a tolerância do governo com a inflação: como todos os "desenvolvimentistas" de araque e de fancaria, personagens do governo acham que se pode aceitar um pouco mais de inflação para, supostamente, se ter um pouco mais de crescimento e de emprego. Na verdade, como a experiência ensina, sempre se tem apenas perdas inflacionárias -- sobretudo para os pobres --, baixo crescimento e, como não desconfia o governo, mais desigualdade distributiva, já que os pobres não tem como se defender da inflação.
O governo sempre canta bravatas, fala muito e faz pouco, quase nada, em termos de reformas e ajustes; sempre quer estimular o crédito, o consumo, o investimento, e na verdade acaba criando bolhas que vão explodir mais adiante, como essa do estímulo -- já é o segundo ou terceiro, desse governo -- às montadoras, como se o problema do brasileiro fosse comprar carro.
O post abaixo, do economista do Ipea Mansueto Almeida, explica muito bem todas as falácias do discurso governamental.
Paulo Roberto de Almeida 

Entrevista do Ministro da Fazenda

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deu uma interessante entrevista ao jornal folha de São Paulo neste final de semana (clique aqui). Tenho dúvidas quanto a algumas declarações do ministro e destaco três passagens da entrevista.
1) DEMANDA SEM FÔLEGO: “Acho isso quase uma piada. O endividamento das famílias brasileiras é dos menores do mundo. Sabe qual é o comprometimento de orçamento das famílias brasileiras [com o pagamento de dívidas]? Em torno de 20% a 22%. Sabe quanto é nos Estados Unidos? Na maioria dos países, é acima de 80%. Nós somos o lanterninha em termos de endividamento.”
Não é possível que uma família gaste 80% da sua renda com o serviço da dívida. Na verdade, o gasto com juros de uma família americana refere-se ao serviço da dívida com financiamento habitacional que alcança 31,5% da renda das famílias (clique aqui). E no caso de financiamento habitacional, esse tipo de divida está atrelada a um ativo que, em épocas normais, se valorizava ao longo do tempo.
Isso é bem diferente das pessoas se endividarem para comprar um carro que tem uma elevada depreciação e, a depender dos juros e da entrada na compra do veículo, em pouco tempo você pode acabar com uma dívida maior do que o valor do bem financiado.
Neste domingo o jornal Estado de São Paulo fez uma matéria sobre esse assunto baseado em estudo da MB Associados que mostra que o comprometimento com o serviços da dívida das famílias de baixa renda já é próximo de 30% da renda familiar e que, em muitos casos, essas dívidas foram contraidas para financiar a compra de um carro novo, que depois é vendido a preço de banana.
Ao que parece, o Ministro da Fazenda acredita que o espaço para aumentar o consumo via crédito ainda é enorme e por isso a cruzada para os bancos emprestarem mais à qualquer custo. Seria bom as pessoas lembrarem que, se não conseguirem pagar a escola dos filhos ou seus gastos com comida e vestuário porque compraram um carro novo, o Ministro da Fazenda não vai pagar a conta.
2) PLANO B PARA CRISE: “Nós temos todos os instrumentos para neutralizar…… A situação fiscal é melhor que em 2008. Temos já a expertise. Aprendemos em 2008 e 2009. Ali, a gente estava começando. Então, às vezes, demorava um mês, dois, para bolar uma medida. Agora somos muito rápidos.”
Isso, infelizmente, não é verdade e economistas do governo por diversas ocasiões já desmentiram essa tese do ministro. A situação fiscal de 2008 era muito melhor do que a situação fiscal atual. Em 2008, por exemplo, a despesa primária teve uma redução de 0,7 ponto do PIB (passou de 17,12% do PIB em 2007 para 16,42% do PIB em 2008), apesar do crescimento do investimento público de 0,82% para 0,93% do PIB.
O ano de 2008 foi um ano no qual a despesa de pessoal, previdência, gastos com subsídios e outras despesas de custeio caíram em relação ao PIB. A folga fiscal foi tão grande que o governo capitalizou o Fundo Soberano com R$ 14,2 bilhões, aumentou o investimento e ainda cumpriu o primário cheio. Adicionalmente, ao contrário de 2011, a arrecadação federal cresceu apenas 0,38 ponto do PIB e a receita líquida do Tesouro Nacional foi levemente reduzida.
Nada disso vale para 2011-2012. Quando se tem o cuidado de retirar a receita e despesa decorrente do processo de capitalização da Petrobras, o famoso truque contábil de 2010, a arrecadação federal passou de 22,41%, em 2010, para 23,91% do PIB em 2011; crescimento de 1,49 pontos do PIB. Infelizmente, esse crescimento tão forte da arrecadação não se transformou em um crescimento do investimento público, apesar de, recentemente, o Tesouro Nacional ter revisado o dado de investimento público de 2010 e 2011 (diminuiu o investimento de 2010 e aumentou o de 2011). Mas mesmo com essa revisão, a expansão do investimento público foi pequena (0,10 ponto do PIB) frente ao crescimento da receita.
Por fim, para aqueles que não se lembram, no inicio de 2008, o estoque dos empréstimos do Tesouro Nacional para o BNDES era de menos de R$ 10 bilhões. Esse valor, em fevereiro deste ano, já era de R$ 311 bilhões; o que significa que, ao contrário do que afirma ministro, o poder de fogo do governo federal pela via da expansão dos empréstimos do Tesouro para o BNDES também é mais limitado.
3) INFLAÇÃO EM 2012: Será menor que a do ano passado. Por enquanto, está na casa do 5,2%, 5,1%. No ano passado, foi 6,5%. Se ficar onde está, fica bom para nós.
O que significa esta frase do ministro que “se ficar onde está, fica bom para nós?” Acho que agora está claro que o governo não tem intenção de perseguir mais o centro da meta (4,5%). Para o governo, parece que uma inflação de 5% ou mesmo 5,5% ao ano não faz muita diferença. Resta saber se o Banco Central pensa igual ao governo federal.
Em resumo, não acho que haja espaço para o crescimento do crédito ao consumidor como o ministro fala (olhem o trabalho da MB Associados), a questão fiscal hoje é pior que em 2008 e o saldo dos empréstimos do  Tesouro ao BNDES já é muito elevado. Tudo isso significa que, mesmo com a recupearação do crescimento do PIB no próximo ano, o nosso ritmo de crescimento mudou de patamar (para baixo).

