sábado, 3 de setembro de 2022

Sobre a conjuntura política brasileira no momento do Bicentenário - Paulo Roberto de Almeida

Sobre a conjuntura política brasileira no momento do Bicentenário

 

 

Paulo Roberto de Almeida

Diplomata, professor

(www.pralmeida.org; diplomatizzando.blogspot.com)

 Nota sobre a miséria da política brasileira a partir da corrupção do PT e da inépcia danosa do atual presidente.

   

Uma simples constatação, mas que também é um julgamento de valor:

Vamos reconhecer uma característica essencial da atual divisão do Brasil e das dificuldades específicas do próximo escrutínio eleitoral do ponto de vista da cidadania consciente.

Lula e o PT ganhariam fácil estas eleições de 2022 se não tivessem roubado tanto entre 2003-2016 e se não tivessem jogado o país na maior crise econômica de sua história em 2014-15, da qual ainda não nos recuperamos, e que produziram a ascensão de um fascismo vulgar (sem doutrina e sem programa), sob o comando do mais inepto e doentio personagem da nossa política, um psicopata execrável, mas que faz parte da atual conjuntura.

A partir da megacorrupção conduzida por uma organização criminosa (apud Ciro Gomes), partindo do Mensalão, passando pelo Petrolão e que se estendeu por inúmeras outras “frentes de trabalho”, o estamento político predatório do Brasil ganhou impulso para novas aventuras no universo da roubalheira institucionalizada, sobretudo na forma que tomou sob o desgoverno do psicopata, que é a substituição do processo orçamentário normal (ou quase) por um estupro fiscal permanente e extremamente danoso para a sociedade.

Não teríamos tanta gente agrupada no antipetismo — que juntou pessoas normais da classe média com a escória da política — se Lula e o PT não tivessem conduzido os dois processos descritos: a megacorrupção e a crise econômica. 

Estamos pagando o preço da incompetência e da imoralidade dessa vertente supostamente esquerdista da classe política brasileira, que reforçou os elementos extremados da direita conservadora, que sempre foi dominante na miséria política e social do Brasil.

Os liberais verdadeiros, não muitos dos que se pavoneiam por aí, são uma pequena tribo desimportante no cenário político das elites brasileiras, incapazes de determinar o curso das grandes políticas nacionais, macroeconômicas ou setoriais.

Esta foi sempre a nossa tragédia nacional, a ausência de verdadeiras elites políticas liberais e democráticas, mas o cenário se agravou tremendamente com a falência de um estrato social-democrata responsável no Brasil.

Vamos continuar nos arrastando penosamente em direção da modernidade, com os tropeços inevitáveis à esquerda, no centro e à direita.

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4227: 3 setembro 2022, 2 p.


A reconstrução da política externa brasileira e das relações com a América Latina - Marcelo Viana Estevão de Moraes (FSP)

 A reconstrução da política externa brasileira e das relações com a América Latina

Marcelo Viana Estevão de Moraes

Doutor em ciências sociais pela PUC-Rio e pesquisador do Centro de Altos Estudos de Governo e Administração (Ceag/UnB)




Folha de S. Paulo, 01 de setembro de 2022


Hoje, além do conflito por procuração em curso entre a Otan e a Rússia no território ucraniano, o cenário mais amplo aponta para tensões crescentes entre os EUA e a China na disputa por hegemonia global.

Essa tendência traz desafios para o Brasil, que se encontra no hemisfério americano, sob a influência geopolítica direta do "hegemon", mas cuja economia depende cada vez mais das relações comerciais com a China. Um quadro de riscos e de oportunidades a demandar perspicácia e destreza na condução da política externa para a defesa do interesse nacional.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, declarou em conferência na Universidade George Washington que a China representa o mais sério desafio de longo prazo à ordem internacional: seria o país que não apenas pretende reformar essa ordem como detém também os recursos de poder para tanto.

A própria guerra na Ucrânia talvez não ocorresse se a Rússia não estivesse fortalecida em razão da parceria estratégica firmada com a China e que funciona como um vetor fundamental para a integração econômica e logística eurasiática, com destaque para a BRI (Belt and Road Initiative).

Nesse cenário, o desafio para o Brasil é retomar o fio condutor de sua política externa ativa e altiva, evitando alinhamentos geopolíticos automáticos com potências ou blocos, tendo por base uma agenda ecumênica de paz e desenvolvimento na perspectiva do Sul Global, privilegiando a interlocução com a América do Sul e a América Latina para a consecução de uma estratégia coletiva regional, por meio do resgate da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e do adensamento da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

Priorizar a América Latina e, especialmente, a América do Sul

O Brasil, por suas dimensões econômicas, territoriais e populacionais, parafraseando Paulo Nogueira Batista Júnior, não cabe no quintal de ninguém, mas qualquer estratégia deve considerar que isoladamente o país tem baixa margem de manobra, dado que seus recursos de poder são relativamente escassos.