Historia Economica: Seminario na USP

HISTORIA ECONOMICA: Balanços e perspectivas
USP- Depto. de História

Data do Evento: 
ter, 29/05/2012 - 14:00 - 21:30
qua, 30/05/2012 - 14:00 - 21:30
qui, 31/05/2012 - 14:00 - 21:30
sex, 01/06/2012 - 14:00 - 21:30
29/05 | TERÇA-FEIRA
14h00 - Abertura
Mesa Redonda 1- Pós-Graduação e História Econômica
Prof. Dr. Carlos Fico (UFRJ | CAPES)
Prof. Dr. Ângelo Alves Carrara (UFJF)
Prof. Dr. Carlos Gabriel Guimarães (UFF)
Prof. Dr. Rodrigo Ricupero (FFLCH-USP)
16h00 - 17h45  - Seminários Temáticos (1-5)
18h00 - 19h30  - Conferência 1
História Econômica: memória de um convívio meio secular.
Prof. Dr. José Jobson de Andrade Arruda (FFLCH-USP)
30/05 | QUARTA-FEIRA
14h00 - Reunião dos alunos com a Coordenação do Programa de Pós-Graduação em  História Econômica.
           
16h00 - 17h45 - Seminários Temáticos (6-10)
18h00 - 19h30 - Conferência 2
História Econômica e Marxismo
Prof. Dr. Jorge  Grespan (FFLCH-USP)


31/05 | QUINTA-FEIRA
14h00 - Mesa Redonda 2 - História Econômica e Marxismo no
Brasil
Profa. Dra. Marisa Midori Daecto (ECA-USP)
Prof. Dr. Lincoln Ferreira Secco (FFLCH-USP)
Prof. Dr. Luiz Bernardo Pericás (IEB-USP)
16h00 - 17h45  - Seminários Temáticos (11-15)
18h00 - 19h30 - Conferência 3
Economia e História Econômica
Prof. Dr. Flavio Azevedo Marques Saes (FEA-USP)
01/06 | SEXTA-FEIRA
14h00 - Mesa redonda 3 - Economia e Demografia da escravidão
Prof. Dr. José Flávio Motta (FEA-USP)
Prof. Dr. Rafael de Bivar Marquese (FFLCH-USP)
Prof. Dr. Horácio Gutierrez  (FFLCH-USP)
    