Uma estratégia coletiva sul-americana e latino-americana amplia o poder de barganha e negociação.

O grande jogo geopolítico brasileiro desdobra a projeção sobre seu entorno em círculos concêntricos de influência.

O primeiro círculo e o mais importante é a região platina, zona de maior densidade econômica e populacional da América do Sul.

O segundo círculo incorpora os demais países do subcontinente, em especial o bioma amazônico, e o Atlântico Sul, por onde transita quase todo o comércio exterior brasileiro.

O terceiro círculo congrega toda a América Latina e o Caribe, bem como a Antártida e a costa ocidental da África.

Os três círculos conformam o entorno geoestratégico do Brasil, região em que sua presença ativa é vital para seu desenvolvimento e sua segurança, e que deve servir de plataforma de projeção para o mundo.

No início deste século, entre outras iniciativas, o Brasil liderou a criação da Unasul e da Celac.

A Unasul foi uma organização internacional criada pelos 12 Estados sul-americanos em 2008 com o objetivo de, entre outros, articular as ações dos diversos países nos vários campos das políticas públicas, devendo funcionar como instrumento denso de governança desse espaço regional bioceânico.

A Celac, criada posteriormente, em 2010, também foi impulsionada pelo Brasil com a realização em Salvador, em 2008, da primeira cúpula autônoma dos países latino-americanos e caribenhos, sem a tutela de anglo-saxões e ibéricos. Sua vocação é a concertação política e a cooperação para o desenvolvimento.

O abandono da Unasul e da Celac por parte do governo Bolsonaro significou um retrocesso da política externa brasileira.

A Unasul e a Celac foram atingidas por uma campanha psicológica adversa acerca de uma suposta União das Repúblicas Socialistas da América Latina (Ursal) -uma enorme bobagem que viralizou com fake news.

Esse retrocesso não foi um fato isolado.

Houve a subordinação da política externa a um americanismo ideológico radical de extrema direita -o trumpismo- que compromete o diálogo com o atual governo estadunidense, e a avacalhação do Itamaraty, órgão que sempre funcionou como referência de excelência burocrática para a administração civil brasileira.

O Brasil é indispensável para o êxito da integração por ser multivetor no espaço regional: o projeto regional se articula com o objetivo nacional brasileiro de consolidar sua integração territorial interna; viabiliza potenciais sinergias entre os sistemas nacionais em todas as esferas (produtiva, comercial, logística etc.) associando o acesso ao Pacífico, por meio de corredores interoceânicos, à marcha para o oeste brasileira; favorece a instituição de uma doutrina estratégico-militar regional que avançava no Conselho de Defesa Sul-Americano, fundamental para o controle do entorno oceânico vital da grande "jangada de pedra" sul-americana, a segurança da extensa fronteira terrestre brasileira e a cooperação em torno do desenvolvimento sustentável da Amazônia.

No entanto, a eventual recondução do atual mandatário manterá o país como pária, no ponto mais baixo de sua reputação internacional, como um problema para o mundo e não como portador de soluções.

Só uma liderança respeitada internacionalmente e testada na arte da política e da administração poderá fazer a diferença desejada e aproveitar a conjuntura regional favorável à retomada dos projetos de integração.

sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Materiais sobre a guerra de agressão à Ucrânia - Paulo Roberto de Almeida (Blog Diplomatizzando)

Materiais no Diplomatizzando sobre a guerra de agressão à Ucrânia


Paulo Roberto de Almeida

Diplomata, professor

(www.pralmeida.org; diplomatizzando.blogspot.com)

Listagem de materiais com algum interesse para o estudo das relações internacionais em face do conflito Rússia-Ucrânia e seus reflexos na agenda global.

Disponível na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/86055975/4227_Materiais_no_Diplomatizzando_sobre_a_guerra_de_agressao_a_Ucrania_2022_).

 

Relaciono a seguir uma série de postagens no blog Diplomatizzando, relativas à guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, em duas partes, a primeira sobre material da mídia, mas apenas nas últimas semanas, pois que existem muitas dezenas de postagens sobre a mesma temática desde o início do conflito, o que pode ser buscado pelos conceitos “Ucrânia”, “Rússia”, ou diversos outros similares, ou seguindo a lista das postagens na coluna da direita. Selecionei apenas alguns materiais da mídia em geral, mas numa segunda parte, ao final, relaciono as postagens relativas aos meus próprios trabalhos nessa área.

 

 

(A) Materiais da mídia em geral sobre a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia:

 

sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Putin enterrou legado de Gorbachev com guerra na Ucrânia

Conhecido por chamar o fim da URSS de tragédia genuína, líder russo culpa Mikhail Gorbachev por se curvar às demandas de um Ocidente traiçoeiro e desonesto

Por Anton Troianovski, O Estado de S. Paulo, 31/08/2022

https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/09/putin-enterrou-legado-de-gorbachev-com.html

 

quarta-feira, 31 de agosto de 2022

Morte de Gorbachev, 31 anos depois da morte da União Soviética- BBC

Um personagem relevante do fim da Guerra Fria, mas que terminou odiado em seu próprio império...

https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/08/morte-de-gorbachev-31-anos-depois-da.html

 

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Great-Power War Is Coming? - Matthew Kroenig, Atlantic Council (Foreign Policy)

https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/08/great-power-war-is-coming-matthew.html

 

How Ukrainians Saved Their Capital

When Russia attacked Kyiv, Ukrainians dropped everything to protect the city—and to ease one another’s suffering.

By Luke Mogelson

The New Yorker, May 2, 2022

https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/08/how-ukrainians-saved-their-capital-luke.html

 

The Mysterious Murder of Darya Dugina

Whoever killed Dugina likely meant to kill her more famous father, but that reveals little about the motives and identities of the perpetrators.

By Masha Gessen

The New Yorker, August 26, 2022

https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/08/the-mysterious-murder-of-darya-dugina.html

 

The War in Ukraine at Six Months: Essential Reading - From Pocket

 Os melhores artigos e recomendações de leitura seis meses depois que o tirano de Moscou violentou o Direito Internacional e violou a Carta da ONU

What you should read to make sense of what’s happening in Ukraine, and what Russia’s invasion means for the world.

Pocket Collections

https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/08/the-war-in-ukraine-at-six-months.html

 

The World Putin Wants - Fiona Hill and Angela Stent (Foreign Affairs)

By Fiona Hill and Angela Stent

Foreign Affairs, September/October 2022

The World Putin Wants

How Distortions About the Past Feed Delusions About the Future

https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/08/the-world-putin-wants-fiona-hill-and.html

 

Análise: Guerra na Ucrânia não saiu como o planejado, mas “putinismo” segue vivo

De acordo com cálculos do Pentágono, invasão deixou mais de 70 mil soldados russos mortos ou feridos

Nathan Hodge, da CNN, 24/08/2022

https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/08/guerra-na-ucrania-nao-saiu-como-o.html

 

‘Ucranianos não estão prontos para negociar com um Estado terrorista’, diz ex-embaixador da Ucrânia

Rostyslav Tronenko afirmou que, apesar do alongamento do conflito, o país ainda não pretende promover um acordo de paz

Por Jovem Pan 24/08/2022 08h15 - Atualizado em 24/08/2022 08h35

https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/08/nao-se-pode-negociar-com-um-estado.html

 

A guerra de agressão à Ucrânia pelo lado econômico: dificuldades em todos os lados

Adam Tooze, Aug 24, 2022

It is six months since Russia launched its attack on Ukraine. 

https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/08/a-guerra-de-agressaoa-ucrania-pelo-lado.html

 

Battle for Kyiv: Ukrainian valor, Russian blunders combined to save the capital

By Paul SonneIsabelle Khurshudyan, Serhiy Morgunov and Kostiantyn Khudov

The Washington Post, Aug. 24 at 2:00 a.m.

https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/08/guerra-de-agressao-da-russia-contra_24.html

 

A nova Ucrânia é o pesadelo de Putin

Roman Goncharenko, Opinião

Deutsche Welle, 24/08/2022

https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/08/a-nova-ucrania-e-o-pesadelo-de-putin.html

 

terça-feira, 23 de agosto de 2022

Guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia: a preparação da invasão passo a passo: inteligência e diplomacia

Road to war: U.S. struggled to convince allies, and Zelensky, of risk of invasion

https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/08/guerra-de-agressao-da-russia-contra.html

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Stalingrado, versões de uma batalha!