16h00 - 17h45 - Seminários Temáticos (16-20)
18h00 - 19h30 - Conferência de Encerramento
História Econômica e interpretação econômica da História
Prof. Dr. Fernando Antônio Novais (FFLCH-USP)
SEMINÁRIOS TEMÁTICOS
29/05 | 16:00-17:45
MESA 1 - Mundo urbano e vida material
Coordenação: Prof. Dr. Alexandre Macchione Saes
Cátedra Jaime Cortesão - Sala 1
Flávia de Matos Rodrigues
Na contramão de um plano: ambulantes na década de 30.
Jeansley Charlles de Lima
Regulação e controle: as relações de trabalho na estrutura ocupacional da cidade do Rio de Janeiro (1880-1910).
Joana de Moraes Monteleone
As modistas cariocas e as novas profissões femininas ligadas à moda.
Márcia Cristina Lacerda Ribeiro
A organização espacial da cidade grega antiga através das tragédias.
Helena Wakin Moreno
Luanda entre o Atlântico e o Kwanza: a circulação e as idéias de uma cidade em transformação (1890 – 1901).
MESA 2 - Economia e administração Colonial I
Coordenação: Prof. Dr. Maximiliano Mac Menz (UNIFESP)
Cátedra Jaime Cortesão - Sala 2
Fernando Victor Aguiar Ribeiro
Semeando vilas no sertão: a produção historiográfica sobre os municípios criados a oeste de São Paulo (1560-1765).
Juliana da Silva Henrique
Feira de Capoame e a pecuária nos sertões baianos  (século XVIII).
Thiago Alves Dias
O governo das anexas: administração e economia nas Capitanias do Norte do Estado do Brasil.
Tiago Kramer de Oliveira
O centro da América do sul em velhos mapas:  notas de pesquisa sobre a ruralidade nas minas do Cuiabá.
MESA 3 - Economia e população no interior do Brasil
Coordenação: Profa. Dra. Suely Robles Reis de Queirós
DH - Sala 12
Carlos Eduardo Rovaron
Trabalho comparativo: a produção rural sul mineira na zona de fronteira com o Rio de Janeiro e na zona de fronteira com São Paulo – primeira metade do séc.XIX.
Enrique Duarte Romero
Os movimentos da economia corumbaense de 1870 a 1914.
Fernando Antonio Alves da Costa
Riqueza e população em Santa Rita do Turvo/MG na segunda metade do XIX.
Reinaldo Benedito Nishikawa
Colônias no Paraná - o mercado interno na província (1854-1874).
MESA 4 - Trabalho e indústria na primeira metade do século XX
Coordenação: Prof. Dr. Paulo César Gonçalves (UNESP)
DH - Sala 21
Joimar Castro Menezes
Importações e industrialização no Brasil durante a Primeira Guerra Mundial.
Marcelo Freitas Soares de Moraes Cruz
Formação do mercado de trabalho e classe operária em São Paulo e no Rio de Janeiro - 1880-1920.
Ramatis Jacino
A inserção do negro no mercado de trabalho em São Paulo – 1912/1920.
Gilmar Machado de Almeida
Os rios na linha de montagem: o abastecimento de água e a indústria elétrica nas primeiras décadas do século XX.
Yuri Martins Fontes
Contribuições à metodologia dialética: Mariátegui e Caio Prado na formação da filosofia latino-americana contemporânea.
MESA 5 - Política e Economia no Brasil Contemporâneo
Coordenação: Profa. Dra. Luciana Suarez Lopes
DH - Sala de Vídeo
Danilo Barolo Martins de Lima
Um estudo sobre elites políticas, idéias econômicas e a conformação de grupos de interesse - O caso do Tratado Brasil-EUA, 1935.
Danilo José Dalio
Conflitos políticos e integração regional: o Brasil frente ao Pacto ABC e à ALALC.
Israel da Silva Luz
Regulação e controle: as relações de trabalho na estrutura ocupacional da cidade do Rio de Janeiro (1880-1910).
Adalberto Coutinho de Araújo Neto
As propostas de políticas públicas para a educação dos socialistas tenentistas.
30/05 | 16:00-17:45
MESA 6 - Comércio e redes mercantis no Mundo Ibérico
Coordenação:  Prof. Dr. Pedro Luís Puntoni
Cátedra Jaime Cortesão - Sala 1
Alexandra Maria Pereira
Por entre as Minas e a Corte: Apontamentos da pesquisa acerca da trajetória do Homem de Negócios Jorge Pinto de Azeredo.
Ana Hutz
Redes comerciais cristãs novas no Brasil durante o reinado de Filipe III.
Diego de Cambraia Martins
O tráfico de escravos em Bissau e a dinâmica da economia atlântica portuguesa (1756-1808).
Idelma Aparecida Ferreira Novais
A Mesa de Inspeção do Açúcar e Tabaco da Bahia (1751-1808).
MESA 7 - Cotidiano e escravidão no século XIX
Coordenação: Profa. Dra. Suely Robles Reis de Queirós
DH - Sala de Vídeo
Cleyton Rodrigues dos Santos
Sociabilidade e relações sociais: a complexidade do quotidiano nos anos finais do escravismo em Rio Claro.
Eduardo José Vieira
O Município de Lavras-MG nas décadas finais do Regime Escravista (1870-1879).
Marcelo Loyola de Andrade
Alforrias na expansão da lavoura cacaueira, Ilhéus (BA), 1810-1848.
Régia Agostinho da Silva
“A mente, essa ninguém pode escravizar”:  Maria Firmina dos Reis e a escravidão no Maranhão na segunda metade do século XIX.
Breno Matrangolo
Práticas Fúnebres e formas de bem morrer na cidade de São Paulo (1800-1859).
MESA 8 - Sociedade, política e intelectuais na primeira metade do século XX
Coordenação:  Profa. Dra. Marisa Midori Daecto
DH - Sala 19
Apoena Canuto Cosenza
O papel organizativo dos Jornais do Partido Comunista Brasileiro de 1922 a 1935.
Julio Lucchesi Moraes
A autonomia deslocada: reflexões econômicas sobre os conceitos de 'autonomia da arte' e de 'gênio criador' e cultura brasileira.
Katya dos Santos Schmitt Parcianello
Sistema colonial, sentido da colonização e mercado interno no pensamento de Caio Prado Junior.
Rafael Del'Omo Filho
LCI: Uma concepção original do desenvolvimento histórico brasileiro.
MESA 9 - Economia no mundo contemporâneo ( Séculos XX e XXI)
Coordenação: Prof. Dr. Lucas Jannoni Soares (FACAMP)
Cátedra Jaime Cortesão - Sala 2
Andreia Lopes da Costa
As reformas islâmicas do sistema bancário e financeiro paquistanês no período entre 1977-1988.
José Roberto Barsotti Baldin
A evolução do capital imobiliário nacional no setor de shopping centers a partir dos anos de 1980.
Maria de Fatima Silva do Carmo Previdelli
Vinte anos de inserção da Economia Portuguesa na Comunidade Econômica Europeia (1986-2005).
MESA 10 - Política, trabalho e economia no final do século XIX
Coordenação: Prof. Dr. Carlos Gabriel Guimarães (UFF)
DH - Sala de Qualificação
Alex Hagiwara
Floriano Peixoto e a "grande imprensa": o Brasil nos anos iniciais da República (1891-1895).
Roberta Barros Meira
Ensejo de esperanças animadoras: a realidade criada pela lei 2687.
Rosa Guadalupe Soares Udaeta
A Hospedaria de Imigrantes (ou Migrantes?) do Campo da Luz.
Vinícius de Bragança Müller e Oliveira
Educação e Economia: Diferenças regionais (São Paulo, Rio Grande do Sul e Pernambuco), 1850-1930.
31/05 | 16:00-17:45
MESA 11 - Política e economia no Brasil Imperial
Coordenação: Prof. Dr. Carlos Gabriel Guimarães (UFF)
DH - Sala 19
Hernán Enrique Lara Sáez
O Tonel das Danaides: um breve estudo sobre as decisões polítcas sobre a moeda e os bancos entre 1850 e 1866.
José Tadeu de Almeida
Crises monetárias e sociais na gestão do Padrão-ouro em Portugal e Brasil no século XIX:  uma perspectiva comparada.
Natalia Tammone
Estados unidos, Portugal e  Brasil em uma época  de transição: continuidade e inovação (1783-1824).
Vitor Marcos Gregório
A criação de províncias no Brasil Império: um balanço da pesquisa.
MESA 12 - São Paulo na economia cafeeira
Coordenação:  Prof. Dr. Alexandre Barbosa
DH - Sala 21
Fábio Rogério Cassimiro Correa
Os Bancos de Custeio Rural e o crédito agrícola em São Paulo (1906-1914).
Fernando Antonio Abrahão
Padrões de riqueza e mobilidade social na economia cafeeira: Campinas: 1870-1940.
Paulo Roberto de Oliveira
São Paulo e suas economias externas na Primeira República.
Rodrigo Fontanari
Contornando o problema do financiamento: um “crédito multifacetado e de vizinhança” na economia cafeeira paulista (1889-1914).
MESA 13 - Teoria e conceitos na obra de Marx
Coordenação: Prof. Dr. Ruy Braga (FFLCH-DS)
Cátedra Jaime Cortesão - Sala 1
Ana Paula Salviatti Bonuccelli
As reificações contemporâneas do capital. Modo de Produção e Forças produtivas sob a lógica do capital.
Bruno Hofig
Necessidade e contingência em O Capital: contribuição à apreensão científica de um objeto histórico.
Caio Graco Valle Cobério
Tópicos de Investigação sobre o Capitalismo Monopolista:Proposta metodológica elementar para a construção de um modelo histórico.
Vera Aguiar Cotrim
Trabalho complexo e produção capitalista em Karl Marx.
MESA 14 - Economia e vida material no Império Português
Coordenação:  Dra. Profa. Dra. Avanete Pereira  Sousa (UESB)
DH - Sala de Vídeo
Claudia Coimbra do Espírito Santo
A alma é o segredo no negócio: poder, religião, direito e economia no Império Português (1735-1808).
Igor Renato Machado de Lima
Família, vida material e povoamento na formação da Capitania de São Vicente.
Pablo Oller Mont Serrath
Contabilidade do Império Português: o Erário Régio.
Rafael da Silva Coelho
Moeda e sistema colonial no Brasil no final do século XVII
MESA 15 - Juventude: trabalho e educação
Coordenação: Prof. Dr. Horácio Gutiérrez
DH - Sala 12
Antero Maximiliano Dias dos Reis
Juventudes trabalhadoras frente a desregulamentação das relações de trabalho (Florianópolis, 1980-1990).
Cristiano José Pereira
Memória respeitada em arquivo organizado: jovens trabalhadores sindicalizados (1951-1973) da fábrica de louças “Santo Eugênio”, em São José dos Campos-SP.
Eduardo Januário
Finaciamento Educacional no Estado de São Paulo 1986-1994: Uma análise quantitative.
01/06 | 16:00-17:45
MESA 16 - Economia e administração colonial II
Coordenação: Profa. Dra. Avanete Pereira  Sousa (UESB)
DH - Sala de Vídeo
Bruno Aidar
O fim do estanco do sal e a arquitetura de poderes na capitania de São Paulo, c.1790-1808.
Lorena Leite
As Disputas na Fronteira Sul da América: a Colônia do Sacramento e o Tratado de Santo Ildefonso de 1777.
Patrícia Valim
José Pires de Carvalho e Albuquerque, Secretário de Estado e Governo do Brasil: poder, elites e contestação na Bahia de 1798.
Ronaldo Capel
O governo Bernardo José de Lorena: agricultura, economia e sociedade na capitania de São Paulo (1788-1797).
MESA 17 - Política e projetos econômicos
Coordenação: Prof. Dr. Renato Perim Colistete
DH - Sala 10
Adriana Gilioli Citino
Ecos da doutrina social no mundo do trabalho: Brasil 1937-1967.
Ailton Laurentino Caris Fagundes
Os militares e os economistas do regime.
Fernando Furquim de Camargo
A Guerra Civil Espanhola e as ações econômicas de Brasil e Estados Unidos (1936-1939).
Silvia de Bernardinis
O programa econômico do Partido Comunista Italiano na década de 1950.
MESA 18 - Indústria e obras públicas na virada do século XIX para o século XX
Coordenação: Profa. Dra. Raquel Glezer
DH - Sala Caio Prado Junior
Guilherme Carra Makowsky
Os trens sem trilhos: a construção da estrada de ferro norte de São Paulo – 1874 - 1931.
Natália Maria Salla
Apontamentos sobre a indústria cerâmica em São Paulo (1890-1930).
Renata Cipolli d’Arbo
Projeto de pesquisa sobre o desenvolvimento tecnológico e produtividade na agricultura de São Paulo: Ribeirão Preto, 1875-1920.
MESA 19 - Economia na América Latina contemporânea
Coordenação: Prof. Dr. Lincoln Ferreira Secco
DH - Sala 21
Ana Carolina Ramos e Silva
A questão agrária na Colômbia: expansão capitalista e conflitos sociais (1974-1986).
Flávio Benedito
A evolução econômica venezuelana nos anos de Hugo Chávez (1999-2011).
Nelson Alves Caetano
Expansão Econômica Brasileira (2001-2010).
MESA 20 - Intelectuais e pensamento econômico
Coordenação: Profa. Dra. Ana Luiza Marques Bastos (Cátedra Jaime Cortesão)
DH - Sala Nelson Wernek Sodré
Cristiano Addario de Abreu
Rangel e Braudel: similitudes de análise econômica entre dois pensadores contemporâneos.
Leandro Vizin Villarino
“Governamentalidade” e “liberalismo” como categorias de análise histórica em Foucault.
Luiz Felipe Bruzzi Curi
Roberto Simonsen, Wladimir Woytinsky e o período entreguerras: elementos de questionamento à ortodoxia.
Roberto Pereira Silva
Duas respostas à Controvérsia dos Métodos: Alfred Marshall e Max Weber.
Bruno  Vilagra
Manuel Joaquim Rebelo: horizontalidade funcional da divisão do trabalho.