Demétrio Magnoli, sociólogo, doutor em geografia humana pela USP

Folha de S. Paulo, 19/08/2022

https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/08/como-esquerda-pode-apoiar-o-fascista-do.html

 

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Six months after Russia invaded Ukraine, the world is on a knife edge

Ishaan Tharoor

The Washington Post, August 21, 2022

https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/08/six-months-after-russia-invaded-ukraine.html

 

domingo, 21 de agosto de 2022

Zelenskyy Gamble in Crimea — Everything Is Done to Draw Attention to the Real Start of Putin’s War 

 Sylvain Saurel

Medium, Aug 18, 2022

https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/08/zelenskyy-gamble-in-crimea-everything.html

 

domingo, 14 de agosto de 2022

A distância da Ucrânia - Giuseppe Cocco (Estado da Arte)

https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/08/a-distancia-da-ucrania-giuseppe-cocco.html

 

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Russia-Ukraine war: what we know on day 168 of the invasion

Jordyn Beazley (The Guardian)

Zelenskiy vows to ‘liberate’ Crimea as Kyiv denies responsibility for deadly attack on Russian airbase in the annexed peninsula 

https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/08/russia-ukraine-war-what-we-know-on-day.html

 

terça-feira, 9 de agosto de 2022

Russia has lost up to 80,000 troops in Ukraine. Or 75,000. Or is it 60,000? 

Olivier Knox The Washington Post, August 9, 2022 

By Olivier Knox

https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/08/russia-has-lost-up-to-80000-troops-in.html

 

terça-feira, 9 de agosto de 2022

Up to 80,000 Russian casualties in Ukraine, Pentagon official says

From CNN's Ellie Kaufman

https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/08/noticias-da-guerra-russia-pode-ter.html

 

quinta-feira, 28 de julho de 2022

Russia locked up Vladimir Kara-Murza for telling the truth about Ukraine

By  Christian Caryl

Op-ed Editor/International

The Washington Post, July 28, 2022

https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/07/russia-locked-up-vladimir-kara-murza.html

 

 

(B) Materiais de Paulo Roberto de Almeida sobre a guerra de agressão 

 

4217. “A guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia e a postura do Brasil”, Brasília, 14 agosto 2022, 10 p. Breve paper sobre a diplomacia brasileira no tocante à guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, para participação em seminário híbrido sobre o posicionamento dos Estados latino-americanos frente ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Divulgado na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/84817949/4127AguerradeagressaodaRussiacontraaUcraniaeaposturadoBrasil2022) e no blog Diplomatizzando (15/08/2022; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/08/os-estados-latino-americanos-frente-ao.html).

 

4206. “Sobre a guerra na Ucrânia e nossa próxima política externa”, Brasília, 24 julho 2022, 2 p. Nota sobre a postura de Lula em relação à questão da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia. Postado no blog Diplomatizzando(link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/07/a-proxima-politica-externa-do-brasil.html ). 

 

4189. “O futuro do grupo BRICS”, Brasília, 30 junho 2022, 9 p. Texto conceitual sobre os caminhos enviesados do BRICS pós-guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, e reflexivo sobre as ordens alternativas no campo econômico e político. Postado no Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/06/o-futuro-do-grupo-brics-ensaio-por.html). 

 

4171. “O Brasil está perdendo o rumo em sua postura enquanto nação civilizada?”, Brasília, 12 junho 2022, 5 p. Nota sobre a postura diplomática do Brasil em relação à guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, aproveitando para apresentar o livro sobre o Brics, incluindo os dois sumários e o índice não numerado. Postado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/06/o-brasil-esta-perdendo-o-rumo-em-sua.html).

 

4168. “O Brics depois da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia”, Brasília, 9 junho 2022, 6 p. Posfácio ao livro A grande ilusão do Brics e o universo paralelo da diplomacia brasileira, e revisão geral, eliminando todas as tabelas, agora com 187 p. Apresentação no blog Diplomatizzando (11/06/2022; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/06/meu-proximo-kindle-sobre-miragem-dos.html).

 

4165. “Os 100 primeiros dias da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia: o Brasil afronta o Direito Internacional e a sua história diplomática”, Brasília, 3 junho 2022, 7 p. Texto de apoio a participação em seminário do Instituto Montese sobre os “100 dias de guerra na Ucrânia”, com gravação prévia antes da apresentação. Divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/06/100-dias-de-guerra-de-agressao-da.html).

 

4153. “Guerra na Ucrânia e suas implicações para o Brasil”, Brasília, 11 maio 2022, 5 p. Notas para exposição oral na palestra no encerramento da Semana de Ciências Sociais do Mackenzie, sobre o tema da “Guerra na Ucrânia e suas implicações para o Brasil” (13/05/2022). Divulgado no blog Diplomatizzando (14/05/2022; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/05/guerra-na-ucrania-e-suas-implicacoes14.html); vídeo da palestra no canal YouTube do Mackenzie (link: https://www.youtube.com/watch?v=7jQtR277iDc).