Cuba adora o capital estrangeiro, mas detesta capitalistas estrangeiros (e nacionais, também)

Difícil essa transição ao capitalismo quando os capitalistas nacionais só podem ganhar 20 dólares por mês...
A inteligência cubana, ou seja, o setor de informações, pode até ser vigilante, mas está matando o nascente capitalismo cubano no ovo. Burocratas são assim: detestam concorrência...
Paulo Roberto de Almeida 


Foreign investment in Cuba

Come and see my villa

The regime has taken to locking up businessmen

Swapping the Saratoga’s comforts for a cell in Villa Marista
LAST year Coral Capital, one of the biggest private investors in Cuba, released a glossy brochure for a property development. “Live in Havana,” said the blurb. “You know you want to.” It was anticipating a new law that, for the first time since the revolution, would allow foreigners to buy property, in this case around a couple of golf courses which the company was intending to develop. Now Coral Capital’s top two bosses, both British citizens, are under arrest, caught up in an investigation that has in equal measure bemused and alarmed foreigners doing business in Cuba.
Since last summer dozens of senior Cuban managers, in industries from nickel to cigars, have been arrested, along with some established foreign businessmen. They include two Canadian executives who managed trading companies. Another target was Max Marambio, a Chilean former guerrilla and friend of Fidel Castro, who made a fortune after setting up a fruit-juice company that was one of Cuba’s first joint enterprises. He was convicted in absentia.
Coral Capital says it has invested around $75m in Cuba, notably in doing up the Saratoga, Havana’s most luxurious hotel. Its chief operating officer, Stephen Purvis, was arrested as he was about to take his children to school. Though assured that he will not face serious charges, he has reason to be worried. His boss, Amado Fahkre, was picked up last October and is still being held (he has not been formally accused of any crime). Both men have been questioned at Villa Marista, the notorious counter-intelligence headquarters of the Ministry of Interior. Cuban intelligence officials boast that, eventually, everyone “sings” after a stay at the villa.
These arrests have not been mentioned in the state media. But they appear to form part of an inquiry into illegal payments to Cuban citizens. Officially, almost all Cubans, including the managers of businesses which turn over many millions of dollars, are paid a state salary of around $20 a month. Under-the-table payments are commonplace. “We are somewhat in the dark here,” says a European businessman based in Havana. “If I pay my manager an extra $100 a month, as I feel I should. Is that a crime against national security?” It seems so.