 

4152. “O Brasil e a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia”, Brasília, 11 maio 2022, 16 p. Texto de apoio a palestra no encerramento da Semana de Ciências Sociais do Mackenzie, sobre o tema da “Guerra na Ucrânia e suas implicações para o Brasil” (13/05/2022). Disponibilizado na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/78954459/OBrasileaguerradeagressãodaRússiacontraaUcrânia2022) e no blog Diplomatizzando (13/05/2022: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/05/guerra-na-ucrania-e-suas-implicacoes.html); vídeo da palestra no canal YouTube do Mackenzie (link: https://www.youtube.com/watch?v=7jQtR277iDc). Relação de Publicados n. 1452.

 

4143. “Quão crível é a ameaça de guerra nuclear da Rússia no caso da Ucrânia?”, Brasília, 2 maio 2022, 3 p. Rememorando o caso dos mísseis soviéticos em Cuba. Postado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/05/quao-credivel-e-ameaca-de-guerra.html).

 

4131. “Consequências econômicas da guerra da Ucrânia”, Brasília, 19 abril 2022, 18 p. Notas para desenvolvimento oral em palestra-debate promovida no canal Instagram do Instituto Direito e Inovação no dia 21/04/22. Nova versão reformatada e acrescida do trabalho 4132, sob o título “A guerra da Ucrânia e as sanções econômicas multilaterais”, com sumário, anexo e bibliografia. Divulgado preliminarmente na plataforma Academia.edu (link: https://www.academia.edu/77013457/AguerradaUcrâniaeassançõeseconômicasmultilaterais2022) e anunciado no blog Diplomatizzando (20/04/2022; link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/04/a-guerra-da-ucrania-e-as-sancoes.html). Transmissão via Instagram (21/04/2022; 16:00-17:06; link: https://www.instagram.com/tv/CcoEemiljnq/?igshid=YmMyMTA2M2Y=); (Instagram: https://www.instagram.com/p/CcoEemiljnq/).

 

4112. “Por que Putin vai fracassar?”, Brasília, 21 março 2022, 1 p. A destruição da estrutura material e o sacrifício da população podem afetar o Estado ucraniano, mas não representarão o fim da nação ucraniana. Postado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/03/por-que-putin-vai-fracassar-paulo.html).

 

4107. “O conflito Rússia-Ucrânia e o Direito Internacional”, Brasília, 16 março 2022, 12 p. Respostas a questões colocadas por interlocutor profissional sobre a natureza do conflito e suas consequências no plano mundial. Disponível Academia.edu (link: https://www.academia.edu/73969669/OconflitoRussiaUcraniaeoDireitoInternacional2022); divulgado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/03/o-conflito-russia-ucrania-e-o-direito.html).

 

4099. “Quando o dever moral nascido do sentido de Justiça deve prevalecer sobre o “pragmatismo” que sustenta o crime”, Brasília, 9 março 2022, 1 p. Comentário sobre a postura objetivamente favorável do governo brasileiro ao agressor no caso da guerra na Ucrânia. Postado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/03/quando-o-dever-moral-nascido-do-sentido.html).

 

4098. “Renúncia infame: o abandono do Direito Internacional pelo Brasil”, Brasília, 7 março 2022, 5 p. Breve ensaio para o blog científico International Law Agendas, do ramo brasileiro da International Law Association (ILA; http://ila-brasil.org.br/blog/), para edição especial sobre “A política externa brasileira frente ao desafio da invasão russa na Ucrânia”, a convite de Lucas Carlos Lima, coeditor do blog, com base nas notas e declarações do Itamaraty com respeito aos debates no CSNU e na AGNU. Publicado, na condição de membro do Conselho Superior do ramo brasileiro da International Law Association, no blog eletrônico International Law Agendas (7/03/2022; link: http://ila-brasil.org.br/blog/uma-renuncia-infame/); blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/03/uma-renuncia-infame-o-abandono-do.html). Relação de Publicados n. 1442. 

 

4091. “Brincando de Arnold Toynbee”, Brasília, 25 fevereiro 2022, 1 p. Comentários sobre os grandes destruidores da ordem mundial, em três momentos da história europeia: guerras napoleônicas, autocracias fascistas dos anos 1930 e, agora, representados pelo ditador da Rússia. Postado no blog Diplomatizzando (link: https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/02/brincando-de-arnold-toynbee-os.html). 