Protecionismo brasileiro se amplia, legalmente...

Pois é, nada como praticar protecionismo amparado na legislação, mesmo que isso torne a união aduaneira do Mercosul uma colcha de retalhos ainda mais retalhada, fragmentada, esquizofrênica e caótica. Cada país adota as suas exceções nacionais, quanto quiser, para onde quiser, enfim, cada um por si.
Apenas um reparo nesta matéria: 35% não é exatamente o máximo permitido pela OMC, e sim a tarifa máxima consolidada, declarada pelo próprio Mercosul, no momento da apresentação da TEC ao Gatt. Se tivessem adotado um consolidado máximo de 100%, esse seria o limite agora (muitos devem achar que fomos "burros" em 1994, quando se adotou "apenas" 35%).
Paulo Roberto de Almeida 

Publicado decreto que prevê lista de exceção à TEC


Diário do Grande ABC, segunda-feira, 28 de maio de 2012 12:22
A presidente Dilma Rousseff assinou o decreto nº 7.734, publicado nesta segunda-feira no Diário Oficial da União (DOU), incorporando às normas brasileiras o acordo feito entre os países do Mercosul que permite a criação de uma lista de exceção à Tarifa Externa Comum (TEC) com 100 produtos. O mecanismo foi aprovado em 2011 para impedir importações consideradas predatórias à indústria local. Assim, cada governo dos países que compõem o Mercosul poderá elevar o imposto de importação de até 100 itens adquiridos de países de fora do bloco.
O imposto, de 12% a 13% atualmente em média, poderá chegar a 35%, máximo permitido pela Organização Mundial do Comércio (OMC). A medida foi anunciada pelo Brasil em agosto de 2011 como parte do Plano Brasil Maior, que prevê medidas de política industrial e de comércio exterior. À época, o Brasil argumentou que o mecanismo aumenta a margem de manobra dos países para fazerem uma melhor gestão da política tarifária à luz de um ambiente de crise internacional.
A medida valerá até o final de 2014. Os produtos incluídos na lista podem permanecer com a alíquota de Imposto de Importação elevada por até 12 meses, podendo ser prorrogado por igual período. Cada país do bloco terá de comunicar aos demais parceiros de Mercosul as circunstâncias que motivaram o aumento do tributo. Os países do bloco terão 15 dias úteis para se manifestar em contrário. Caso não o façam, o país poderá adotar a medida imediatamente após esse prazo.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) fez uma consulta pública para receber sugestões sobre quais produtos poderiam ser incluídos na nova lista de exceção. A relação final está sendo fechada pelo governo. A diferença para a lista de exceção atual é que a nova relação só poderá ter aumento de Imposto de Importação. Na lista já existente, o governo pode também baixar o imposto para evitar, por exemplo, desabastecimento interno de algum produto.

Comercio exterior: governo criticado por exportadores

O que era evidente desde 2003 -- a incapacidade do governo defender os interesses dos exportadores brasileiros no quadro do Mercosul -- vem sendo agora reconhecido por empresários e líderes do setor. Existem outros motivos, que não os políticos, para justificar a ausência de reação, a completa passividade?
Paulo Roberto de Almeida 