 

4087. “Uma nota pessoal sobre mais uma postura vergonhosa de nossa diplomacia”, Brasília, 22 fevereiro 2022, 2 p. Comentários a nota do Itamaraty e a declaração feita no CSNU a propósito da invasão da Ucrânia pela Rússia, com referência à nacionalização dos hidrocarburos na Bolívia em 2006. Postado no blog Diplomatizzando (link:https://diplomatizzando.blogspot.com/2022/02/uma-nota-pessoal-sobre-mais-uma-postura.html).

 

 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4227: 2 setembro 2022, 6 p.

 

 

Las causas de "la peor crisis de la historia argentina”, según Javier Milei - Giuliana Iglesias (Ambito Financiero)

 Na verdade, a causa mais devastadora não é a crise social, com o seu número crescente de pobres e de indigentes, apesar de ser dramática. Tampouco é a crise inflacionária, a maior da América Latina, depois da Venezuela. 

A causa profunda, a mais relevante, de uma magnitude avassaladora e que coloca a Argentina em face de um buraco negro, é essencialmente POLITICA, o que significa, no sistema político argentino, que “la crisis somos nosotros”.

Não é muito diferente da situação brasileira, que também oadece desse mal: um sistema político disfuncional, propenso a beneficiar os próprios políticos. Como disse o deputado Javier Milei, "el mayor problema que tenemos es que la solución está en manos del propio problema".

Paulo Roberto de Almeida 


Ambito Financiero, Buenos Aires – 2.9.2022

Cuáles son las causas de "la peor crisis de la historia argentina", según Javier Milei

Giuliana Iglesias

 

- "Argentina está al borde de la peor crisis de su historia", así se expresó el diputado de la Nación por La Libertad Avanza, Javier Milei, máximo representante del liberalismo argentino en el marco del Latam Economic Forum, del que fue media partner Ámbito.

Con un diagnóstico sobre la economía argentina, el histriónico funcionario habló durante 40 minutos ante un auditorio repleto de empresarios y economistas donde desarrolló sus ideas y sus propuestas para la Argentina del futuro. Se mostró optimista sobre la Argentina pero planteó la dificultad de realizar cambios trascendentales en un sistema político dominado por dos sectores en disputa.

 

Para Milei, la Argentina está "ante las puertas de lo que podría ser la peor crisis de la historia Argentina" porque se conjugan las tres peores condiciones.

 

A nivel social: hoy tenemos indicadores peores que los que teníamos en el 2001; estamos peor en términos de pobres, de indigentes, en términos de ingreso medio y la realidad es que si corrigieran la tasa de desempleo sacando planes sociales y empleo público tendríamos una tasa muy alta".

* Plano monetario: "tenemos un desequilibrio que es el doble del que teníamos en el año 75' antes del estallido del Rodrigazo"

* Político: "el mayor problema que tenemos es que la solución está en manos del propio problema".

"Argentina tuvo 17 crisis donde 15 de ellas se destacan por el desequilibrio fiscal y siempre muy elevado. El desequilibrio fiscal tiene una raíz en esto de haber abrazado las ideas socialistas", definió el economista al tiempo que cuestionó la idea pregonada por Eva Perón de "a cada necesidad, hay un derecho".

"No puedo tener derechos infinitos porque alguien lo tiene que pagar y los recursos son finitos, ahí hay una inconsistencia", remarcó.

Con un tono duro, apuntó contra la brecha cambiaria y tildó de "delincuentes" a quienes hablan de "calibrar" al tipo de cambio: "Es increíble el desprecio por la libertad que tienen, la brecha en el fondo como tantas cosas es un reflejo de la profunda inmoralidad de los políticos y sus economistas cómplices. Un control, es una devaluación vía garrote".

Con una feroz crítica hacia el Gobierno, Milei habló del "impuesto inflacionario" y definió al plan económico desarrollado por Sergio Massa: “Son tan inmorales que la única propuesta de ajuste que tienen es tocar al sector privado. La de ellos no se toca” e intentó diferenciarse de la "grieta": "Los votos no son de juntos pro el cargo ni de frente de chorros, lo primero que hay que entender es que no se pueden dejar esclavizar por ellos”.

En una suerte de "sincericidio", el diputado aseguró que la política es "peor de lo que se imaginaba" y aclaró que sigue viviendo del sector privado. En ese marco, aseguró que la Argentina "tiene que ser un ajuste grande"

.

El liberalismo, y el próximo Presidente

 

En su discurso, Milei citó a quien definió como el "prócer" del liberalismo, Alberto Benegas Lynch: "el liberalismo es la defensa a la vida, la libertad y la propiedad". En un mensaje a aquellos que se definen liberales en la Argentina, aseguró que el "manual liberal no es escribir tuits de defender la libertad, ni siquiera defender mercados" y aclaró: "Yo no me disfrazo de liberal, soy liberal".

Sin vacilaciones, Javier Milei exclamó con vehemencia ante un auditorio expectante: “Soy el propio presidente de la Argentina, los vamos a sacar de esta trampa socialista y vamos a volver ser libres y grandes. Los invito a que seamos parte de la reconstrucción de la Argentina. Vamos a ser ser potencia. ¡Viva la Libertad carajo!".

Putin enterrou legado de Gorbachev com guerra na Ucrânia - Anton Troianovski (OESP)

 Putin enterrou legado de Gorbachev com guerra na Ucrânia

Conhecido por chamar o fim da URSS de tragédia genuína, líder russo culpa Mikhail Gorbachev por se curvar às demandas de um Ocidente traiçoeiro e desonesto

Por Anton Troianovski
O Estado de S. Paulo, 31/08/2022

No dia em que a Rússia invadiu a Ucrânia, 24 de fevereiro, o legado de Mikhail Gorbachev pairou sobre o discurso proferido pelo presidente Vladimir Putin antes do amanhecer. “A paralisia do poder e da vontade é o primeiro passo na direção da degradação completa e do esquecimento”, entoou Putin, referindo-se ao colapso da União Soviética. “Perdemos nossa confiança apenas por um instante, mas isso foi suficiente para perturbar o equilíbrio de forças no mundo.”

Para Putin, o fim da União Soviética foi a “maior catástrofe geopolítica do século”, uma “tragédia genuína” para os milhões de russos, porque os deixou dispersos por fronteiras nacionais recém-formadas. O desastre foi provocado, segundo a narrativa de Putin, pela fraqueza de um líder disposto demais a se curvar às demandas de um Ocidente traiçoeiro e desonesto — um erro, agora recordado com frequência pela propaganda televisionada do Kremlin, que Putin está determinado a não repetir.

Na Ucrânia, Putin luta sob a sombra do império cujo fim Gorbachev presidiu, iniciando uma guerra que mata milhares em nome da restauração do domínio da Rússia sobre o que Moscou alega ser território russo. Mas a batalha de Putin para reverter o legado de Gorbachev resvala para além do controle territorial, tolhendo as liberdades pessoais e políticas que o último presidente soviético preconizou — e que o Kremlin agora trata de desfazer rapidamente.

“Todas as reformas de Gorbachev agora estão aniquiladas, só restou cinza e fumaça”, disse em entrevista um amigo de Gorbachev, o jornalista de rádio Alexei Venediktov, em julho. “Eram a obra de sua vida.”

Herança apagada
Gorbachev, que morreu aos 91 anos, ainda estava no poder quando a independente e progressista estação de rádio de Venediktov, Eco de Moscou, entrou no ar pela primeira vez em 1990, passando a simbolizar liberdades recém-descobertas na Rússia. Depois de Putin ordenar a invasão à Ucrânia, em fevereiro, o Kremlin obrigou a rádio a fechar.

E a Novaya Gazeta, jornal em que Gorbachev investiu no início dos anos 90 o que ganhou ao ser laureado com o Prêmio Nobel da Paz, foi obrigada a suspender sua atividade em março, ameaçada por uma nova lei de censura para tempos de guerra.

Gorbachev, com a saúde debilitada, não disse nada publicamente a respeito da guerra na Ucrânia. Mas sua Fundação Gorbachev, instituto de pesquisa que “busca promover valores democráticos”, emitiu um comunicado pedindo um “fim expedito das hostilidades” e “o início imediato de negociações de paz”.

Gorbachev, porém, filho de mãe ucraniana e pai russo, apoiou a visão de Putin sobre a Ucrânia como uma “nação-irmã” que deveria integrar legitimamente a órbita da Rússia. Gorbachev apoiou a anexação da Península da Crimeia praticada por Putin em 2014, descrevendo a manobra como representação da vontade de uma região densamente povoada por pessoas que se identificam como russas. E Gorbachev criticou o Ocidente por “tentar atrair a Ucrânia para a Otan”, alertando que tais tentativas “não ocasionam nada além de discórdia entre Ucrânia e Rússia”.

Mas Gorbachev também pareceu confiante de que o pior seria evitado. Questionado sobre as tensões entre Ucrânia e Rússia em 2014, ele afirmou a um meio de comunicação da Sibéria: “Uma guerra entre Rússia e Ucrânia é algo absurdo”.