Reabertura do mercado argentino expõe fragilidade da política externa

MARCOS A. BEDIN
NetMarinha,  24/5/2012

MÁRIO LANZNASTER



A reabertura do mercado argentino para a carne suína brasileira trouxe algum otimismo para o setor, mas revelou que a indústria da carne e os criadores estão duplamente irritados: com o governo brasileiro (pela falta de vigor na política externa) e com o governo argentino (pela deslealdade na gestão comercial dentro do bloco Mercosul).
O principal porta-voz dessa insatisfação é o presidente da Coopercentral Aurora Alimentos e vice-presidente de assuntos estratégicos do agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Mário Lanznaster. O dirigente reclama que o governo brasileiro tolera o comportamento desleal do parceiro (Argentina) e não adota medidas recíprocas legitimamente aceitas no comércio bilateral.
Lanznaster proclama que “o governo age assim porque não valoriza o agronegócio”. Lembra que quando ocorre qualquer problema mercadológico em outros setores, como automóveis ou eletrodomésticos, o governo adota imediatamente medidas de apoio.
Realça que a agropecuária brasileira até abril exportou 26 bilhões de dólares, gerando superávit de 20,8 bilhões de dólares somente neste ano. Afirma não compreender porque isso não acontece com o agronegócio, “que esta salvando a balança comercial externa, garantindo repetidos superávits”.
O presidente deseja que os Ministérios das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior tenham o mesmo comprometimento que o Ministério da Agricultura. E justifica: a política comercial externa é fraca, tímida, não reage no mesmo nível e não defende os interesses dos produtores e das indústrias nacionais.
Nesta semana foi anunciada a reabertura do mercado argentino para a carne suína brasileira. A decisão ainda não teve efeito prático, pois será necessário mais de um mês para a retomada dos negócios e o efetivo embarque das mercadorias.
PREJUÌZOS
A Argentina embargou a carne suína brasileira em fevereiro suspendendo a liberação das licenças de importação. Em consequência, o Brasil deixou de exportar para aquele mercado em torno de 15.000 toneladas nesse período (3,6 mil toneladas mensais). Somente a Coopercentral Aurora Alimentos deixou de exportar, quase 2 mil toneladas. “Isso representa cerca de 45 milhões de dólares que deixaram de entrar no Brasil e que não serão mais recuperados”, expõe.
Lanznaster observa que a Argentina não quer produtos industrializados, mas apenas matéria-prima para processar em seus frigoríficos. Essa medida – somente agora revogada – penalizou as exportações brasileiras de carne suína em momento de oferta elevada no mercado brasileiro.
A não-exportação para a Argentina impactou na elevação dos estoques internos daquele país, que precisou buscar alternativas para não parar suas fábricas de produtos cárneos.
FOTO- MÁRIO LANZNASTER - presidente da Coopercentral Aurora Alimentos e vice-presidente de assuntos estratégicos do agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc)

A fragil posicao externa do Brasil - The Drunkeynesian


Atrás deste nome curioso se esconde um economista do setor financeiro, que sabe fazer contas -- bem, mas isso é o mínimo que se espera de um economista --, mas que sabe também e sobretudo ir buscar os números para suas contas lá onde eles se escondem.
O Brasil sempre teve crises por dois motivos: desequilíbrios fiscais e inflação, ou balanço de pagamentos, via transações correntes. Parece que podemos ter primeiro a segunda, já que a posição se deteriora mais rapidamente do que a primeira, e também porque o governo, incapaz de fazer qualquer reforma significativa, vai levando com a barriga. No caso dos desequilíbrios internos, ele sempre pode jogar a conta para o contribuinte, produzindo mais inflação, mais endividamento interno, mais descontrole fiscal. No caso dos externos, não há o que fazer: chega um momento em que os capitais, alertados para a magnitude do problema, podem preferir sair a esperar para ver as consequências. Aí, não tem outra solução: desvalorização e ajuste são inevitáveis.
Poderia ser de outro modo, mas aí precisaria ter outro governo...
Paulo Roberto de Almeida 


Bastiat e as contas externas do Brasil

Provavelmente a citação que os leitores frequentes deste blog estão mais cansados de ver repetida por aqui é a mais famosa do pioneiro liberal Frédéric Bastiat, que diz que o economista deve levar em conta tanto o que se vê quanto o que não se vê. Bem, aqui está ela de novo. Os dados de conta externas do Brasil não podem ser qualificados exatamente como "não vistos" (basta uma meia dúzia de cliques no site do banco central para encontrar as tabelas), mas são frequentemente esquecidos em nome de alguma conveniência ou pura ignorância.
Falou-se muito nos últimos dias que o Brasil está preparado para uma eventual nova crise (em graus que vão de 200% a 300%, dependendo da autoridade consultada), que as condições são melhores que as de 2008, que temos mais reservas internacionais, etc. Neste caso, as reservas internacionais são "o que se vê"; o outro lado é o inevitável passivo externo acumulado no período, posto que o Brasil, desde 2007, deixou de ter superávit em conta corrente. Vejamos os dados:

Notem que ambas as séries estão na mesma escala, e que há um grande espaço em branco na parte de cima do eixo. Desde o final de 2008, as reservas aumentaram em US$ 160 bilhões, enquanto o passivo externo líquido cresceu US$ 450 bilhões. Essa é, a meu ver, a principal fragilidade da economia brasileira, que, ao contrário do que se prega, só aumentou nos últimos anos. Parte significativa desse aumento no passivo externo correspondeu à entrada de investimento estrangeiro direto, que tende a ser mais resiliente a choques globais de curto prazo (desde que, claro, não consista de investimento em carteira disfarçado, para evitar tributação). O restante do financiamento, porém, foi feito via endividamento (privado) e investimento em carteira. Um episódio de aversão a risco poderia provocar saída de parte desse enorme volume de capital e causar uma forte depreciação no câmbio - talvez já estejamos vendo o início desse movimento, com o real tendo perdido neste ano mais de 10% do seu valor contra o dólar durante este ano. Também já disse aqui que a história econômica do Brasil pode ser facilmente contada por meio de suas crises cambiais. Nos últimos anos, fomos levados a acreditar que "desta vez é diferente" e que esse risco estava definitivamente afastado (nossa versão do "fim da história"); não foi preciso nem uma reversão forte nos termos de troca para essa ideia começar a ruir. 

Voce quer virar irlandes? Facil, facil: basta 1 milhao de euros...

Enfim, estou falando de um irlandês sério, não daqueles beberrões inconvenientes, que vivem contando piadas indecentes nos pubs de cerveja morna...
Não é difícil: com a quebradeira geral do país, basta colocar um milhãozinho de euros, em alguma forma de investimento, que voce já tem a oportunidade de tornar-se irlandês e de conseguir um desejado passaporte comunitário. Infelizmente, eu não tenho, mas mesmo que tivesse, não seria minha intenção virar irlandês...
Mas acredito que o programa está aberto mesmo aos afrodescendentes.
Paulo Roberto de Almeida 



The Great Irish Opportunity
By Bob Bauman JD, Offshore and Asset Protection Editor
The Sovereign Investor, May 28, 2012

Dear Paulo Roberto,
These days, Greece is an economic disaster area – but it’s not alone. Spain, Portugal, Italy and Ireland are also suffering from the same EU financial indigestion.

A few years ago, the booming Irish economy was the envy of Europe. It earned the nickname “the Celtic Tiger” – and for good reason. However, times have changed.

Today, Ireland’s national economy is floundering. The Irish are living through what some regard as the greatest national crisis since the 1916 Easter Uprising against British rule. Then, the issue was Irish national sovereignty, now it’s fiscal and financial sovereignty.




Celtic Tiger’s Problems Create Bargains
But along with those problems comes a great opportunity – both in terms of investment and the possibility of holding an Irish passport – one of the most coveted passports in the world.

Like many countries, Ireland was hit hard in the global economic downturn. Between the beginning of the crisis and the end of 2010, Ireland’s GDP had contracted by 14% and unemployment levels surged to 14%, where they remain.

However, before 2008, Irish property prices had skyrocketed more rapidly than in any other developed economy in the world.

Since that 2007 peak, average house prices have plunged 47%. But that government figure may be a serious underestimate. Ronan McMahon of Pathfinder, an Irish real estate expert, says he has seen declines of as much as 90%. There has been virtually no activity in the Irish property market since 2007 and prices continue to fall, with no bottom in sight.

In an effort to save its faltering banks, the government set up the National Asset Management Agency (NAMA), now dubbed by the Irish people as the “Bad Bank.”

NAMA took over an estimated $100 billion in troubled commercial property and development loans from six major financial institutions. This “Bad Bank” now controls more than 10,000 foreclosed properties, including residential, commercial, resort and hotels, development land and even pubs.

But, so far, NAMA has offered very few of these properties for sale, casting a long shadow of unsold inventory over an already brutalized market.

And, so, we come to the creation of an opportunity for great bargains. With the Irish economy’s continued troubles, NAMA is under pressure to sell off its remaining inventory soon, which means investors can pick up some real bargains. A list of available properties can be obtained from NAMA on their website.
Become an Irish Citizen
The Irish government has also started a new program to attract both money and wealthy individuals from outside the EU. The program offers special immediate residence visas to foreign individuals willing to invest in Ireland.
This investment can eventually lead to full citizenship, and Irish citizenship opens the door to full personal and commercial access to all 27 countries in the European Union.
Under the new program, potential investor immigrants have these choices (all numbers are required minimums):
• Make a one-time payment of €500,000 ($666,000) to a public project benefiting the arts, sports, health or education.
• Make a €2 million ($2.7 million) investment in a low interest immigrant investor bond. The investment is to be held for a minimum of five years. The bond cannot be traded but must be held to maturity.
• Invest €1 million ($1.3 million) in venture capital funding in an Irish business for a minimum of three years.
• Make a €1 million mixed investment in 50% property and 50% government securities. Special consideration may be given to those purchasing property owned by the National Asset Management Agency (NAMA). In such cases, a single €1m investment in property may be sufficient.
There is a separate program is for foreigners with entrepreneurial ability who wish to start a business in an innovation area of the economy with funding of at least €75,000 (US$99,000). They will be given a two-year residence period for the purposes of developing the business.

Information is available at the Ministry of Justice webpage. Emails can be directed to investmentandstartup@justice.ie/.

Even if you don’t want to invest in the new visa program, you may be eligible for an official Irish passport if your parents or grandparents had Irish citizenship.

The Irish passport is one of the most sought-after travel documents in the world. Remarkably, with a resident population of only 4.7 million, Ireland has many millions of current passports in worldwide circulation.

Complete information about obtaining residence and citizenship in Ireland is available from the official Irish Citizens Information Board website. Tel: 0761 07 4000 (Monday to Friday, 9am to 9pm).

Now is the time to invest in the “Celtic Tiger.”

Faithfully yours,


Bob Bauman

P.S.
Obtaining a second passport can be a very important cornerstone of any asset protection plan. With our freedoms here at home eroding by the day, it’s now more important than ever to make sure you have a plan in place. No matter who wins this November’s elections, government attacks on our freedom and wealth are just going to get worse. Don’t wait to start planning until it’s too late. Click here for my latest video to see how you can get started protecting yourself today.

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