“Gorbachev era um homem que se opunha a violência e derramamento de sangue enquanto princípio”, afirmou Dmitri Muratov, editor da Novaya Gazeta e ganhador do Nobel da Paz no ano passado, em entrevista pelo telefone.

Ainda assim, as opiniões precisas de Gorbachev a respeito da invasão iniciada seis meses antes de sua morte permanecem um mistério. Muratov afirmou que visitou Gorbachev no hospital com frequência ao longo dos dois últimos anos e acredita que Gorbachev “não estava em condição de comentar os atuais acontecimentos políticos”.

Conciliação
Putin emitiu uma declaração na quarta-feira que soou como uma mensagem conciliatória — mesmo enquanto seus aliados no Parlamento e nos meios de comunicação estatais tinham chegado ao ponto de relegar Gorbachev ao seu lugar no inferno.

Putin, dirigindo-se aos “parentes e amigos” de Gorbachev, afirmou: “Mikhail Gorbachev foi um político e estadista que surtiu enorme impacto no curso da história mundial”. “Ele entendeu profundamente que reformas eram necessárias e se empenhou para oferecer suas próprias soluções para problemas urgentes”, acrescentou Putin.

A breve declaração permitiu a Putin se colocar como um estadista acima do embate político, mas prontamente ficou claro que Gorbachev não seria venerado pelo Kremlin. Seu porta-voz afirmou que o formato do funeral de Gorbachev — e se a cerimônia preverá honras de Estado — ainda não foi determinado.

Uma das mensagens fundamentais da propaganda de Putin é que Putin é o responsável por estabilizar a Rússia — reconstruindo a economia do país e seus status de grande potência — depois do caos e da humilhação nos anos 90 engendrados por Gorbachev.

Como resultado, em sua morte, Gorbachev tornou-se imediatamente um símbolo para aliados do Kremlin argumentarem que tentar liberalizar a sociedade e ser bonzinho com o Ocidente pode resultar em desastre. Putin deixou transparecer sua visão de que Gorbachev era um negociador fraco no ano passado, quando afirmou à NBC que o Ocidente havia ludibriado o último líder soviético no fim da Guerra Fria sugerindo que a Otan não teria se expandido para o leste se essa promessa tivesse sido firmada por um tratado. (Autoridades americanas afirmam que não assumiram nenhum compromisso nesse sentido).

“Vocês enganaram o bobo na casca do ovo”, afirmou Putin na entrevista, citando o provérbio infantil.

Esse ressentimento histórico fundamenta a alegação de Putin de que não se pode confiar no Ocidente e de que a Rússia precisa de um líder mais forte e mais assertivo, uma visão que os meios de comunicação estatais do país reafirmaram na quarta-feira em críticas sonoras contra Gorbachev.

“Mikhail Gorbachev pode servir como exemplo de que boas intenções de um líder nacional têm capacidade de criar inferno na terra para um país inteiro”, afirmou uma coluna publicada na manhã da quarta-feira pela agência de notícias estatal RIA Novosti. O texto descreveu Gorbachev como o responsável “por um país destruído, pelo pesadelo dos anos 90 e por milhões de vidas perdidas em guerras civis, limpezas étnicas, ataques terroristas e guerras entre gangues”.

Igor Korotchenko, analista militar que aparece com frequência em talk-shows na TV estatal russa, foi ainda mais rude. “Queime no inferno!”, tuitou ele a respeito de Gorbachev.

Para os russos que anseiam por relações melhores com o Ocidente e mais liberdades dentro de seu país, Gorbachev permanece uma figura visionária. Para Muratov, o editor da Novaya Gazeta, o maior legado do ex-líder soviético talvez decorra das negociações para controle de armas atômicas com o ex-presidente americano Ronald Reagan, que reduziram as chances da aniquilação nuclear. Putin, em contraste, não se absteve de ameaçar o Ocidente com seu arsenal atômico e seus temíveis mísseis novos.

“Eles nos deram um presente: ao menos 30 anos de vida sem a ameaça de uma guerra nuclear global”, afirmou Muratov a respeito de Gorbachev e Reagan. “Nós jogamos fora esse presente. Esse presente deixou de existir.” / TRADUÇÃO DE GUILHERME RUSSO

https://www.estadao.com.br/internacional/putin-enterrou-legado-de-gorbachev-com-guerra-na-ucrania-leia-a-analise/

Postagem em destaque

Livro Marxismo e Socialismo finalmente disponível - Paulo Roberto de Almeida

Meu mais recente livro – que não tem nada a ver com o governo atual ou com sua diplomacia esquizofrênica, já vou logo avisando – ficou final...